Braga Braga 2013: António Braga é peremptório:«NÃO DEFENDO NEGÓCIOS POLÍTICOS»

11-04-2019
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- Texto de Joaquim Martins Fernandes/DM e Alexandre Praça/RUM- Imagens de Avelino Lima
O presidente da Assembleia Municipal de Braga, António Braga, assume-se como o socialista que reúne as condições para garantir ao partido a manutenção da presidência da autarquia bracarense. E revela-se confiante em que o projeto será sufragado maioritariamente pelos militantes e resultará numa candidatura vencedora às eleições autárquicas de 2013.António Braga não esconde que a luta pelo poder no seio do seu partido está a gerar jogos de interesses, mas demarca-se do que classifica de «negócios políticos» entre os socialistas. E aponta o social-democrata Ricardo Rio como o contraponto da sua candidatura.
– Comenta-se no seio do PS/Braga que a atual luta interna começou com a corrida ao lugar de candidato a deputado, nas últimas legislativas. António Braga concorreu com Pedro Sousa, filho do vice-presidente da Câmara, Vítor Sousa, e essas eleições foram vistas como uma espécie de “primárias” para a corrida à Câmara...– Aquilo que posso dizer é que foi um processo transparente e democrático. Eu fui candidato e venci essas eleições, mas não sou comentador político para estar, agora, a fazer leituras quanto a terem ou não sido “eleições primárias”.
– O ter vencido significa que é o favorito na corrida que também já assumiu à comissão política concelhia?– Significa que, naquele momento, a Comissão Política entendeu que eu era a pessoa mais indicada para continuar a desempenhar as funções na lista de deputados do PS. Mas eu queria sublinhar que sempre fiz questão de ter sido votado, ao longo de todos os mandatos em que fui reconduzido. Não foi, portanto, um processo novo, embora também seja verdade que, anteriormente, não houve ninguém que se opusesse, no sentido de apresentar uma candidatura alternativa.
– Nessa disputa contou com o apoio do atual vereador Hugo Pires, que, entretanto, passou a apoiar o vice-presidente Vítor Sousa, seu principal opositor...– Não tenho nenhuma reserva a que quem quer que seja se apresente como candidato à Comissão Política Concelhia e creio que isso enriquecerá o debate. Mas a minha relação é com o universo dos militantes do partido, a quem estou em condições de demonstrar que este projeto que eu lidero reúne as melhores condições para oferecer uma solução de vitória qualificada e de governabilidade do Município de Braga, que outros não terão. Queria deixar claro que nunca negociei nada com ninguém e tão pouco defendo que a alternância democrática se deva colocar na base de negócios políticos. Tenho, sim, a abertura para aceitar o contributo de todos e é isso que o movimento que lidero está a fazer, na perspetiva de dar ao partido as melhores soluções, na linha da “sucessão” de Mesquita Machado.
– Quando refere que é o melhor candidato do PS para ser candidato à Câmara, em 2013, está a incluir o vereador Hugo Pires? – Não incluo, nem excluo. Até ao momento, só eu me disponibilizei para ser o candidato a candidato do PS às eleições autárquicas de 2013. E a informação que eu tenho não me leva aí...
– Leva-o a Vítor Sousa ou também duvida que ele queira ser candidato?– A nossa filosofia, quer programática, quer do movimento, reside em criar uma solução que não só garanta a continuidade do PS na governação do Município de Braga, mas que também possibilite o desenvolvimento de um projeto profícuo e que honre as potencialidades criadas pelo presidente Mesquita Machado. O projeto que lidero apenas se pode contrapor ao do candidato do PSD, Ricardo Rio, que é candidato há 10 anos e nunca foi bem sucedido. A contraparte da nossa iniciativa estará no PSD e não no PS, que fará as suas escolhas em tempo oportuno.
– A corrida à Câmara passa pelas eleições para a Concelhia. Se ganhar, terá a porta aberta para “suceder” a Mesquita Machado. Se perder, qual será o seu futuro político?– A minha convicção é que estão criadas as condições para que o projeto que lidero seja sufragado maioritariamente pelos militantes e este movimento protagonize uma candidatura vencedora à Câmara Municipal de Braga.
[Esta entrevista conjunta ao "Diário do Minho" e à Rádio Universitária do Minho" foi editada a 7 de Janeiro na RUM e a 9 de Janeiro no "DM"].


- Texto de Joaquim Martins Fernandes/DM e Alexandre Praça/RUM- Imagens de Avelino Lima
O presidente da Assembleia Municipal de Braga, António Braga, assume-se como o socialista que reúne as condições para garantir ao partido a manutenção da presidência da autarquia bracarense. E revela-se confiante em que o projeto será sufragado maioritariamente pelos militantes e resultará numa candidatura vencedora às eleições autárquicas de 2013.António Braga não esconde que a luta pelo poder no seio do seu partido está a gerar jogos de interesses, mas demarca-se do que classifica de «negócios políticos» entre os socialistas. E aponta o social-democrata Ricardo Rio como o contraponto da sua candidatura.
– Comenta-se no seio do PS/Braga que a atual luta interna começou com a corrida ao lugar de candidato a deputado, nas últimas legislativas. António Braga concorreu com Pedro Sousa, filho do vice-presidente da Câmara, Vítor Sousa, e essas eleições foram vistas como uma espécie de “primárias” para a corrida à Câmara...– Aquilo que posso dizer é que foi um processo transparente e democrático. Eu fui candidato e venci essas eleições, mas não sou comentador político para estar, agora, a fazer leituras quanto a terem ou não sido “eleições primárias”.
– O ter vencido significa que é o favorito na corrida que também já assumiu à comissão política concelhia?– Significa que, naquele momento, a Comissão Política entendeu que eu era a pessoa mais indicada para continuar a desempenhar as funções na lista de deputados do PS. Mas eu queria sublinhar que sempre fiz questão de ter sido votado, ao longo de todos os mandatos em que fui reconduzido. Não foi, portanto, um processo novo, embora também seja verdade que, anteriormente, não houve ninguém que se opusesse, no sentido de apresentar uma candidatura alternativa.
– Nessa disputa contou com o apoio do atual vereador Hugo Pires, que, entretanto, passou a apoiar o vice-presidente Vítor Sousa, seu principal opositor...– Não tenho nenhuma reserva a que quem quer que seja se apresente como candidato à Comissão Política Concelhia e creio que isso enriquecerá o debate. Mas a minha relação é com o universo dos militantes do partido, a quem estou em condições de demonstrar que este projeto que eu lidero reúne as melhores condições para oferecer uma solução de vitória qualificada e de governabilidade do Município de Braga, que outros não terão. Queria deixar claro que nunca negociei nada com ninguém e tão pouco defendo que a alternância democrática se deva colocar na base de negócios políticos. Tenho, sim, a abertura para aceitar o contributo de todos e é isso que o movimento que lidero está a fazer, na perspetiva de dar ao partido as melhores soluções, na linha da “sucessão” de Mesquita Machado.
– Quando refere que é o melhor candidato do PS para ser candidato à Câmara, em 2013, está a incluir o vereador Hugo Pires? – Não incluo, nem excluo. Até ao momento, só eu me disponibilizei para ser o candidato a candidato do PS às eleições autárquicas de 2013. E a informação que eu tenho não me leva aí...
– Leva-o a Vítor Sousa ou também duvida que ele queira ser candidato?– A nossa filosofia, quer programática, quer do movimento, reside em criar uma solução que não só garanta a continuidade do PS na governação do Município de Braga, mas que também possibilite o desenvolvimento de um projeto profícuo e que honre as potencialidades criadas pelo presidente Mesquita Machado. O projeto que lidero apenas se pode contrapor ao do candidato do PSD, Ricardo Rio, que é candidato há 10 anos e nunca foi bem sucedido. A contraparte da nossa iniciativa estará no PSD e não no PS, que fará as suas escolhas em tempo oportuno.
– A corrida à Câmara passa pelas eleições para a Concelhia. Se ganhar, terá a porta aberta para “suceder” a Mesquita Machado. Se perder, qual será o seu futuro político?– A minha convicção é que estão criadas as condições para que o projeto que lidero seja sufragado maioritariamente pelos militantes e este movimento protagonize uma candidatura vencedora à Câmara Municipal de Braga.
[Esta entrevista conjunta ao "Diário do Minho" e à Rádio Universitária do Minho" foi editada a 7 de Janeiro na RUM e a 9 de Janeiro no "DM"].

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