Pausa na luta com o Governo: greve no Opart suspensa

10-07-2019
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Ainda não há “solução” para as exigências reivindicadas pelos trabalhadores do Opart, a empresa pública que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional do Bailado, mas há a perspectiva de uma “negociação” e “compromisso”. É isto que diz o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE), no Facebook, que anuncia o recuo nos pré-avisos de greve que ameaçavam vários espetáculos.

O Opart tem um novo conselho de administração (CA) desde terça-feira, sob liderança de André Caldas. Esse gabinete esteve vazio, digamos assim, nos últimos dois meses, à espera de novo rumo. O novo CA herda uma situação complicada: os trabalhadores exigem uma equiparação salarial e o Ministério da Cultura, chefiado por Graça Fonseca, negou essa aspiração. Em causa está também a nega de Mário Centeno, o ministro das Finanças, em não autorizar a equivalência horária.

Seguiu-se uma greve, iniciada a 7 de junho, que levou ao cancelamento de vários espetáculos. Depois, foram anunciados vários pré-avisos de greve que abrangiam a ópera no São Carlos, o Festival do Largo e os bailados "Dom Quixote", "Nós como Futuro" e "Quinze Bailarinos e Tempo Incerto".

Segundo o Cena-STE, a greve prendia-se a “questões laborais”, “pela criação de condições técnicas e funcionais de trabalho” e em defesa da “missão artística do Opart”, pode ler-se neste artigo do Expresso.

O comunicado na íntegra

Os trabalhadores do OPART, EPE decidiram ontem, dia 6 de Julho, pela suspensão dos pré-avisos de greve vigentes, mas esta suspensão não indica que se tenha encontrado a solução para todas as reivindicações e problemas laborais criados pelos factos e decisões das últimas semanas.

Esta suspensão acontece porque os trabalhadores consideraram que o novo Conselho de Administração da empresa demonstrou ter a capacidade, em cerca de 48 horas, de propor um caminho de compromisso e negociação em que reconhece que os trabalhadores e o CENA-STE fazem parte da solução e em que se pretende fazer uma negociação com um horizonte mais profundo do que até agora tinha sido proposto.

O CENA-STE e os trabalhadores continuam a considerar que houve um erro e que esse erro é da total e inteira responsabilidade do Governo e necessita de ser emendado. Mas como sempre afirmámos, estes trabalhadores não têm uma postura de intransigência ao contrário daquela demonstrada pela Ministra da Cultura e pelo Governo. Esperamos que nesta nova fase também as acções e decisões das tutelas demonstrem uma nova capacidade de escuta relativamente às condições específicas e de elevada exigência em que estes trabalhadores desenvolvem a sua actividade.

Ainda não há “solução” para as exigências reivindicadas pelos trabalhadores do Opart, a empresa pública que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional do Bailado, mas há a perspectiva de uma “negociação” e “compromisso”. É isto que diz o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE), no Facebook, que anuncia o recuo nos pré-avisos de greve que ameaçavam vários espetáculos.

O Opart tem um novo conselho de administração (CA) desde terça-feira, sob liderança de André Caldas. Esse gabinete esteve vazio, digamos assim, nos últimos dois meses, à espera de novo rumo. O novo CA herda uma situação complicada: os trabalhadores exigem uma equiparação salarial e o Ministério da Cultura, chefiado por Graça Fonseca, negou essa aspiração. Em causa está também a nega de Mário Centeno, o ministro das Finanças, em não autorizar a equivalência horária.

Seguiu-se uma greve, iniciada a 7 de junho, que levou ao cancelamento de vários espetáculos. Depois, foram anunciados vários pré-avisos de greve que abrangiam a ópera no São Carlos, o Festival do Largo e os bailados "Dom Quixote", "Nós como Futuro" e "Quinze Bailarinos e Tempo Incerto".

Segundo o Cena-STE, a greve prendia-se a “questões laborais”, “pela criação de condições técnicas e funcionais de trabalho” e em defesa da “missão artística do Opart”, pode ler-se neste artigo do Expresso.

O comunicado na íntegra

Os trabalhadores do OPART, EPE decidiram ontem, dia 6 de Julho, pela suspensão dos pré-avisos de greve vigentes, mas esta suspensão não indica que se tenha encontrado a solução para todas as reivindicações e problemas laborais criados pelos factos e decisões das últimas semanas.

Esta suspensão acontece porque os trabalhadores consideraram que o novo Conselho de Administração da empresa demonstrou ter a capacidade, em cerca de 48 horas, de propor um caminho de compromisso e negociação em que reconhece que os trabalhadores e o CENA-STE fazem parte da solução e em que se pretende fazer uma negociação com um horizonte mais profundo do que até agora tinha sido proposto.

O CENA-STE e os trabalhadores continuam a considerar que houve um erro e que esse erro é da total e inteira responsabilidade do Governo e necessita de ser emendado. Mas como sempre afirmámos, estes trabalhadores não têm uma postura de intransigência ao contrário daquela demonstrada pela Ministra da Cultura e pelo Governo. Esperamos que nesta nova fase também as acções e decisões das tutelas demonstrem uma nova capacidade de escuta relativamente às condições específicas e de elevada exigência em que estes trabalhadores desenvolvem a sua actividade.

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