Fernando Negrão e a cidadania

07-06-2019
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Fernando Negrão, ao opor-se ao ensino da Constituição da República Portuguesa, que o seu partido votou favoravelmente, revela que o preconceito ideológico é nele maior do que o respeito pela lei fundamental. O deputado do PSD rejeita a proposta devido à "carga ideológica muito forte" do documento.

Quando o presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais se comporta assim, não admira que o PR julgue que o plural de «cidadão» acompanha o de «feijão», e reincida na ofensa à gramática num improviso em que rivaliza com Américo Tomás.

Em 1960 fiz o exame do 7.º ano de Organização Política e Administrativa da Nação, que designávamos por OPA, e não senti na nota de 18,3 que me foi atribuída, passe a imodéstia, uma adesão ao espírito do diploma fascista.

Quem me dera ter, nessa altura, esta Constituição para aprender nela a cidadania.

Fernando Negrão, ao opor-se ao ensino da Constituição da República Portuguesa, que o seu partido votou favoravelmente, revela que o preconceito ideológico é nele maior do que o respeito pela lei fundamental. O deputado do PSD rejeita a proposta devido à "carga ideológica muito forte" do documento.

Quando o presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais se comporta assim, não admira que o PR julgue que o plural de «cidadão» acompanha o de «feijão», e reincida na ofensa à gramática num improviso em que rivaliza com Américo Tomás.

Em 1960 fiz o exame do 7.º ano de Organização Política e Administrativa da Nação, que designávamos por OPA, e não senti na nota de 18,3 que me foi atribuída, passe a imodéstia, uma adesão ao espírito do diploma fascista.

Quem me dera ter, nessa altura, esta Constituição para aprender nela a cidadania.

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