A Essência da Pólvora: NEM A GENTE SAI DO EURO, NEM O EURO SAI DA GENTE?

23-05-2019
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No passado fim de semana li o livro do Professor João Ferreira do Amaral, que recomendo vivamente a quem queira ficar com uma ideia do que é realmente o Euro e daquilo que está a fazer à economia e à sociedade portuguesa, e este sábado li um conjunto de artigos no Le Monde Diplomatique de Maio sobre Que fazer com este do Euro?

Resumindo, Ferreira do Amaral, Carlos Carvalhas e Octávio Teixeira, que antes da entrada de Portugal no Euro foram publicamente escarnecidos por terem alertado para as funestas consequências dessa decisão, preferiam voltar ao tempo do Escudo, já Vieira da Silva preferia voltar aos seus tempos de ministro de Sócrates, e Francisco Louçã preferia ter nascido grego e líder do Syriza.

Mas sempre fiquei um pouco mais esclarecido. Talvez por influencia de Lord Young ou do Old Karl, pensava eu de que, com Euro ou sem Euro, esta cena da Austeridade tinha tudo a ver com as crises capitalistas e a maneira de sair delas: a intensificação da exploração de trabalho barato.

Mas se calhar não. Para Amaral, Carvalhas e Teixeira a coisa resolve-se com a saída do Euro. Para Louçã o melhor é nem falar nisso para não espantar o pessoal, renegoceia-se a Dívida, como diz o Syriza, e depois logo se vê. Para Silva o problema é lá com a Europa, e a nós só resta esperar que o Passos caia e que vá para lá o Seguro continuar o que Passos está a fazer.

Entretanto, e enquanto nem o euro morre nem a gente janta, só queria dizer mais duas coisinhas:

1. Ainda há alguém por aí que não tenha percebido que Portugal e a Grécia já não são membros de corpo inteiro, que já começaram, de facto, a sair do Euro?

2. E também não deram conta que já faz tempo que o Euro começou a sair, diria mesmo a evaporar-se, dos bolsos cá do pessoal?

No passado fim de semana li o livro do Professor João Ferreira do Amaral, que recomendo vivamente a quem queira ficar com uma ideia do que é realmente o Euro e daquilo que está a fazer à economia e à sociedade portuguesa, e este sábado li um conjunto de artigos no Le Monde Diplomatique de Maio sobre Que fazer com este do Euro?

Resumindo, Ferreira do Amaral, Carlos Carvalhas e Octávio Teixeira, que antes da entrada de Portugal no Euro foram publicamente escarnecidos por terem alertado para as funestas consequências dessa decisão, preferiam voltar ao tempo do Escudo, já Vieira da Silva preferia voltar aos seus tempos de ministro de Sócrates, e Francisco Louçã preferia ter nascido grego e líder do Syriza.

Mas sempre fiquei um pouco mais esclarecido. Talvez por influencia de Lord Young ou do Old Karl, pensava eu de que, com Euro ou sem Euro, esta cena da Austeridade tinha tudo a ver com as crises capitalistas e a maneira de sair delas: a intensificação da exploração de trabalho barato.

Mas se calhar não. Para Amaral, Carvalhas e Teixeira a coisa resolve-se com a saída do Euro. Para Louçã o melhor é nem falar nisso para não espantar o pessoal, renegoceia-se a Dívida, como diz o Syriza, e depois logo se vê. Para Silva o problema é lá com a Europa, e a nós só resta esperar que o Passos caia e que vá para lá o Seguro continuar o que Passos está a fazer.

Entretanto, e enquanto nem o euro morre nem a gente janta, só queria dizer mais duas coisinhas:

1. Ainda há alguém por aí que não tenha percebido que Portugal e a Grécia já não são membros de corpo inteiro, que já começaram, de facto, a sair do Euro?

2. E também não deram conta que já faz tempo que o Euro começou a sair, diria mesmo a evaporar-se, dos bolsos cá do pessoal?

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