O país que os socialistas europeus não viram

19-12-2018
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No meio da euforia e arrogância que reina no Partido Socialista há um país que desespera por melhores serviços públicos e que se sente enganado por tantas promessas que ficaram por cumprir. Os participantes no conclave socialista europeu foram presenteados com a mesma propaganda a que os portugueses se habituaram nos últimos três anos. Em simultâneo, o país real protesta e as pessoas são mal servidas. É o caos nos hospitais, nas prisões, nas polícias, nos bombeiros, nas forças armadas, nos serviços públicos.

Diversos sectores da nossa sociedade protestam porque se sentem enganados por uma coligação de esquerda que tudo prometeu, mas que afinal muito pouco acabou por fazer. Uma geringonça que ao fim de semana faz oposição a si própria e que durante a semana se ajoelha perante António Costa e é conivente com as fakenews que emanam do governo.

Nem mesmo quando houve o corte mais forte nos salários, ainda no tempo de José Sócrates, nem no período da troika e do programa de ajustamento assistimos a tantos tumultos com consequências óbvias na prestação dos serviços públicos.

Se tudo estivesse tão bem como a versão do “país das maravilhas” do congresso do partido socialista europeu não teríamos 5 mil cirurgias adiadas em resultado da greve dos enfermeiros, sem esquecer as greves de médicos ou dos técnicos de diagnóstico que têm sido recorrentes.

Se tudo estivesse assim tão bem não assistíamos a tantos tumultos nas prisões, a greves dos agentes da PSP ou mesmo da Política Judiciária.

Se tudo estivesse tão bem não tínhamos os portos bloqueados pela luta dos estivadores.

Se tudo estivesse tão bem não tínhamos o caos completo na ferrovia, com comboios suprimidos, outros presos por arames e um clima de insegurança generalizada nas linhas ferroviárias.

Se tudo estivesse bem não tínhamos os bombeiros revoltados com a forma como o Governo os tem tratado.

Se tudo estivesse bem não tínhamos nas áreas de soberania juízes ou funcionários judiciais a fazerem greve.

Se tudo estivesse tão bem não assistíamos a esta revolta dos professores.

Se tudo estivesse tão bem não existiam tantas greves na função pública.

Se tudo estivesse tão bem o Governo não deveria milhões de euros às IPSS´s, aos fornecedores dos hospitais, aos alunos do ensino profissional, aos bolseiros de investigação ou às instituições de ensino superior, entre tantos outros.

Se tudo estivesse bem não tínhamos o Presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, a exigir medidas de correção ao Orçamento do Ministro das Finanças Mário Centeno.

Custa a acreditar que um governo que tanto se arrogava de arauto do diálogo se tenha tornado tão arrogante, tão autoritário e tão dissimulado. Deslumbraram-se.

Não quero imaginar o que seria se governassem com maioria absoluta.

Hoje, no entender do Governo de esquerda, as “greves” passaram a ser “ilegítimas” para o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, “fora do período ideal” segundo a Ministra da Justiça ou, pasme-se, não podem ter lugar “quando o enfermeiro quer” (…) “num regime de self-service” segundo a Ministra da Saúde. A hipocrisia deste governo, e de muitos habituais defensores dos “direitos laborais” e opinadores da esquerda, chega ao ponto de fechar os olhos quando uma empresa decide contratar tarefeiros para substituir trabalhadores em greve.

Hoje, as pessoas não fazem greve por terem cortes nos salários, fazem greve e protestam porque se sentem enganadas por tantas promessas feitas. Protestam porque sabem que os hospitais estão sem meios e sem dinheiro para prestar todos os cuidados de saúde, porque sabem que as forças de segurança nem gasóleo têm para os carros, porque sabem que as escolas não têm assistentes operacionais suficientes, porque sabem que os mais diversos serviços estão em colapso.

Dizer que esta sequência de greves e protestos está relacionada com as próximas eleições é desrespeitar os portugueses.

Os portugueses deram um exemplo extraordinário durante o período de ajustamento porque sempre lhes disseram a verdade, porque acreditaram que os sacrifícios valeriam a pena. Desde 2011 Portugal mudou muito, reduziu o seu défice e as reformas estruturais permitiram que o país voltasse a crescer e os rendimentos começassem a ser repostos logo em 2014. Durante os últimos 3 anos foram enganados pela propaganda da Geringonça que lhes aumentou os impostos, que não fez reformas estruturais e que não preparou o futuro.

Os portugueses viveram numa ilusão que está a chegar ao fim.

António Costa tem sido o hábil manipulador de expectativas que adiou o futuro de Portugal. O atual Primeiro-Ministro ficará na história como o governante da oportunidade desperdiçada. Como bom socialista desaproveitou a herança que recebeu, desaproveitou o crescimento na Europa e os juros baixos do BCE. Optou por usar esse “oxigénio” para tentar aumentar a sua popularidade quanto deveria ter procurado garantir a sustentabilidade do país. Não haverá outra oportunidade tão boa como o cenário europeu dos últimos três anos.

Os socialistas vieram a Lisboa ao Congresso do PSE e afinal conheceram o pior defeito do socialismo: “chapa ganha, chapa gasta”. Quem vier atrás que feche a porta.

No meio da euforia e arrogância que reina no Partido Socialista há um país que desespera por melhores serviços públicos e que se sente enganado por tantas promessas que ficaram por cumprir. Os participantes no conclave socialista europeu foram presenteados com a mesma propaganda a que os portugueses se habituaram nos últimos três anos. Em simultâneo, o país real protesta e as pessoas são mal servidas. É o caos nos hospitais, nas prisões, nas polícias, nos bombeiros, nas forças armadas, nos serviços públicos.

Diversos sectores da nossa sociedade protestam porque se sentem enganados por uma coligação de esquerda que tudo prometeu, mas que afinal muito pouco acabou por fazer. Uma geringonça que ao fim de semana faz oposição a si própria e que durante a semana se ajoelha perante António Costa e é conivente com as fakenews que emanam do governo.

Nem mesmo quando houve o corte mais forte nos salários, ainda no tempo de José Sócrates, nem no período da troika e do programa de ajustamento assistimos a tantos tumultos com consequências óbvias na prestação dos serviços públicos.

Se tudo estivesse tão bem como a versão do “país das maravilhas” do congresso do partido socialista europeu não teríamos 5 mil cirurgias adiadas em resultado da greve dos enfermeiros, sem esquecer as greves de médicos ou dos técnicos de diagnóstico que têm sido recorrentes.

Se tudo estivesse assim tão bem não assistíamos a tantos tumultos nas prisões, a greves dos agentes da PSP ou mesmo da Política Judiciária.

Se tudo estivesse tão bem não tínhamos os portos bloqueados pela luta dos estivadores.

Se tudo estivesse tão bem não tínhamos o caos completo na ferrovia, com comboios suprimidos, outros presos por arames e um clima de insegurança generalizada nas linhas ferroviárias.

Se tudo estivesse bem não tínhamos os bombeiros revoltados com a forma como o Governo os tem tratado.

Se tudo estivesse bem não tínhamos nas áreas de soberania juízes ou funcionários judiciais a fazerem greve.

Se tudo estivesse tão bem não assistíamos a esta revolta dos professores.

Se tudo estivesse tão bem não existiam tantas greves na função pública.

Se tudo estivesse tão bem o Governo não deveria milhões de euros às IPSS´s, aos fornecedores dos hospitais, aos alunos do ensino profissional, aos bolseiros de investigação ou às instituições de ensino superior, entre tantos outros.

Se tudo estivesse bem não tínhamos o Presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, a exigir medidas de correção ao Orçamento do Ministro das Finanças Mário Centeno.

Custa a acreditar que um governo que tanto se arrogava de arauto do diálogo se tenha tornado tão arrogante, tão autoritário e tão dissimulado. Deslumbraram-se.

Não quero imaginar o que seria se governassem com maioria absoluta.

Hoje, no entender do Governo de esquerda, as “greves” passaram a ser “ilegítimas” para o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, “fora do período ideal” segundo a Ministra da Justiça ou, pasme-se, não podem ter lugar “quando o enfermeiro quer” (…) “num regime de self-service” segundo a Ministra da Saúde. A hipocrisia deste governo, e de muitos habituais defensores dos “direitos laborais” e opinadores da esquerda, chega ao ponto de fechar os olhos quando uma empresa decide contratar tarefeiros para substituir trabalhadores em greve.

Hoje, as pessoas não fazem greve por terem cortes nos salários, fazem greve e protestam porque se sentem enganadas por tantas promessas feitas. Protestam porque sabem que os hospitais estão sem meios e sem dinheiro para prestar todos os cuidados de saúde, porque sabem que as forças de segurança nem gasóleo têm para os carros, porque sabem que as escolas não têm assistentes operacionais suficientes, porque sabem que os mais diversos serviços estão em colapso.

Dizer que esta sequência de greves e protestos está relacionada com as próximas eleições é desrespeitar os portugueses.

Os portugueses deram um exemplo extraordinário durante o período de ajustamento porque sempre lhes disseram a verdade, porque acreditaram que os sacrifícios valeriam a pena. Desde 2011 Portugal mudou muito, reduziu o seu défice e as reformas estruturais permitiram que o país voltasse a crescer e os rendimentos começassem a ser repostos logo em 2014. Durante os últimos 3 anos foram enganados pela propaganda da Geringonça que lhes aumentou os impostos, que não fez reformas estruturais e que não preparou o futuro.

Os portugueses viveram numa ilusão que está a chegar ao fim.

António Costa tem sido o hábil manipulador de expectativas que adiou o futuro de Portugal. O atual Primeiro-Ministro ficará na história como o governante da oportunidade desperdiçada. Como bom socialista desaproveitou a herança que recebeu, desaproveitou o crescimento na Europa e os juros baixos do BCE. Optou por usar esse “oxigénio” para tentar aumentar a sua popularidade quanto deveria ter procurado garantir a sustentabilidade do país. Não haverá outra oportunidade tão boa como o cenário europeu dos últimos três anos.

Os socialistas vieram a Lisboa ao Congresso do PSE e afinal conheceram o pior defeito do socialismo: “chapa ganha, chapa gasta”. Quem vier atrás que feche a porta.

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