Listas. A reforma arriscada de Rio para as legislativas

01-07-2019
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O presidente do PSD quis dar um sinal de rutura na formação das listas para as eleições legislativas de outubro e, de uma forma inédita, não será cabeça-de-lista em qualquer círculo eleitoral, nem mesmo no Porto onde chegou a ser dado como certo. Mais, a posição em que concorrerá, no Porto, também não está fechada, num processo surpreendente, sobretudo tendo em conta a tradição nos partidos (em que os líderes encabeçam sempre uma lista de um círculo eleitoral).

De acordo com informações recolhidas pelo i junto de fontes sociais-democratas, caberá a Rio definir em que lugar pretende ficar nas listas pelo Porto, sendo que em 2015, o PSD elegeu 14 deputados. A decisão de se colocar fora da equipa de cabeças-de-lista aos vários círculos eleitorais mereceu alguns comentários no partido, de aplauso, mas também de dúvidas sobre se quererá vir a ocupar o lugar de deputado. Especulação à parte, o presidente da câmara de Cascais, Carlos Carreiras, escreveu na rede social Facebook que “Rui Rio deve dar um sinal que acredita que vai melhorar os resultados das últimas eleições legislativas, pelo que não liderando a lista do Porto, deve ir em 15º lugar pelo distrito do Porto (da última vez o PSD elegeu 14)”. E deveria convidar para lugar não elegíveis dois “proto-candidatos” à sua sucessão: Jorge Moreira da Silva em Braga, ou Luís Montenegro em Aveiro. Na lista não referiu nem Pedro Duarte, autor do Manifesto X, lançado recentemente, nem Miguel Pinto Luz, vice na câmara de Cascais, e indicado pela distrital do PSD/Lisboa para a listas de candidatos.

As escolhas de Rio O presidente do PSD já escolheu seis cabeças-de-lista, que correspondem a dois terços do território: Filipa Roseta em Lisboa, Hugo Carvalho, no Porto, Margarida Balseiro Lopes, em Leiria, Mónica Quintela, em Coimbra, Ana Miguel Santos em Aveiro, e André Coelho Lima, por Braga, conforme avançou o Expresso.

Nas estruturas distritais, as escolhas foram encaradas com um misto de surpresa, elogios, e receios de “uma derrota eleitoral” para o PSD.

Entre as novidades destacam-se, por exemplo, Hugo Carvalho, presidente da direção do Conselho Nacional da Juventude (CNJ). O candidato vai deixar a estrutura (já o comunicou) e afirma ao i que ficou “muito contente com o sinal que o Dr. Rui Rio deu de que é possível ( para muitos que não acreditavam que o sistema político não se reformaria) reformar, renovar o sistema político”, diz.

Hugo Carvalho, que chegou a ser um dos relatores do Manifesto X de Pedro Duarte, pela área da Inovação, defendeu que todas as gerações devem contar no espaço de decisão política. Mas a escolha de personalidades mais novas para encabeçar listas a círculos eleitorais no PSD, “ também é uma vitória da minha geração”, assumiu ao i Hugo Carvalho, reconhecendo que o convite o deixou “agradavelmente surpreendido”.

Para o Parlamento, Hugo Carvalho leva na bagagem o programa eleitoral do PSD, mas pretende emprestar à política as bandeiras que já defendeu no Conselho Nacional de Juventude. À cabeça, está o facto de pretender ser uma voz ativa na defesa do acesso à profissão pelos jovens, mas também o acesso à habitação, à defesa do Estado Social, e de uma área que bem conhece, a das tecnologias. Além disso, é preciso uma reforma do sistema político e, neste ponto, “uma eventual limitação de mandato no Parlamento”, apontou Hugo Carvalho.

Neste caso converge com Margarida Balseiro Lopes, deputada, líder da JSD e uma das novidades da lista de Rio ao encabeçar o círculo eleitoral de Leiria nas eleições de outubro. Mais, a JSD vai defender o limite de 12 anos de mandato.

Em Lisboa, Rio escolheu Filipa Roseta, vereadora em Cascais, e a filha mais nova de Pedro Roseta ( antigo ministro da Cultura do PSD) e Helena Roseta (deputada eleita pelo PS). A autarca, arquiteta de formação, também já definiu as suas prioridades no Parlamento: “combate à corrupção, defender uma educação dos 0 aos 100 anos e novas políticas de habitação”, afirmou, citada pela TSF. Já Ana Miguel Santos lidera a lista de Aveiro . A investigadora universitária já tinha integrado a lista nas eleições europeias, no oitavo lugar. Em Coimbra, a opção recaiu sobre Mónica Quintela, advogada e porta-voz para a Justiça do Conselho de Estratégia Nacional do partido, para encabeçar aquele círculo eleitoral.

O vogal da comissão política nacional do PSD André Coelho Lima será o cabeça-de-lista em Braga.

Em aberto estão ainda vários círculos eleitorais e Setúbal é um deles. O nome de Fernando Negrão tem sido apontado como hipótese, mas ainda não está decidido quem será o cabeça-de-lista, segundo apurou o i.

Em Santarém, a distrital do PSD indicou João Moura para a cabeça-de-lista, mas a opção de Rio não deve passar pelo seu nome. Já em Viseu, o nome provável é o de Fernando Ruas, antigo autarca de Viseu, e ex-eurodeputado. Por Bragança, o nome de Adão Silva, atual vice-presidente da bancada do PSD, é uma possibilidade.

Sobre as suas escolhas, Rio defendeu, no Twitter, que “sem ruturas enquistamos e paralisamos”.

O presidente do PSD quis dar um sinal de rutura na formação das listas para as eleições legislativas de outubro e, de uma forma inédita, não será cabeça-de-lista em qualquer círculo eleitoral, nem mesmo no Porto onde chegou a ser dado como certo. Mais, a posição em que concorrerá, no Porto, também não está fechada, num processo surpreendente, sobretudo tendo em conta a tradição nos partidos (em que os líderes encabeçam sempre uma lista de um círculo eleitoral).

De acordo com informações recolhidas pelo i junto de fontes sociais-democratas, caberá a Rio definir em que lugar pretende ficar nas listas pelo Porto, sendo que em 2015, o PSD elegeu 14 deputados. A decisão de se colocar fora da equipa de cabeças-de-lista aos vários círculos eleitorais mereceu alguns comentários no partido, de aplauso, mas também de dúvidas sobre se quererá vir a ocupar o lugar de deputado. Especulação à parte, o presidente da câmara de Cascais, Carlos Carreiras, escreveu na rede social Facebook que “Rui Rio deve dar um sinal que acredita que vai melhorar os resultados das últimas eleições legislativas, pelo que não liderando a lista do Porto, deve ir em 15º lugar pelo distrito do Porto (da última vez o PSD elegeu 14)”. E deveria convidar para lugar não elegíveis dois “proto-candidatos” à sua sucessão: Jorge Moreira da Silva em Braga, ou Luís Montenegro em Aveiro. Na lista não referiu nem Pedro Duarte, autor do Manifesto X, lançado recentemente, nem Miguel Pinto Luz, vice na câmara de Cascais, e indicado pela distrital do PSD/Lisboa para a listas de candidatos.

As escolhas de Rio O presidente do PSD já escolheu seis cabeças-de-lista, que correspondem a dois terços do território: Filipa Roseta em Lisboa, Hugo Carvalho, no Porto, Margarida Balseiro Lopes, em Leiria, Mónica Quintela, em Coimbra, Ana Miguel Santos em Aveiro, e André Coelho Lima, por Braga, conforme avançou o Expresso.

Nas estruturas distritais, as escolhas foram encaradas com um misto de surpresa, elogios, e receios de “uma derrota eleitoral” para o PSD.

Entre as novidades destacam-se, por exemplo, Hugo Carvalho, presidente da direção do Conselho Nacional da Juventude (CNJ). O candidato vai deixar a estrutura (já o comunicou) e afirma ao i que ficou “muito contente com o sinal que o Dr. Rui Rio deu de que é possível ( para muitos que não acreditavam que o sistema político não se reformaria) reformar, renovar o sistema político”, diz.

Hugo Carvalho, que chegou a ser um dos relatores do Manifesto X de Pedro Duarte, pela área da Inovação, defendeu que todas as gerações devem contar no espaço de decisão política. Mas a escolha de personalidades mais novas para encabeçar listas a círculos eleitorais no PSD, “ também é uma vitória da minha geração”, assumiu ao i Hugo Carvalho, reconhecendo que o convite o deixou “agradavelmente surpreendido”.

Para o Parlamento, Hugo Carvalho leva na bagagem o programa eleitoral do PSD, mas pretende emprestar à política as bandeiras que já defendeu no Conselho Nacional de Juventude. À cabeça, está o facto de pretender ser uma voz ativa na defesa do acesso à profissão pelos jovens, mas também o acesso à habitação, à defesa do Estado Social, e de uma área que bem conhece, a das tecnologias. Além disso, é preciso uma reforma do sistema político e, neste ponto, “uma eventual limitação de mandato no Parlamento”, apontou Hugo Carvalho.

Neste caso converge com Margarida Balseiro Lopes, deputada, líder da JSD e uma das novidades da lista de Rio ao encabeçar o círculo eleitoral de Leiria nas eleições de outubro. Mais, a JSD vai defender o limite de 12 anos de mandato.

Em Lisboa, Rio escolheu Filipa Roseta, vereadora em Cascais, e a filha mais nova de Pedro Roseta ( antigo ministro da Cultura do PSD) e Helena Roseta (deputada eleita pelo PS). A autarca, arquiteta de formação, também já definiu as suas prioridades no Parlamento: “combate à corrupção, defender uma educação dos 0 aos 100 anos e novas políticas de habitação”, afirmou, citada pela TSF. Já Ana Miguel Santos lidera a lista de Aveiro . A investigadora universitária já tinha integrado a lista nas eleições europeias, no oitavo lugar. Em Coimbra, a opção recaiu sobre Mónica Quintela, advogada e porta-voz para a Justiça do Conselho de Estratégia Nacional do partido, para encabeçar aquele círculo eleitoral.

O vogal da comissão política nacional do PSD André Coelho Lima será o cabeça-de-lista em Braga.

Em aberto estão ainda vários círculos eleitorais e Setúbal é um deles. O nome de Fernando Negrão tem sido apontado como hipótese, mas ainda não está decidido quem será o cabeça-de-lista, segundo apurou o i.

Em Santarém, a distrital do PSD indicou João Moura para a cabeça-de-lista, mas a opção de Rio não deve passar pelo seu nome. Já em Viseu, o nome provável é o de Fernando Ruas, antigo autarca de Viseu, e ex-eurodeputado. Por Bragança, o nome de Adão Silva, atual vice-presidente da bancada do PSD, é uma possibilidade.

Sobre as suas escolhas, Rio defendeu, no Twitter, que “sem ruturas enquistamos e paralisamos”.

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