Ferro Rodrigues congratula-se com o acordo entre partidos para comissão de inquérito à CGD

04-02-2019
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O presidente da Assembleia da República vê como um sinal de "maturidade" o facto de quase todos os partidos terem, esta quinta-feira, chegado a acordo para apresentar uma proposta comum para a constituição de uma nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, respondendo assim a um apelo feito por Eduardo Ferro Rodrigues.

"Congratulo-me naturalmente pelo facto de os grupos parlamentares terem respondido ao meu desafio de ver discutido um texto comum", afirma o presidente da AR, numa declaração enviada ao Expresso. "É mais um sinal de maturidade e responsabilidade dos grupos parlamentares e, consequentemente, da AR".

Na conferência de líderes parlamentares, que decorreu na quarta-feira de manhã, foi lançado o desafio: perante o texto do CDS, o primeiro partido a avançar com a proposta para a comissão - a terceira sobre a Caixa Geral de Depósitos -, Ferro pediu aos partidos que chegassem a acordo. O Bloco de Esquerda foi o primeiro a manifestar disponibilidade, assegurando que conversaria com os democratas-cristãos de forma a chegar a um entendimento nessa mesma tarde ou, em alternativa, apresentar um texto próprio, conforme noticiou o Observador.

O acordo acabou por ser alcançado entre CDS, PSD, PS e BE, tendo dado entrada nesta quinta-feira um texto comum que, na verdade, pouco difere da primeira redação. Os objetivos da comissão, como começou por definir o CDS e decidiram manter os restantes partidos, passam por, tal como na comissão anterior, investigar os negócios - em parte ruinosos - que levaram à necessidade de recapitalizar o banco público, indagando sobre práticas de gestão e concessão de créditos sem garantias. Desta vez será, no entanto, tida em conta a informação que chegou a ser apurada na anterior comissão, com base sobretudo em audições a ex-administradores do banco, para apurar "contradições".

Feita a comparação entre o texto inicial e o que acabou por ser formulado com a ajuda de quase todos os partidos, constata-se que foi retirada uma referência que poderia irritar a esquerda: inicialmente, o CDS lembrava que PS, BE e PCP não quiseram prolongar os trabalhos da primeira comissão enquanto se esperava por documentação (cujo acesso tinha sido negado) do Banco de Portugal, CMVM e Caixa Geral de Depósitos, alegando que a direita estaria interessada em prejudicar a imagem do banco público. Essa referência desapareceu.

De fora do acordo para constituir a comissão - uma discussão que formalmente está marcada, no Parlamento, para 14 de fevereiro - ficou o PCP, que ao Expresso dizia, no fim de semana passado, discordar da iniciativa por não haver "nada de novo" relativamente à comissão anterior.

O presidente da Assembleia da República vê como um sinal de "maturidade" o facto de quase todos os partidos terem, esta quinta-feira, chegado a acordo para apresentar uma proposta comum para a constituição de uma nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, respondendo assim a um apelo feito por Eduardo Ferro Rodrigues.

"Congratulo-me naturalmente pelo facto de os grupos parlamentares terem respondido ao meu desafio de ver discutido um texto comum", afirma o presidente da AR, numa declaração enviada ao Expresso. "É mais um sinal de maturidade e responsabilidade dos grupos parlamentares e, consequentemente, da AR".

Na conferência de líderes parlamentares, que decorreu na quarta-feira de manhã, foi lançado o desafio: perante o texto do CDS, o primeiro partido a avançar com a proposta para a comissão - a terceira sobre a Caixa Geral de Depósitos -, Ferro pediu aos partidos que chegassem a acordo. O Bloco de Esquerda foi o primeiro a manifestar disponibilidade, assegurando que conversaria com os democratas-cristãos de forma a chegar a um entendimento nessa mesma tarde ou, em alternativa, apresentar um texto próprio, conforme noticiou o Observador.

O acordo acabou por ser alcançado entre CDS, PSD, PS e BE, tendo dado entrada nesta quinta-feira um texto comum que, na verdade, pouco difere da primeira redação. Os objetivos da comissão, como começou por definir o CDS e decidiram manter os restantes partidos, passam por, tal como na comissão anterior, investigar os negócios - em parte ruinosos - que levaram à necessidade de recapitalizar o banco público, indagando sobre práticas de gestão e concessão de créditos sem garantias. Desta vez será, no entanto, tida em conta a informação que chegou a ser apurada na anterior comissão, com base sobretudo em audições a ex-administradores do banco, para apurar "contradições".

Feita a comparação entre o texto inicial e o que acabou por ser formulado com a ajuda de quase todos os partidos, constata-se que foi retirada uma referência que poderia irritar a esquerda: inicialmente, o CDS lembrava que PS, BE e PCP não quiseram prolongar os trabalhos da primeira comissão enquanto se esperava por documentação (cujo acesso tinha sido negado) do Banco de Portugal, CMVM e Caixa Geral de Depósitos, alegando que a direita estaria interessada em prejudicar a imagem do banco público. Essa referência desapareceu.

De fora do acordo para constituir a comissão - uma discussão que formalmente está marcada, no Parlamento, para 14 de fevereiro - ficou o PCP, que ao Expresso dizia, no fim de semana passado, discordar da iniciativa por não haver "nada de novo" relativamente à comissão anterior.

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