Deputados do PSD acusam Rio de “silenciar” bancada. Negrão sai sem responder

12-10-2018
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Mais uma reunião da bancada parlamentar do PSD a ferro e fogo. Vários sociais-democratas acusaram a direção de Rui Rio de estar a “silenciar” deputados conotados com a oposição interna, retirando-lhes protagonismo no palco parlamentar ou “vetando” diretamente a sua participação em determinados trabalhos.

Teresa Morais, ex-vice-presidente do partido, foi a primeira a verbalizar as críticas a Rui Rio e garantiu que vai tornar público um artigo bastante duro para a direção social-democrata. “Há um conjunto de deputados a quem neste momento não é distribuído trabalho e que são manifestamente silenciados”, acusou Teresa Morais. A deputada deu de barato que é uma dessas vozes que, por decisão de Rio, deixaram de se ouvir na bancada do PSD.

A posição da deputada social-democrata foi secundada por vários colegas de bancada, como Luís Marques Guedes, José Pedro Aguiar Branco, Paula Teixeira da Cruz ou Carlos Abreu Amorim. De uma forma ou de outra, todos reiteraram as críticas a Rui Rio.

O pormenor mais relevante foi a posição assumida por Fernando Negrão. De acordo com o que Expresso apurou, perante a gravidade das acusações de Teresa Morais, Hugo Soares terá perguntado diretamente ao líder parlamentar se era ou não verdade. Negrão não desmentiu categoricamente a tese de um “silenciamento” de determinados deputados organizado a partir da direção do partido, e disse que ia levar a questão a Rui Rio para “reflexão”. Uma resposta que contribuiu para adensar a convicção de vários deputados de que está, de facto, em curso um "apagão" deliberado por parte da direção a muitos deputados.

No final, e ao contrário do que costuma acontecer, o líder parlamentar do PSD não falou aos jornalistas. Segundo fonte oficial da bancada social-democrata, tratou-se de “uma opção”, apenas isso. Sem mais esclarecimentos.

Não largar Tancos

Os outros temas que animaram a reunião foram a nomeação, pelo Governo, do deputado do PS Carlos Pereira para a entidade reguladora da energia (sem que o escolhido tenha qualquer competância nessa área), e o caso de Tancos.

Ao que o Expresso apurou, o anterior ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, foi duríssimo na análise do caso de Tancos, enfatizando a gravidade do que aconteceu, desde o roubo até à revelação de que a devolução das armas foi encenada. Mais: tendo em conta as suspeitas de que o ministro da Defesa poderia estar a par dessa encenação (já é certo que o seu chefe de gabinete foi mesmo informado), Aguiar Branco considerou que estamos perante uma gravíssima questão de segurança e de soberania, que o Goiverno não pode continuar a menorizar. Argumentos semlehantes foram expostos, entre outros, por Marco António Costa (presidente da comissão parlamentar de Defesa) e por Marques Guedes, ex-ministro da Presidência.

Todos os deputados que abordaram a questão de Tancos exigiram que o PSD não largue o tema e, pelo menos nesta questão, faça uma oposição mais vigorosa do que aquela que tem sido protagonizada por Rui Rio.

Mais uma reunião da bancada parlamentar do PSD a ferro e fogo. Vários sociais-democratas acusaram a direção de Rui Rio de estar a “silenciar” deputados conotados com a oposição interna, retirando-lhes protagonismo no palco parlamentar ou “vetando” diretamente a sua participação em determinados trabalhos.

Teresa Morais, ex-vice-presidente do partido, foi a primeira a verbalizar as críticas a Rui Rio e garantiu que vai tornar público um artigo bastante duro para a direção social-democrata. “Há um conjunto de deputados a quem neste momento não é distribuído trabalho e que são manifestamente silenciados”, acusou Teresa Morais. A deputada deu de barato que é uma dessas vozes que, por decisão de Rio, deixaram de se ouvir na bancada do PSD.

A posição da deputada social-democrata foi secundada por vários colegas de bancada, como Luís Marques Guedes, José Pedro Aguiar Branco, Paula Teixeira da Cruz ou Carlos Abreu Amorim. De uma forma ou de outra, todos reiteraram as críticas a Rui Rio.

O pormenor mais relevante foi a posição assumida por Fernando Negrão. De acordo com o que Expresso apurou, perante a gravidade das acusações de Teresa Morais, Hugo Soares terá perguntado diretamente ao líder parlamentar se era ou não verdade. Negrão não desmentiu categoricamente a tese de um “silenciamento” de determinados deputados organizado a partir da direção do partido, e disse que ia levar a questão a Rui Rio para “reflexão”. Uma resposta que contribuiu para adensar a convicção de vários deputados de que está, de facto, em curso um "apagão" deliberado por parte da direção a muitos deputados.

No final, e ao contrário do que costuma acontecer, o líder parlamentar do PSD não falou aos jornalistas. Segundo fonte oficial da bancada social-democrata, tratou-se de “uma opção”, apenas isso. Sem mais esclarecimentos.

Não largar Tancos

Os outros temas que animaram a reunião foram a nomeação, pelo Governo, do deputado do PS Carlos Pereira para a entidade reguladora da energia (sem que o escolhido tenha qualquer competância nessa área), e o caso de Tancos.

Ao que o Expresso apurou, o anterior ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, foi duríssimo na análise do caso de Tancos, enfatizando a gravidade do que aconteceu, desde o roubo até à revelação de que a devolução das armas foi encenada. Mais: tendo em conta as suspeitas de que o ministro da Defesa poderia estar a par dessa encenação (já é certo que o seu chefe de gabinete foi mesmo informado), Aguiar Branco considerou que estamos perante uma gravíssima questão de segurança e de soberania, que o Goiverno não pode continuar a menorizar. Argumentos semlehantes foram expostos, entre outros, por Marco António Costa (presidente da comissão parlamentar de Defesa) e por Marques Guedes, ex-ministro da Presidência.

Todos os deputados que abordaram a questão de Tancos exigiram que o PSD não largue o tema e, pelo menos nesta questão, faça uma oposição mais vigorosa do que aquela que tem sido protagonizada por Rui Rio.

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