Passos avisa Rio: “é preciso bater a geringonça” e o CDS “será importante para futuro”

23-05-2019
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Não foi uma saída qualquer a despedida de Pedro Passos Coelho. Uma entrada afetuosa, um discurso longo de ataque ao Governo “da propaganda”, um balanço do legado que deixou ao país, um alistamento para ''soldado'' ao serviço do partido e dois avisos sérios ao sucessor: “não é fácil bater a geringonça mas é preciso bater a geringonça” e - menção que o próprio classificou de “muito relevante” - o CDS “será importante para futuro”.

O Congresso despediu-se com uma enorme ovação de pé e registou o caderno de encargos que quem saíu deixou a quem chegou. É preciso ganhar a Costa e é preciso não estragar a parceria com o CDS.

Passos foi enfático neste ponto, lembrando que o que conseguiu fazer pelo país - “tirá-lo da pré bancarrota, recuperar a credibilidade externa, começar a recuperação da economia e do emprego, iniciar um ambicioso programa de reformas que alargou as possibilidades do país para futuro e conseguir voltar a ganhar eleições” - só foi possível porque o PSD teve o apoio do CDS. "O que conseguimos fazer, não fizemos sozinhos",afirmou.

“Fizemos o que era essencial e importante. Nisso não falhámos ao país”, afirmou Passos. E passou à menção honrosa ao partido de Paulo Portas, de quem disse ter tido sempre uma colaboração essencial no que toca a “estabilidade e confiança”.

O Governo de António Costa foi desancado sem meiguices na hora da despedida do homem que, tendo ganho as legislativas ao PS, se viu arredado do poder. Passos falou da geringonça como um Governo “da propaganda”, “centrado no curto prazo”, “capaz de fazer a esparregata para agradar a todos” e que “tem como marca de água equilibrar no dia a dia para sobreviver no médio prazo”.

Mas havia mais. Passos Coelho apontou o dedo aqueles - ministros e secretários de estado - que estão neste Executivo e foram “responsáveis pela situação de pré bancarrota em que deixaram o país”. “Não houve sequer um pedido de desculpas”, afirmou,“e quem nos garante que isso não volte a acontecer?”.

O Diabo continua à espreita no discurso de Passos, que não esqueceu uma indireta a Marcelo Rebelo de Sousa que há dias falou num crescimento histórico da nossa economia. “Anuncia-se um crescimento histórico, como se bastasse ter o PS no Governo para isso acontecer”. Foi o remoque óbvio ao Presidente da República.

De si próprio, Passos reafirmou a sua matriz política - “não ter medo de não agradar” e “falar com as pessoas sem paliativos e com sinceridade”. E lamentou que não seja essa a matriz seguida pelo atual Governo, que ainda acusou de “já estar a perder o gás”, satisfeito com um crescimento que fica abaixo do de 13 países da zona euro, incluindo dos que, como Portugal, sofreram um resgate.

“Rui, estou aqui como um soldado pronto para contribuir para a difícil missão do nosso partido”, foi a promessa deixada ao sucessor e alargada a Pedro Santana Lopes, que Passos elogiou por estar disponível para lutar ao lado do líder com quem disputou a presidência do partido. O Congresso arrancou sob o signo da união. E Pedro Passos Coelho, para os congressistas que por mais de uma vez o ovacionaram de pé, parece ter mais encanto na hora da despedida.

Não foi uma saída qualquer a despedida de Pedro Passos Coelho. Uma entrada afetuosa, um discurso longo de ataque ao Governo “da propaganda”, um balanço do legado que deixou ao país, um alistamento para ''soldado'' ao serviço do partido e dois avisos sérios ao sucessor: “não é fácil bater a geringonça mas é preciso bater a geringonça” e - menção que o próprio classificou de “muito relevante” - o CDS “será importante para futuro”.

O Congresso despediu-se com uma enorme ovação de pé e registou o caderno de encargos que quem saíu deixou a quem chegou. É preciso ganhar a Costa e é preciso não estragar a parceria com o CDS.

Passos foi enfático neste ponto, lembrando que o que conseguiu fazer pelo país - “tirá-lo da pré bancarrota, recuperar a credibilidade externa, começar a recuperação da economia e do emprego, iniciar um ambicioso programa de reformas que alargou as possibilidades do país para futuro e conseguir voltar a ganhar eleições” - só foi possível porque o PSD teve o apoio do CDS. "O que conseguimos fazer, não fizemos sozinhos",afirmou.

“Fizemos o que era essencial e importante. Nisso não falhámos ao país”, afirmou Passos. E passou à menção honrosa ao partido de Paulo Portas, de quem disse ter tido sempre uma colaboração essencial no que toca a “estabilidade e confiança”.

O Governo de António Costa foi desancado sem meiguices na hora da despedida do homem que, tendo ganho as legislativas ao PS, se viu arredado do poder. Passos falou da geringonça como um Governo “da propaganda”, “centrado no curto prazo”, “capaz de fazer a esparregata para agradar a todos” e que “tem como marca de água equilibrar no dia a dia para sobreviver no médio prazo”.

Mas havia mais. Passos Coelho apontou o dedo aqueles - ministros e secretários de estado - que estão neste Executivo e foram “responsáveis pela situação de pré bancarrota em que deixaram o país”. “Não houve sequer um pedido de desculpas”, afirmou,“e quem nos garante que isso não volte a acontecer?”.

O Diabo continua à espreita no discurso de Passos, que não esqueceu uma indireta a Marcelo Rebelo de Sousa que há dias falou num crescimento histórico da nossa economia. “Anuncia-se um crescimento histórico, como se bastasse ter o PS no Governo para isso acontecer”. Foi o remoque óbvio ao Presidente da República.

De si próprio, Passos reafirmou a sua matriz política - “não ter medo de não agradar” e “falar com as pessoas sem paliativos e com sinceridade”. E lamentou que não seja essa a matriz seguida pelo atual Governo, que ainda acusou de “já estar a perder o gás”, satisfeito com um crescimento que fica abaixo do de 13 países da zona euro, incluindo dos que, como Portugal, sofreram um resgate.

“Rui, estou aqui como um soldado pronto para contribuir para a difícil missão do nosso partido”, foi a promessa deixada ao sucessor e alargada a Pedro Santana Lopes, que Passos elogiou por estar disponível para lutar ao lado do líder com quem disputou a presidência do partido. O Congresso arrancou sob o signo da união. E Pedro Passos Coelho, para os congressistas que por mais de uma vez o ovacionaram de pé, parece ter mais encanto na hora da despedida.

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