Teatro Nacional de São Carlos sem solução à vista

01-08-2019
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A secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, foi esta quinta-feira incumbida de levar as más notícias ao Opart: a harmonização salarial entre os trabalhadores do São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado não acontecerá, como tem sido reivindicada, porque a redução do número de horas, de 40 para 35, uma decisão tomada em 2017, não passa de um acordo ilegal entre a empresa e os trabalhadores. “Dizem-nos que a decisão tomada há dois anos não teve autorização do Ministério das Finanças”, explica André Albuquerque, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Espetáculo, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE). Questionado pelo Expresso, o Ministério de Mário Centeno escusou-se a explicar porque é que o acordo entre o Opart e os trabalhadores não teve autorização das Finanças.

A solução, segundo a secretária de Estado da Cultura, passaria pelo regresso às 40 horas semanais, ou acrescentar às 35 mais cinco em banco de horas, ou ainda manter as 35 horas mas com redução salarial, no caso da CNB, e passar de 35 para 30, somadas a cinco em banco de horas, no que respeita aos técnicos do São Carlos. “Estão a incendiar a relação entre os trabalhadores da CNB e do Teatro São Carlos”, avança André Albuquerque, que garante que “dificilmente haverá uma hipótese de acordo”. “Isto não é uma solução, isto é aumentar o problema”, conclui.

As negociações, lideradas por Ângela Ferreira, tiveram pela primeira vez a presença de um elemento do Ministério das Finanças, mas não contaram com nenhum membro do conselho de administração do Opart. O presidente, Carlos Vargas, continua em férias, e os dois vogais, Samuel Rego e Sandra Simões, que não serão reconduzidos no cargo, foram afastados das negociações. Nada disto, porém, parece estar a ser tido em conta pelo MC, que desde 7 de maio que diz ao Expresso que “o novo conselho de administração do Opart será anunciado em breve”.

Os trabalhadores do São Carlos e da CNB iniciaram, a 7 de junho, uma série de greves, que serão mantidas até haver garantias por parte do Ministério das Finanças, de que as suas reivindicações serão atendidas. As greves já levaram ao cancelamento de três récitas da ópera “La Bohème”, no Teatro Nacional de São Carlos, a 7, 9 e 14 de junho.

Ainda em risco e com pré-avisos de greve estão as apresentações dos bailados “Nós como Futuro”, a 27, 28 e 29 de junho, no Teatro Camões, em Lisboa, “Dom Quixote”, entre 11 e 13 de julho, no Teatro Rivoli, no Porto, “15 Bailarinos e Tempo Incerto”, a 17 e 18 de julho, no Teatro Municipal Joaquim Benite, no âmbito do 36.º Festival de Almada, e dos espetáculos incluídos no Festival ao Largo, que decorre de 6 a 27 de julho, em Lisboa.

A secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, foi esta quinta-feira incumbida de levar as más notícias ao Opart: a harmonização salarial entre os trabalhadores do São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado não acontecerá, como tem sido reivindicada, porque a redução do número de horas, de 40 para 35, uma decisão tomada em 2017, não passa de um acordo ilegal entre a empresa e os trabalhadores. “Dizem-nos que a decisão tomada há dois anos não teve autorização do Ministério das Finanças”, explica André Albuquerque, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Espetáculo, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE). Questionado pelo Expresso, o Ministério de Mário Centeno escusou-se a explicar porque é que o acordo entre o Opart e os trabalhadores não teve autorização das Finanças.

A solução, segundo a secretária de Estado da Cultura, passaria pelo regresso às 40 horas semanais, ou acrescentar às 35 mais cinco em banco de horas, ou ainda manter as 35 horas mas com redução salarial, no caso da CNB, e passar de 35 para 30, somadas a cinco em banco de horas, no que respeita aos técnicos do São Carlos. “Estão a incendiar a relação entre os trabalhadores da CNB e do Teatro São Carlos”, avança André Albuquerque, que garante que “dificilmente haverá uma hipótese de acordo”. “Isto não é uma solução, isto é aumentar o problema”, conclui.

As negociações, lideradas por Ângela Ferreira, tiveram pela primeira vez a presença de um elemento do Ministério das Finanças, mas não contaram com nenhum membro do conselho de administração do Opart. O presidente, Carlos Vargas, continua em férias, e os dois vogais, Samuel Rego e Sandra Simões, que não serão reconduzidos no cargo, foram afastados das negociações. Nada disto, porém, parece estar a ser tido em conta pelo MC, que desde 7 de maio que diz ao Expresso que “o novo conselho de administração do Opart será anunciado em breve”.

Os trabalhadores do São Carlos e da CNB iniciaram, a 7 de junho, uma série de greves, que serão mantidas até haver garantias por parte do Ministério das Finanças, de que as suas reivindicações serão atendidas. As greves já levaram ao cancelamento de três récitas da ópera “La Bohème”, no Teatro Nacional de São Carlos, a 7, 9 e 14 de junho.

Ainda em risco e com pré-avisos de greve estão as apresentações dos bailados “Nós como Futuro”, a 27, 28 e 29 de junho, no Teatro Camões, em Lisboa, “Dom Quixote”, entre 11 e 13 de julho, no Teatro Rivoli, no Porto, “15 Bailarinos e Tempo Incerto”, a 17 e 18 de julho, no Teatro Municipal Joaquim Benite, no âmbito do 36.º Festival de Almada, e dos espetáculos incluídos no Festival ao Largo, que decorre de 6 a 27 de julho, em Lisboa.

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