Homenagem a Aquilino Ribeiro Machado

02-03-2017
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Numa iniciativa conjunta da Junta de Freguesia de Alvalade e da ARALIS, Associação para a Reflexão e Acção em Lisboa, foi homenageado o primeiro Presidente da Câmara Municipal de Lisboa democraticamente eleito após o 25 de Abril.

O Auditório do Polo Teixeira de Pascoaes – onde funcionou a Assembleia Municipal de Lisboa – encheu-se com amigos e familiares do homenageado.

A cerimónia foi iniciada com a alocução do vice-reitor da Universidade Lusófona, Carlos Poiares. Seguiu-se-lhe Manuel Damásio, docente naquela instituição e o filho do homenageado, Aquilino Machado. Antes do encerrar da sessão pelo Ministro da Cultura, João Soares, falou o presidente da Junta de Alvalade, André Caldas.

Houve ainda a participação da Associação Musical Lisboa Cantat.

Nas suas emocionadas palavras Aquilino Machado agradeceu em nome de sua Mãe e da restante família aos organizadores e aos presentes, assim como à Comissão de Honra, integrada por Jorge Sampaio, Fernando Medina, Helena Roseta e Edmundo Pedro, entre outros. Na sua alocução relembrou o nascimento de seu pai em Bayonne, a 6 de Abril de 1930, no decurso do 3º exílio de seu avô, o escritor Aquilino Ribeiro; referiu a forte marca tutelar herdada; lembrou a obra que lhe foi dedicada pelo Escritor: “Arca de Noé – III Classe”; explicou a essência democrática do título e centrando-se no culto pela liberdade e na inabalável confiança de que o caminho pela igualdade é aquele a seguir pelos Homens, referiu o percurso anti-fascista e de resistência seguido “por aqueles que tinham a coragem de o fazer”, como seu pai, assumindo-se sempre como um homem de esquerda, militante e co-fundador do Partido Socialista, sem esquecer o cidadão exemplar pela sua bondade, pelos seus valores e ética republicana. Traçou um breve percurso político de seu pai e acabou citando seu avô e as suas palavras ditas em 1963, por ocasião do Cinquentenário do Aniversário da sua vida literária, já escritas em “Por Obra e Graça”, no ensaio sobre Anatole France, acerca da Liberdade: “Olhem sempre em frente, olhem para o sol, não tenham medo de errar sendo originais, sejam iconoclastas e o mais anti que puderem e verdadeiros, fugindo aos velhos caminhos e culturas trilhados pelos Velhos do Restelo, cultivem a inquietação…”

João Soares, Ministro da Cultura, numa alocução de vinte minutos, referiu muitas das qualidades do homenageado, do seu percurso de vida e luta pela liberdade, das suas relações com os seus próprios pais, contando “A história do batiscafo” e a interferência humorística de Aquilino Machado, “que lhe salvou a vida”, impedindo-o de usar a sua invenção para baixar às profundezas do mar, a exemplo de Jean-Jacques Cousteau.

A viúva do homenageado, Alexandra Oliveira e seu neto descerraram uma lápide que ficou a dar o nome de Auditório Aquilino Ribeiro Machado àquele espaço.

À Família de Aquilino Ribeiro Machado, o Rua Direita, que esteve presente com o presidente da Câmara de Sernancelhe, Carlos Silva Santiago, deixa seu preito.

NOTA: As fotos com o Sr. Engº Aquilino Machado são do acervo pessoal do editor.

Numa iniciativa conjunta da Junta de Freguesia de Alvalade e da ARALIS, Associação para a Reflexão e Acção em Lisboa, foi homenageado o primeiro Presidente da Câmara Municipal de Lisboa democraticamente eleito após o 25 de Abril.

O Auditório do Polo Teixeira de Pascoaes – onde funcionou a Assembleia Municipal de Lisboa – encheu-se com amigos e familiares do homenageado.

A cerimónia foi iniciada com a alocução do vice-reitor da Universidade Lusófona, Carlos Poiares. Seguiu-se-lhe Manuel Damásio, docente naquela instituição e o filho do homenageado, Aquilino Machado. Antes do encerrar da sessão pelo Ministro da Cultura, João Soares, falou o presidente da Junta de Alvalade, André Caldas.

Houve ainda a participação da Associação Musical Lisboa Cantat.

Nas suas emocionadas palavras Aquilino Machado agradeceu em nome de sua Mãe e da restante família aos organizadores e aos presentes, assim como à Comissão de Honra, integrada por Jorge Sampaio, Fernando Medina, Helena Roseta e Edmundo Pedro, entre outros. Na sua alocução relembrou o nascimento de seu pai em Bayonne, a 6 de Abril de 1930, no decurso do 3º exílio de seu avô, o escritor Aquilino Ribeiro; referiu a forte marca tutelar herdada; lembrou a obra que lhe foi dedicada pelo Escritor: “Arca de Noé – III Classe”; explicou a essência democrática do título e centrando-se no culto pela liberdade e na inabalável confiança de que o caminho pela igualdade é aquele a seguir pelos Homens, referiu o percurso anti-fascista e de resistência seguido “por aqueles que tinham a coragem de o fazer”, como seu pai, assumindo-se sempre como um homem de esquerda, militante e co-fundador do Partido Socialista, sem esquecer o cidadão exemplar pela sua bondade, pelos seus valores e ética republicana. Traçou um breve percurso político de seu pai e acabou citando seu avô e as suas palavras ditas em 1963, por ocasião do Cinquentenário do Aniversário da sua vida literária, já escritas em “Por Obra e Graça”, no ensaio sobre Anatole France, acerca da Liberdade: “Olhem sempre em frente, olhem para o sol, não tenham medo de errar sendo originais, sejam iconoclastas e o mais anti que puderem e verdadeiros, fugindo aos velhos caminhos e culturas trilhados pelos Velhos do Restelo, cultivem a inquietação…”

João Soares, Ministro da Cultura, numa alocução de vinte minutos, referiu muitas das qualidades do homenageado, do seu percurso de vida e luta pela liberdade, das suas relações com os seus próprios pais, contando “A história do batiscafo” e a interferência humorística de Aquilino Machado, “que lhe salvou a vida”, impedindo-o de usar a sua invenção para baixar às profundezas do mar, a exemplo de Jean-Jacques Cousteau.

A viúva do homenageado, Alexandra Oliveira e seu neto descerraram uma lápide que ficou a dar o nome de Auditório Aquilino Ribeiro Machado àquele espaço.

À Família de Aquilino Ribeiro Machado, o Rua Direita, que esteve presente com o presidente da Câmara de Sernancelhe, Carlos Silva Santiago, deixa seu preito.

NOTA: As fotos com o Sr. Engº Aquilino Machado são do acervo pessoal do editor.

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