CDS-PP: Concelhia de Lisboa

16-07-2018
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CDS-PP confrontou hoje o Governo com exemplos que considerou serem «provas de facilitismo» nos exames nacionais, com o ministro dos Assuntos Parlamentares a recusar suspeitas de falta de independência do gabinete que concebe os exames.«Perguntas demasiado fáceis e até retóricas», perguntas sobre matérias de «anos e até de ciclos anteriores», perguntas dirigidas a alunos de 15 anos «que podiam ser respondidas por alunos de 10» foram alguns exemplos referidos pelo líder do CDS-PP, Paulo Portas, na abertura do debate de actualidade sobre os exames nacionais, que hoje decorreu no Parlamento.«Poderá o Governo dizer que foi tudo um acaso. Não creio«, afirmou Portas, que citou uma »orientação« que disse ter sido dada pela directora-regional da Educação do Norte: »Os alunos têm direito a ter sucesso. Talvez fosse útil excluir de correctores aqueles professores que têm repetidamente classificações muito distantes da média. O que honra o trabalho do professor é o sucesso dos alunos«.Tal como o CDS-PP, o PSD, através do deputado Pedro Duarte, considerou que o »Governo nega as evidências« quando rejeita »de forma arrogante« os alertas das sociedades científicas e das associações de pais sobre a »facilidade dos exames nacionais«.»O Governo tem uma orientação que visa as próximas eleições legislativas e quer apresentar resultados para o sucesso escolar, fazendo batota«, acusou.Na sua intervenção, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, defendeu que o actual sistema de exames nacionais »garante a independência técnica« do organismo do ministério da Educação competente, o GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional».«É impressionante a atitude do CDS que sistematicamente põe em causa as instituições técnicas do Estado«, afirmou, frisando que »o CDS comete um erro« ao »querer transformá-las em estruturas políticas«. Para a deputada do BE Ana Drago, a dúvida sobre se os exames nacionais foram ou não propositadamente facilitados existe porque »o país percebeu que há uma lógica política no ministério da Educação«.Manifestando-se contra aquele tipo de exames, o deputado comunista Miguel Tiago considerou que o facto de existirem abre a »possibilidade de instrumentalização« »ao sabor das necessidades do momento« em períodos pré-eleitorais.Para a deputada de »Os Verdes« Heloísa Apolónia, »hoje existe a desconfiança no país e o Governo ainda não provou que o sistema não está a ser moldado de acordo com objectivos imediatos« eleitorais.Do lado do PS, a deputada socialista Ana Barros rejeitou que o Governo tenha influenciado o GAVE no sentido de facilitar os exames e devolveu a pergunta ao CDS-PP.«O sr. deputado Diogo Feio, que foi secretário de Estado da Educação, alguma vez exerceu influência sobre o GAVE para influenciar os resultados?», questionou, perante os sinais negativos da bancada do CDS.Lusa

CDS-PP confrontou hoje o Governo com exemplos que considerou serem «provas de facilitismo» nos exames nacionais, com o ministro dos Assuntos Parlamentares a recusar suspeitas de falta de independência do gabinete que concebe os exames.«Perguntas demasiado fáceis e até retóricas», perguntas sobre matérias de «anos e até de ciclos anteriores», perguntas dirigidas a alunos de 15 anos «que podiam ser respondidas por alunos de 10» foram alguns exemplos referidos pelo líder do CDS-PP, Paulo Portas, na abertura do debate de actualidade sobre os exames nacionais, que hoje decorreu no Parlamento.«Poderá o Governo dizer que foi tudo um acaso. Não creio«, afirmou Portas, que citou uma »orientação« que disse ter sido dada pela directora-regional da Educação do Norte: »Os alunos têm direito a ter sucesso. Talvez fosse útil excluir de correctores aqueles professores que têm repetidamente classificações muito distantes da média. O que honra o trabalho do professor é o sucesso dos alunos«.Tal como o CDS-PP, o PSD, através do deputado Pedro Duarte, considerou que o »Governo nega as evidências« quando rejeita »de forma arrogante« os alertas das sociedades científicas e das associações de pais sobre a »facilidade dos exames nacionais«.»O Governo tem uma orientação que visa as próximas eleições legislativas e quer apresentar resultados para o sucesso escolar, fazendo batota«, acusou.Na sua intervenção, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, defendeu que o actual sistema de exames nacionais »garante a independência técnica« do organismo do ministério da Educação competente, o GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional».«É impressionante a atitude do CDS que sistematicamente põe em causa as instituições técnicas do Estado«, afirmou, frisando que »o CDS comete um erro« ao »querer transformá-las em estruturas políticas«. Para a deputada do BE Ana Drago, a dúvida sobre se os exames nacionais foram ou não propositadamente facilitados existe porque »o país percebeu que há uma lógica política no ministério da Educação«.Manifestando-se contra aquele tipo de exames, o deputado comunista Miguel Tiago considerou que o facto de existirem abre a »possibilidade de instrumentalização« »ao sabor das necessidades do momento« em períodos pré-eleitorais.Para a deputada de »Os Verdes« Heloísa Apolónia, »hoje existe a desconfiança no país e o Governo ainda não provou que o sistema não está a ser moldado de acordo com objectivos imediatos« eleitorais.Do lado do PS, a deputada socialista Ana Barros rejeitou que o Governo tenha influenciado o GAVE no sentido de facilitar os exames e devolveu a pergunta ao CDS-PP.«O sr. deputado Diogo Feio, que foi secretário de Estado da Educação, alguma vez exerceu influência sobre o GAVE para influenciar os resultados?», questionou, perante os sinais negativos da bancada do CDS.Lusa

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