Portugal Em Chamas: Corrupção no Governo e Incêndios

02-09-2019
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Passaram-se em Portugal duas coisas extraordinárias:

Corrupção com Bilhetes para o Euro

Assistimos na semana passada o ministro dos negócios estrangeiros Augusto Santos Silva, agora primeiro ministro em exercício, vir desdobrar-se em desculpas furadas porque três secretários de estado – em especial, Fernando Rocha Andrade – caíram numa distracção imperdoável: achincalhar um cargo público.

Todos sabemos que o que se passou, na verdade assim aconteceu porque Andrade Rocha é daqueles funcionários públicos cheios de empáfia e por tal foi apanhado na clássica legenda da corrupção do chouriço.

Aparentemente, o montante de cem (100) milhões de euros estão em disputa entre a Galp e a Autoridade Tributária e Aduaneira (ATA) cujo patrão é o Andrade Rocha. Acredito que a Galp queira pagar o que deve ao fisco, mas como o chefe da ATA tem uma personalidade ferida de arruaça, a petrolífera armou-lhe um laço para o afastar das negociações da contenda que opõe a Galp à ATA. Andrade Rocha, ávido por se mostrar, quis convencer-se da sua indispensabilidade “patriótica”. A Galp é uma empresa de cariz internacional e, para sua sobrevivência, tem um SWOT e uma das finalidades deste é saber o que move as pessoas do seu entourage; deste modo, aquele departamento da Galp descobriu a fraqueza de Fernando Andrade Rocha: a vaidade.

Compreendo o progresso das sociedades, entendo o kitch comportamental, reconheço que o ideal marxista facilitou a ascensão social dos remediados, mas não aceito a aselhice política porque o papel que se desempenha deve estar de acordo com o estatuto e isto não pode estar revestido de inconsequência, antiética e imoralidade (i.e. caminho directo para a prática da corrupção). Não obstante, a verdade permanece: Rocha Andrade, quer queiramos ou não, deixou-se corromper pelo preço dum chouriço.

O Primeiro-ministro em exercício Santos Silva explicou-nos que tendo sido a patrocinadora da selecção de futebol, a Galp nessa capacidade ofereceu convites a diversos VIP's portugueses; por isso, sendo o senhor secretário dos assuntos fiscais, um Very Important Person, este sentiu que não seria antiético esquecer-se do seu envolvimento no diferendo com a Galp e, consequentemente, foi dignificar um jogo da selecção, sentando o seu rabo num estádio de futebol tal qual um cidadão livre de responsabilidades governamentais.

Santos Silva acrescentou que tudo não passara de um equívoco porque o Rocha Andrade  afinal não fora comprado pela Galp: o que aconteceu foi que sentindo-se impelido pelo nacionalismo, Rocha Andrade, tal qual cidadão ordinário, foi à Galp meter um vale para ir apoiar a rapaziada da selecção, mas como um homem de boas contas ele já havia ressarcido a Galp, e ponto final.

Onde Estava o Wally Costa? 

O primeiro-ministro da esquerda radical estava a gozar as suas merecidas férias e não esteve para se aborrecer com querelas sem sentido como o empréstimo pedido por Rocha Andrade à Galp; até porque o Santos Silva deu conta do recado. Mas exactamente como a Roma de Nero, Portugal continental e insular está em chamas; os bombeiros não profissionalizados com a ajuda das populações estão sem mãos a medir com a praga do inferno.

Com a simultaneidade de fogos, Portugal demonstrou que não está equipado para acudir as populações. Os bombeiros não têm meios de combate aos incêndios: nem soldados nem tão pouco equipamento; o soldado da paz português pode inalar fumos, pode queimar-se e pode até morrer que ninguém quer saber desse detalhe.

Eis que a Santos Silva, o primeiro-ministro em exercício que fora tão eficaz a controlar os danos causados pelas asneiradas dos três estarolas, foi-lhe passado um atestado de incompetência e, aquele outro chamado António Costa que antes estava de férias, saiu da sua toca e veio prometer aos bombeiros e às populações atingidas que o seu governo iria com a maior celeridade equipar os bombeiros e proteger as populações de todos os perigos: qual salvador dos oprimidos.

Atenção meu povo, vozes melodiosas que falam de fé no governo e de esperança na melhoria de vosso futuro só servem para vos dopar porque vejam bem: agora ireis pagar o IMI do sol e da boa vista porque o sol quando nasce não é para todos, aquele incide mais sobre os que têm posses para adquirir uma casa arejada, solarenga e virada para um local salubre.

Agora com os incêndios o chouriceiro Rocha Andrade vai instituir o imposto sobre o fumo dos incêndios e nada terá a ver com o estado, serão sim os cidadãos a requerer a intensidade de dióxido de carbono na atmosfera e as Câmaras Municipais –  Associação de Cidadãos Independentes – irão fazer a peritagem e o cidadão pagará.

Os terroristas islamistas são uns pobres atrasados mentais; a violência assassina dos islamista é igual a umas valentes tareias dadas numa mulher por um marido católico baptizado e praticante; o sol deve ser pago por aqueles que escolham salubridade e poupança de energia; o fumo do tabaco é pago pelos consumidores e o fumo dos incêndios será pago pelas vítimas do fogo posto: segurem-me que de tanto tédio, estou doida e prestes a suicidar-me...

Até para a semana    

(Imagem editada: Andrade Rocha - Google Imagens)

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

Passaram-se em Portugal duas coisas extraordinárias:

Corrupção com Bilhetes para o Euro

Assistimos na semana passada o ministro dos negócios estrangeiros Augusto Santos Silva, agora primeiro ministro em exercício, vir desdobrar-se em desculpas furadas porque três secretários de estado – em especial, Fernando Rocha Andrade – caíram numa distracção imperdoável: achincalhar um cargo público.

Todos sabemos que o que se passou, na verdade assim aconteceu porque Andrade Rocha é daqueles funcionários públicos cheios de empáfia e por tal foi apanhado na clássica legenda da corrupção do chouriço.

Aparentemente, o montante de cem (100) milhões de euros estão em disputa entre a Galp e a Autoridade Tributária e Aduaneira (ATA) cujo patrão é o Andrade Rocha. Acredito que a Galp queira pagar o que deve ao fisco, mas como o chefe da ATA tem uma personalidade ferida de arruaça, a petrolífera armou-lhe um laço para o afastar das negociações da contenda que opõe a Galp à ATA. Andrade Rocha, ávido por se mostrar, quis convencer-se da sua indispensabilidade “patriótica”. A Galp é uma empresa de cariz internacional e, para sua sobrevivência, tem um SWOT e uma das finalidades deste é saber o que move as pessoas do seu entourage; deste modo, aquele departamento da Galp descobriu a fraqueza de Fernando Andrade Rocha: a vaidade.

Compreendo o progresso das sociedades, entendo o kitch comportamental, reconheço que o ideal marxista facilitou a ascensão social dos remediados, mas não aceito a aselhice política porque o papel que se desempenha deve estar de acordo com o estatuto e isto não pode estar revestido de inconsequência, antiética e imoralidade (i.e. caminho directo para a prática da corrupção). Não obstante, a verdade permanece: Rocha Andrade, quer queiramos ou não, deixou-se corromper pelo preço dum chouriço.

O Primeiro-ministro em exercício Santos Silva explicou-nos que tendo sido a patrocinadora da selecção de futebol, a Galp nessa capacidade ofereceu convites a diversos VIP's portugueses; por isso, sendo o senhor secretário dos assuntos fiscais, um Very Important Person, este sentiu que não seria antiético esquecer-se do seu envolvimento no diferendo com a Galp e, consequentemente, foi dignificar um jogo da selecção, sentando o seu rabo num estádio de futebol tal qual um cidadão livre de responsabilidades governamentais.

Santos Silva acrescentou que tudo não passara de um equívoco porque o Rocha Andrade  afinal não fora comprado pela Galp: o que aconteceu foi que sentindo-se impelido pelo nacionalismo, Rocha Andrade, tal qual cidadão ordinário, foi à Galp meter um vale para ir apoiar a rapaziada da selecção, mas como um homem de boas contas ele já havia ressarcido a Galp, e ponto final.

Onde Estava o Wally Costa? 

O primeiro-ministro da esquerda radical estava a gozar as suas merecidas férias e não esteve para se aborrecer com querelas sem sentido como o empréstimo pedido por Rocha Andrade à Galp; até porque o Santos Silva deu conta do recado. Mas exactamente como a Roma de Nero, Portugal continental e insular está em chamas; os bombeiros não profissionalizados com a ajuda das populações estão sem mãos a medir com a praga do inferno.

Com a simultaneidade de fogos, Portugal demonstrou que não está equipado para acudir as populações. Os bombeiros não têm meios de combate aos incêndios: nem soldados nem tão pouco equipamento; o soldado da paz português pode inalar fumos, pode queimar-se e pode até morrer que ninguém quer saber desse detalhe.

Eis que a Santos Silva, o primeiro-ministro em exercício que fora tão eficaz a controlar os danos causados pelas asneiradas dos três estarolas, foi-lhe passado um atestado de incompetência e, aquele outro chamado António Costa que antes estava de férias, saiu da sua toca e veio prometer aos bombeiros e às populações atingidas que o seu governo iria com a maior celeridade equipar os bombeiros e proteger as populações de todos os perigos: qual salvador dos oprimidos.

Atenção meu povo, vozes melodiosas que falam de fé no governo e de esperança na melhoria de vosso futuro só servem para vos dopar porque vejam bem: agora ireis pagar o IMI do sol e da boa vista porque o sol quando nasce não é para todos, aquele incide mais sobre os que têm posses para adquirir uma casa arejada, solarenga e virada para um local salubre.

Agora com os incêndios o chouriceiro Rocha Andrade vai instituir o imposto sobre o fumo dos incêndios e nada terá a ver com o estado, serão sim os cidadãos a requerer a intensidade de dióxido de carbono na atmosfera e as Câmaras Municipais –  Associação de Cidadãos Independentes – irão fazer a peritagem e o cidadão pagará.

Os terroristas islamistas são uns pobres atrasados mentais; a violência assassina dos islamista é igual a umas valentes tareias dadas numa mulher por um marido católico baptizado e praticante; o sol deve ser pago por aqueles que escolham salubridade e poupança de energia; o fumo do tabaco é pago pelos consumidores e o fumo dos incêndios será pago pelas vítimas do fogo posto: segurem-me que de tanto tédio, estou doida e prestes a suicidar-me...

Até para a semana    

(Imagem editada: Andrade Rocha - Google Imagens)

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

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