O blog do GAT: Janeiro 2005

11-07-2018
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O blog do Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA com informações acerca do activismo de tratamentos de VIH/SIDA. Aqui pode encontrar notícias sobre medicamentos anti-retrovíricos, ensaios clínicos e assuntos relacionados com o acesso aos tratamentos. Para perguntas específicas sobre a sua medicação, consulte os Especialistas On-line do Aidsportugal.com. TODAS AS DECISÕES RELACIONADAS COM O SEU TRATAMENTO ANTI-RETROVÍRICO DEVEM SER TOMADAS APÓS CONSULTAR O SEU MÉDICO.

segunda-feira, janeiro 31, 2005

Programa "3 by 5" atrasado

MSF 27.01.05

The World Health Organization released its “3 by 5” progress report on January 26th 2005 at the Davos World Economic Forum congratulating itself on progress made in the drive to fight the HIV pandemic. But only 700,000 or 12% of the nearly six million people in need of antiretroviral treatment in developing countries have access to it today. Looking at these figures Médecins Sans Frontières, who provides ARV treatment to more than 25,000 patients in 27 countries, comes to the exact opposite conclusion.

Instead of celebrating, WHO, UNAIDS, the Global Fund, the US President’s Emergency Plan for AIDS Relief (PEPFAR) and other institutions should be sounding the alarm. Every day, more than 8,000 people die from AIDS and every year another five million become infected with HIV. Since July 2004, only 260,000 new patients have benefited from ARV therapy in developing countries. Treatment expansion is moving at a snail’s pace. From the perspective of a medical humanitarian organisation working in resource-poor countries to treat people with AIDS, the global picture is bleak.

(...)

Unless these and other pressing issues are addressed urgently, many of those living with HIV/AIDS in developing countries will never get access to life-saving treatment or may not be able to survive once on treatment over the long-term.

The World Health Organization released itson January 26th 2005 at the Davos World Economic Forum congratulating itself on progress made in the drive to fight the HIV pandemic. But only 700,000 or 12% of the nearly six million people in need of antiretroviral treatment in developing countries have access to it today. Looking at these figures Médecins Sans Frontières, who provides ARV treatment to more than 25,000 patients in 27 countries, comes to the exact opposite conclusion., WHO, UNAIDS, the Global Fund, the US President’s Emergency Plan for AIDS Relief (PEPFAR) and other. Every day, more than 8,000 people die from AIDS and every year another five million become infected with HIV. Since July 2004, only 260,000 new patients have benefited from ARV therapy in developing countries. Treatment expansion is moving at a snail’s pace. From the perspective of a medical humanitarian organisation working in resource-poor countries to treat people with AIDS,(...)Unless these and other pressing issues are addressed urgently, many of those living with HIV/AIDS in developing countries will never get access to life-saving treatment or may not be able to survive once on treatment over the long-term.

Aspen recebe aprovação da FDA para genéricos de AZT/3TC/NVP

Health Gap 27.01.05

Aspen Pharmacare announced yesterday the approval by the US FDA of a co-blistered combination of generic antiretrovirals (a blister pack containing co-formulating AZT and 3TC, co-packaged with a separate dose of nevirapine).

"This approval is too little, too late--and too unilateral," said BrookBaker of Health GAP, "The WHO already had an internationally supported Pre-Qualification Project for listing AIDS medicines of proven quality, including generic products." Since the launch of PEPFAR the Bush Administration has refused to permit PEPFAR grantees to procure more affordable generic medicines -- forcing them to waste limited resources on more costly brand name products, reaching fewer people with live saving medicines.

"Had affordable generic drugs been used by PEPFAR in the first place, more people may have been alive today," said Amanda Lugg of Health GAP.

According to several generic companies, some applications to the US approval process have been delayed because brand name drug companies are refusing to provide "reference rights" to the generic companies that would confirm the equivalence between European and US versions of originator products. As a result they are forced to redo their bioequivalence studies, wasting time and money. Aspen would have avoided this problem because of its existing cozy relationship with originator companies.

Aspen Pharmacare announced yesterday the approval by the US FDA of a co-blistered combination of generic antiretrovirals (a).," said BrookBaker of Health GAP, "The WHO already had an internationally supported Pre-Qualification Project for listing AIDS medicines of proven quality, including generic products." Since the launch of PEPFAR the Bush Administration has refused to permit PEPFAR grantees to procure more affordable generic medicines -- forcing them to waste limited resources on more costly brand name products, reaching fewer people with live saving medicines.," said Amanda Lugg of Health GAP.According to several generic companies, some applications to the US approval process have been delayed becausethat would confirm the equivalence between European and US versions of originator products. As a result they are forced to redo their bioequivalence studies, wasting time and money. Aspen would have avoided this problem because of its

Conferência sobre sida e doença do sono tem lugar em Luanda

Angop 28-01-05

Uma conferência sobre VIH-SIDA e Tripanossomíase Humana Africana (doença do sono) terá lugar no dia 01 de Fevereiro, no Hotel Trópico, em Luanda, organizada pela cooperativa angolana Kiminha, soube hoje a Angop.

Para o efeito, chegou hoje à capital angolana o professor Francisco José Nunes Antunes, director dos serviços de doenças infecciosas do hospital de Santa Maria, em Portugal, que será o orador principal do certame.

Em breves declarações à Angop, Francisco Antunes disse que a Sida e a Doença do Sono em África são duas situações de Saúde Pública que têm vindo a agravar-se nos últimos anos.

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Uma conferência sobre VIH-SIDA e Tripanossomíase Humana Africana (doença do sono) terá lugar no dia 01 de Fevereiro, no Hotel Trópico, em Luanda, organizada pela cooperativa angolana Kiminha, soube hoje a Angop.Para o efeito, chegou hoje à capital angolana o professor Francisco José Nunes Antunes, director dos serviços de doenças infecciosas do hospital de Santa Maria, em Portugal, que será o orador principal do certame.Em breves declarações à Angop, Francisco Antunes disse que a Sida e a Doença do Sono em África são duas situações de Saúde Pública que têm vindo a agravar-se nos últimos anos.(...)

Angola: Assinado acordo de cooperação a favor dos seropositivos

Angop 27.01.05

A Cruz Vermelha de Angola (CVA) e a Associação Luta pela Vida (LPV) assinaram hoje, em Luanda, um acordo de cooperação a favor dos seropositivos, que visa trabalhar em conjunto nas províncias onde se regista maior índice de estigma e discriminação das pessoas infectadas com HIV/Sida.

(...)

Para Alberto Stella, representante da Unosida em Angola, o estigma e discriminação fazem com que muitas pessoas não procurem os serviços de saúde e desta forma a doença vai se propagando cada vez mais, salientando que o acordo assinado é valioso e vai permitir com esta incidência reduza.

(...)

A Cruz Vermelha de Angola (CVA) e a Associação Luta pela Vida (LPV) assinaram hoje, em Luanda, um acordo de cooperação a favor dos seropositivos, que visa trabalhar em conjunto nas províncias onde se regista maior índice de estigma e discriminação das pessoas infectadas com HIV/Sida.(...)Para Alberto Stella, representante da Unosida em Angola, o estigma e discriminação fazem com que muitas pessoas não procurem os serviços de saúde e desta forma a doença vai se propagando cada vez mais, salientando que o acordo assinado é valioso e vai permitir com esta incidência reduza.(...)

Cabo Verde: Combate à SIDA aposta na sensibilização de comunidades piscatórias

LUSA 31.01.05

O Comité de Coordenação de Luta Contra a Sida de Cabo Verde está a financiar um projecto de sensibilização e prevenção do HIV junto das principais comunidades piscatórias da ilha de Santo Antão.

O projecto está a ser organizado pela Associação de Marítimos de Cabo Verde e pela direcção geral da Marinha e Portos do arquipélago.

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O Comité de Coordenação de Luta Contra a Sida de Cabo Verde está a financiar um projecto de sensibilização e prevenção do HIV junto das principais comunidades piscatórias da ilha de Santo Antão.O projecto está a ser organizado pela Associação de Marítimos de Cabo Verde e pela direcção geral da Marinha e Portos do arquipélago.(...)

Projecto de combate à SIDA vai ser lançado em Maio

LUSA 28.01.05

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai lançar o seu projecto de combate ao HIV/SIDA em Maio, em Lisboa, durante uma reunião dos ministros da Saúde dos oito, anunciou hoje o secretário executivo da organização.

O anúncio foi feito pelo embaixador cabo-verdiano Luís Fonseca durante o IV Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa (FPLP), que termina hoje em Brasília.

O projecto da CPLP foi proposto pelo presidente português, Jorge Sampaio, na V cimeira da organização, que decorreu a 26 e 27 de Julho do ano passado em São-Tomé, e prevê a cooperação entre os Estados-membros no combate e na prevenção da doença.

Além de uma campanha publicitária, em que participaram todos os chefes de Estado dos países lusófonos e que já começou a ser transmitida nas televisões públicas, o projecto prevê contactos com organismos internacionais ligados à luta contra a SIDA, com vista a aumentar a cooperação com a CPLP nesta matéria.

"A experiência brasileira no combate à SIDA é extremamente importante, bem sucedida e terá um papel importante a desempenhar neste projecto", disse à Agência Lusa o secretário executivo da CPLP. A taxa de prevalência da SIDA no Brasil é actualmente de 0,6 por cento, enquanto em Angola é de 8 por cento e em Moçambique de 15 por cento.

Somente em Moçambique, o número de infectados ultrapassa um milhão de pessoas, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, que alerta para o impacto da epidemia no continente africano, onde uma em cada 12 pessoas é portadora da doença.

(...)

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai lançar o seu projecto de combate ao HIV/SIDA em Maio, em Lisboa, durante uma reunião dos ministros da Saúde dos oito, anunciou hoje o secretário executivo da organização.O anúncio foi feito pelo embaixador cabo-verdiano Luís Fonseca durante o IV Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa (FPLP), que termina hoje em Brasília.O projecto da CPLP foi proposto pelo presidente português, Jorge Sampaio, na V cimeira da organização, que decorreu a 26 e 27 de Julho do ano passado em São-Tomé, e prevê a cooperação entre os Estados-membros no combate e na prevenção da doença.Além de uma campanha publicitária, em que participaram todos os chefes de Estado dos países lusófonos e que já começou a ser transmitida nas televisões públicas, o projecto prevê contactos com organismos internacionais ligados à luta contra a SIDA, com vista a aumentar a cooperação com a CPLP nesta matéria."A experiência brasileira no combate à SIDA é extremamente importante, bem sucedida e terá um papel importante a desempenhar neste projecto", disse à Agência Lusa o secretário executivo da CPLP. A taxa de prevalência da SIDA no Brasil é actualmente de 0,6 por cento, enquanto em Angola é de 8 por cento e em Moçambique de 15 por cento.Somente em Moçambique, o número de infectados ultrapassa um milhão de pessoas, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, que alerta para o impacto da epidemia no continente africano, onde uma em cada 12 pessoas é portadora da doença.(...)

Chirac apresenta propostas contra a pobreza e a sida

DN 27.01.05

A simples contribuição de um dólar por cada um dos três mil milhões de bilhetes de avião vendidos anualmente foi considerada, ontem em Davos, pelo Presidente francês, Jacques Chirac, como uma arma contra a pobreza.

Chirac avançou com outras alternativas para o financiamento da luta mundial contra a pobreza e doenças como a sida, como pequenas taxas sobre as transacções internacionais ou deduzidas do combustível utilizado nos transportes aéreos e marítimos. O Presidente francês propôs, ainda, "pedir aos países que mantêm segredo bancário - por eles considerado como um elemento de liberdade individual - que compensem uma parte das consequências sobre a evasão fiscal mundial, tão prejudiciais aos países mais pobres, através de uma taxa sobre os fluxos de capitais estrangeiros que saiam ou entrem do seu território".

(...)

Jacques Chirac considerou a fome, a sida, a violência e a revolta como "tsunamis silenciosos" que afectam as populações, geradores de situações ameaçadoras. Em África, acrescentou o Presidente francês, "uma imensa maioria da população, no campo e nos bairros de lata, espera ainda a concretização das promessas de progresso". Porém, advertiu, "não vão esperar para sempre".

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A simples contribuição de um dólar por cada um dos três mil milhões de bilhetes de avião vendidos anualmente foi considerada, ontem em Davos, pelo Presidente francês, Jacques Chirac, como uma arma contra a pobreza.Chirac avançou com outras alternativas para o financiamento da luta mundial contra a pobreza e doenças como a, como. O Presidente francês propôs, ainda, "pedir aos países que mantêm segredo bancário - por eles considerado como um elemento de liberdade individual - que compensem uma parte das consequências sobre a evasão fiscal mundial, tão prejudiciais aos países mais pobres, através de uma taxa sobre os fluxos de capitais estrangeiros que saiam ou entrem do seu território".(...)Jacques Chirac considerou a fome, a sida, a violência e a revolta como "tsunamis silenciosos" que afectam as populações, geradores de situações ameaçadoras. Em África, acrescentou o Presidente francês, "uma imensa maioria da população, no campo e nos bairros de lata, espera ainda a concretização das promessas de progresso". Porém, advertiu, "não vão esperar para sempre".(...)

PS promete retomar políticas de combate à sida

A Dra Maria José Nogueira Pinto sabe que eu sei que ela não sabe grande coisa do vih/sida.

Público 31.01.05

O PS acusa o Governo PSD-CDS de ter interrompido as políticas de combate e de prevenção da Sida e promete retomar a urgência da luta contra a doença, com medidas mais agressivas. A garantia foi dada ontem pela representante dos socialistas Elza Pais, durante um debate sobre o HIV/Sida com os partidos políticos, organizado pela Abraço, em Lisboa.

"Nós tínhamos uma política definida e foi interrompida. O PS propõe que seja retomada e com medidas mais agressivas", disse a representante de José Sócrates no debate e antiga presidente do Instituto de Droga e Toxicodependência. Elza Pais deu como exemplo da interrupção das políticas governamentais a falta de continuidade do Plano Nacional de Luta Contra a Sida, e a inactividade da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, "durante um longo período", bem como a falta de concretização da ideia das campanhas em meio universitário e a suspensão de dois programas de prevenção junto das escolas. Esta situação, segundo Elza Pais, explica a estagnação da queda do número de mortes relacionados com o consumo de drogas entre 2002 e 2003, depois desse total ter vindo a cair desde 1999. "É fruto de uma política de desnorte", frisou.

A representante do PS prometeu que os socialistas, caso venham a ganhar as próximas eleições, estarão atentos a experiências inovadoras de combate à droga dentro das prisões, que decorrem em países do Norte da Europa.

A acusação de interrupção das políticas anti-sida foi rebatida pela representante do PSD, e vereadora da Câmara Municipal de Lisboa com o pelouro da acção social, Helena Lopes da Costa, apesar de reconhecer que "há uma estagnação" no gráfico apresentado sobre o número de mortes relacionadas com o consumo de drogas. Helena Lopes da Costa lembrou que foram definidas pelo actual governo 10 metas a cumprir até 2006. Em Lisboa, acrescentou, foi estabelecido um plano municipal de inclusão dos toxicodependentes e dos sem-abrigo que foi considerado um "modelo", além de ter sido feita prevenção junto das escolas, em colaboração com o Ministério da Educação.

Num debate em que estavam presentes representantes de nove forças políticas, a deputada Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista "Os Verdes", lembrou que o actual governo favoreceu a discriminação ao aprovar o Código de Trabalho que obriga um candidato a apresentar exames médicos à empresa quando solicitado para tal. Mais tarde, na sua intervenção, Maria José Nogueira Pinto, em representação do CDS-PP, referiu que não é possível ter a trabalhar pessoas que estão doentes a tratar de outras doentes. "Como presidente de uma organização [Santa Casa da Misericórdia] não posso contratar pessoas doentes para lidar com crianças recém-nascidas ou crianças institucionalizadas. Posso sim contratá-las para outros lugares. Isto não é discriminação", afirmou, causando algum burburinho na assistência. Maria José Nogueira Pinto reconheceu que a questão da Sida em Portugal tem sido alvo de "políticas erráticas", o que "não tem a ver com governos mas com uma cultura democrática que ainda se está a enraizar".

A Dra Maria José Nogueira Pinto sabe que eu sei que ela não sabe grande coisa do vih/sida.O PS acusa o Governo PSD-CDS de ter interrompido as políticas de combate e de prevenção da Sida e promete retomar a urgência da luta contra a doença, com. A garantia foi dada ontem pela representante dos socialistas Elza Pais, durante um, organizado pela Abraço, em Lisboa."Nós tínhamos uma política definida e foi interrompida. O PS propõe que seja retomada e com medidas mais agressivas", disse a representante de José Sócrates no debate e antiga presidente do Instituto de Droga e Toxicodependência. Elza Pais deu como exemplo da interrupção das políticas governamentais a falta de continuidade do Plano Nacional de Luta Contra a Sida, e a, "durante um longo período", bem como a falta de concretização da ideia das campanhas em meio universitário e a suspensão de dois programas de prevenção junto das escolas. Esta situação, segundo Elza Pais, explica a estagnação da queda do número de mortes relacionados com o consumo de drogas entre 2002 e 2003, depois desse total ter vindo a cair desde 1999. "É fruto de uma política de desnorte", frisou.A representante do PS prometeu que os socialistas, caso venham a ganhar as próximas eleições, estarão atentos a, que decorrem em países do Norte da Europa.A acusação de interrupção das políticas anti-sida foi rebatida pela representante do PSD, e vereadora da Câmara Municipal de Lisboa com o pelouro da acção social, Helena Lopes da Costa, apesar de reconhecer que "há uma estagnação" no gráfico apresentado sobre o número de mortes relacionadas com o consumo de drogas. Helena Lopes da Costa lembrou que foram definidas pelo actual governo 10 metas a cumprir até 2006. Em Lisboa, acrescentou, foi estabelecido um plano municipal de inclusão dos toxicodependentes e dos sem-abrigo que foi considerado um "modelo", além de ter sido feita prevenção junto das escolas, em colaboração com o Ministério da Educação.Num debate em que estavam presentes representantes de nove forças políticas, a deputada Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista "Os Verdes", lembrou que o actual governo favoreceu a discriminação ao aprovar o Código de Trabalho que. Mais tarde, na sua intervenção, Maria José Nogueira Pinto, em representação do CDS-PP, referiu que não é possível ter a trabalhar pessoas que estão doentes a tratar de outras doentes. ". Maria José Nogueira Pinto reconheceu que a questão da Sida em Portugal tem sido alvo de "", o que "não tem a ver com governos mas com uma cultura democrática que ainda se está a enraizar".

Ex-ministro britânico é seropositivo

Público 31.01.05

O antigo ministro da Cultura britânico Chris Smith revelou ter sido HIV positivo durante 17 anos. Smith, de 53 anos, disse ao "

O ex-governante decidiu tornar a sua doença pública depois de o antigo presidente da África do Sul, Nelson Mandela, ter anunciado que o seu filho morrera com sida. A doença de Chris Smith foi diagnosticada em 1987, mas não se sabe quando contraiu o vírus. O ex-ministro afirmou que inicialmente se preocupou com o impacte que a informação poderia ter nos seus pais. "Nas últimas semanas e meses, pensei que talvez isto fosse algo que precisasse de ser dito publicamente", por forma a "desmistificar" esta doença, salientou. Chris Smith referiu ainda que o HIV pode ser tratado. "Têm de se tomar muitos comprimidos, mas, se se fizer isso continuamente, não há razão para não se continuar a viver".

A sua decisão já foi louvada pelos seus amigos e colegas. "Esperemos que isto ajude muita gente que ainda não foi diagnosticada e aqueles que têm medo de se submeter a exames", disse Lisa Power, responsável por uma associação de apoio aos doentes com HIV.

Um activista dos direitos dos homossexuais apoiou também a decisão, mas diz ter ficado surpreendido por ela surgir tão tarde, tanto mais quando o facto de ele ter anunciado ser "gay" não lhe trouxe qualquer prejuízo político.

O antigo ministro da Cultura britânico Chris Smith revelou ter sido HIV positivo durante 17 anos. Smith, de 53 anos, disse ao " Sunday Times " que Tony Blair não fora informado disso quando se tornou no primeiro ministro britânico confessadamente "gay", em 1997.O ex-governante decidiu tornar a sua doença pública depois de o antigo presidente da África do Sul, Nelson Mandela, ter anunciado que o seu filho morrera com sida. A doença de Chris Smith foi diagnosticada em 1987, mas não se sabe quando contraiu o vírus. O ex-ministro afirmou que inicialmente se preocupou com o impacte que a informação poderia ter nos seus pais. "Nas últimas semanas e meses, pensei que talvez isto fosse algo que precisasse de ser dito publicamente", por forma a "desmistificar" esta doença, salientou. Chris Smith referiu ainda que o HIV pode ser tratado. "Têm de se tomar muitos comprimidos, mas, se se fizer isso continuamente, não há razão para não se continuar a viver".A sua decisão já foi louvada pelos seus amigos e colegas. "Esperemos que isto ajude muita gente que ainda não foi diagnosticada e aqueles que têm medo de se submeter a exames", disse Lisa Power, responsável por uma associação de apoio aos doentes com HIV.Um activista dos direitos dos homossexuais apoiou também a decisão, mas diz ter ficado surpreendido por ela surgir tão tarde, tanto mais quando o facto de ele ter anunciado ser "gay" não lhe trouxe qualquer prejuízo político.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Anti-retrovirais permanecem nos hospitais

Público 27.01.05

Alguns medicamentos destinados a doentes com cancro, hepatite C, fibrose quística ou insuficiência renal, até agora acessíveis apenas nos hospitais, poderão começar a ser fornecidos nas farmácias de rua.

Esta é a principal conclusão de um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para regulamentar a distribuição, pelo farmacêutico, de produtos hoje controlados em exclusivo pelas unidades hospitalares.

Excluídos da dispensa na farmácia continuam a ficar os medicamentos de combate à sida, bem como alguns produtos de administração intravenosa para insuficientes renais, doentes com cancro e com fibrose quística - lê-se no

O documento do grupo de trabalho, criado em 2003 por despacho do então secretário de Estado da Saúde, Carlos Martins, devia agora ser transformado em projecto de diploma, mas a tutela em gestão deverá deixar essa tarefa para o próximo Governo.

O relatório foi aprovado na semana passada pela maioria dos mais de 30 membros do

(...)

No relatório são definidas três listas: uma de remédios que podem ser distribuídos livremente nas farmácias; outra onde se incluem medicamentos que só poderão sair dos hospitais se forem assegurados mecanismos de vigilância e controlo específico dos doentes nas farmácias; e uma terceira com o conjunto de medicamentos que devem manter-se restritos às unidades hospitalares, entre os quais se incluem os de combate à sida.

(...)

A distribuição, nas farmácias de rua, dos produtos de combate ao vírus da sida (HIV) era um dos pontos mais polémicos entre os especialistas. A opção foi manter a tradicional forma de dispensa.

Os anti-retrovirais inscrevem-se num dos quatro critérios definidos pelos peritos para o uso exclusivo hospitalar: motivos de segurança, razões de saúde pública que exigem monitorização por obrigarem a condições especiais na administração, preparação ou eliminação; e finalmente porque são inovadores e a sua segurança e eficácia não está totalmente estudada.

(...)

Segundo o despacho, este relatório deveria ser o esboço do decreto-lei. O texto será anexado ao Estatuto do Medicamento, um documento que reúne toda a legislação sobre a matéria, incluindo a transposição, para o direito português, de várias directivas europeias.

A secretária de Estado da Saúde, Regina Bastos, despachou ontem favoravelmente o documento e recomendou que o estudo do impacto financeiro destas medidas seja feito pelo Infarmed, pelo Instituto de Gestão Financeira e Informática da Saúde e pelas várias administrações regionais de Saúde.

Alguns medicamentos destinados a doentes com cancro, hepatite C, fibrose quística ou insuficiência renal, até agora acessíveis apenas nos hospitais, poderão começar a ser fornecidos nas farmácias de rua.Esta é a principal conclusão de um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para regulamentar a distribuição, pelo farmacêutico, de produtos hoje controlados em exclusivo pelas unidades hospitalares., bem como alguns produtos de administração intravenosa para insuficientes renais, doentes com cancro e com fibrose quística - lê-se no relatório final , a que o PÚBLICO teve acesso.O documento do grupo de trabalho, criado em 2003 por despacho do então secretário de Estado da Saúde, Carlos Martins, devia agora ser transformado em projecto de diploma, mas a tutela em gestão deverá deixar essa tarefa para o próximo Governo.O relatório foi aprovado na semana passada pela maioria dos mais de 30 membros do grupo de trabalho e resulta de um ano de discussões sobre o tipo de medicamentos que poderão ser distribuídos gratuitamente e com segurança fora dos hospitais, facilitando o acesso do doente ao tratamento nas várias regiões do país.(...)No relatório são definidas três listas: uma de remédios que podem ser distribuídos livremente nas farmácias; outra onde se incluem medicamentos que só poderão sair dos hospitais se forem assegurados mecanismos de vigilância e controlo específico dos doentes nas farmácias; e uma terceira com o conjunto de(...)A distribuição, nas farmácias de rua, dos produtos de combate ao vírus da sida (HIV) era um dos pontos mais polémicos entre os especialistas. A opção foi manter a tradicional forma de dispensa.(...)Segundo o despacho, este relatório deveria ser o esboço do decreto-lei. O texto será anexado ao, um documento que reúne toda a legislação sobre a matéria, incluindo a transposição, para o direito português, de várias directivas europeias.A secretária de Estado da Saúde, Regina Bastos, despachou ontem favoravelmente o documento e recomendou que odestas medidas seja feito pelo Infarmed, pelo Instituto de Gestão Financeira e Informática da Saúde e pelas várias administrações regionais de Saúde.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Notificação obrigatória de casos de Sida publicada em Diário da República

Onde estão os números??

LUSA 25.01.05

A obrigatoriedade da notificação de casos de Sida por parte dos médicos foi

O presidente da Comissão Nacional de Luta contra a Sida (CNLCS), Meliço Silvestre, contava que a portaria, no fim do ano passado, produzisse já resultados no aumento das notificações da doença. A notificação obrigatória da doença e a simplificação deste registo deverão conduzir a dados mais precisos e reais da infecção do VIH em Portugal, uma vez que todos os especialistas reconhecem que a sida está sub-notificada.

A 10 de Outubro do ano passado, Meliço Silvestre afirmou que o primeiro balanço da notificação obrigatória da doença deveria ser feito no final de 2004, mas até ao momento não foram divulgados quaisquer dados.

Onde estão os números??foi publicada em Diário da República, embora a lei esteja em vigor desde Outubro. Os hospitais receberam os novos formulários para notificação a 01 de Outubro, mas a portaria só foi assinada a 03 de Novembro pelo ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira. A obrigatoriedade de declarar a doença decorre da necessidade de haver uma "monitorização e projecção" da doença no curto e médio prazo, para assim se fazer a prevenção e controlo, de acordo com a portaria. O documento salienta que a declaração por parte dos médicos é obrigatória "aquando do diagnóstico em qualquer estádio da infecção".O presidente da Comissão Nacional de Luta contra a Sida (CNLCS),. A notificação obrigatória da doença e a simplificação deste registo deverão conduzir a dados mais precisos e reais da infecção do VIH em Portugal, uma vez que todos os especialistas reconhecem que a sida está sub-notificada.A 10 de Outubro do ano passado,

Só 12% dos doentes de sida recebem tratamento nos países pobres

LUSA 26.01.05

Só 12 por cento dos doentes de sida que vivem nos países em desenvolvimento recebem tratamento anti-retroviral, indica um

Embora o número de doentes de países pobres em tratamento tenha subido de 440.000 para 700.000 em seis meses, 5,8 milhões carecem urgentemente de medicamentos para sobreviver. O relatório reconhece que estes números estão longe do objectivo de tratar três milhões de doentes até finais deste ano, mas congratula-se com os progressos alcançados no segundo semestre de 2004.

A OMS lançou em Junho do ano passado um ambicioso plano denominado "objectivo de proporcionar tratamento a três dos mais de cinco milhões de doentes até finais de 2005.

Mas para alcançar a meta proposta daqui até Dezembro, há "enormes obstáculos" a transpor - considera a OMS e o programa das Nações Unidas contra a sida (ONUSIDA).

No programa "3 por 5" participam, alem da OMS e da ONUSIDA, o Fundo Global contra a Sida, a Tuberculose e a Malária, o Banco Mundial e os EUA, através de um plano da Casa Branca contra essa doença e outros organismos.

De acordo com o relatório, nos países da América Latina e nas Caraíbas foi possível tratar 65 por cento dos doentes de sida. Em contraste, só se conseguiu proporcionar essa terapia a 10 por cento dos doentes da Europa central e oriental, a 8 por cento da África subsaariana e a 7 por cento do norte de África e do Médio Oriente. Dois terços dos cerca de 39,4 milhões de portadores do vírus da sida vivem na África subsaariana, onde a doença causou 2,3 milhões de mortes em 2004, segundo os últimos dados da ONUSIDA.

O relatório refere que quando o plano foi traçado, em meados do ano passado, calculou-se que seria necessário investir em 2005 entre 3,1 e 3,8 mil milhões de dólares, segundo o custo real dos anti-retrovirais. Embora o custo dos fármacos representasse 43 por cento do plano, uma redução dos preços dos tratamentos e dos sistemas de distribuição poderá reduzir os gastos, refere o documento. Até agora foi possível angariar 1,5 mil milhões de dólares, faltando "uns 2 mil milhões".

Finalmente, segundo estimativas sobre a incidência da sida nalguns países e projecções do número de mulheres infectadas que têm filhos, considera-se que no ano passado esta doença matou em todo o mundo meio milhão de crianças.

Só 12 por cento dos doentes de sida que vivem nos países em desenvolvimento recebem tratamento anti-retroviral, indica um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da ONUSIDA hoje divulgado.Embora o número de doentes de países pobres em tratamento tenha subido deem seis meses,. O relatório reconhece que estes números estãode tratar três milhões de doentes até finais deste ano, mas congratula-se com os progressos alcançados no segundo semestre de 2004.A OMS lançou em Junho do ano passado um ambicioso plano denominado " 3 por 5 ", numa alusão aoMas para alcançar a meta proposta daqui até Dezembro, há "enormes obstáculos" a transpor - considera a OMS e o programa das Nações Unidas contra a sida (ONUSIDA).No programa "3 por 5" participam, alem da OMS e da ONUSIDA, o Fundo Global contra a Sida, a Tuberculose e a Malária, o Banco Mundial e os EUA, através de um plano da Casa Branca contra essa doença e outros organismos.De acordo com o relatório, nos países da América Latina e nas Caraíbas foi possível tratar 65 por cento dos doentes de sida. Em contraste, só se conseguiu proporcionar essa terapia a 10 por cento dos doentes da Europa central e oriental, a 8 por cento da África subsaariana e a 7 por cento do norte de África e do Médio Oriente. Dois terços dos cerca de 39,4 milhões de portadores do vírus da sida vivem na África subsaariana, onde a doença causou 2,3 milhões de mortes em 2004, segundo os últimos dados da ONUSIDA.O relatório refere que quando o plano foi traçado, em meados do ano passado, calculou-se que seria necessário investir em 2005 entre 3,1 e 3,8 mil milhões de dólares, segundo o custo real dos anti-retrovirais. Embora o custo dos fármacos representasse 43 por cento do plano, uma redução dos preços dos tratamentos e dos sistemas de distribuição poderá reduzir os gastos, refere o documento.Finalmente, segundo estimativas sobre a incidência da sida nalguns países e projecções do número de mulheres infectadas que têm filhos, considera-se que no ano passado esta doença matou em todo o mundo meio milhão de crianças.

Lucros da Merck em queda

Público 26.01.05

A retirada do Vioxx do mercado (a 30 de Setembro do ano passado) teve um impacto negativo nas contas da farmacêutica, que fechou o quarto trimestre de 2004 com uma quebra de 21 por cento nos resultados líquidos (1,1 mil milhões de dólares). As receitas da companhia também reflectiram os problemas com o anti-inflamatório, ao registarem um crescimento residual de dois por cento.

A retirada do Vioxx significou uma redução de 750 milhões de dólares nas receitas da Merck e fez com que a capitalização bolsista da empresa "emagrecesse", no dia em que foi anunciada, 27 mil milhões de dólares. A solução foi, então, anunciar um plano de corte de 5100 postos de trabalho para voltar a atrair o interesse dos investidores.

(a 30 de Setembro do ano passado) teve um impacto negativo nas contas da farmacêutica, que fechou o quarto trimestre de 2004 com uma(1,1 mil milhões de dólares). As receitas da companhia também reflectiram os problemas com o anti-inflamatório, ao registarem um crescimento residual de dois por cento.A retirada do Vioxx significou uma redução de 750 milhões de dólares nas receitas da Merck e fez com que a capitalização bolsista da empresa "emagrecesse", no dia em que foi anunciada, 27 mil milhões de dólares. A solução foi, então, anunciar um plano dede trabalho para voltar a atrair o interesse dos investidores.

Governo espanhol responde a ataques do papa

CM 26.01.05

O governo espanhol respondeu ontem às acusações do Papa João Paulo II e esclareceu que “a fé não pertence ao estado, mas sim às pessoas”. O ministro da Defesa, José Bono, retribuiu assim o ataque com novo ataque, e criticou, nomeadamente, a atitude do Vaticano face ao preservativo. “Não aceito que seja considerada pecadora uma pessoa que põe o preservativo para não contagiar alguém com sida depois de, por exemplo, lhe ter sido transmitida por uma transfusão sanguínea”, salientou Bono.

(...)

O governo espanhol respondeu ontem às acusações do Papa João Paulo II e esclareceu que “a fé não pertence ao estado, mas sim às pessoas”. O ministro da Defesa, José Bono, retribuiu assim o ataque com novo ataque, e criticou, nomeadamente, a atitude do Vaticano face ao preservativo. “”, salientou Bono.(...)

Circuncisão reduz em metade o risco de contrair o VIH

El Tiempo 25.01.05

La circuncisión reduce a la mitad el riesgo de contraer la infección por VIH a través de una relación sexual sin protección, reveló un

"Este nuevo estudio ayuda a comprender por qué el virus del sida se ha diseminado en regiones de África en las que la práctica de la circuncisión está en retroceso", dijeron los investigadores que realizaron el estudio, el primero que evalúa el riesgo de infección en personas con múltiples parejas sexuales.

El trabajo en cuestión suma un nuevo beneficio a esta práctica ritual, que ya había demostrado reducir el riesgo de cáncer peneano, de afecciones de transmisión sexual e, incluso, de cáncer de cuello uterino en mujeres que tienen relaciones sexuales con hombres circuncisos.

"El prepucio tiene gran cantidad de células que constituyen un blanco fácil para el VIH, que de esa forma logra permanecer en el organismo -explicó Pedro Cahn, jefe de infectología del hospital Fernández-. En ausencia del prepucio, el riesgo de contagio se reduce".

Otro argumento que explica los resultados del estudio es, según el infectólogo Guillermo Maligne, que "l piel que recubre el glande es sensible y está preparada para ser protegida por el prepucio. En ausencia de éste la piel se hipertrofia y se genera una especie de costra que dificulta el ingreso del VIH presente en los fluidos vaginales".

Claro que, aclaró Maligne, esa hipertrofia se produce con el tiempo: "Una persona adulta a la que se le realice una circuncisión no tendrá ningún tipo de protección". Por último, coinciden Cahn y Maligne, debe quedar en claro que las personas circuncidadas que tienen relaciones sexuales sin preservativo siguen estando en riesgo de contraer la infección por VIH.

La circuncisión reduce a la mitad el riesgo de contraer la infección por VIH a través de una relación sexual sin protección, reveló un estudio realizado en 745 hombres de Kenya, cuyos resultados fueron publicados en The Journal of Infectious Diseases."Este nuevo estudio ayuda a comprender por qué el virus del sida se ha diseminado en regiones de África en las que la práctica de la circuncisión está en retroceso", dijeron los investigadores que realizaron el estudio, el primero que evalúa el riesgo de infección en personas con múltiples parejas sexuales.El trabajo en cuestión suma un nuevo beneficio a esta práctica ritual, que ya había demostrado reducir el riesgo de cáncer peneano, de afecciones de transmisión sexual e, incluso, de cáncer de cuello uterino en mujeres que tienen relaciones sexuales con hombres circuncisos."El prepucio tiene gran cantidad de células que constituyen un blanco fácil para el VIH, que de esa forma logra permanecer en el organismo -explicó Pedro Cahn, jefe de infectología del hospital Fernández-. En ausencia del prepucio, el riesgo de contagio se reduce".Otro argumento que explica los resultados del estudio es, según el infectólogo Guillermo Maligne, que "l piel que recubre el glande es sensible y está preparada para ser protegida por el prepucio. En ausencia de éste la piel se hipertrofia y se genera una especie de costra que dificulta el ingreso del VIH presente en los fluidos vaginales".Claro que, aclaró Maligne, esa hipertrofia se produce con el tiempo: "Una persona adulta a la que se le realice una circuncisión no tendrá ningún tipo de protección". Por último, coinciden Cahn y Maligne, debe quedar en claro que las personas circuncidadas que tienen relaciones sexuales sin preservativo siguen estando en riesgo de contraer la infección por VIH.

We Are The World de regresso

CM 26.01.05

‘We Are The World’, um dos maiores hinos da solidariedade de todos os tempos, vai ser reeditado no dia 1 de Fevereiro, desta feita para auxiliar as vítimas da sida e da tragédia no Sudeste Asiático.

Paralelamente, rádios em todo o Mundo planeiam passar a canção como forma de assinalar os seus 20 anos. Bruce Springsteen, Michael Jackson e Ray Charles são alguns dos nomes que cantam o tema.

‘We Are The World’, um dos maiores hinos da solidariedade de todos os tempos, vai ser reeditado no dia 1 de Fevereiro, desta feitae da tragédia no Sudeste Asiático.Paralelamente, rádios em todo o Mundo planeiam passar a canção como forma de assinalar os seus 20 anos. Bruce Springsteen, Michael Jackson e Ray Charles são alguns dos nomes que cantam o tema.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Empresas e o VIH

BBC 20.01.05

Businesses fail to plan for HIV

Companies fail to draw up plans to cope with HIV/Aids until it affects 20% of people in a country, new research says.

The finding comes in a report published on Thursday by the World Economic Forum, Harvard and the UN aids agency.

"Too few companies are responding proactively to the social and business threats," said Dr Kate Taylor, head of the WEF's global Health Initiative. Nearly 9,000 business leaders in 104 countries were surveyed for Business and HIV/AIDS: Commitment and Action?

Too little, too late

Dr Taylor described the level of action taken by businesses as revealed by the report as "too little, too late". The issue will be highlighted to business and world leaders at the World Economic Forum, which meets in Davos, Switzerland, next week.

The WEF report shows that despite the fact that 14,000 people contract HIV/Aids every day, concern among businesses has dropped by 23% in the last 12 months. Most (71%) have no policies in place to address the disease. Nor could over 65% of the business leaders surveyed say or estimate the prevalence of HIV among their staff.

The UN programme tackling Aids, UNAIDS, pointed out that having a clear strategy for dealing with HIV/Aids was a good investment as well as being socially responsible.

(...)

Confidentiality is key

The WEF report concludes that businesses need to understand their exposure to HIV/Aids risks and come up with good local practices to manage them.

A key priority, in both high and low-prevalence settings, said the WEF is to establish a policy based on non-discrimination and confidentiality.

Companies fail to draw up plans to cope with HIV/Aids until it affects 20% of people in a country, new research says.The finding comes in a report published on Thursday by the World Economic Forum, Harvard and the UN aids agency."Too few companies are responding proactively to the social and business threats," said Dr Kate Taylor, head of the WEF's global Health Initiative. Nearly 9,000 business leaders in 104 countries were surveyed for Business and HIV/AIDS: Commitment and Action?Dr Taylor described the level of action taken by businesses as revealed by the report as "too little, too late". The issue will be highlighted to business and world leaders at the World Economic Forum, which meets in Davos, Switzerland, next week.The WEF report shows that despite the fact that 14,000 people contract HIV/Aids every day,in the last 12 months. Most (71%) have no policies in place to address the disease. Nor could over 65% of the business leaders surveyed say or estimate the prevalence of HIV among their staff.The UN programme tackling Aids, UNAIDS, pointed out that having a clear strategy for dealing with HIV/Aids was a good investment as well as being socially responsible.(...)The WEF report concludes that businesses need to understand their exposure to HIV/Aids risks and come up with good local practices to manage them.A key priority, in both high and low-prevalence settings, said the WEF is to

Cadeias do Montijo e Tires recebem rastreio da sida

Público Online 24.01.05

O projecto "Sida em meio prisional" arranca hoje no estabelecimento prisional do Montijo com um rastreio voluntário ao vírus da sida, hepatite B e C e clamídia, que se estende amanhã à prisão de Tires, abrangendo no total 895 reclusos.

Fruto de uma parceria entre a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, Fundação Calouste Gulbenkian e Instituto da Droga e da Toxicodependência, o projecto vai durar três anos e meio. O objectivo é traçar o mapa da população prisional em relação às atitudes e comportamentos de risco face à sida, prevenir comportamentos de risco e tratar os reclusos infectados com HIV ou toxicodependentes.

O rastreio começa hoje no Montijo, onde estão detidos 220 homens, e prossegue amanhã na prisão de Tires, onde há 675 pessoas detidas, na sua maioria mulheres, até 29 de Janeiro.

A adesão ao rastreio, efectuado por enfermeiros, é voluntária e os resultados só serão entregues aos próprios reclusos. O rastreio vai concentrar-se também na clamídia, uma doença sexualmente transmissível que aumenta o risco de contrair o vírus do HIV.

O projecto "Sida em meio prisional" arranca hoje no estabelecimento prisional do Montijo com um rastreio voluntário ao vírus da sida, hepatite B e C e clamídia, que se estende amanhã à prisão de Tires, abrangendo no total 895 reclusos.Fruto de uma parceria entre a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, Fundação Calouste Gulbenkian e Instituto da Droga e da Toxicodependência, o projecto vai durar três anos e meio. O objectivo é traçar o mapa da população prisional em relação às atitudes e comportamentos de risco face à sida, prevenir comportamentos de risco e tratar os reclusos infectados com HIV ou toxicodependentes.O rastreio começa hoje no Montijo, onde estão detidos 220 homens, e prossegue amanhã na prisão de Tires, onde há 675 pessoas detidas, na sua maioria mulheres, até 29 de Janeiro.A adesão ao rastreio, efectuado por enfermeiros, é voluntária e os resultados só serão entregues aos próprios reclusos. O rastreio vai concentrar-se também na clamídia, uma doença sexualmente transmissível que aumenta o risco de contrair o vírus do HIV.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Pharma convida deputados brasileiros

Enquanto no Brasil se discute a implementação (ou não) das patentes sobre alguns anti-retrovirais, a associação corporativa dos laboratórios convida os deputados brasileiros para um congresso sobre patentes nos E.U.A. ...

Folha de S. Paulo 23.01.05

Elio Gaspari na Folha de São Paulo

Boca livre

Dificuldades para planejar suas férias? Procure a Pharma, entidade que congrega os grandes laboratórios americanos. Ela está arrebanhando um grupo de parlamentares brasileiros para um seminário sobre patentes na Universidade de Georgetown. O roteiro levará o grupo a diversas cidades, inclusive Nova York. Entre os patrocinadores do programa estão os laboratórios Merck, Pfizer e Johnson.

Inicialmente, só estão incluídos nessa boca-livre oito ou dez parlamentares. Nenhum deles está convidado para falar no seminário de Georgetown. CPI (Comissão Parlementar de Investigação) vai, CPI vem, os laboratórios não aprendem a defender seus interesses sem se meter nesse tipo de romance. Como Deus é global, o Merck, o Pfizer e o Johnson deveriam oferecer a pelo menos dez eleitores (e clientes) brasileiros uma boca-livre semelhante à que dão aos eleitos.

Enquanto no Brasil se discute a implementação (ou não) das patentes sobre alguns anti-retrovirais, a associação corporativa dos laboratórios convida os deputados brasileiros para um congresso sobre patentes nos E.U.A. ...Elio Gaspari na Folha de São PauloDificuldades para planejar suas férias? Procure a Pharma, entidade que congrega os grandes laboratórios americanos. Ela está arrebanhando um grupo de parlamentares brasileiros para um seminário sobre patentes na Universidade de Georgetown. O roteiro levará o grupo a diversas cidades, inclusive Nova York. Entre os patrocinadores do programa estão os laboratóriosInicialmente, só estão incluídos nessa boca-livre oito ou dez parlamentares. Nenhum deles está convidado para falar no seminário de Georgetown. CPI (Comissão Parlementar de Investigação) vai, CPI vem, os laboratórios não aprendem a defender seus interesses sem se meter nesse tipo de romance. Como Deus é global, o Merck, o Pfizer e o Johnson deveriam oferecer a pelo menos dez eleitores (e clientes) brasileiros uma boca-livre semelhante à que dão aos eleitos.

sábado, janeiro 22, 2005

CDC recomenda PEP não-ocupacional

TheBody.com 21.01.05

CDC Recommends Prophylactic Antiretroviral Drug Regimen for People Exposed to HIV Through Unprotected Sex, Shared Needles

on Thursday in a "major policy shift" recommended that people exposed to HIV through unprotected sexual intercourse, sexual assault, shared needles or accidents receive immediate treatment with antiretroviral drugs to prevent infection, the

The move expands 1996 CDC guidelines that recommended post-exposure prophylaxis only for health care workers exposed to HIV through occupational accidents,

CDC said that to be effective, prophylactic antiretroviral regimens must be started no later than 72 hours after HIV exposure and continue for 28 days (McKay, Wall Street Journal, 1/21). CDC recommends that individuals take efavirenz and lamivudine or emtricitabine with zidovudine or tenofovir and lopinavir/ritonavir and zidovudine with either lamivudine or emtricitabine, but says that "[d]ifferent alternative regimens are possible" (

(...)

Some health professionals "applauded" CDC's new guidelines, the AP/ Sun reports. "We have probably the most conservative administration in the last 50 years, and yet the CDC is coming out with a policy that is more progressive than perhaps any country's in the world," Dr. Josh Bamberger of the If you had unsafe sex while you were drunk or had a condom break, you should take these medicines -- that is what is recommended by the public health service of the United States. That's amazing" (Leff, AP/Las Vegas Sun, 1/21).

(...)

CDC on Thursday in a "major policy shift" recommended that people exposed to HIV through unprotected sexual intercourse, sexual assault, shared needles or accidents receive, the AP/Chicago Tribune reports (Yee, AP/Chicago Tribune, 1/21).The move expands 1996 CDC guidelines that recommended post-exposure prophylaxis only for health care workers exposed to HIV through occupational accidents, USA Today reports (Manning, USA Today, 1/21). CDC said the new guidelines -- which were published on Friday in CDC's Morbidity and Mortality Weekly Report -- are based on studies showing that beginning an antiretroviral regimen shortly after exposure can reduce the risk of HIV infection by as much as 80% (Goldstein, Miami Herald , 1/21).CDC said that to be effective, prophylactic antiretroviral regimens must be started(McKay, Wall Street Journal, 1/21). CDC recommends that individuals take efavirenz and lamivudine or emtricitabine with zidovudine or tenofovir and lopinavir/ritonavir and zidovudine with either lamivudine or emtricitabine, but says that "[d]ifferent alternative regimens are possible" ( Reuters , 1/20).(...)Some health professionals "applauded" CDC's new guidelines, the AP/ Sun reports. "We have probably the most conservative administration in the last 50 years, and yet the CDC is coming out with a policy that is more progressive than perhaps any country's in the world," Dr. Josh Bamberger of the San Francisco Department of Public Health , who helped create that city's policy on prophylactic HIV treatment, said, adding, "-- that is what is recommended by the public health service of the United States. That's amazing" (Leff, AP/Las Vegas Sun, 1/21).(...)

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Discussão pública sobre o ante-projecto de Estatuto do Medicamento

INFARMED 20.01.05

A elaboração de um novo Estatuto do Medicamento constitui uma necessidade evidenciada pela legislação comunitária aprovada em 2004 a transpor para o direito nacional e por todos quantos, no dia-a-dia, têm de interpretar e aplicar a legislação do medicamento, atenta a sua dispersão.

(...)

Atentas as suas atribuições e face a estas necessidades, o INFARMED preparou um documento de trabalho para basear a revisão daquele Estatuto que apresentou às entidades com assento no seu Conselho Consultivo, na reunião de 22 de Dezembro de 2004. O documento foi, ainda, distribuído à generalidade das associações representativas dos doentes (quais??) e consumidores, dos profissionais de saúde e dos agentes económicos do sector, bem como às diversas instituições do sistema de saúde e do sector público relacionadas com esta matéria, para efeitos de apreciação.

Dado o carácter estruturante do projecto que resultará do documento em apreço, julga-se adequado disponibilizar o referido documento a todos quantos queiram sobre ele dar o seu contributo, que será apreciado para efeitos de elaboração da versão final do ante-projecto a submeter à consideração da Tutela.

Assim, encontram-se

Quaisquer contributos deverão ser enviadas para o seguinte endereço electrónico:

A elaboração de umconstitui uma necessidade evidenciada pela legislação comunitária aprovada em 2004 a transpor para o direito nacional e por todos quantos, no dia-a-dia, têm de interpretar e aplicar a legislação do medicamento, atenta a sua dispersão.(...)Atentas as suas atribuições e face a estas necessidades, o INFARMED preparou um documento de trabalho para basear a revisão daquele Estatuto que apresentou às entidades com assento no seu Conselho Consultivo, na reunião de 22 de Dezembro de 2004. O documento foi, ainda, distribuídoe consumidores, dos profissionais de saúde e dos agentes económicos do sector, bem como às diversas instituições do sistema de saúde e do sector público relacionadas com esta matéria, para efeitos de apreciação.Dado o carácter estruturante do projecto que resultará do documento em apreço, julga-se adequado disponibilizar o referido documento a todos quantos queiram sobre ele dar o seu contributo, que será apreciado para efeitos de elaboração da versão final do ante-projecto a submeter à consideração da Tutela.Assim, encontram-se aqui as versões PDF do mencionado documento de trabalho, permitindo a sua fácil leitura e eventual apresentação de comentários, sugestões e propostas de alteração.Quaisquer contributos deverão ser enviadas para o seguinte endereço electrónico: estatuto.medicamento@infarmed.pt

Reportagem sobre ensaio clínico PREP com Viread

Abraço organiza debate com os partidos sobre as políticas de prevenção, controlo e tratamento da infecção pelo VIH e da SIDA

Lisboa, 20 de Janeiro de 2005

A luta contra a SIDA em Portugal é, como todos sabemos, um reconhecido caso de insucesso e um dos maiores fracassos nas políticas de saúde em Portugal das últimas duas décadas. Na Europa (a 15), somos o país que apresenta as mais altas taxas de incidência e prevalência, as quais não só não mostram sinais de diminuição como já atingem, em determinadas zonas e para alguns grupos etários, valores que caracterizam uma epidemia generalizada.

Sem a intervenção activa de todos os cidadãos e, em particular, das pessoas afectadas e infectadas pelo VIH e das suas organizações não será possível reverter esta situação.

A um mês da realização de eleições legislativas, a Associação Abraço pretende dar a todos os partidos concorrentes uma oportunidade para apresentarem e discutirem com os principais interessados as suas ideias, políticas, projectos e iniciativas em relação à prevenção, controlo e tratamento da infecção pelo VIH e da SIDA.

Vimos por este meio convidar-vos a estarem presentes e participarem activamente neste debate que se realizará às 18h00 do próximo dia 30 de Janeiro, no Auditório da Biblioteca Museu República e Resistência, rua Alberto de Sousa, 10 A, em Lisboa.

Solicitamos ainda que divulguem esta iniciativa junto dos vossos membros e associados e promovam a sua presença e participação através dos meios de comunicação ao vosso dispor.

Com um abraço

Pela Direcção da Abraço

Maria José Campos

Lisboa, 20 de Janeiro de 2005A luta contra a SIDA em Portugal é, como todos sabemos, um reconhecido caso de insucesso e um dos maiores fracassos nas políticas de saúde em Portugal das últimas duas décadas. Na Europa (a 15), somos o país que apresenta as mais altas taxas de incidência e prevalência, as quais não só não mostram sinais de diminuição como já atingem, em determinadas zonas e para alguns grupos etários, valores que caracterizam uma epidemia generalizada.Sem a intervenção activa de todos os cidadãos e, em particular, das pessoas afectadas e infectadas pelo VIH e das suas organizações não será possível reverter esta situação.A um mês da realização de eleições legislativas, a Associação Abraço pretende dar a todos os partidos concorrentes uma oportunidade para apresentarem e discutirem com os principais interessados as suas ideias, políticas, projectos e iniciativas em relação à prevenção, controlo e tratamento da infecção pelo VIH e da SIDA.Vimos por este meio convidar-vos a estarem presentes e participarem activamente neste debate que se realizará, rua Alberto de Sousa, 10 A, em Lisboa.Solicitamos ainda que divulguem esta iniciativa junto dos vossos membros e associados e promovam a sua presença e participação através dos meios de comunicação ao vosso dispor.Com um abraçoPela Direcção da AbraçoMaria José Campos

Bispos portugueses mantêm-se contra

Quando é que a ICAR estará pronta para uma "nova etapa de responsabilidade e generosidade"?

Público 21.01.05

O director do secretariado da Conferência Episcopal Portuguesa, Joaquim Garrido Mendes, afirma que não houve nenhuma reunião para abordar a notícia sobre as declarações do porta-voz da congénere espanhola. Por isso, a posição que toma face ao uso do preservativo é a constante da nota pastoral "Os cristãos e a luta contra a sida", de Novembro de 2001.

Neste documento de duas páginas, sublinham-se as "reticências da moral católica em relação ao uso generalizado do preservativo", "porque ele significa uma alteração profunda do sentido e da dignidade da sexualidade humana".

A recusa "dos 'métodos' da barreira física' - "que isola o contacto dos corpos na intimidade sexual, que é, em si mesmo, um encontro plenificante de todo o ser" - é peremptória: "Nenhuma razão pode levar a Igreja a deixar de afirmar claramente essa verdade, pois só ela pode atrair as pessoas para novas etapas de responsabilidade e generosidade".

"A perspectiva cristã da existência não é necessariamente um caminho de facilidades, é uma longa luta, em que o cristão se confronta com a cruz do próprio Senhor Jesus Cristo, que é possível vencer com a força do espírito de Deus", conclui.

Quando é que a ICAR estará pronta para uma "nova etapa de responsabilidade e generosidade"?O director do secretariado da Conferência Episcopal Portuguesa, Joaquim Garrido Mendes, afirma que não houve nenhuma reunião para abordar a notícia sobre as declarações do porta-voz da congénere espanhola. Por isso, a posição que toma face ao uso do preservativo é a constante da nota pastoral "Os cristãos e a luta contra a sida", de Novembro de 2001.Neste documento de duas páginas, sublinham-se as "reticências da moral católica em relação ao uso generalizado do preservativo", "porque ele significa uma alteração profunda do sentido e da dignidade da sexualidade humana".A recusa "dos 'métodos' da barreira física' - "que" - é peremptória: "Nenhuma razão pode levar a Igreja a deixar de afirmar claramente essa verdade, pois só ela pode atrair as pessoas para".conclui.

CNLCS passa a ter apoio jurídico

Público 21.01.05

A Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS) e o Centro de Direito Biomédico (CDB) da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra assinaram ontem um

Uma das principais questões abordadas pelo protocolo tem que ver com os serviços de consultadoria prestados pelo CDB à CNLCS nas suas áreas de actuação, nomeadamente ao nível das questões ético-legais que surgem no âmbito da infecção pelo VIH/SIDA. Outro ponto que se salvaguarda no protocolo é o intercâmbio científico e pedagógico entre as duas instituições.

Para o presidente do CDB, Guilherme de Oliveira, os pareceres do centro, integrado na Faculdade de Direito, representam uma forma de "procurar uma saída para um conflito de interesses" na área da Medicina. Também Meliço Silvestre, da CNLCS, acredita que este seja mais um "mecanismo de protecção dos doentes".

A Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS) e o Centro de Direito Biomédico (CDB) da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra assinaram ontem um protocolo que tem por objecto promover a colaboração técnica entre as duas entidades, ao nível de estudos, iniciativas de formação e cooperação dos seus elementos.Uma das principais questões abordadas pelo protocolo tem que ver com ospelo CDB à CNLCS nas suas áreas de actuação, nomeadamente ao nível das questões ético-legais que surgem no âmbito da infecção pelo VIH/SIDA. Outro ponto que se salvaguarda no protocolo é o intercâmbio científico e pedagógico entre as duas instituições.Para o presidente do CDB, Guilherme de Oliveira, os pareceres do centro, integrado na Faculdade de Direito, representam uma forma de ". Também Meliço Silvestre, da CNLCS, acredita que este seja mais um "mecanismo de protecção dos doentes".

Mais de um terço estudantes Ensino Superior não usam preservativo

LUSA 20.01.05

Mais de 38 por cento dos estudantes do Ensino Superior não usam preservativo nas relações sexuais, revela um estudo da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida divulgado hoje no Porto.

O "Estudo sobre comportamentos dos estudantes universitários e a sua relação com infecções sexualmente transmissíveis" foi efectuado com base num inquérito a cerca de 4.700 jovens alunos de faculdades, institutos politécnicos e escolas superiores de oito regiões: Coimbra (25 por cento), Bragança (25), Algarve (13,5), Évora (8,6), Braga (8,2), Porto (sete), Madeira (6,6) e Lisboa (seis).

Mais de 83 por cento dos inquiridos afirmaram já ter tido relações sexuais, dois por cento dos quais com parceiro do mesmo sexo, 18 por cento com cinco ou mais pessoas e 5,7 por cento antes dos 15 anos.

Na última relação com um parceiro não habitual, 10 por cento dos estudantes admitiram não ter utilizado preservativo.

Perto de metade dos inquiridos (46 por cento) responderam que já consumiram cannabis, sendo inferior a cinco por cento os consumos de outras drogas, designadamente cocaína (3,8 por cento), cola (quatro), anfetaminas (2,9), ecstasy (4,7), esteróides (1,2) e heroína (0,6).

Reflectindo o desequilíbrio que existe no Ensino Superior português, 67,2 por cento dos inquiridos são mulheres, mas os autores do estudo concluíram que os homens correm mais riscos, quer no consumo de drogas quer nas relações sexuais sem preservativo.

Os comportamentos de risco aumentam também com a idade e existem em nível elevado para todo o tipo de infecções, "o que exige intervenção educativo-sanitária urgente, pois que, pelo encontrado, tudo fará supor que a situação poderá tender a agravar-se", assinala o estudo.

Nas análises efectuadas não foi detectado qualquer caso de VIH, mas registaram-se 15 casos positivos de hepatite C, três de sífilis e oito de antigénio de superfície do vírus da hepatite B.

O encarregado de missão da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS), Meliço Silvestre, classificou os dados deste estudo como "muito importantes", no âmbito de uma estratégia de prevenção da sida e outras doenças sexualmente transmissíveis "baseada na evidência".

(...)

Mais de 38 por cento dos estudantes do Ensino Superior não usam preservativo nas relações sexuais, revela um estudo da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida divulgado hoje no Porto.O "Estudo sobre comportamentos dos estudantes universitários e a sua relação com infecções sexualmente transmissíveis" foi efectuado com base num inquérito a cerca de 4.700 jovens alunos de faculdades, institutos politécnicos e escolas superiores de oito regiões: Coimbra (25 por cento), Bragança (25), Algarve (13,5), Évora (8,6), Braga (8,2), Porto (sete), Madeira (6,6) e Lisboa (seis).Mais de 83 por cento dos inquiridos afirmaram já ter tido relações sexuais, dois por cento dos quais com parceiro do mesmo sexo, 18 por cento com cinco ou mais pessoas e 5,7 por cento antes dos 15 anos.Na última relação com um parceiro não habitual, 10 por cento dos estudantes admitiram não ter utilizado preservativo.Perto de metade dos inquiridos (46 por cento) responderam que já consumiram cannabis, sendo inferior a cinco por cento os consumos de outras drogas, designadamente cocaína (3,8 por cento), cola (quatro), anfetaminas (2,9), ecstasy (4,7), esteróides (1,2) e heroína (0,6).Reflectindo o desequilíbrio que existe no Ensino Superior português, 67,2 por cento dos inquiridos são mulheres, mas os autores do estudo concluíram que os homens correm mais riscos, quer no consumo de drogas quer nas relações sexuais sem preservativo.Os comportamentos de risco aumentam também com a idade e existem em nível elevado para todo o tipo de infecções, "o que exige intervenção educativo-sanitária urgente, pois que, pelo encontrado, tudo fará supor que a situação poderá tender a agravar-se", assinala o estudo.Nas análises efectuadas não foi detectado qualquer caso de VIH, mas registaram-se 15 casos positivos de hepatite C, três de sífilis e oito de antigénio de superfície do vírus da hepatite B.O encarregado de missão da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS), Meliço Silvestre, classificou os dados deste estudo como "muito importantes", no âmbito de uma estratégia de prevenção da sida e outras doenças sexualmente transmissíveis "baseada na evidência".(...)

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Citação da semana

"What does it say about the world [when] we can tolerate the slow and unnecessary death of millions [from AIDS] whose lives would be rescued with treatment? The tsunami must be seen to be the turning point. The publics of the world have shown their desperate concern for the human condition. How long will it take for governments to do the same?"

Stephen Lewis, U.N. Special Envoy for HIV/AIDS in Africa

Reuters/CNN International, 1/19/05

"What does it say about the world [when] we can tolerate the slow and unnecessary death of millions [from AIDS] whose lives would be rescued with treatment? The tsunami must be seen to be the turning point. The publics of the world have shown their desperate concern for the human condition. How long will it take for governments to do the same?"Stephen Lewis, U.N. Special Envoy for HIV/AIDS in Africa

Profilaxia pré-exposição (PREP) com Viread

Ler mais acerca destes ensaios clínicos controversos sobre PREP com tenofovir nos artigos " Duras críticas sobre ensaio clínico com tenofovir nos Camarões " e " Carta dos activistas tailandeses sobre ensaio com tenofovir ".

Aidsportugal 19.01.05

A parte americana ligada à triagem farmacêutica internacional recrutará 400 homens homossexuais de São Francisco e Atlanta para determinar quais das propriedades que permitem o tenofovir (Viread) suprimir o HIV entre os doentes infectados podem também prevenir a infecção pelo HIV entre os não infectados. Os investigadores acreditam que o tenofovir é um bom candidato porque foi considerado o antiretroviral menos tóxico e por ser tomado uma única vez diariamente.

(...)

Os participantes no estudo foram nomeados aleatoriamente para tomarem ou tenofovir ou placebo todos os dias durante dois anos. No final do estudo internacional, os investigadores compararão os resultados. Os investigadores querem saber se o fármaco é seguro para prevenir o HIV, e se um só comprimido pode provocar um desagradável aumento em caso de sexo não seguro. O estudo também determinará se algum dos participantes que se infectou com HIV é já resistente ao tenofovir.

Os investigadores devem assegurar que os participantes são informados dos possíveis riscos. São eticamente limitados a dissuadir todos os participantes de se envolverem em comportamentos sexuais de risco e oferecer aconselhamento sobre o uso do preservativo e práticas de sexo seguro. Os participantes serão avisados que não têm maneira de saber se estão a tomar efectivamente o comprimido ou o placebo, e mesmo se estiverem a tomar o fármaco, pode não os proteger.

A proposta do estudo do tenofovir entre as prostitutas cambodjianas – designado pela Universidade da Califórnia-São Francisco e subsidiada pela Fundação Bill & Melinda Gates – foi rejeitado este verão após o primeiro-ministro ter vetado o estudo. Estudos semelhantes começaram na Nigéria, Camarões e Ghana.

(...)

San Francisco Chronicle (12.01.04):: Sabin Russell

Blair-ometer

Um

Um jogo divertido da Stop AIDS Campaign para mesurar a performance mensal do Tony Blair na área do VIH/SIDA.

O fim dos genéricos da Índia?

The New York Times, January 18, 2005

*EDITORIAL*

India's Choice

For an AIDS patient in a poor country lucky enough to get antiretroviral treatment, chances are that the pills that stave off death come fromIndia. Generic knockoffs of AIDS drugs made by Indian manufacturers -now treating patients in 200 countries - have brought the price of antiretroviral therapy down to $140 a year from $12,000.

That luck may soon run out. India has become the world's supplier of cheap AIDS drugs because it has the necessary raw materials and a thriving and sophisticated copycat drug industry made possible by laws that grant patents to the process of making medicines, rather than to the drugs themselves. But when India signed the World Trade Organization's agreement on intellectual property in 1994, it was required to institute patents on products by Jan. 1, 2005. These rules have little to do with free trade and more to do with the lobbying power of the American and European pharmaceutical industries.

India's government has issued rules that will effectively end the copycat industry for newer drugs. For the world's poor, this will be a double hit - cutting off the supply of affordable medicines and removing the generic competition that drives down the cost of brand-name drugs.

But there is still a chance to fix the flaws in these rules, because they are contained in a decree that must be approved by Parliament. Heavily influenced by multinational and Indian drug makers eager to sell patented medicines to India's huge middle class, the decree is so tilted toward the pharmaceutical industry that it does not even take advantage of rights countries enjoy under the W.T.O. to protect public health.

(...)

While some drugs - those that existed before 1995 - will always be off patent in India, some widely used drugs are at risk. So are new generations of much more expensive AIDS drugs that will soon be needed worldwide as resistance builds to current medicines. If the decree is not changed before Parliament approves it, it will be very difficult for India to supply them. India's parliamentarians must keep in mind that this arcane dispute is actually a crucial battleground for the health of hundreds of millions of people in India and worldwide.

The New York Times, January 18, 2005India's ChoiceFor an AIDS patient in a poor country lucky enough to get antiretroviral treatment, chances are that the pills that stave off death come fromIndia. Generic knockoffs of AIDS drugs made by Indian manufacturers -now treating patients in 200 countries - have brought the price of antiretroviral therapyThat luck may soon run out. India has become the world's supplier of cheap AIDS drugs because it has the necessary raw materials and a thriving and sophisticated copycat drug industry made possible by laws that grant patents to the process of making medicines, rather than to the drugs themselves. But when India signed the World Trade Organization's agreement on intellectual property in 1994, it was required to institute patents on products by Jan. 1, 2005.India's government has issued rules that will effectively end the copycat industry for newer drugs. For the world's poor, this will be a double hit -But there is still a chance to fix the flaws in these rules, because they are contained in a decree that must be approved by Parliament. Heavily influenced by multinational and Indian drug makers eager to sell patented medicines to India's huge middle class, the decree is so tilted toward the pharmaceutical industry that it does not even take advantage of rights countries enjoy under the W.T.O. to protect public health.(...)While some drugs - those that existed before 1995 - will always be off patent in India, some widely used drugs are at risk. So arethat will soon be needed worldwide as resistance builds to current medicines. If the decree is not changed before Parliament approves it, it will be very difficult for India to supply them. India's parliamentarians must keep in mind that this arcane dispute is actually a

Mais Confusão católica

Afinal, o "C" em "ABC" (Abstinence, Be faithful & Condoms) vem de Confusão...

CM 20.01.05

(...)

Afinal, Juan Antonio Camino, porta-voz e secretário-geral da Conferência Episcopal espanhola, não defende o uso do preservativo. Depois de, na terça-feira, ter referido o seu papel “numa prevenção integral e global da sida”, vem agora dar o dito por não dito. Em comunicado, publicado na página da internet da Conferência Episcopal, a igreja espanhola decidiu rectificar as declarações, referindo que “o uso do preservativo implica uma conduta sexual imoral” e que “a abstinência sexual e a fidelidade mútua entre os cônjuges constituem a única conduta segura que se pode generalizar frente ao perigo da sida”.

(...)

QUESTÕES DE PRESERVATIVO

A FAVOR

No exterior da Curia Romana começam a ouvir-se vozes que apoiam o uso do preservativo. É o caso do Arcebispo de Bruxelas, que o caracterizou, em declarações públicas, como “um mal menor” face à epidemia de sida.

CONTRA

“O preservativo pode ser uma solução mais fácil que a abstinência”, referiu o presidente do Conselho Pontifício da Saúde. No entanto, o emissário da Santa Sé defende “que os católicos devem ser coerentes com a sua fé”.

CIÊNCIA

Em termos científicos, restam poucas dúvidas da eficácia do uso do preservativo no combate às doenças sexualmente transmissíveis. Vários estudos referem-no como uma arma importante, que não deve ser relegada para segundo plano.

DEPENDE DAS CIRCUNSTÂNCIAS

“Concordo com as declarações do porta-voz espanhol, mas no seu contexto. Quando se trata de seropositivos ou pessoas em risco de contágio, com uma vida sexual activa, o uso do preservativo é obrigatório. Mas não é a solução para uma educação sexual honesta e verdadeira e não deve ser entendido como obrigatório em todas as circunstâncias.” Padre José Luís Borga

EM DEFESA DO PRESERVATIVO

“Entendemos que a Igreja não tem o direito de transmitir mensagens erradas do ponto de vista científico apenas para fazer valer os seus valores morais. Penso que só ficava bem à Igreja portuguesa adoptar uma posição de defesa do uso do preservativo, sobretudo entre nós, onde a doença assume proporções graves.” Maria José Campos (Abraço)

"RECUO ERA INEVITÁVEL"

Afirmando que a mudança de opinião por parte da Conferência Episcopal Espanhola seria “uma autêntica revolução doutrinal”, o bispo das Forças Armadas sublinhou ser inevitável “o recuo e correcção à interpretação feita pelos jornalistas das palavras de D. Juan Camino”. É que, reafirma o prelado, “ainda há um mês tinham dito o oposto”. D. Januário Torgal Ferreira

"PALAVRAS MAL ENTENDIDAS"

Dizendo sempre que “assuntos tão delicados e problemáticos como este” não podem ser comentados de ânimo leve, D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, não deixou de dizer que “o incidente de Espanha é um exemplo dos problemas que podem ser causados por palavras mal escolhidas ou mal entendidas”. D. Jorge Ferreira Ortiga

Afinal, o "C" em "ABC" (Abstinence, Be faithful &) vem de...(...)Afinal, Juan Antonio Camino, porta-voz e secretário-geral da Conferência Episcopal espanhola, não defende o uso do preservativo. Depois de, na terça-feira, ter referido o seu papel “numa prevenção integral e global da sida”, vem agora dar o dito por não dito. Em comunicado, publicado na página da internet da Conferência Episcopal,, referindo que “o uso do preservativo implica uma conduta sexual imoral” e que “a abstinência sexual e a fidelidade mútua entre os cônjuges constituem a única conduta segura que se pode generalizar frente ao perigo da sida”.(...)QUESTÕES DE PRESERVATIVOA FAVORNo exterior da Curia Romana começam a ouvir-se vozes que apoiam o uso do preservativo. É o caso do, que o caracterizou, em declarações públicas, como “um mal menor” face à epidemia de sida.CONTRA“O preservativo pode ser uma solução mais fácil que a abstinência”, referiu o presidente do Conselho Pontifício da Saúde. No entanto, o emissário da Santa Sé defende “que os católicos devem ser coerentes com a sua fé”.CIÊNCIA. Vários estudos referem-no como uma arma importante, que não deve ser relegada para segundo plano.DEPENDE DAS CIRCUNSTÂNCIAS“Concordo com as declarações do porta-voz espanhol, mas no seu contexto. Quando se trata de seropositivos ou pessoas em risco de contágio, com uma vida sexual activa,. Mas não é a solução para uma educação sexual honesta e verdadeira e não deve ser entendido como obrigatório em todas as circunstâncias.”EM DEFESA DO PRESERVATIVO“Entendemos queapenas para fazer valer os seus valores morais. Penso que só ficava bem à Igreja portuguesa adoptar uma posição de defesa do uso do preservativo, sobretudo entre nós, onde a doença assume proporções graves.” Maria José Campos (Abraço)"RECUO ERA INEVITÁVEL"Afirmando que a mudança de opinião por parte da Conferência Episcopal Espanhola seria “uma autêntica revolução doutrinal”, o bispo das Forças Armadas sublinhou ser inevitável “o recuo e correcção à interpretação feita pelos jornalistas das palavras de D. Juan Camino”. É que, reafirma o prelado, “”. D. Januário Torgal Ferreira"PALAVRAS MAL ENTENDIDAS"Dizendo sempre que “assuntos tão delicados e problemáticos como este” não podem ser comentados de ânimo leve, D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, não deixou de dizer que “o incidente de Espanha é um exemplo dos problemas que podem ser causados por”. D. Jorge Ferreira Ortiga

Vaticano e Igreja portuguesa mantêm veto ao preservativo

Irmãs, entendam-se!

DN 20.01.05

O Vaticano mantém a condenação do preservativo e diz que foram mal interpretadas as palavras do porta-voz da Conferência Episcopal espanhola, Martinez Camino, que admitiu o uso deste contraceptivo num "contexto de prevenção integral e global da sida", acrescentando que será feito um esclarecimento. A Conferência Episcopal Portuguesa e o Patriarcado não comentam a situação por agora, esperando pelo texto integral das declarações do bispo espanhol. No entanto, voltam a sublinhar a recusa dos métodos contraceptivos de "barreira física".

Em Roma, monsenhor Redrado Marchite, secretário do Conselho Pastoral da Saúde italiano, defendeu "não existir nenhuma novidade. Nada mudou. A Igreja espanhola continua no coração da Igreja Católica Romana. Duvido que o porta-voz da Conferência Episcopal espanhola se tenha pronunciado a favor do uso do preservativo. Apenas disse que existem 40 modos e instrumentos sugeridos pelos cientistas e biólogos para combater a sida, o preservativo é um entre muitos".

Monsenhor Redrado Marchite disse ainda que falou pessoalmente com «o padre Martinez Camino que revelou estar a preparar uma nota de esclarecimento sobre o significado e dimensão das suas palavras no final do encontro com a ministro da Saúde espanhola. Acrescentando "Esta manhã recebi telefonemas de pessoas preocupadas com esta presumível abertura de Espanha ao uso do preservativo. É urgente falar claro. Nem tudo o que se produz nos laboratórios científicos pode ser usado. A religião católica não admite o uso do preservativo».

Irmãs, entendam-se!O Vaticano mantém a condenação do preservativo e diz que foramas palavras do porta-voz da Conferência Episcopal espanhola, Martinez Camino, que admitiu o uso deste contraceptivo num "contexto de prevenção integral e global da sida", acrescentando que será feito um esclarecimento. A Conferência Episcopal Portuguesa e o Patriarcado não comentam a situação por agora, esperando pelo texto integral das declarações do bispo espanhol. No entanto,dos métodos contraceptivos de "barreira física".Em Roma, monsenhor Redrado Marchite, secretário do Conselho Pastoral da Saúde italiano, defendeu "não existir nenhuma novidade.. A Igreja espanhola continua no coração da Igreja Católica Romana. Duvido que o porta-voz da Conferência Episcopal espanhola se tenha pronunciado a favor do uso do preservativo. Apenas disse que existem 40 modos e instrumentos sugeridos pelos cientistas e biólogos para combater a sida, o preservativo é um entre muitos".Monsenhor Redrado Marchite disse ainda que falou pessoalmente com «o padre Martinez Camino que revelou estar a preparar uma nota de esclarecimento sobre o significado e dimensão das suas palavras no final do encontro com a ministro da Saúde espanhola. Acrescentando "Esta manhã recebi telefonemas de pessoas preocupadas com esta presumível abertura de Espanha ao uso do preservativo. É urgente falar claro. Nem tudo o que se produz nos laboratórios científicos pode ser usado.».

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Primeiro ensaio de vacina contra verrugas genitais em homossexuais masculinos

Aidsportugal /Australian Associated Press 06.01.05

De acordo com declarações proferidas na quarta-feira pelo Director da Taylor Square Private Clinic, o Dr. Robert Finlayson, a Austrália irá participar num ensaio internacional com a duração de três anos que incidirá sobre uma vacina para o controlo da transmissão do papilomavírus humano (HPV) em homens e prevenção do cancro anal. Serão incluídos no estudo jovens homossexuais masculinos com idades entre os 18 e os 23 anos.

O HPV, que pode causar cancro do colo do útero nas mulheres, é a DST mais comum na Austrália. “O cancro do pénis é extremamente raro, enquanto que o número de atingidos por cancro do ânus está a aumentar todo o mundo e desconhece-se o motivo que provoca este aumento”, palavras de Finlayson. Acrescenta ainda que apesar do cancro do ânus ser ainda raro está a tornar-se mais comum em homossexuais do que em heterossexuais. Ainda segundo Finlayson, a incidência do HPV aumentou na população em geral e estima-se que agora seja 96 por cento mais comum do que há 20 ou 30 anos atrás.

De acordo com declarações proferidas na quarta-feira pelo Director da Taylor Square Private Clinic, o Dr. Robert Finlayson, a Austrália irá participar num ensaio internacional com a duração de três anos que incidirá sobre uma vacina para o controlo da transmissão doem homens e prevenção do cancro anal. Serão incluídos no estudo jovens homossexuais masculinos com idades entre os 18 e os 23 anos.O HPV, que pode causar cancro do colo do útero nas mulheres, é a DST mais comum na Austrália. “O cancro do pénis é extremamente raro, enquanto que o número de atingidos por cancro do ânus está a aumentar todo o mundo e desconhece-se o motivo que provoca este aumento”, palavras de Finlayson. Acrescenta ainda que apesar do cancro do ânus ser ainda raro está a tornar-se mais comum em homossexuais do que em heterossexuais. Ainda segundo Finlayson, a incidência do HPV aumentou na população em geral e estima-se que agora seja 96 por cento mais comum do que há 20 ou 30 anos atrás.

Igreja Espanhola aprova preservativo!?

Mais bons ventos? Os bispos portugueses não conseguem acreditar... CM 19.01.05 Numa declaração surpreendente feita após um encontro mantido em Madrid com a ministra da Saúde espanhola, Elena Salgado, Juan António Martinez Camino anunciou que a Conferênca Episcopal espanhola é a favor do uso do preservativo e que “ele tem o seu contexto numa prevenção integral e global da sida”.

Falando durante uma conferência de Imprensa, o secretário-geral e porta-voz da Conferência Episcopal adiantou que a Igreja Católica ‘está muito preocupada com o problema da sida’ e que as suas posições estão baseadas nas propostas científicas publicadas na edição de Novembro da prestigiada revista ‘The Lancet’, as quais defendem a combinação da abstinência, fidelidade e uso do preservativo como estratégia para a prevenção da transmissão da sida por via sexual. Refira-se que esta estratégia é apoiada por mais de 130 especialistas de 36 países. O porta-voz do órgão máximo da Igreja Católica em Espanha considerou que o encontro com a ministra Elena Salgado – solicitado pelos bispos – permitiu comprovar que existem “determinados preconceitos” sobre a posição da Igreja na prevenção da sida e concluir que a colaboração de todos constitui “a forma mais adequada para encontrar uma solução para um problema tão grave”, quer em Espanha quer no resto do mundo. “Chegou o momento de um trabalho conjunto na prevenção de uma pandemia tão triste como a sida”, concluiu Matínez Camino. Com esta posição, a Conferência Episcopal, evita mais uma fricção com o governo socialista espanhol, que pretende legalizar o matrimónio homossexual, considerado inconstitucional. O Vaticano nunca emitiu uma posição oficial sobre o uso do preservativo, mas a maioria dos seus representantes tem-se manifestado contra. "SERIA UMA REVOLUÇÃO" D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas, diz que “é muito difícil acreditar que a Conferência Episcopal Espanhola tenha alterado a sua posição sobre o preservativo em 180 graus, no curto espaço de um mês e pouco”. No entanto, o prelado sublinha que “se isso for verdade, estamos perante uma autêntica revolução doutrinal”. Realçando que a posição dos bispos espanhóis e do secretário-geral da Conferência Episcopal de Espanha, D. Juan António Camino, em particular, “sempre foi no sentido de condenar o uso do preservativo”, D. Januário considera que, “a serem verdadeiras as declarações que lemos na Imprensa espanhola, temos de admitir que, ao nível dos princípios, há uma deslocação do assento tónico muito forte”. Defendendo que “entre dois males deve sempre optar-se pelo mal menor”, D. Januário disse que “esta questão do preservativo foi sempre muito mal interpretada e explicada pela Igreja”. Diz este prelado que, “na luta contra um inimigo letal como a sida, a Igreja tem de estar sempre do lado da vida”.

Ministro Britânico pede apoio Europeu à África

Público 19.01.05

Os ministros das Finanças da União Europeia concordaram com a necessidade de aliviar a dívida dos países africanos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, afirmou ontem o promotor de um plano de cancelamento da dívida, o ministro britânico das Finanças, Gordon Brown.

Brown, que regressava de uma viagem por quatro países africanos, aproveitou para promover a iniciativa - já conhecido como "o novo plano Marshall" - no encontro dos ministros das Finanças dos países da UE. "[Os responsáveis] irão agora para casa para ver com o que se poderão comprometer, mas eu acredito que vai existir um apoio generalizado", disse Brown, citado pela AFP.

A Grã-Bretanha está a aproveitar o facto de ser anfitriã do encontro do G8 para promover o plano de ajuda para o continente mais pobre do mundo, que prevê o pagamento faseado da dívida destes países aos credores e uma duplicação da ajuda dos países mais ricos.

(...)

O responsável repetiu as críticas ao proteccionismo comercial e afirmou que os subsídios da UE para a agricultura europeia estão a sabotar os esforços do continente africano sair da pobreza.

Os ministros das Finanças da União Europeiacom a necessidade de aliviar a dívida dos países africanos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, afirmou ontem o promotor de um plano de cancelamento da dívida, o ministro britânico das Finanças, Gordon Brown.Brown, que regressava de uma viagem por quatro países africanos, aproveitou para promover a iniciativa - já conhecido como "" - no encontro dos ministros das Finanças dos países da UE. "[Os responsáveis] irão agora para casa para ver com o que se poderão comprometer, mas eu acredito que vai existir um apoio generalizado", disse Brown, citado pela AFP.A Grã-Bretanha está a aproveitar o facto de ser anfitriã do encontro do G8 para promover o plano de ajuda para o continente mais pobre do mundo, que prevê o pagamento faseado da dívida destes países aos credores e uma duplicação da ajuda dos países mais ricos.(...)O responsável repetiu as críticas ao proteccionismo comercial e afirmou que os subsídios da UE para a agricultura europeia estão a sabotar os esforços do continente africano sair da pobreza.

Vem aí a Comissão de Ética para a Investigação Clínica

No meio de tantos profs, dois padres e outros artistas de alto calibre temos felizmente um membro genuíno da comunidade, Dr. Pedro Silvério Marques, a fazer parte deste clube exclusivo.

INFARMED 14.01.05

A Lei n.º 46/2004, de 19 de Agosto, que transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2001/20/CE, de 4 de Abril de 2001, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa à aplicação das boas práticas clínicas na condução de ensaios clínicos, criou um organismo independente e multidisciplinar designado por Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC).

Este organismo de âmbito nacional, constituído por profissionais de saúde e outros, será incumbido de assegurar a protecção dos direitos, a segurança e bem estar dos participantes em ensaios clínicos tendo em vista a emissão do parecer de carácter ético e científico indispensável à realização de ensaios clínicos com medicamentos de uso humano.

A aguardando-se agora a sua publicação em Diário da República.

No meio de tantos profs,padres e outros artistas de alto calibre temos felizmente um membro genuíno da comunidade, Dr. Pedro Silvério Marques, a fazer parte deste clube exclusivo.A Lei n.º 46/2004, de 19 de Agosto, que transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2001/20/CE, de 4 de Abril de 2001, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa à, criou um organismo independente e multidisciplinar designado por Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC).Este organismo de âmbito nacional, constituído por profissionais de saúde e outros, será incumbido detendo em vista aindispensável à realização de ensaios clínicos com medicamentos de uso humano. portaria relativa à sua criação e o despacho que nomeia os seus membros foram assinados pelo Ministro da Saúde em Dezembro de 2004,em Diário da República.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Sida, o tsunami silencioso

BBC World 18.01.05

El administrador del Programa de Naciones Unidas para el Desarrollo, PNUD, Mark Malloch Brown, comparó al SIDA con el maremoto que golpeó el sudeste asiático el pasado diciembre.

En una reunión celebrada en París, el representante del PNUD dijo que "el SIDA es un tsunami silencioso, que forma parte de nuestra vida y mata a 240.000 personas al mes".

Al inicio del III Foro sobre el Desarrollo Humano que, bajo los auspicios de la ONU y Francia, reúne durante tres días a políticos, expertos y miembros de la sociedad civil, Malloch Brown indicó que era necesario aprovechar la reacción de la opinión pública ante el fenómeno del tsunami y trasladarla al problema del Sida.

(...)

El administrador del Programa de Naciones Unidas para el Desarrollo, PNUD, Mark Malloch Brown, comparó al SIDA con el maremoto que golpeó el sudeste asiático el pasado diciembre.En una reunión celebrada en París, el representante del PNUD dijo que "".Al inicio del III Foro sobre el Desarrollo Humano que, bajo los auspicios de la ONU y Francia, reúne durante tres días a políticos, expertos y miembros de la sociedad civil, Malloch Brown indicó que(...)

Duras críticas sobre ensaio clínico com tenofovir nos Camarões

La Nouvelle Expression - 17.01.05

Valentin Siméon Zinga

Le Cameroun

Sida : Le scandale est dans l’éprouvette

Une recherche sur la prévention de la transmission du virus est vivement contestée par des Ong qui dénoncent le choix des prostituées du Sud comme cobayes, le peu de cas fait à l’Ethique, aux risques, et à la prise en charge des participantes. Le Cameroun fait partie des quatre laboratoires retenus par les promoteurs de cet essai.

L’affaire est suffisamment sérieuse pour qu’elle mérite l’attention de l’opinion au-delà des frontières camerounaises. Au point que la chaîne publique de télévision française France 2 lui consacre une enquête dans le cadre de

L’histoire d’une recherche qui, au travers d’un essai sur le sida, -en cours dans trois pays africains (Cameroun, Nigeria, Ghana) et le Cambodge-, étale ses controverses, et suscite les critiques les plus virulentes d’ Organisations non gouvernementales, dont le Réseau Ethique Droits et Sida (Reds) au Cameroun, et Act Up-Paris.

Les premiers espoirs

Les spécialistes situent au milieu des années 90, la réflexion née au sein des laboratoires pharmaceutiques, autour de la question des possibilités de prévention de l’infection à Vih. Gilead, un des laboratoires parmi les plus en vue, n’échappe pas à cette tendance générale. Il est de notoriété publique qu’un de ses produits, le ténofovir (Viread), est crédité d’essais encourageants menés en laboratoire.

Il y a plus. En juillet 2003, au cours d’une conférence à Paris, les résultats des essais menés chez le singe, confirment que la molécule est porteuse d’espoirs dans ce domaine. D’où l’option de Gilead à passer à l’étape d’essais chez l’être humain. Le principe alors retenu est clair, qui s’articule autour d’un «essai randomisé, ténofovir contre placebo». En clair, «il s’agit de comparer les résultats de deux groupes, l’un recevant effectivement la molécule, l’autre prenant un comprimé ayant le même aspect mais ne contenant pas de principe actif», selon les milieux avisés.

Les perspectives s’ouvraient ainsi pour une recherche dont on attendait visiblement beaucoup. Les moyens allaient suivre. L’appui de décisif de la Fondation Bill et Belinda Gates (BBG) ne fut ni discret, ni dérisoire : quelques 6,5 millions de dollars accordés à Familiy Health International (FHI) qui devait conduire le projet de recherche parmi les prostituées de quatre pays du Sud, dont trois d’Afrique (le Cameroun, le Ghana, le Nigeria), et un d’Asie (le Cambodge).

Cette option n’a pas manqué de soulever sa lot de critiques. «Du fait de la faible probabilité, en population générale, d’être exposé au Vih dans un pays du Nord, il serait nécessaire d’inclure dans un tel essai un très grand nombre de participants pour déboucher sur des résultats significatifs. Un tel recrutement nécessitant des moyens financiers et logistiques considérables (que Gilead n’a pas souhaité mettre en œuvre) il a été nécessaire de trouver un échantillon de population pour servir de base à l’essai», explique-t-on toujours au sein des Ong.

On s’y veut d’ailleurs plus explicite. Le choix de ces pays «permet de recruter des personnes séronégatives appartenant à un groupe fortement exposé à un risque de contamination par le vih du fait de leur activité. Il est ainsi possible de réaliser un essai dont l’effectif est bien plus réduit que si on l’avait mené en population générale et qui permet de montrer une différence significative entre les deux bras de l’essai ( Placebo et ténofovir, Ndlr) : plus simple, plus rapide et moins coûteux».

Premiers éléments d’un réquisitoire vieux de plus de six mois, qui se fait plus précis dans le cas du Cameroun, et auquel le Family Health International n’a pas encore réagi, du moins en l’état de notre enquête.

Le temps du désespoir

D’une manière générale, les milieux associatifs restent sévères sur les malentendus qui peuvent naître dans les esprits des prostituées. «Cet essai peut laisser penser aux personnes incluses, même s’il leur est expliqué qu’un des deux bras est placebo, que le tenofovir peut les protéger des risques de contamination, alors que cet effet prophylactique n’est pas encore démontré», explique un activiste de longue date. Qui ajoute : «En choisissant, en raison des coûts moindres, des prostituées pour mener cet essai, Gilead leur fait courir un risque supplémentaire alors que, déjà, elles peinent à déployer des stratégies de prévention du Vih/Sida efficaces».

Le Cameroun n’est pas à l’abri de ces réserves d’ordre général qui concernent non pas le principe de la recherche, mais les conditions de son déroulement. Les chiffres avancés par les milieux informés font état d’un échantillon de 200 à 400 prostituées incluses dans l’essai qui s’effectue en terre camerounaise depuis le mois de juin 2004, pour un coût présumé de quelques 800 000 dollars.

En plus des risques liés à ces possibles incompréhensions, les modalités financières d’inclusion des prostituées à l’essai présentent des allures d’un chantage, à en croire les représentants de la société civile opposés à cette approche de la recherche. «L’essai tenofovir prévoit un suivi et un accès au traitement pour les infections sexuellement transmissibles (Ist) des participantes. On pourrait penser que ce dispositif a quelque chose de généreux. En fait, cela n’est rien d’autre qu’un moyen de fidéliser les prostituées et de minimiser les risques de <<>>. Il se trouve par ailleurs que les examens de suivi sont nécessaires à la validation scientifique de l’essai.

De même le montant de défraiement fixé à 2750 Fcfa relève d’un cynisme inouï. En effet, un rapide calcul permet de comprendre que cette somme a été fixée d’une part pour payer les frais de transports (500 F pour le taxi) et d’autre part pour payer le manque à gagner des prostituées (2 250 F, soit l’équivalent de deux passes, tarif plancher à Douala)», s’emporte un représentant d’Ong.

Il n’est pas jusqu’à la prise en charge des participantes qui ne préoccupe les adversaires des conditions de déroulement de l’essai. D’une part, le personnel d’accompagnement des participantes est jugé insuffisant. «Aucun accès aux préservatifs féminins n’est prévu et les moyens mis en œuvre pour accompagner les personnes sont dérisoires, puisque seuls cinq travailleurs sociaux sont prévus pour cent personnes», affirme un activiste qui connaît bien la situation du Cameroun.

D’autre part, «l’accès aux traitements et aux soins n’est pas prévu pour les personnes découvertes séropositives à l’entrée dans l’essai ni pour celles devenues séropositives au cours de l’essai», le même, qui aurait souhaité un engagement des promoteurs de l’essai à prendre en charge les participantes à cet essai.

Se dessinent ainsi, en filigrane de ce réquisitoire contre l’essai Tenofovir, les grandes lignes de ce qui est perçu par les Ong, comme un conflit d’intérêt articulé autour d’une logique commerciale à visage scientifique. L’Ethique contre le capital. Et le Cameroun apparaît comme fragilisé par une absence de mécanismes rigoureux de d’orientation des recherches biomédicales.

Le Cameroun face à ses responsabilités

Beaucoup regrettent que le Cameroun n’ait pas été suffisamment vigilant sur cette recherche à problèmes. Mais, personne ne le nie : l’essai tenovofir qui se déroule au Cameroun aura bénéficié d’un avis favorable du Comité National d’Ethique.

Reste que beaucoup s’interrogent toujours sur l’efficacité de cette structure créée en 1986, et que préside le Pr Lazare Kaptué à la tête d’une quarantaine de membres dont une demi-dizaine répond effectivement aux sollicitations. Elle a beau émettre des avis sur des projets de recherche qui lui sont soumis, l’institution ne peut prétendre avoir donné son imprimatur à toutes les recherches en cours au Cameroun.

Les plus suspicieux y vont même de leurs insinuations, traçant des parallèles entre l’indigence de cette structure – qui, pendant longtemps n’a reçu aucun financement au point

O blog do Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA com informações acerca do activismo de tratamentos de VIH/SIDA. Aqui pode encontrar notícias sobre medicamentos anti-retrovíricos, ensaios clínicos e assuntos relacionados com o acesso aos tratamentos. Para perguntas específicas sobre a sua medicação, consulte os Especialistas On-line do Aidsportugal.com. TODAS AS DECISÕES RELACIONADAS COM O SEU TRATAMENTO ANTI-RETROVÍRICO DEVEM SER TOMADAS APÓS CONSULTAR O SEU MÉDICO.

segunda-feira, janeiro 31, 2005

Programa "3 by 5" atrasado

MSF 27.01.05

The World Health Organization released its “3 by 5” progress report on January 26th 2005 at the Davos World Economic Forum congratulating itself on progress made in the drive to fight the HIV pandemic. But only 700,000 or 12% of the nearly six million people in need of antiretroviral treatment in developing countries have access to it today. Looking at these figures Médecins Sans Frontières, who provides ARV treatment to more than 25,000 patients in 27 countries, comes to the exact opposite conclusion.

Instead of celebrating, WHO, UNAIDS, the Global Fund, the US President’s Emergency Plan for AIDS Relief (PEPFAR) and other institutions should be sounding the alarm. Every day, more than 8,000 people die from AIDS and every year another five million become infected with HIV. Since July 2004, only 260,000 new patients have benefited from ARV therapy in developing countries. Treatment expansion is moving at a snail’s pace. From the perspective of a medical humanitarian organisation working in resource-poor countries to treat people with AIDS, the global picture is bleak.

(...)

Unless these and other pressing issues are addressed urgently, many of those living with HIV/AIDS in developing countries will never get access to life-saving treatment or may not be able to survive once on treatment over the long-term.

The World Health Organization released itson January 26th 2005 at the Davos World Economic Forum congratulating itself on progress made in the drive to fight the HIV pandemic. But only 700,000 or 12% of the nearly six million people in need of antiretroviral treatment in developing countries have access to it today. Looking at these figures Médecins Sans Frontières, who provides ARV treatment to more than 25,000 patients in 27 countries, comes to the exact opposite conclusion., WHO, UNAIDS, the Global Fund, the US President’s Emergency Plan for AIDS Relief (PEPFAR) and other. Every day, more than 8,000 people die from AIDS and every year another five million become infected with HIV. Since July 2004, only 260,000 new patients have benefited from ARV therapy in developing countries. Treatment expansion is moving at a snail’s pace. From the perspective of a medical humanitarian organisation working in resource-poor countries to treat people with AIDS,(...)Unless these and other pressing issues are addressed urgently, many of those living with HIV/AIDS in developing countries will never get access to life-saving treatment or may not be able to survive once on treatment over the long-term.

Aspen recebe aprovação da FDA para genéricos de AZT/3TC/NVP

Health Gap 27.01.05

Aspen Pharmacare announced yesterday the approval by the US FDA of a co-blistered combination of generic antiretrovirals (a blister pack containing co-formulating AZT and 3TC, co-packaged with a separate dose of nevirapine).

"This approval is too little, too late--and too unilateral," said BrookBaker of Health GAP, "The WHO already had an internationally supported Pre-Qualification Project for listing AIDS medicines of proven quality, including generic products." Since the launch of PEPFAR the Bush Administration has refused to permit PEPFAR grantees to procure more affordable generic medicines -- forcing them to waste limited resources on more costly brand name products, reaching fewer people with live saving medicines.

"Had affordable generic drugs been used by PEPFAR in the first place, more people may have been alive today," said Amanda Lugg of Health GAP.

According to several generic companies, some applications to the US approval process have been delayed because brand name drug companies are refusing to provide "reference rights" to the generic companies that would confirm the equivalence between European and US versions of originator products. As a result they are forced to redo their bioequivalence studies, wasting time and money. Aspen would have avoided this problem because of its existing cozy relationship with originator companies.

Aspen Pharmacare announced yesterday the approval by the US FDA of a co-blistered combination of generic antiretrovirals (a).," said BrookBaker of Health GAP, "The WHO already had an internationally supported Pre-Qualification Project for listing AIDS medicines of proven quality, including generic products." Since the launch of PEPFAR the Bush Administration has refused to permit PEPFAR grantees to procure more affordable generic medicines -- forcing them to waste limited resources on more costly brand name products, reaching fewer people with live saving medicines.," said Amanda Lugg of Health GAP.According to several generic companies, some applications to the US approval process have been delayed becausethat would confirm the equivalence between European and US versions of originator products. As a result they are forced to redo their bioequivalence studies, wasting time and money. Aspen would have avoided this problem because of its

Conferência sobre sida e doença do sono tem lugar em Luanda

Angop 28-01-05

Uma conferência sobre VIH-SIDA e Tripanossomíase Humana Africana (doença do sono) terá lugar no dia 01 de Fevereiro, no Hotel Trópico, em Luanda, organizada pela cooperativa angolana Kiminha, soube hoje a Angop.

Para o efeito, chegou hoje à capital angolana o professor Francisco José Nunes Antunes, director dos serviços de doenças infecciosas do hospital de Santa Maria, em Portugal, que será o orador principal do certame.

Em breves declarações à Angop, Francisco Antunes disse que a Sida e a Doença do Sono em África são duas situações de Saúde Pública que têm vindo a agravar-se nos últimos anos.

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Uma conferência sobre VIH-SIDA e Tripanossomíase Humana Africana (doença do sono) terá lugar no dia 01 de Fevereiro, no Hotel Trópico, em Luanda, organizada pela cooperativa angolana Kiminha, soube hoje a Angop.Para o efeito, chegou hoje à capital angolana o professor Francisco José Nunes Antunes, director dos serviços de doenças infecciosas do hospital de Santa Maria, em Portugal, que será o orador principal do certame.Em breves declarações à Angop, Francisco Antunes disse que a Sida e a Doença do Sono em África são duas situações de Saúde Pública que têm vindo a agravar-se nos últimos anos.(...)

Angola: Assinado acordo de cooperação a favor dos seropositivos

Angop 27.01.05

A Cruz Vermelha de Angola (CVA) e a Associação Luta pela Vida (LPV) assinaram hoje, em Luanda, um acordo de cooperação a favor dos seropositivos, que visa trabalhar em conjunto nas províncias onde se regista maior índice de estigma e discriminação das pessoas infectadas com HIV/Sida.

(...)

Para Alberto Stella, representante da Unosida em Angola, o estigma e discriminação fazem com que muitas pessoas não procurem os serviços de saúde e desta forma a doença vai se propagando cada vez mais, salientando que o acordo assinado é valioso e vai permitir com esta incidência reduza.

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A Cruz Vermelha de Angola (CVA) e a Associação Luta pela Vida (LPV) assinaram hoje, em Luanda, um acordo de cooperação a favor dos seropositivos, que visa trabalhar em conjunto nas províncias onde se regista maior índice de estigma e discriminação das pessoas infectadas com HIV/Sida.(...)Para Alberto Stella, representante da Unosida em Angola, o estigma e discriminação fazem com que muitas pessoas não procurem os serviços de saúde e desta forma a doença vai se propagando cada vez mais, salientando que o acordo assinado é valioso e vai permitir com esta incidência reduza.(...)

Cabo Verde: Combate à SIDA aposta na sensibilização de comunidades piscatórias

LUSA 31.01.05

O Comité de Coordenação de Luta Contra a Sida de Cabo Verde está a financiar um projecto de sensibilização e prevenção do HIV junto das principais comunidades piscatórias da ilha de Santo Antão.

O projecto está a ser organizado pela Associação de Marítimos de Cabo Verde e pela direcção geral da Marinha e Portos do arquipélago.

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O Comité de Coordenação de Luta Contra a Sida de Cabo Verde está a financiar um projecto de sensibilização e prevenção do HIV junto das principais comunidades piscatórias da ilha de Santo Antão.O projecto está a ser organizado pela Associação de Marítimos de Cabo Verde e pela direcção geral da Marinha e Portos do arquipélago.(...)

Projecto de combate à SIDA vai ser lançado em Maio

LUSA 28.01.05

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai lançar o seu projecto de combate ao HIV/SIDA em Maio, em Lisboa, durante uma reunião dos ministros da Saúde dos oito, anunciou hoje o secretário executivo da organização.

O anúncio foi feito pelo embaixador cabo-verdiano Luís Fonseca durante o IV Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa (FPLP), que termina hoje em Brasília.

O projecto da CPLP foi proposto pelo presidente português, Jorge Sampaio, na V cimeira da organização, que decorreu a 26 e 27 de Julho do ano passado em São-Tomé, e prevê a cooperação entre os Estados-membros no combate e na prevenção da doença.

Além de uma campanha publicitária, em que participaram todos os chefes de Estado dos países lusófonos e que já começou a ser transmitida nas televisões públicas, o projecto prevê contactos com organismos internacionais ligados à luta contra a SIDA, com vista a aumentar a cooperação com a CPLP nesta matéria.

"A experiência brasileira no combate à SIDA é extremamente importante, bem sucedida e terá um papel importante a desempenhar neste projecto", disse à Agência Lusa o secretário executivo da CPLP. A taxa de prevalência da SIDA no Brasil é actualmente de 0,6 por cento, enquanto em Angola é de 8 por cento e em Moçambique de 15 por cento.

Somente em Moçambique, o número de infectados ultrapassa um milhão de pessoas, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, que alerta para o impacto da epidemia no continente africano, onde uma em cada 12 pessoas é portadora da doença.

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A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai lançar o seu projecto de combate ao HIV/SIDA em Maio, em Lisboa, durante uma reunião dos ministros da Saúde dos oito, anunciou hoje o secretário executivo da organização.O anúncio foi feito pelo embaixador cabo-verdiano Luís Fonseca durante o IV Fórum dos Parlamentos de Língua Portuguesa (FPLP), que termina hoje em Brasília.O projecto da CPLP foi proposto pelo presidente português, Jorge Sampaio, na V cimeira da organização, que decorreu a 26 e 27 de Julho do ano passado em São-Tomé, e prevê a cooperação entre os Estados-membros no combate e na prevenção da doença.Além de uma campanha publicitária, em que participaram todos os chefes de Estado dos países lusófonos e que já começou a ser transmitida nas televisões públicas, o projecto prevê contactos com organismos internacionais ligados à luta contra a SIDA, com vista a aumentar a cooperação com a CPLP nesta matéria."A experiência brasileira no combate à SIDA é extremamente importante, bem sucedida e terá um papel importante a desempenhar neste projecto", disse à Agência Lusa o secretário executivo da CPLP. A taxa de prevalência da SIDA no Brasil é actualmente de 0,6 por cento, enquanto em Angola é de 8 por cento e em Moçambique de 15 por cento.Somente em Moçambique, o número de infectados ultrapassa um milhão de pessoas, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, que alerta para o impacto da epidemia no continente africano, onde uma em cada 12 pessoas é portadora da doença.(...)

Chirac apresenta propostas contra a pobreza e a sida

DN 27.01.05

A simples contribuição de um dólar por cada um dos três mil milhões de bilhetes de avião vendidos anualmente foi considerada, ontem em Davos, pelo Presidente francês, Jacques Chirac, como uma arma contra a pobreza.

Chirac avançou com outras alternativas para o financiamento da luta mundial contra a pobreza e doenças como a sida, como pequenas taxas sobre as transacções internacionais ou deduzidas do combustível utilizado nos transportes aéreos e marítimos. O Presidente francês propôs, ainda, "pedir aos países que mantêm segredo bancário - por eles considerado como um elemento de liberdade individual - que compensem uma parte das consequências sobre a evasão fiscal mundial, tão prejudiciais aos países mais pobres, através de uma taxa sobre os fluxos de capitais estrangeiros que saiam ou entrem do seu território".

(...)

Jacques Chirac considerou a fome, a sida, a violência e a revolta como "tsunamis silenciosos" que afectam as populações, geradores de situações ameaçadoras. Em África, acrescentou o Presidente francês, "uma imensa maioria da população, no campo e nos bairros de lata, espera ainda a concretização das promessas de progresso". Porém, advertiu, "não vão esperar para sempre".

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A simples contribuição de um dólar por cada um dos três mil milhões de bilhetes de avião vendidos anualmente foi considerada, ontem em Davos, pelo Presidente francês, Jacques Chirac, como uma arma contra a pobreza.Chirac avançou com outras alternativas para o financiamento da luta mundial contra a pobreza e doenças como a, como. O Presidente francês propôs, ainda, "pedir aos países que mantêm segredo bancário - por eles considerado como um elemento de liberdade individual - que compensem uma parte das consequências sobre a evasão fiscal mundial, tão prejudiciais aos países mais pobres, através de uma taxa sobre os fluxos de capitais estrangeiros que saiam ou entrem do seu território".(...)Jacques Chirac considerou a fome, a sida, a violência e a revolta como "tsunamis silenciosos" que afectam as populações, geradores de situações ameaçadoras. Em África, acrescentou o Presidente francês, "uma imensa maioria da população, no campo e nos bairros de lata, espera ainda a concretização das promessas de progresso". Porém, advertiu, "não vão esperar para sempre".(...)

PS promete retomar políticas de combate à sida

A Dra Maria José Nogueira Pinto sabe que eu sei que ela não sabe grande coisa do vih/sida.

Público 31.01.05

O PS acusa o Governo PSD-CDS de ter interrompido as políticas de combate e de prevenção da Sida e promete retomar a urgência da luta contra a doença, com medidas mais agressivas. A garantia foi dada ontem pela representante dos socialistas Elza Pais, durante um debate sobre o HIV/Sida com os partidos políticos, organizado pela Abraço, em Lisboa.

"Nós tínhamos uma política definida e foi interrompida. O PS propõe que seja retomada e com medidas mais agressivas", disse a representante de José Sócrates no debate e antiga presidente do Instituto de Droga e Toxicodependência. Elza Pais deu como exemplo da interrupção das políticas governamentais a falta de continuidade do Plano Nacional de Luta Contra a Sida, e a inactividade da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, "durante um longo período", bem como a falta de concretização da ideia das campanhas em meio universitário e a suspensão de dois programas de prevenção junto das escolas. Esta situação, segundo Elza Pais, explica a estagnação da queda do número de mortes relacionados com o consumo de drogas entre 2002 e 2003, depois desse total ter vindo a cair desde 1999. "É fruto de uma política de desnorte", frisou.

A representante do PS prometeu que os socialistas, caso venham a ganhar as próximas eleições, estarão atentos a experiências inovadoras de combate à droga dentro das prisões, que decorrem em países do Norte da Europa.

A acusação de interrupção das políticas anti-sida foi rebatida pela representante do PSD, e vereadora da Câmara Municipal de Lisboa com o pelouro da acção social, Helena Lopes da Costa, apesar de reconhecer que "há uma estagnação" no gráfico apresentado sobre o número de mortes relacionadas com o consumo de drogas. Helena Lopes da Costa lembrou que foram definidas pelo actual governo 10 metas a cumprir até 2006. Em Lisboa, acrescentou, foi estabelecido um plano municipal de inclusão dos toxicodependentes e dos sem-abrigo que foi considerado um "modelo", além de ter sido feita prevenção junto das escolas, em colaboração com o Ministério da Educação.

Num debate em que estavam presentes representantes de nove forças políticas, a deputada Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista "Os Verdes", lembrou que o actual governo favoreceu a discriminação ao aprovar o Código de Trabalho que obriga um candidato a apresentar exames médicos à empresa quando solicitado para tal. Mais tarde, na sua intervenção, Maria José Nogueira Pinto, em representação do CDS-PP, referiu que não é possível ter a trabalhar pessoas que estão doentes a tratar de outras doentes. "Como presidente de uma organização [Santa Casa da Misericórdia] não posso contratar pessoas doentes para lidar com crianças recém-nascidas ou crianças institucionalizadas. Posso sim contratá-las para outros lugares. Isto não é discriminação", afirmou, causando algum burburinho na assistência. Maria José Nogueira Pinto reconheceu que a questão da Sida em Portugal tem sido alvo de "políticas erráticas", o que "não tem a ver com governos mas com uma cultura democrática que ainda se está a enraizar".

A Dra Maria José Nogueira Pinto sabe que eu sei que ela não sabe grande coisa do vih/sida.O PS acusa o Governo PSD-CDS de ter interrompido as políticas de combate e de prevenção da Sida e promete retomar a urgência da luta contra a doença, com. A garantia foi dada ontem pela representante dos socialistas Elza Pais, durante um, organizado pela Abraço, em Lisboa."Nós tínhamos uma política definida e foi interrompida. O PS propõe que seja retomada e com medidas mais agressivas", disse a representante de José Sócrates no debate e antiga presidente do Instituto de Droga e Toxicodependência. Elza Pais deu como exemplo da interrupção das políticas governamentais a falta de continuidade do Plano Nacional de Luta Contra a Sida, e a, "durante um longo período", bem como a falta de concretização da ideia das campanhas em meio universitário e a suspensão de dois programas de prevenção junto das escolas. Esta situação, segundo Elza Pais, explica a estagnação da queda do número de mortes relacionados com o consumo de drogas entre 2002 e 2003, depois desse total ter vindo a cair desde 1999. "É fruto de uma política de desnorte", frisou.A representante do PS prometeu que os socialistas, caso venham a ganhar as próximas eleições, estarão atentos a, que decorrem em países do Norte da Europa.A acusação de interrupção das políticas anti-sida foi rebatida pela representante do PSD, e vereadora da Câmara Municipal de Lisboa com o pelouro da acção social, Helena Lopes da Costa, apesar de reconhecer que "há uma estagnação" no gráfico apresentado sobre o número de mortes relacionadas com o consumo de drogas. Helena Lopes da Costa lembrou que foram definidas pelo actual governo 10 metas a cumprir até 2006. Em Lisboa, acrescentou, foi estabelecido um plano municipal de inclusão dos toxicodependentes e dos sem-abrigo que foi considerado um "modelo", além de ter sido feita prevenção junto das escolas, em colaboração com o Ministério da Educação.Num debate em que estavam presentes representantes de nove forças políticas, a deputada Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista "Os Verdes", lembrou que o actual governo favoreceu a discriminação ao aprovar o Código de Trabalho que. Mais tarde, na sua intervenção, Maria José Nogueira Pinto, em representação do CDS-PP, referiu que não é possível ter a trabalhar pessoas que estão doentes a tratar de outras doentes. ". Maria José Nogueira Pinto reconheceu que a questão da Sida em Portugal tem sido alvo de "", o que "não tem a ver com governos mas com uma cultura democrática que ainda se está a enraizar".

Ex-ministro britânico é seropositivo

Público 31.01.05

O antigo ministro da Cultura britânico Chris Smith revelou ter sido HIV positivo durante 17 anos. Smith, de 53 anos, disse ao "

O ex-governante decidiu tornar a sua doença pública depois de o antigo presidente da África do Sul, Nelson Mandela, ter anunciado que o seu filho morrera com sida. A doença de Chris Smith foi diagnosticada em 1987, mas não se sabe quando contraiu o vírus. O ex-ministro afirmou que inicialmente se preocupou com o impacte que a informação poderia ter nos seus pais. "Nas últimas semanas e meses, pensei que talvez isto fosse algo que precisasse de ser dito publicamente", por forma a "desmistificar" esta doença, salientou. Chris Smith referiu ainda que o HIV pode ser tratado. "Têm de se tomar muitos comprimidos, mas, se se fizer isso continuamente, não há razão para não se continuar a viver".

A sua decisão já foi louvada pelos seus amigos e colegas. "Esperemos que isto ajude muita gente que ainda não foi diagnosticada e aqueles que têm medo de se submeter a exames", disse Lisa Power, responsável por uma associação de apoio aos doentes com HIV.

Um activista dos direitos dos homossexuais apoiou também a decisão, mas diz ter ficado surpreendido por ela surgir tão tarde, tanto mais quando o facto de ele ter anunciado ser "gay" não lhe trouxe qualquer prejuízo político.

O antigo ministro da Cultura britânico Chris Smith revelou ter sido HIV positivo durante 17 anos. Smith, de 53 anos, disse ao " Sunday Times " que Tony Blair não fora informado disso quando se tornou no primeiro ministro britânico confessadamente "gay", em 1997.O ex-governante decidiu tornar a sua doença pública depois de o antigo presidente da África do Sul, Nelson Mandela, ter anunciado que o seu filho morrera com sida. A doença de Chris Smith foi diagnosticada em 1987, mas não se sabe quando contraiu o vírus. O ex-ministro afirmou que inicialmente se preocupou com o impacte que a informação poderia ter nos seus pais. "Nas últimas semanas e meses, pensei que talvez isto fosse algo que precisasse de ser dito publicamente", por forma a "desmistificar" esta doença, salientou. Chris Smith referiu ainda que o HIV pode ser tratado. "Têm de se tomar muitos comprimidos, mas, se se fizer isso continuamente, não há razão para não se continuar a viver".A sua decisão já foi louvada pelos seus amigos e colegas. "Esperemos que isto ajude muita gente que ainda não foi diagnosticada e aqueles que têm medo de se submeter a exames", disse Lisa Power, responsável por uma associação de apoio aos doentes com HIV.Um activista dos direitos dos homossexuais apoiou também a decisão, mas diz ter ficado surpreendido por ela surgir tão tarde, tanto mais quando o facto de ele ter anunciado ser "gay" não lhe trouxe qualquer prejuízo político.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Anti-retrovirais permanecem nos hospitais

Público 27.01.05

Alguns medicamentos destinados a doentes com cancro, hepatite C, fibrose quística ou insuficiência renal, até agora acessíveis apenas nos hospitais, poderão começar a ser fornecidos nas farmácias de rua.

Esta é a principal conclusão de um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para regulamentar a distribuição, pelo farmacêutico, de produtos hoje controlados em exclusivo pelas unidades hospitalares.

Excluídos da dispensa na farmácia continuam a ficar os medicamentos de combate à sida, bem como alguns produtos de administração intravenosa para insuficientes renais, doentes com cancro e com fibrose quística - lê-se no

O documento do grupo de trabalho, criado em 2003 por despacho do então secretário de Estado da Saúde, Carlos Martins, devia agora ser transformado em projecto de diploma, mas a tutela em gestão deverá deixar essa tarefa para o próximo Governo.

O relatório foi aprovado na semana passada pela maioria dos mais de 30 membros do

(...)

No relatório são definidas três listas: uma de remédios que podem ser distribuídos livremente nas farmácias; outra onde se incluem medicamentos que só poderão sair dos hospitais se forem assegurados mecanismos de vigilância e controlo específico dos doentes nas farmácias; e uma terceira com o conjunto de medicamentos que devem manter-se restritos às unidades hospitalares, entre os quais se incluem os de combate à sida.

(...)

A distribuição, nas farmácias de rua, dos produtos de combate ao vírus da sida (HIV) era um dos pontos mais polémicos entre os especialistas. A opção foi manter a tradicional forma de dispensa.

Os anti-retrovirais inscrevem-se num dos quatro critérios definidos pelos peritos para o uso exclusivo hospitalar: motivos de segurança, razões de saúde pública que exigem monitorização por obrigarem a condições especiais na administração, preparação ou eliminação; e finalmente porque são inovadores e a sua segurança e eficácia não está totalmente estudada.

(...)

Segundo o despacho, este relatório deveria ser o esboço do decreto-lei. O texto será anexado ao Estatuto do Medicamento, um documento que reúne toda a legislação sobre a matéria, incluindo a transposição, para o direito português, de várias directivas europeias.

A secretária de Estado da Saúde, Regina Bastos, despachou ontem favoravelmente o documento e recomendou que o estudo do impacto financeiro destas medidas seja feito pelo Infarmed, pelo Instituto de Gestão Financeira e Informática da Saúde e pelas várias administrações regionais de Saúde.

Alguns medicamentos destinados a doentes com cancro, hepatite C, fibrose quística ou insuficiência renal, até agora acessíveis apenas nos hospitais, poderão começar a ser fornecidos nas farmácias de rua.Esta é a principal conclusão de um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para regulamentar a distribuição, pelo farmacêutico, de produtos hoje controlados em exclusivo pelas unidades hospitalares., bem como alguns produtos de administração intravenosa para insuficientes renais, doentes com cancro e com fibrose quística - lê-se no relatório final , a que o PÚBLICO teve acesso.O documento do grupo de trabalho, criado em 2003 por despacho do então secretário de Estado da Saúde, Carlos Martins, devia agora ser transformado em projecto de diploma, mas a tutela em gestão deverá deixar essa tarefa para o próximo Governo.O relatório foi aprovado na semana passada pela maioria dos mais de 30 membros do grupo de trabalho e resulta de um ano de discussões sobre o tipo de medicamentos que poderão ser distribuídos gratuitamente e com segurança fora dos hospitais, facilitando o acesso do doente ao tratamento nas várias regiões do país.(...)No relatório são definidas três listas: uma de remédios que podem ser distribuídos livremente nas farmácias; outra onde se incluem medicamentos que só poderão sair dos hospitais se forem assegurados mecanismos de vigilância e controlo específico dos doentes nas farmácias; e uma terceira com o conjunto de(...)A distribuição, nas farmácias de rua, dos produtos de combate ao vírus da sida (HIV) era um dos pontos mais polémicos entre os especialistas. A opção foi manter a tradicional forma de dispensa.(...)Segundo o despacho, este relatório deveria ser o esboço do decreto-lei. O texto será anexado ao, um documento que reúne toda a legislação sobre a matéria, incluindo a transposição, para o direito português, de várias directivas europeias.A secretária de Estado da Saúde, Regina Bastos, despachou ontem favoravelmente o documento e recomendou que odestas medidas seja feito pelo Infarmed, pelo Instituto de Gestão Financeira e Informática da Saúde e pelas várias administrações regionais de Saúde.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Notificação obrigatória de casos de Sida publicada em Diário da República

Onde estão os números??

LUSA 25.01.05

A obrigatoriedade da notificação de casos de Sida por parte dos médicos foi

O presidente da Comissão Nacional de Luta contra a Sida (CNLCS), Meliço Silvestre, contava que a portaria, no fim do ano passado, produzisse já resultados no aumento das notificações da doença. A notificação obrigatória da doença e a simplificação deste registo deverão conduzir a dados mais precisos e reais da infecção do VIH em Portugal, uma vez que todos os especialistas reconhecem que a sida está sub-notificada.

A 10 de Outubro do ano passado, Meliço Silvestre afirmou que o primeiro balanço da notificação obrigatória da doença deveria ser feito no final de 2004, mas até ao momento não foram divulgados quaisquer dados.

Onde estão os números??foi publicada em Diário da República, embora a lei esteja em vigor desde Outubro. Os hospitais receberam os novos formulários para notificação a 01 de Outubro, mas a portaria só foi assinada a 03 de Novembro pelo ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira. A obrigatoriedade de declarar a doença decorre da necessidade de haver uma "monitorização e projecção" da doença no curto e médio prazo, para assim se fazer a prevenção e controlo, de acordo com a portaria. O documento salienta que a declaração por parte dos médicos é obrigatória "aquando do diagnóstico em qualquer estádio da infecção".O presidente da Comissão Nacional de Luta contra a Sida (CNLCS),. A notificação obrigatória da doença e a simplificação deste registo deverão conduzir a dados mais precisos e reais da infecção do VIH em Portugal, uma vez que todos os especialistas reconhecem que a sida está sub-notificada.A 10 de Outubro do ano passado,

Só 12% dos doentes de sida recebem tratamento nos países pobres

LUSA 26.01.05

Só 12 por cento dos doentes de sida que vivem nos países em desenvolvimento recebem tratamento anti-retroviral, indica um

Embora o número de doentes de países pobres em tratamento tenha subido de 440.000 para 700.000 em seis meses, 5,8 milhões carecem urgentemente de medicamentos para sobreviver. O relatório reconhece que estes números estão longe do objectivo de tratar três milhões de doentes até finais deste ano, mas congratula-se com os progressos alcançados no segundo semestre de 2004.

A OMS lançou em Junho do ano passado um ambicioso plano denominado "objectivo de proporcionar tratamento a três dos mais de cinco milhões de doentes até finais de 2005.

Mas para alcançar a meta proposta daqui até Dezembro, há "enormes obstáculos" a transpor - considera a OMS e o programa das Nações Unidas contra a sida (ONUSIDA).

No programa "3 por 5" participam, alem da OMS e da ONUSIDA, o Fundo Global contra a Sida, a Tuberculose e a Malária, o Banco Mundial e os EUA, através de um plano da Casa Branca contra essa doença e outros organismos.

De acordo com o relatório, nos países da América Latina e nas Caraíbas foi possível tratar 65 por cento dos doentes de sida. Em contraste, só se conseguiu proporcionar essa terapia a 10 por cento dos doentes da Europa central e oriental, a 8 por cento da África subsaariana e a 7 por cento do norte de África e do Médio Oriente. Dois terços dos cerca de 39,4 milhões de portadores do vírus da sida vivem na África subsaariana, onde a doença causou 2,3 milhões de mortes em 2004, segundo os últimos dados da ONUSIDA.

O relatório refere que quando o plano foi traçado, em meados do ano passado, calculou-se que seria necessário investir em 2005 entre 3,1 e 3,8 mil milhões de dólares, segundo o custo real dos anti-retrovirais. Embora o custo dos fármacos representasse 43 por cento do plano, uma redução dos preços dos tratamentos e dos sistemas de distribuição poderá reduzir os gastos, refere o documento. Até agora foi possível angariar 1,5 mil milhões de dólares, faltando "uns 2 mil milhões".

Finalmente, segundo estimativas sobre a incidência da sida nalguns países e projecções do número de mulheres infectadas que têm filhos, considera-se que no ano passado esta doença matou em todo o mundo meio milhão de crianças.

Só 12 por cento dos doentes de sida que vivem nos países em desenvolvimento recebem tratamento anti-retroviral, indica um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da ONUSIDA hoje divulgado.Embora o número de doentes de países pobres em tratamento tenha subido deem seis meses,. O relatório reconhece que estes números estãode tratar três milhões de doentes até finais deste ano, mas congratula-se com os progressos alcançados no segundo semestre de 2004.A OMS lançou em Junho do ano passado um ambicioso plano denominado " 3 por 5 ", numa alusão aoMas para alcançar a meta proposta daqui até Dezembro, há "enormes obstáculos" a transpor - considera a OMS e o programa das Nações Unidas contra a sida (ONUSIDA).No programa "3 por 5" participam, alem da OMS e da ONUSIDA, o Fundo Global contra a Sida, a Tuberculose e a Malária, o Banco Mundial e os EUA, através de um plano da Casa Branca contra essa doença e outros organismos.De acordo com o relatório, nos países da América Latina e nas Caraíbas foi possível tratar 65 por cento dos doentes de sida. Em contraste, só se conseguiu proporcionar essa terapia a 10 por cento dos doentes da Europa central e oriental, a 8 por cento da África subsaariana e a 7 por cento do norte de África e do Médio Oriente. Dois terços dos cerca de 39,4 milhões de portadores do vírus da sida vivem na África subsaariana, onde a doença causou 2,3 milhões de mortes em 2004, segundo os últimos dados da ONUSIDA.O relatório refere que quando o plano foi traçado, em meados do ano passado, calculou-se que seria necessário investir em 2005 entre 3,1 e 3,8 mil milhões de dólares, segundo o custo real dos anti-retrovirais. Embora o custo dos fármacos representasse 43 por cento do plano, uma redução dos preços dos tratamentos e dos sistemas de distribuição poderá reduzir os gastos, refere o documento.Finalmente, segundo estimativas sobre a incidência da sida nalguns países e projecções do número de mulheres infectadas que têm filhos, considera-se que no ano passado esta doença matou em todo o mundo meio milhão de crianças.

Lucros da Merck em queda

Público 26.01.05

A retirada do Vioxx do mercado (a 30 de Setembro do ano passado) teve um impacto negativo nas contas da farmacêutica, que fechou o quarto trimestre de 2004 com uma quebra de 21 por cento nos resultados líquidos (1,1 mil milhões de dólares). As receitas da companhia também reflectiram os problemas com o anti-inflamatório, ao registarem um crescimento residual de dois por cento.

A retirada do Vioxx significou uma redução de 750 milhões de dólares nas receitas da Merck e fez com que a capitalização bolsista da empresa "emagrecesse", no dia em que foi anunciada, 27 mil milhões de dólares. A solução foi, então, anunciar um plano de corte de 5100 postos de trabalho para voltar a atrair o interesse dos investidores.

(a 30 de Setembro do ano passado) teve um impacto negativo nas contas da farmacêutica, que fechou o quarto trimestre de 2004 com uma(1,1 mil milhões de dólares). As receitas da companhia também reflectiram os problemas com o anti-inflamatório, ao registarem um crescimento residual de dois por cento.A retirada do Vioxx significou uma redução de 750 milhões de dólares nas receitas da Merck e fez com que a capitalização bolsista da empresa "emagrecesse", no dia em que foi anunciada, 27 mil milhões de dólares. A solução foi, então, anunciar um plano dede trabalho para voltar a atrair o interesse dos investidores.

Governo espanhol responde a ataques do papa

CM 26.01.05

O governo espanhol respondeu ontem às acusações do Papa João Paulo II e esclareceu que “a fé não pertence ao estado, mas sim às pessoas”. O ministro da Defesa, José Bono, retribuiu assim o ataque com novo ataque, e criticou, nomeadamente, a atitude do Vaticano face ao preservativo. “Não aceito que seja considerada pecadora uma pessoa que põe o preservativo para não contagiar alguém com sida depois de, por exemplo, lhe ter sido transmitida por uma transfusão sanguínea”, salientou Bono.

(...)

O governo espanhol respondeu ontem às acusações do Papa João Paulo II e esclareceu que “a fé não pertence ao estado, mas sim às pessoas”. O ministro da Defesa, José Bono, retribuiu assim o ataque com novo ataque, e criticou, nomeadamente, a atitude do Vaticano face ao preservativo. “”, salientou Bono.(...)

Circuncisão reduz em metade o risco de contrair o VIH

El Tiempo 25.01.05

La circuncisión reduce a la mitad el riesgo de contraer la infección por VIH a través de una relación sexual sin protección, reveló un

"Este nuevo estudio ayuda a comprender por qué el virus del sida se ha diseminado en regiones de África en las que la práctica de la circuncisión está en retroceso", dijeron los investigadores que realizaron el estudio, el primero que evalúa el riesgo de infección en personas con múltiples parejas sexuales.

El trabajo en cuestión suma un nuevo beneficio a esta práctica ritual, que ya había demostrado reducir el riesgo de cáncer peneano, de afecciones de transmisión sexual e, incluso, de cáncer de cuello uterino en mujeres que tienen relaciones sexuales con hombres circuncisos.

"El prepucio tiene gran cantidad de células que constituyen un blanco fácil para el VIH, que de esa forma logra permanecer en el organismo -explicó Pedro Cahn, jefe de infectología del hospital Fernández-. En ausencia del prepucio, el riesgo de contagio se reduce".

Otro argumento que explica los resultados del estudio es, según el infectólogo Guillermo Maligne, que "l piel que recubre el glande es sensible y está preparada para ser protegida por el prepucio. En ausencia de éste la piel se hipertrofia y se genera una especie de costra que dificulta el ingreso del VIH presente en los fluidos vaginales".

Claro que, aclaró Maligne, esa hipertrofia se produce con el tiempo: "Una persona adulta a la que se le realice una circuncisión no tendrá ningún tipo de protección". Por último, coinciden Cahn y Maligne, debe quedar en claro que las personas circuncidadas que tienen relaciones sexuales sin preservativo siguen estando en riesgo de contraer la infección por VIH.

La circuncisión reduce a la mitad el riesgo de contraer la infección por VIH a través de una relación sexual sin protección, reveló un estudio realizado en 745 hombres de Kenya, cuyos resultados fueron publicados en The Journal of Infectious Diseases."Este nuevo estudio ayuda a comprender por qué el virus del sida se ha diseminado en regiones de África en las que la práctica de la circuncisión está en retroceso", dijeron los investigadores que realizaron el estudio, el primero que evalúa el riesgo de infección en personas con múltiples parejas sexuales.El trabajo en cuestión suma un nuevo beneficio a esta práctica ritual, que ya había demostrado reducir el riesgo de cáncer peneano, de afecciones de transmisión sexual e, incluso, de cáncer de cuello uterino en mujeres que tienen relaciones sexuales con hombres circuncisos."El prepucio tiene gran cantidad de células que constituyen un blanco fácil para el VIH, que de esa forma logra permanecer en el organismo -explicó Pedro Cahn, jefe de infectología del hospital Fernández-. En ausencia del prepucio, el riesgo de contagio se reduce".Otro argumento que explica los resultados del estudio es, según el infectólogo Guillermo Maligne, que "l piel que recubre el glande es sensible y está preparada para ser protegida por el prepucio. En ausencia de éste la piel se hipertrofia y se genera una especie de costra que dificulta el ingreso del VIH presente en los fluidos vaginales".Claro que, aclaró Maligne, esa hipertrofia se produce con el tiempo: "Una persona adulta a la que se le realice una circuncisión no tendrá ningún tipo de protección". Por último, coinciden Cahn y Maligne, debe quedar en claro que las personas circuncidadas que tienen relaciones sexuales sin preservativo siguen estando en riesgo de contraer la infección por VIH.

We Are The World de regresso

CM 26.01.05

‘We Are The World’, um dos maiores hinos da solidariedade de todos os tempos, vai ser reeditado no dia 1 de Fevereiro, desta feita para auxiliar as vítimas da sida e da tragédia no Sudeste Asiático.

Paralelamente, rádios em todo o Mundo planeiam passar a canção como forma de assinalar os seus 20 anos. Bruce Springsteen, Michael Jackson e Ray Charles são alguns dos nomes que cantam o tema.

‘We Are The World’, um dos maiores hinos da solidariedade de todos os tempos, vai ser reeditado no dia 1 de Fevereiro, desta feitae da tragédia no Sudeste Asiático.Paralelamente, rádios em todo o Mundo planeiam passar a canção como forma de assinalar os seus 20 anos. Bruce Springsteen, Michael Jackson e Ray Charles são alguns dos nomes que cantam o tema.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Empresas e o VIH

BBC 20.01.05

Businesses fail to plan for HIV

Companies fail to draw up plans to cope with HIV/Aids until it affects 20% of people in a country, new research says.

The finding comes in a report published on Thursday by the World Economic Forum, Harvard and the UN aids agency.

"Too few companies are responding proactively to the social and business threats," said Dr Kate Taylor, head of the WEF's global Health Initiative. Nearly 9,000 business leaders in 104 countries were surveyed for Business and HIV/AIDS: Commitment and Action?

Too little, too late

Dr Taylor described the level of action taken by businesses as revealed by the report as "too little, too late". The issue will be highlighted to business and world leaders at the World Economic Forum, which meets in Davos, Switzerland, next week.

The WEF report shows that despite the fact that 14,000 people contract HIV/Aids every day, concern among businesses has dropped by 23% in the last 12 months. Most (71%) have no policies in place to address the disease. Nor could over 65% of the business leaders surveyed say or estimate the prevalence of HIV among their staff.

The UN programme tackling Aids, UNAIDS, pointed out that having a clear strategy for dealing with HIV/Aids was a good investment as well as being socially responsible.

(...)

Confidentiality is key

The WEF report concludes that businesses need to understand their exposure to HIV/Aids risks and come up with good local practices to manage them.

A key priority, in both high and low-prevalence settings, said the WEF is to establish a policy based on non-discrimination and confidentiality.

Companies fail to draw up plans to cope with HIV/Aids until it affects 20% of people in a country, new research says.The finding comes in a report published on Thursday by the World Economic Forum, Harvard and the UN aids agency."Too few companies are responding proactively to the social and business threats," said Dr Kate Taylor, head of the WEF's global Health Initiative. Nearly 9,000 business leaders in 104 countries were surveyed for Business and HIV/AIDS: Commitment and Action?Dr Taylor described the level of action taken by businesses as revealed by the report as "too little, too late". The issue will be highlighted to business and world leaders at the World Economic Forum, which meets in Davos, Switzerland, next week.The WEF report shows that despite the fact that 14,000 people contract HIV/Aids every day,in the last 12 months. Most (71%) have no policies in place to address the disease. Nor could over 65% of the business leaders surveyed say or estimate the prevalence of HIV among their staff.The UN programme tackling Aids, UNAIDS, pointed out that having a clear strategy for dealing with HIV/Aids was a good investment as well as being socially responsible.(...)The WEF report concludes that businesses need to understand their exposure to HIV/Aids risks and come up with good local practices to manage them.A key priority, in both high and low-prevalence settings, said the WEF is to

Cadeias do Montijo e Tires recebem rastreio da sida

Público Online 24.01.05

O projecto "Sida em meio prisional" arranca hoje no estabelecimento prisional do Montijo com um rastreio voluntário ao vírus da sida, hepatite B e C e clamídia, que se estende amanhã à prisão de Tires, abrangendo no total 895 reclusos.

Fruto de uma parceria entre a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, Fundação Calouste Gulbenkian e Instituto da Droga e da Toxicodependência, o projecto vai durar três anos e meio. O objectivo é traçar o mapa da população prisional em relação às atitudes e comportamentos de risco face à sida, prevenir comportamentos de risco e tratar os reclusos infectados com HIV ou toxicodependentes.

O rastreio começa hoje no Montijo, onde estão detidos 220 homens, e prossegue amanhã na prisão de Tires, onde há 675 pessoas detidas, na sua maioria mulheres, até 29 de Janeiro.

A adesão ao rastreio, efectuado por enfermeiros, é voluntária e os resultados só serão entregues aos próprios reclusos. O rastreio vai concentrar-se também na clamídia, uma doença sexualmente transmissível que aumenta o risco de contrair o vírus do HIV.

O projecto "Sida em meio prisional" arranca hoje no estabelecimento prisional do Montijo com um rastreio voluntário ao vírus da sida, hepatite B e C e clamídia, que se estende amanhã à prisão de Tires, abrangendo no total 895 reclusos.Fruto de uma parceria entre a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, Fundação Calouste Gulbenkian e Instituto da Droga e da Toxicodependência, o projecto vai durar três anos e meio. O objectivo é traçar o mapa da população prisional em relação às atitudes e comportamentos de risco face à sida, prevenir comportamentos de risco e tratar os reclusos infectados com HIV ou toxicodependentes.O rastreio começa hoje no Montijo, onde estão detidos 220 homens, e prossegue amanhã na prisão de Tires, onde há 675 pessoas detidas, na sua maioria mulheres, até 29 de Janeiro.A adesão ao rastreio, efectuado por enfermeiros, é voluntária e os resultados só serão entregues aos próprios reclusos. O rastreio vai concentrar-se também na clamídia, uma doença sexualmente transmissível que aumenta o risco de contrair o vírus do HIV.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Pharma convida deputados brasileiros

Enquanto no Brasil se discute a implementação (ou não) das patentes sobre alguns anti-retrovirais, a associação corporativa dos laboratórios convida os deputados brasileiros para um congresso sobre patentes nos E.U.A. ...

Folha de S. Paulo 23.01.05

Elio Gaspari na Folha de São Paulo

Boca livre

Dificuldades para planejar suas férias? Procure a Pharma, entidade que congrega os grandes laboratórios americanos. Ela está arrebanhando um grupo de parlamentares brasileiros para um seminário sobre patentes na Universidade de Georgetown. O roteiro levará o grupo a diversas cidades, inclusive Nova York. Entre os patrocinadores do programa estão os laboratórios Merck, Pfizer e Johnson.

Inicialmente, só estão incluídos nessa boca-livre oito ou dez parlamentares. Nenhum deles está convidado para falar no seminário de Georgetown. CPI (Comissão Parlementar de Investigação) vai, CPI vem, os laboratórios não aprendem a defender seus interesses sem se meter nesse tipo de romance. Como Deus é global, o Merck, o Pfizer e o Johnson deveriam oferecer a pelo menos dez eleitores (e clientes) brasileiros uma boca-livre semelhante à que dão aos eleitos.

Enquanto no Brasil se discute a implementação (ou não) das patentes sobre alguns anti-retrovirais, a associação corporativa dos laboratórios convida os deputados brasileiros para um congresso sobre patentes nos E.U.A. ...Elio Gaspari na Folha de São PauloDificuldades para planejar suas férias? Procure a Pharma, entidade que congrega os grandes laboratórios americanos. Ela está arrebanhando um grupo de parlamentares brasileiros para um seminário sobre patentes na Universidade de Georgetown. O roteiro levará o grupo a diversas cidades, inclusive Nova York. Entre os patrocinadores do programa estão os laboratóriosInicialmente, só estão incluídos nessa boca-livre oito ou dez parlamentares. Nenhum deles está convidado para falar no seminário de Georgetown. CPI (Comissão Parlementar de Investigação) vai, CPI vem, os laboratórios não aprendem a defender seus interesses sem se meter nesse tipo de romance. Como Deus é global, o Merck, o Pfizer e o Johnson deveriam oferecer a pelo menos dez eleitores (e clientes) brasileiros uma boca-livre semelhante à que dão aos eleitos.

sábado, janeiro 22, 2005

CDC recomenda PEP não-ocupacional

TheBody.com 21.01.05

CDC Recommends Prophylactic Antiretroviral Drug Regimen for People Exposed to HIV Through Unprotected Sex, Shared Needles

on Thursday in a "major policy shift" recommended that people exposed to HIV through unprotected sexual intercourse, sexual assault, shared needles or accidents receive immediate treatment with antiretroviral drugs to prevent infection, the

The move expands 1996 CDC guidelines that recommended post-exposure prophylaxis only for health care workers exposed to HIV through occupational accidents,

CDC said that to be effective, prophylactic antiretroviral regimens must be started no later than 72 hours after HIV exposure and continue for 28 days (McKay, Wall Street Journal, 1/21). CDC recommends that individuals take efavirenz and lamivudine or emtricitabine with zidovudine or tenofovir and lopinavir/ritonavir and zidovudine with either lamivudine or emtricitabine, but says that "[d]ifferent alternative regimens are possible" (

(...)

Some health professionals "applauded" CDC's new guidelines, the AP/ Sun reports. "We have probably the most conservative administration in the last 50 years, and yet the CDC is coming out with a policy that is more progressive than perhaps any country's in the world," Dr. Josh Bamberger of the If you had unsafe sex while you were drunk or had a condom break, you should take these medicines -- that is what is recommended by the public health service of the United States. That's amazing" (Leff, AP/Las Vegas Sun, 1/21).

(...)

CDC on Thursday in a "major policy shift" recommended that people exposed to HIV through unprotected sexual intercourse, sexual assault, shared needles or accidents receive, the AP/Chicago Tribune reports (Yee, AP/Chicago Tribune, 1/21).The move expands 1996 CDC guidelines that recommended post-exposure prophylaxis only for health care workers exposed to HIV through occupational accidents, USA Today reports (Manning, USA Today, 1/21). CDC said the new guidelines -- which were published on Friday in CDC's Morbidity and Mortality Weekly Report -- are based on studies showing that beginning an antiretroviral regimen shortly after exposure can reduce the risk of HIV infection by as much as 80% (Goldstein, Miami Herald , 1/21).CDC said that to be effective, prophylactic antiretroviral regimens must be started(McKay, Wall Street Journal, 1/21). CDC recommends that individuals take efavirenz and lamivudine or emtricitabine with zidovudine or tenofovir and lopinavir/ritonavir and zidovudine with either lamivudine or emtricitabine, but says that "[d]ifferent alternative regimens are possible" ( Reuters , 1/20).(...)Some health professionals "applauded" CDC's new guidelines, the AP/ Sun reports. "We have probably the most conservative administration in the last 50 years, and yet the CDC is coming out with a policy that is more progressive than perhaps any country's in the world," Dr. Josh Bamberger of the San Francisco Department of Public Health , who helped create that city's policy on prophylactic HIV treatment, said, adding, "-- that is what is recommended by the public health service of the United States. That's amazing" (Leff, AP/Las Vegas Sun, 1/21).(...)

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Discussão pública sobre o ante-projecto de Estatuto do Medicamento

INFARMED 20.01.05

A elaboração de um novo Estatuto do Medicamento constitui uma necessidade evidenciada pela legislação comunitária aprovada em 2004 a transpor para o direito nacional e por todos quantos, no dia-a-dia, têm de interpretar e aplicar a legislação do medicamento, atenta a sua dispersão.

(...)

Atentas as suas atribuições e face a estas necessidades, o INFARMED preparou um documento de trabalho para basear a revisão daquele Estatuto que apresentou às entidades com assento no seu Conselho Consultivo, na reunião de 22 de Dezembro de 2004. O documento foi, ainda, distribuído à generalidade das associações representativas dos doentes (quais??) e consumidores, dos profissionais de saúde e dos agentes económicos do sector, bem como às diversas instituições do sistema de saúde e do sector público relacionadas com esta matéria, para efeitos de apreciação.

Dado o carácter estruturante do projecto que resultará do documento em apreço, julga-se adequado disponibilizar o referido documento a todos quantos queiram sobre ele dar o seu contributo, que será apreciado para efeitos de elaboração da versão final do ante-projecto a submeter à consideração da Tutela.

Assim, encontram-se

Quaisquer contributos deverão ser enviadas para o seguinte endereço electrónico:

A elaboração de umconstitui uma necessidade evidenciada pela legislação comunitária aprovada em 2004 a transpor para o direito nacional e por todos quantos, no dia-a-dia, têm de interpretar e aplicar a legislação do medicamento, atenta a sua dispersão.(...)Atentas as suas atribuições e face a estas necessidades, o INFARMED preparou um documento de trabalho para basear a revisão daquele Estatuto que apresentou às entidades com assento no seu Conselho Consultivo, na reunião de 22 de Dezembro de 2004. O documento foi, ainda, distribuídoe consumidores, dos profissionais de saúde e dos agentes económicos do sector, bem como às diversas instituições do sistema de saúde e do sector público relacionadas com esta matéria, para efeitos de apreciação.Dado o carácter estruturante do projecto que resultará do documento em apreço, julga-se adequado disponibilizar o referido documento a todos quantos queiram sobre ele dar o seu contributo, que será apreciado para efeitos de elaboração da versão final do ante-projecto a submeter à consideração da Tutela.Assim, encontram-se aqui as versões PDF do mencionado documento de trabalho, permitindo a sua fácil leitura e eventual apresentação de comentários, sugestões e propostas de alteração.Quaisquer contributos deverão ser enviadas para o seguinte endereço electrónico: estatuto.medicamento@infarmed.pt

Reportagem sobre ensaio clínico PREP com Viread

Abraço organiza debate com os partidos sobre as políticas de prevenção, controlo e tratamento da infecção pelo VIH e da SIDA

Lisboa, 20 de Janeiro de 2005

A luta contra a SIDA em Portugal é, como todos sabemos, um reconhecido caso de insucesso e um dos maiores fracassos nas políticas de saúde em Portugal das últimas duas décadas. Na Europa (a 15), somos o país que apresenta as mais altas taxas de incidência e prevalência, as quais não só não mostram sinais de diminuição como já atingem, em determinadas zonas e para alguns grupos etários, valores que caracterizam uma epidemia generalizada.

Sem a intervenção activa de todos os cidadãos e, em particular, das pessoas afectadas e infectadas pelo VIH e das suas organizações não será possível reverter esta situação.

A um mês da realização de eleições legislativas, a Associação Abraço pretende dar a todos os partidos concorrentes uma oportunidade para apresentarem e discutirem com os principais interessados as suas ideias, políticas, projectos e iniciativas em relação à prevenção, controlo e tratamento da infecção pelo VIH e da SIDA.

Vimos por este meio convidar-vos a estarem presentes e participarem activamente neste debate que se realizará às 18h00 do próximo dia 30 de Janeiro, no Auditório da Biblioteca Museu República e Resistência, rua Alberto de Sousa, 10 A, em Lisboa.

Solicitamos ainda que divulguem esta iniciativa junto dos vossos membros e associados e promovam a sua presença e participação através dos meios de comunicação ao vosso dispor.

Com um abraço

Pela Direcção da Abraço

Maria José Campos

Lisboa, 20 de Janeiro de 2005A luta contra a SIDA em Portugal é, como todos sabemos, um reconhecido caso de insucesso e um dos maiores fracassos nas políticas de saúde em Portugal das últimas duas décadas. Na Europa (a 15), somos o país que apresenta as mais altas taxas de incidência e prevalência, as quais não só não mostram sinais de diminuição como já atingem, em determinadas zonas e para alguns grupos etários, valores que caracterizam uma epidemia generalizada.Sem a intervenção activa de todos os cidadãos e, em particular, das pessoas afectadas e infectadas pelo VIH e das suas organizações não será possível reverter esta situação.A um mês da realização de eleições legislativas, a Associação Abraço pretende dar a todos os partidos concorrentes uma oportunidade para apresentarem e discutirem com os principais interessados as suas ideias, políticas, projectos e iniciativas em relação à prevenção, controlo e tratamento da infecção pelo VIH e da SIDA.Vimos por este meio convidar-vos a estarem presentes e participarem activamente neste debate que se realizará, rua Alberto de Sousa, 10 A, em Lisboa.Solicitamos ainda que divulguem esta iniciativa junto dos vossos membros e associados e promovam a sua presença e participação através dos meios de comunicação ao vosso dispor.Com um abraçoPela Direcção da AbraçoMaria José Campos

Bispos portugueses mantêm-se contra

Quando é que a ICAR estará pronta para uma "nova etapa de responsabilidade e generosidade"?

Público 21.01.05

O director do secretariado da Conferência Episcopal Portuguesa, Joaquim Garrido Mendes, afirma que não houve nenhuma reunião para abordar a notícia sobre as declarações do porta-voz da congénere espanhola. Por isso, a posição que toma face ao uso do preservativo é a constante da nota pastoral "Os cristãos e a luta contra a sida", de Novembro de 2001.

Neste documento de duas páginas, sublinham-se as "reticências da moral católica em relação ao uso generalizado do preservativo", "porque ele significa uma alteração profunda do sentido e da dignidade da sexualidade humana".

A recusa "dos 'métodos' da barreira física' - "que isola o contacto dos corpos na intimidade sexual, que é, em si mesmo, um encontro plenificante de todo o ser" - é peremptória: "Nenhuma razão pode levar a Igreja a deixar de afirmar claramente essa verdade, pois só ela pode atrair as pessoas para novas etapas de responsabilidade e generosidade".

"A perspectiva cristã da existência não é necessariamente um caminho de facilidades, é uma longa luta, em que o cristão se confronta com a cruz do próprio Senhor Jesus Cristo, que é possível vencer com a força do espírito de Deus", conclui.

Quando é que a ICAR estará pronta para uma "nova etapa de responsabilidade e generosidade"?O director do secretariado da Conferência Episcopal Portuguesa, Joaquim Garrido Mendes, afirma que não houve nenhuma reunião para abordar a notícia sobre as declarações do porta-voz da congénere espanhola. Por isso, a posição que toma face ao uso do preservativo é a constante da nota pastoral "Os cristãos e a luta contra a sida", de Novembro de 2001.Neste documento de duas páginas, sublinham-se as "reticências da moral católica em relação ao uso generalizado do preservativo", "porque ele significa uma alteração profunda do sentido e da dignidade da sexualidade humana".A recusa "dos 'métodos' da barreira física' - "que" - é peremptória: "Nenhuma razão pode levar a Igreja a deixar de afirmar claramente essa verdade, pois só ela pode atrair as pessoas para".conclui.

CNLCS passa a ter apoio jurídico

Público 21.01.05

A Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS) e o Centro de Direito Biomédico (CDB) da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra assinaram ontem um

Uma das principais questões abordadas pelo protocolo tem que ver com os serviços de consultadoria prestados pelo CDB à CNLCS nas suas áreas de actuação, nomeadamente ao nível das questões ético-legais que surgem no âmbito da infecção pelo VIH/SIDA. Outro ponto que se salvaguarda no protocolo é o intercâmbio científico e pedagógico entre as duas instituições.

Para o presidente do CDB, Guilherme de Oliveira, os pareceres do centro, integrado na Faculdade de Direito, representam uma forma de "procurar uma saída para um conflito de interesses" na área da Medicina. Também Meliço Silvestre, da CNLCS, acredita que este seja mais um "mecanismo de protecção dos doentes".

A Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS) e o Centro de Direito Biomédico (CDB) da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra assinaram ontem um protocolo que tem por objecto promover a colaboração técnica entre as duas entidades, ao nível de estudos, iniciativas de formação e cooperação dos seus elementos.Uma das principais questões abordadas pelo protocolo tem que ver com ospelo CDB à CNLCS nas suas áreas de actuação, nomeadamente ao nível das questões ético-legais que surgem no âmbito da infecção pelo VIH/SIDA. Outro ponto que se salvaguarda no protocolo é o intercâmbio científico e pedagógico entre as duas instituições.Para o presidente do CDB, Guilherme de Oliveira, os pareceres do centro, integrado na Faculdade de Direito, representam uma forma de ". Também Meliço Silvestre, da CNLCS, acredita que este seja mais um "mecanismo de protecção dos doentes".

Mais de um terço estudantes Ensino Superior não usam preservativo

LUSA 20.01.05

Mais de 38 por cento dos estudantes do Ensino Superior não usam preservativo nas relações sexuais, revela um estudo da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida divulgado hoje no Porto.

O "Estudo sobre comportamentos dos estudantes universitários e a sua relação com infecções sexualmente transmissíveis" foi efectuado com base num inquérito a cerca de 4.700 jovens alunos de faculdades, institutos politécnicos e escolas superiores de oito regiões: Coimbra (25 por cento), Bragança (25), Algarve (13,5), Évora (8,6), Braga (8,2), Porto (sete), Madeira (6,6) e Lisboa (seis).

Mais de 83 por cento dos inquiridos afirmaram já ter tido relações sexuais, dois por cento dos quais com parceiro do mesmo sexo, 18 por cento com cinco ou mais pessoas e 5,7 por cento antes dos 15 anos.

Na última relação com um parceiro não habitual, 10 por cento dos estudantes admitiram não ter utilizado preservativo.

Perto de metade dos inquiridos (46 por cento) responderam que já consumiram cannabis, sendo inferior a cinco por cento os consumos de outras drogas, designadamente cocaína (3,8 por cento), cola (quatro), anfetaminas (2,9), ecstasy (4,7), esteróides (1,2) e heroína (0,6).

Reflectindo o desequilíbrio que existe no Ensino Superior português, 67,2 por cento dos inquiridos são mulheres, mas os autores do estudo concluíram que os homens correm mais riscos, quer no consumo de drogas quer nas relações sexuais sem preservativo.

Os comportamentos de risco aumentam também com a idade e existem em nível elevado para todo o tipo de infecções, "o que exige intervenção educativo-sanitária urgente, pois que, pelo encontrado, tudo fará supor que a situação poderá tender a agravar-se", assinala o estudo.

Nas análises efectuadas não foi detectado qualquer caso de VIH, mas registaram-se 15 casos positivos de hepatite C, três de sífilis e oito de antigénio de superfície do vírus da hepatite B.

O encarregado de missão da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS), Meliço Silvestre, classificou os dados deste estudo como "muito importantes", no âmbito de uma estratégia de prevenção da sida e outras doenças sexualmente transmissíveis "baseada na evidência".

(...)

Mais de 38 por cento dos estudantes do Ensino Superior não usam preservativo nas relações sexuais, revela um estudo da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida divulgado hoje no Porto.O "Estudo sobre comportamentos dos estudantes universitários e a sua relação com infecções sexualmente transmissíveis" foi efectuado com base num inquérito a cerca de 4.700 jovens alunos de faculdades, institutos politécnicos e escolas superiores de oito regiões: Coimbra (25 por cento), Bragança (25), Algarve (13,5), Évora (8,6), Braga (8,2), Porto (sete), Madeira (6,6) e Lisboa (seis).Mais de 83 por cento dos inquiridos afirmaram já ter tido relações sexuais, dois por cento dos quais com parceiro do mesmo sexo, 18 por cento com cinco ou mais pessoas e 5,7 por cento antes dos 15 anos.Na última relação com um parceiro não habitual, 10 por cento dos estudantes admitiram não ter utilizado preservativo.Perto de metade dos inquiridos (46 por cento) responderam que já consumiram cannabis, sendo inferior a cinco por cento os consumos de outras drogas, designadamente cocaína (3,8 por cento), cola (quatro), anfetaminas (2,9), ecstasy (4,7), esteróides (1,2) e heroína (0,6).Reflectindo o desequilíbrio que existe no Ensino Superior português, 67,2 por cento dos inquiridos são mulheres, mas os autores do estudo concluíram que os homens correm mais riscos, quer no consumo de drogas quer nas relações sexuais sem preservativo.Os comportamentos de risco aumentam também com a idade e existem em nível elevado para todo o tipo de infecções, "o que exige intervenção educativo-sanitária urgente, pois que, pelo encontrado, tudo fará supor que a situação poderá tender a agravar-se", assinala o estudo.Nas análises efectuadas não foi detectado qualquer caso de VIH, mas registaram-se 15 casos positivos de hepatite C, três de sífilis e oito de antigénio de superfície do vírus da hepatite B.O encarregado de missão da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS), Meliço Silvestre, classificou os dados deste estudo como "muito importantes", no âmbito de uma estratégia de prevenção da sida e outras doenças sexualmente transmissíveis "baseada na evidência".(...)

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Citação da semana

"What does it say about the world [when] we can tolerate the slow and unnecessary death of millions [from AIDS] whose lives would be rescued with treatment? The tsunami must be seen to be the turning point. The publics of the world have shown their desperate concern for the human condition. How long will it take for governments to do the same?"

Stephen Lewis, U.N. Special Envoy for HIV/AIDS in Africa

Reuters/CNN International, 1/19/05

"What does it say about the world [when] we can tolerate the slow and unnecessary death of millions [from AIDS] whose lives would be rescued with treatment? The tsunami must be seen to be the turning point. The publics of the world have shown their desperate concern for the human condition. How long will it take for governments to do the same?"Stephen Lewis, U.N. Special Envoy for HIV/AIDS in Africa

Profilaxia pré-exposição (PREP) com Viread

Ler mais acerca destes ensaios clínicos controversos sobre PREP com tenofovir nos artigos " Duras críticas sobre ensaio clínico com tenofovir nos Camarões " e " Carta dos activistas tailandeses sobre ensaio com tenofovir ".

Aidsportugal 19.01.05

A parte americana ligada à triagem farmacêutica internacional recrutará 400 homens homossexuais de São Francisco e Atlanta para determinar quais das propriedades que permitem o tenofovir (Viread) suprimir o HIV entre os doentes infectados podem também prevenir a infecção pelo HIV entre os não infectados. Os investigadores acreditam que o tenofovir é um bom candidato porque foi considerado o antiretroviral menos tóxico e por ser tomado uma única vez diariamente.

(...)

Os participantes no estudo foram nomeados aleatoriamente para tomarem ou tenofovir ou placebo todos os dias durante dois anos. No final do estudo internacional, os investigadores compararão os resultados. Os investigadores querem saber se o fármaco é seguro para prevenir o HIV, e se um só comprimido pode provocar um desagradável aumento em caso de sexo não seguro. O estudo também determinará se algum dos participantes que se infectou com HIV é já resistente ao tenofovir.

Os investigadores devem assegurar que os participantes são informados dos possíveis riscos. São eticamente limitados a dissuadir todos os participantes de se envolverem em comportamentos sexuais de risco e oferecer aconselhamento sobre o uso do preservativo e práticas de sexo seguro. Os participantes serão avisados que não têm maneira de saber se estão a tomar efectivamente o comprimido ou o placebo, e mesmo se estiverem a tomar o fármaco, pode não os proteger.

A proposta do estudo do tenofovir entre as prostitutas cambodjianas – designado pela Universidade da Califórnia-São Francisco e subsidiada pela Fundação Bill & Melinda Gates – foi rejeitado este verão após o primeiro-ministro ter vetado o estudo. Estudos semelhantes começaram na Nigéria, Camarões e Ghana.

(...)

San Francisco Chronicle (12.01.04):: Sabin Russell

Blair-ometer

Um

Um jogo divertido da Stop AIDS Campaign para mesurar a performance mensal do Tony Blair na área do VIH/SIDA.

O fim dos genéricos da Índia?

The New York Times, January 18, 2005

*EDITORIAL*

India's Choice

For an AIDS patient in a poor country lucky enough to get antiretroviral treatment, chances are that the pills that stave off death come fromIndia. Generic knockoffs of AIDS drugs made by Indian manufacturers -now treating patients in 200 countries - have brought the price of antiretroviral therapy down to $140 a year from $12,000.

That luck may soon run out. India has become the world's supplier of cheap AIDS drugs because it has the necessary raw materials and a thriving and sophisticated copycat drug industry made possible by laws that grant patents to the process of making medicines, rather than to the drugs themselves. But when India signed the World Trade Organization's agreement on intellectual property in 1994, it was required to institute patents on products by Jan. 1, 2005. These rules have little to do with free trade and more to do with the lobbying power of the American and European pharmaceutical industries.

India's government has issued rules that will effectively end the copycat industry for newer drugs. For the world's poor, this will be a double hit - cutting off the supply of affordable medicines and removing the generic competition that drives down the cost of brand-name drugs.

But there is still a chance to fix the flaws in these rules, because they are contained in a decree that must be approved by Parliament. Heavily influenced by multinational and Indian drug makers eager to sell patented medicines to India's huge middle class, the decree is so tilted toward the pharmaceutical industry that it does not even take advantage of rights countries enjoy under the W.T.O. to protect public health.

(...)

While some drugs - those that existed before 1995 - will always be off patent in India, some widely used drugs are at risk. So are new generations of much more expensive AIDS drugs that will soon be needed worldwide as resistance builds to current medicines. If the decree is not changed before Parliament approves it, it will be very difficult for India to supply them. India's parliamentarians must keep in mind that this arcane dispute is actually a crucial battleground for the health of hundreds of millions of people in India and worldwide.

The New York Times, January 18, 2005India's ChoiceFor an AIDS patient in a poor country lucky enough to get antiretroviral treatment, chances are that the pills that stave off death come fromIndia. Generic knockoffs of AIDS drugs made by Indian manufacturers -now treating patients in 200 countries - have brought the price of antiretroviral therapyThat luck may soon run out. India has become the world's supplier of cheap AIDS drugs because it has the necessary raw materials and a thriving and sophisticated copycat drug industry made possible by laws that grant patents to the process of making medicines, rather than to the drugs themselves. But when India signed the World Trade Organization's agreement on intellectual property in 1994, it was required to institute patents on products by Jan. 1, 2005.India's government has issued rules that will effectively end the copycat industry for newer drugs. For the world's poor, this will be a double hit -But there is still a chance to fix the flaws in these rules, because they are contained in a decree that must be approved by Parliament. Heavily influenced by multinational and Indian drug makers eager to sell patented medicines to India's huge middle class, the decree is so tilted toward the pharmaceutical industry that it does not even take advantage of rights countries enjoy under the W.T.O. to protect public health.(...)While some drugs - those that existed before 1995 - will always be off patent in India, some widely used drugs are at risk. So arethat will soon be needed worldwide as resistance builds to current medicines. If the decree is not changed before Parliament approves it, it will be very difficult for India to supply them. India's parliamentarians must keep in mind that this arcane dispute is actually a

Mais Confusão católica

Afinal, o "C" em "ABC" (Abstinence, Be faithful & Condoms) vem de Confusão...

CM 20.01.05

(...)

Afinal, Juan Antonio Camino, porta-voz e secretário-geral da Conferência Episcopal espanhola, não defende o uso do preservativo. Depois de, na terça-feira, ter referido o seu papel “numa prevenção integral e global da sida”, vem agora dar o dito por não dito. Em comunicado, publicado na página da internet da Conferência Episcopal, a igreja espanhola decidiu rectificar as declarações, referindo que “o uso do preservativo implica uma conduta sexual imoral” e que “a abstinência sexual e a fidelidade mútua entre os cônjuges constituem a única conduta segura que se pode generalizar frente ao perigo da sida”.

(...)

QUESTÕES DE PRESERVATIVO

A FAVOR

No exterior da Curia Romana começam a ouvir-se vozes que apoiam o uso do preservativo. É o caso do Arcebispo de Bruxelas, que o caracterizou, em declarações públicas, como “um mal menor” face à epidemia de sida.

CONTRA

“O preservativo pode ser uma solução mais fácil que a abstinência”, referiu o presidente do Conselho Pontifício da Saúde. No entanto, o emissário da Santa Sé defende “que os católicos devem ser coerentes com a sua fé”.

CIÊNCIA

Em termos científicos, restam poucas dúvidas da eficácia do uso do preservativo no combate às doenças sexualmente transmissíveis. Vários estudos referem-no como uma arma importante, que não deve ser relegada para segundo plano.

DEPENDE DAS CIRCUNSTÂNCIAS

“Concordo com as declarações do porta-voz espanhol, mas no seu contexto. Quando se trata de seropositivos ou pessoas em risco de contágio, com uma vida sexual activa, o uso do preservativo é obrigatório. Mas não é a solução para uma educação sexual honesta e verdadeira e não deve ser entendido como obrigatório em todas as circunstâncias.” Padre José Luís Borga

EM DEFESA DO PRESERVATIVO

“Entendemos que a Igreja não tem o direito de transmitir mensagens erradas do ponto de vista científico apenas para fazer valer os seus valores morais. Penso que só ficava bem à Igreja portuguesa adoptar uma posição de defesa do uso do preservativo, sobretudo entre nós, onde a doença assume proporções graves.” Maria José Campos (Abraço)

"RECUO ERA INEVITÁVEL"

Afirmando que a mudança de opinião por parte da Conferência Episcopal Espanhola seria “uma autêntica revolução doutrinal”, o bispo das Forças Armadas sublinhou ser inevitável “o recuo e correcção à interpretação feita pelos jornalistas das palavras de D. Juan Camino”. É que, reafirma o prelado, “ainda há um mês tinham dito o oposto”. D. Januário Torgal Ferreira

"PALAVRAS MAL ENTENDIDAS"

Dizendo sempre que “assuntos tão delicados e problemáticos como este” não podem ser comentados de ânimo leve, D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, não deixou de dizer que “o incidente de Espanha é um exemplo dos problemas que podem ser causados por palavras mal escolhidas ou mal entendidas”. D. Jorge Ferreira Ortiga

Afinal, o "C" em "ABC" (Abstinence, Be faithful &) vem de...(...)Afinal, Juan Antonio Camino, porta-voz e secretário-geral da Conferência Episcopal espanhola, não defende o uso do preservativo. Depois de, na terça-feira, ter referido o seu papel “numa prevenção integral e global da sida”, vem agora dar o dito por não dito. Em comunicado, publicado na página da internet da Conferência Episcopal,, referindo que “o uso do preservativo implica uma conduta sexual imoral” e que “a abstinência sexual e a fidelidade mútua entre os cônjuges constituem a única conduta segura que se pode generalizar frente ao perigo da sida”.(...)QUESTÕES DE PRESERVATIVOA FAVORNo exterior da Curia Romana começam a ouvir-se vozes que apoiam o uso do preservativo. É o caso do, que o caracterizou, em declarações públicas, como “um mal menor” face à epidemia de sida.CONTRA“O preservativo pode ser uma solução mais fácil que a abstinência”, referiu o presidente do Conselho Pontifício da Saúde. No entanto, o emissário da Santa Sé defende “que os católicos devem ser coerentes com a sua fé”.CIÊNCIA. Vários estudos referem-no como uma arma importante, que não deve ser relegada para segundo plano.DEPENDE DAS CIRCUNSTÂNCIAS“Concordo com as declarações do porta-voz espanhol, mas no seu contexto. Quando se trata de seropositivos ou pessoas em risco de contágio, com uma vida sexual activa,. Mas não é a solução para uma educação sexual honesta e verdadeira e não deve ser entendido como obrigatório em todas as circunstâncias.”EM DEFESA DO PRESERVATIVO“Entendemos queapenas para fazer valer os seus valores morais. Penso que só ficava bem à Igreja portuguesa adoptar uma posição de defesa do uso do preservativo, sobretudo entre nós, onde a doença assume proporções graves.” Maria José Campos (Abraço)"RECUO ERA INEVITÁVEL"Afirmando que a mudança de opinião por parte da Conferência Episcopal Espanhola seria “uma autêntica revolução doutrinal”, o bispo das Forças Armadas sublinhou ser inevitável “o recuo e correcção à interpretação feita pelos jornalistas das palavras de D. Juan Camino”. É que, reafirma o prelado, “”. D. Januário Torgal Ferreira"PALAVRAS MAL ENTENDIDAS"Dizendo sempre que “assuntos tão delicados e problemáticos como este” não podem ser comentados de ânimo leve, D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, não deixou de dizer que “o incidente de Espanha é um exemplo dos problemas que podem ser causados por”. D. Jorge Ferreira Ortiga

Vaticano e Igreja portuguesa mantêm veto ao preservativo

Irmãs, entendam-se!

DN 20.01.05

O Vaticano mantém a condenação do preservativo e diz que foram mal interpretadas as palavras do porta-voz da Conferência Episcopal espanhola, Martinez Camino, que admitiu o uso deste contraceptivo num "contexto de prevenção integral e global da sida", acrescentando que será feito um esclarecimento. A Conferência Episcopal Portuguesa e o Patriarcado não comentam a situação por agora, esperando pelo texto integral das declarações do bispo espanhol. No entanto, voltam a sublinhar a recusa dos métodos contraceptivos de "barreira física".

Em Roma, monsenhor Redrado Marchite, secretário do Conselho Pastoral da Saúde italiano, defendeu "não existir nenhuma novidade. Nada mudou. A Igreja espanhola continua no coração da Igreja Católica Romana. Duvido que o porta-voz da Conferência Episcopal espanhola se tenha pronunciado a favor do uso do preservativo. Apenas disse que existem 40 modos e instrumentos sugeridos pelos cientistas e biólogos para combater a sida, o preservativo é um entre muitos".

Monsenhor Redrado Marchite disse ainda que falou pessoalmente com «o padre Martinez Camino que revelou estar a preparar uma nota de esclarecimento sobre o significado e dimensão das suas palavras no final do encontro com a ministro da Saúde espanhola. Acrescentando "Esta manhã recebi telefonemas de pessoas preocupadas com esta presumível abertura de Espanha ao uso do preservativo. É urgente falar claro. Nem tudo o que se produz nos laboratórios científicos pode ser usado. A religião católica não admite o uso do preservativo».

Irmãs, entendam-se!O Vaticano mantém a condenação do preservativo e diz que foramas palavras do porta-voz da Conferência Episcopal espanhola, Martinez Camino, que admitiu o uso deste contraceptivo num "contexto de prevenção integral e global da sida", acrescentando que será feito um esclarecimento. A Conferência Episcopal Portuguesa e o Patriarcado não comentam a situação por agora, esperando pelo texto integral das declarações do bispo espanhol. No entanto,dos métodos contraceptivos de "barreira física".Em Roma, monsenhor Redrado Marchite, secretário do Conselho Pastoral da Saúde italiano, defendeu "não existir nenhuma novidade.. A Igreja espanhola continua no coração da Igreja Católica Romana. Duvido que o porta-voz da Conferência Episcopal espanhola se tenha pronunciado a favor do uso do preservativo. Apenas disse que existem 40 modos e instrumentos sugeridos pelos cientistas e biólogos para combater a sida, o preservativo é um entre muitos".Monsenhor Redrado Marchite disse ainda que falou pessoalmente com «o padre Martinez Camino que revelou estar a preparar uma nota de esclarecimento sobre o significado e dimensão das suas palavras no final do encontro com a ministro da Saúde espanhola. Acrescentando "Esta manhã recebi telefonemas de pessoas preocupadas com esta presumível abertura de Espanha ao uso do preservativo. É urgente falar claro. Nem tudo o que se produz nos laboratórios científicos pode ser usado.».

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Primeiro ensaio de vacina contra verrugas genitais em homossexuais masculinos

Aidsportugal /Australian Associated Press 06.01.05

De acordo com declarações proferidas na quarta-feira pelo Director da Taylor Square Private Clinic, o Dr. Robert Finlayson, a Austrália irá participar num ensaio internacional com a duração de três anos que incidirá sobre uma vacina para o controlo da transmissão do papilomavírus humano (HPV) em homens e prevenção do cancro anal. Serão incluídos no estudo jovens homossexuais masculinos com idades entre os 18 e os 23 anos.

O HPV, que pode causar cancro do colo do útero nas mulheres, é a DST mais comum na Austrália. “O cancro do pénis é extremamente raro, enquanto que o número de atingidos por cancro do ânus está a aumentar todo o mundo e desconhece-se o motivo que provoca este aumento”, palavras de Finlayson. Acrescenta ainda que apesar do cancro do ânus ser ainda raro está a tornar-se mais comum em homossexuais do que em heterossexuais. Ainda segundo Finlayson, a incidência do HPV aumentou na população em geral e estima-se que agora seja 96 por cento mais comum do que há 20 ou 30 anos atrás.

De acordo com declarações proferidas na quarta-feira pelo Director da Taylor Square Private Clinic, o Dr. Robert Finlayson, a Austrália irá participar num ensaio internacional com a duração de três anos que incidirá sobre uma vacina para o controlo da transmissão doem homens e prevenção do cancro anal. Serão incluídos no estudo jovens homossexuais masculinos com idades entre os 18 e os 23 anos.O HPV, que pode causar cancro do colo do útero nas mulheres, é a DST mais comum na Austrália. “O cancro do pénis é extremamente raro, enquanto que o número de atingidos por cancro do ânus está a aumentar todo o mundo e desconhece-se o motivo que provoca este aumento”, palavras de Finlayson. Acrescenta ainda que apesar do cancro do ânus ser ainda raro está a tornar-se mais comum em homossexuais do que em heterossexuais. Ainda segundo Finlayson, a incidência do HPV aumentou na população em geral e estima-se que agora seja 96 por cento mais comum do que há 20 ou 30 anos atrás.

Igreja Espanhola aprova preservativo!?

Mais bons ventos? Os bispos portugueses não conseguem acreditar... CM 19.01.05 Numa declaração surpreendente feita após um encontro mantido em Madrid com a ministra da Saúde espanhola, Elena Salgado, Juan António Martinez Camino anunciou que a Conferênca Episcopal espanhola é a favor do uso do preservativo e que “ele tem o seu contexto numa prevenção integral e global da sida”.

Falando durante uma conferência de Imprensa, o secretário-geral e porta-voz da Conferência Episcopal adiantou que a Igreja Católica ‘está muito preocupada com o problema da sida’ e que as suas posições estão baseadas nas propostas científicas publicadas na edição de Novembro da prestigiada revista ‘The Lancet’, as quais defendem a combinação da abstinência, fidelidade e uso do preservativo como estratégia para a prevenção da transmissão da sida por via sexual. Refira-se que esta estratégia é apoiada por mais de 130 especialistas de 36 países. O porta-voz do órgão máximo da Igreja Católica em Espanha considerou que o encontro com a ministra Elena Salgado – solicitado pelos bispos – permitiu comprovar que existem “determinados preconceitos” sobre a posição da Igreja na prevenção da sida e concluir que a colaboração de todos constitui “a forma mais adequada para encontrar uma solução para um problema tão grave”, quer em Espanha quer no resto do mundo. “Chegou o momento de um trabalho conjunto na prevenção de uma pandemia tão triste como a sida”, concluiu Matínez Camino. Com esta posição, a Conferência Episcopal, evita mais uma fricção com o governo socialista espanhol, que pretende legalizar o matrimónio homossexual, considerado inconstitucional. O Vaticano nunca emitiu uma posição oficial sobre o uso do preservativo, mas a maioria dos seus representantes tem-se manifestado contra. "SERIA UMA REVOLUÇÃO" D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas, diz que “é muito difícil acreditar que a Conferência Episcopal Espanhola tenha alterado a sua posição sobre o preservativo em 180 graus, no curto espaço de um mês e pouco”. No entanto, o prelado sublinha que “se isso for verdade, estamos perante uma autêntica revolução doutrinal”. Realçando que a posição dos bispos espanhóis e do secretário-geral da Conferência Episcopal de Espanha, D. Juan António Camino, em particular, “sempre foi no sentido de condenar o uso do preservativo”, D. Januário considera que, “a serem verdadeiras as declarações que lemos na Imprensa espanhola, temos de admitir que, ao nível dos princípios, há uma deslocação do assento tónico muito forte”. Defendendo que “entre dois males deve sempre optar-se pelo mal menor”, D. Januário disse que “esta questão do preservativo foi sempre muito mal interpretada e explicada pela Igreja”. Diz este prelado que, “na luta contra um inimigo letal como a sida, a Igreja tem de estar sempre do lado da vida”.

Ministro Britânico pede apoio Europeu à África

Público 19.01.05

Os ministros das Finanças da União Europeia concordaram com a necessidade de aliviar a dívida dos países africanos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, afirmou ontem o promotor de um plano de cancelamento da dívida, o ministro britânico das Finanças, Gordon Brown.

Brown, que regressava de uma viagem por quatro países africanos, aproveitou para promover a iniciativa - já conhecido como "o novo plano Marshall" - no encontro dos ministros das Finanças dos países da UE. "[Os responsáveis] irão agora para casa para ver com o que se poderão comprometer, mas eu acredito que vai existir um apoio generalizado", disse Brown, citado pela AFP.

A Grã-Bretanha está a aproveitar o facto de ser anfitriã do encontro do G8 para promover o plano de ajuda para o continente mais pobre do mundo, que prevê o pagamento faseado da dívida destes países aos credores e uma duplicação da ajuda dos países mais ricos.

(...)

O responsável repetiu as críticas ao proteccionismo comercial e afirmou que os subsídios da UE para a agricultura europeia estão a sabotar os esforços do continente africano sair da pobreza.

Os ministros das Finanças da União Europeiacom a necessidade de aliviar a dívida dos países africanos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, afirmou ontem o promotor de um plano de cancelamento da dívida, o ministro britânico das Finanças, Gordon Brown.Brown, que regressava de uma viagem por quatro países africanos, aproveitou para promover a iniciativa - já conhecido como "" - no encontro dos ministros das Finanças dos países da UE. "[Os responsáveis] irão agora para casa para ver com o que se poderão comprometer, mas eu acredito que vai existir um apoio generalizado", disse Brown, citado pela AFP.A Grã-Bretanha está a aproveitar o facto de ser anfitriã do encontro do G8 para promover o plano de ajuda para o continente mais pobre do mundo, que prevê o pagamento faseado da dívida destes países aos credores e uma duplicação da ajuda dos países mais ricos.(...)O responsável repetiu as críticas ao proteccionismo comercial e afirmou que os subsídios da UE para a agricultura europeia estão a sabotar os esforços do continente africano sair da pobreza.

Vem aí a Comissão de Ética para a Investigação Clínica

No meio de tantos profs, dois padres e outros artistas de alto calibre temos felizmente um membro genuíno da comunidade, Dr. Pedro Silvério Marques, a fazer parte deste clube exclusivo.

INFARMED 14.01.05

A Lei n.º 46/2004, de 19 de Agosto, que transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2001/20/CE, de 4 de Abril de 2001, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa à aplicação das boas práticas clínicas na condução de ensaios clínicos, criou um organismo independente e multidisciplinar designado por Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC).

Este organismo de âmbito nacional, constituído por profissionais de saúde e outros, será incumbido de assegurar a protecção dos direitos, a segurança e bem estar dos participantes em ensaios clínicos tendo em vista a emissão do parecer de carácter ético e científico indispensável à realização de ensaios clínicos com medicamentos de uso humano.

A aguardando-se agora a sua publicação em Diário da República.

No meio de tantos profs,padres e outros artistas de alto calibre temos felizmente um membro genuíno da comunidade, Dr. Pedro Silvério Marques, a fazer parte deste clube exclusivo.A Lei n.º 46/2004, de 19 de Agosto, que transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2001/20/CE, de 4 de Abril de 2001, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa à, criou um organismo independente e multidisciplinar designado por Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC).Este organismo de âmbito nacional, constituído por profissionais de saúde e outros, será incumbido detendo em vista aindispensável à realização de ensaios clínicos com medicamentos de uso humano. portaria relativa à sua criação e o despacho que nomeia os seus membros foram assinados pelo Ministro da Saúde em Dezembro de 2004,em Diário da República.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Sida, o tsunami silencioso

BBC World 18.01.05

El administrador del Programa de Naciones Unidas para el Desarrollo, PNUD, Mark Malloch Brown, comparó al SIDA con el maremoto que golpeó el sudeste asiático el pasado diciembre.

En una reunión celebrada en París, el representante del PNUD dijo que "el SIDA es un tsunami silencioso, que forma parte de nuestra vida y mata a 240.000 personas al mes".

Al inicio del III Foro sobre el Desarrollo Humano que, bajo los auspicios de la ONU y Francia, reúne durante tres días a políticos, expertos y miembros de la sociedad civil, Malloch Brown indicó que era necesario aprovechar la reacción de la opinión pública ante el fenómeno del tsunami y trasladarla al problema del Sida.

(...)

El administrador del Programa de Naciones Unidas para el Desarrollo, PNUD, Mark Malloch Brown, comparó al SIDA con el maremoto que golpeó el sudeste asiático el pasado diciembre.En una reunión celebrada en París, el representante del PNUD dijo que "".Al inicio del III Foro sobre el Desarrollo Humano que, bajo los auspicios de la ONU y Francia, reúne durante tres días a políticos, expertos y miembros de la sociedad civil, Malloch Brown indicó que(...)

Duras críticas sobre ensaio clínico com tenofovir nos Camarões

La Nouvelle Expression - 17.01.05

Valentin Siméon Zinga

Le Cameroun

Sida : Le scandale est dans l’éprouvette

Une recherche sur la prévention de la transmission du virus est vivement contestée par des Ong qui dénoncent le choix des prostituées du Sud comme cobayes, le peu de cas fait à l’Ethique, aux risques, et à la prise en charge des participantes. Le Cameroun fait partie des quatre laboratoires retenus par les promoteurs de cet essai.

L’affaire est suffisamment sérieuse pour qu’elle mérite l’attention de l’opinion au-delà des frontières camerounaises. Au point que la chaîne publique de télévision française France 2 lui consacre une enquête dans le cadre de

L’histoire d’une recherche qui, au travers d’un essai sur le sida, -en cours dans trois pays africains (Cameroun, Nigeria, Ghana) et le Cambodge-, étale ses controverses, et suscite les critiques les plus virulentes d’ Organisations non gouvernementales, dont le Réseau Ethique Droits et Sida (Reds) au Cameroun, et Act Up-Paris.

Les premiers espoirs

Les spécialistes situent au milieu des années 90, la réflexion née au sein des laboratoires pharmaceutiques, autour de la question des possibilités de prévention de l’infection à Vih. Gilead, un des laboratoires parmi les plus en vue, n’échappe pas à cette tendance générale. Il est de notoriété publique qu’un de ses produits, le ténofovir (Viread), est crédité d’essais encourageants menés en laboratoire.

Il y a plus. En juillet 2003, au cours d’une conférence à Paris, les résultats des essais menés chez le singe, confirment que la molécule est porteuse d’espoirs dans ce domaine. D’où l’option de Gilead à passer à l’étape d’essais chez l’être humain. Le principe alors retenu est clair, qui s’articule autour d’un «essai randomisé, ténofovir contre placebo». En clair, «il s’agit de comparer les résultats de deux groupes, l’un recevant effectivement la molécule, l’autre prenant un comprimé ayant le même aspect mais ne contenant pas de principe actif», selon les milieux avisés.

Les perspectives s’ouvraient ainsi pour une recherche dont on attendait visiblement beaucoup. Les moyens allaient suivre. L’appui de décisif de la Fondation Bill et Belinda Gates (BBG) ne fut ni discret, ni dérisoire : quelques 6,5 millions de dollars accordés à Familiy Health International (FHI) qui devait conduire le projet de recherche parmi les prostituées de quatre pays du Sud, dont trois d’Afrique (le Cameroun, le Ghana, le Nigeria), et un d’Asie (le Cambodge).

Cette option n’a pas manqué de soulever sa lot de critiques. «Du fait de la faible probabilité, en population générale, d’être exposé au Vih dans un pays du Nord, il serait nécessaire d’inclure dans un tel essai un très grand nombre de participants pour déboucher sur des résultats significatifs. Un tel recrutement nécessitant des moyens financiers et logistiques considérables (que Gilead n’a pas souhaité mettre en œuvre) il a été nécessaire de trouver un échantillon de population pour servir de base à l’essai», explique-t-on toujours au sein des Ong.

On s’y veut d’ailleurs plus explicite. Le choix de ces pays «permet de recruter des personnes séronégatives appartenant à un groupe fortement exposé à un risque de contamination par le vih du fait de leur activité. Il est ainsi possible de réaliser un essai dont l’effectif est bien plus réduit que si on l’avait mené en population générale et qui permet de montrer une différence significative entre les deux bras de l’essai ( Placebo et ténofovir, Ndlr) : plus simple, plus rapide et moins coûteux».

Premiers éléments d’un réquisitoire vieux de plus de six mois, qui se fait plus précis dans le cas du Cameroun, et auquel le Family Health International n’a pas encore réagi, du moins en l’état de notre enquête.

Le temps du désespoir

D’une manière générale, les milieux associatifs restent sévères sur les malentendus qui peuvent naître dans les esprits des prostituées. «Cet essai peut laisser penser aux personnes incluses, même s’il leur est expliqué qu’un des deux bras est placebo, que le tenofovir peut les protéger des risques de contamination, alors que cet effet prophylactique n’est pas encore démontré», explique un activiste de longue date. Qui ajoute : «En choisissant, en raison des coûts moindres, des prostituées pour mener cet essai, Gilead leur fait courir un risque supplémentaire alors que, déjà, elles peinent à déployer des stratégies de prévention du Vih/Sida efficaces».

Le Cameroun n’est pas à l’abri de ces réserves d’ordre général qui concernent non pas le principe de la recherche, mais les conditions de son déroulement. Les chiffres avancés par les milieux informés font état d’un échantillon de 200 à 400 prostituées incluses dans l’essai qui s’effectue en terre camerounaise depuis le mois de juin 2004, pour un coût présumé de quelques 800 000 dollars.

En plus des risques liés à ces possibles incompréhensions, les modalités financières d’inclusion des prostituées à l’essai présentent des allures d’un chantage, à en croire les représentants de la société civile opposés à cette approche de la recherche. «L’essai tenofovir prévoit un suivi et un accès au traitement pour les infections sexuellement transmissibles (Ist) des participantes. On pourrait penser que ce dispositif a quelque chose de généreux. En fait, cela n’est rien d’autre qu’un moyen de fidéliser les prostituées et de minimiser les risques de <<>>. Il se trouve par ailleurs que les examens de suivi sont nécessaires à la validation scientifique de l’essai.

De même le montant de défraiement fixé à 2750 Fcfa relève d’un cynisme inouï. En effet, un rapide calcul permet de comprendre que cette somme a été fixée d’une part pour payer les frais de transports (500 F pour le taxi) et d’autre part pour payer le manque à gagner des prostituées (2 250 F, soit l’équivalent de deux passes, tarif plancher à Douala)», s’emporte un représentant d’Ong.

Il n’est pas jusqu’à la prise en charge des participantes qui ne préoccupe les adversaires des conditions de déroulement de l’essai. D’une part, le personnel d’accompagnement des participantes est jugé insuffisant. «Aucun accès aux préservatifs féminins n’est prévu et les moyens mis en œuvre pour accompagner les personnes sont dérisoires, puisque seuls cinq travailleurs sociaux sont prévus pour cent personnes», affirme un activiste qui connaît bien la situation du Cameroun.

D’autre part, «l’accès aux traitements et aux soins n’est pas prévu pour les personnes découvertes séropositives à l’entrée dans l’essai ni pour celles devenues séropositives au cours de l’essai», le même, qui aurait souhaité un engagement des promoteurs de l’essai à prendre en charge les participantes à cet essai.

Se dessinent ainsi, en filigrane de ce réquisitoire contre l’essai Tenofovir, les grandes lignes de ce qui est perçu par les Ong, comme un conflit d’intérêt articulé autour d’une logique commerciale à visage scientifique. L’Ethique contre le capital. Et le Cameroun apparaît comme fragilisé par une absence de mécanismes rigoureux de d’orientation des recherches biomédicales.

Le Cameroun face à ses responsabilités

Beaucoup regrettent que le Cameroun n’ait pas été suffisamment vigilant sur cette recherche à problèmes. Mais, personne ne le nie : l’essai tenovofir qui se déroule au Cameroun aura bénéficié d’un avis favorable du Comité National d’Ethique.

Reste que beaucoup s’interrogent toujours sur l’efficacité de cette structure créée en 1986, et que préside le Pr Lazare Kaptué à la tête d’une quarantaine de membres dont une demi-dizaine répond effectivement aux sollicitations. Elle a beau émettre des avis sur des projets de recherche qui lui sont soumis, l’institution ne peut prétendre avoir donné son imprimatur à toutes les recherches en cours au Cameroun.

Les plus suspicieux y vont même de leurs insinuations, traçant des parallèles entre l’indigence de cette structure – qui, pendant longtemps n’a reçu aucun financement au point

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