PSD. Fernando Negrão dispara em todas as direções

18-06-2019
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Fernando Negrão abriu as jornadas parlamentares do PSD, que decorrem esta quinta e sexta-feira no Porto, com um discurso ao ataque, em que disparou em todas as direções, fazendo um retrato arrasador do estado do país e da governação socialista. Desde a falência dos serviços públicos - da saúde à educação e transportes - à interrogação sobre "afinal, o que se passa no Montepio?", passando pela acusação de estar a decorrer um "autêntico assalto ao poder" com nomeações para organismos públicos, Negrão não deixou pedra sobre pedra.

No retrato que fez de um "governo dos pequeninos", perante pouco mais de seis dezenas de deputados (no total, o PSD tem 89), Negrão nem se esqueceu de referir a última remodelação governamental, e a questão de haver dois ministros casados e outros dois que são pai e filha, acusando António Costa de "meter na gaveta" a ética republicana.

Um "problema de ética"

Para Negrão, a última alteração feita no elenco governativo sobrepôs "os interesses meramente partidários aos interesses do país" mas, mais do que isso, significou "fechar cada vez mais o círculo das escolhas governamentais a critérios de consanguinidade ou de relações familiares". O dirigente social-democrata lamentou que o primeiro-ministro não perceba o problema ético colocado por esta opção, num Governo "cada vez mais enredado nas teias familiares", mas disse compreender o porquê desta atitude de Costa: "O problema é de ética republicana, algo que este PS também meteu na gaveta".

O "assalto ao poder" que este executivo está a promover, nomeando "militantes, amigos e afilhados", é, segundo Negrão, "um remake de outros governos socialistas de má memória" - se acha que a referência é aos tempos de Sócrates, acertou.

"Este governo não sabe negociar"

Num discurso muito focado no que classificou como os serviços públicos "à beira do colapso", Negrão considerou que "nem o otimismo balofo" do Governo consegue disfarçar a "realidade": "nunca o Portugal que temos esteve tão distante do Portugal que queremos".

Sem ter posto fim à austeridade, e sem conseguir a paz social que havia prometido, o Governo, diz Negrão, já mostrou que "não sabe negociar, não tem capacidade de diálogo".

"Isso, este governo já provou que não é hábil a fazer. Tem outras habilidades: como a de enganar, dissimular, esconder a realidade, desvalorizar as queixas e os números, fingir que resolve, anunciar como novidade o que já existe. Em suma, é muitíssimo hábil a atirar areia para os olhos dos portugueses."

A opção de ser "o melhor aluno da turma europeia"

Quanto à austeridade, já não é imposta, como no tempo de Passos, mas é "voluntária e dissimulada". "Porque o Governo de António Costa fez uma opção: (...) a de ser o melhor aluno da turma europeia e, por isso, recusou-se a negociar com Bruxelas, quando o podia e devia ter feito". Decorre dessa atitude, segundo o líder parlamentar do PSD, "a degradação dos serviços públicos, com a saúde e a segurança social à cabeça", mas também a má negociação do próximo pacote de fundos europeus.

Pela falta de ambição, visão e arrojo, Negrão apelidou o Executivo de "Governo dos pequeninos - dos objetivos pequeninos, das responsabilidades pequeninas, dos erros pequeninos, das medidas pequeninas e do crescimento pequenino."

"Afinal, o que se passa no Montepio?"

Até a questão do Montepio Geral, que foi um dos primeiros cavalos de batalha de Negrão desde que chegou a líder parlamentar, voltou ao discurso, por causa da "enorme nebulosa que envolve" a instituição.

"Afinal, o que se passa no Montepio? Que jogo de empurra de responsabilidades é este? Onde é que está o ministro Vieira da Silva, que tem a tutela da Associação Mutualista do Montepio?", questionou Negrão, que foi brevemente ministro da Segurança Social, em 2004, no Governo de Pedro Santana Lopes.

"Porquê tanto silêncio? Quem está a esconder o quê? Quem está a proteger quem?", insistiu Negrão, referindo "as alarmantes notícias que têm vindo a público" sobre o Montepio.

Fernando Negrão abriu as jornadas parlamentares do PSD, que decorrem esta quinta e sexta-feira no Porto, com um discurso ao ataque, em que disparou em todas as direções, fazendo um retrato arrasador do estado do país e da governação socialista. Desde a falência dos serviços públicos - da saúde à educação e transportes - à interrogação sobre "afinal, o que se passa no Montepio?", passando pela acusação de estar a decorrer um "autêntico assalto ao poder" com nomeações para organismos públicos, Negrão não deixou pedra sobre pedra.

No retrato que fez de um "governo dos pequeninos", perante pouco mais de seis dezenas de deputados (no total, o PSD tem 89), Negrão nem se esqueceu de referir a última remodelação governamental, e a questão de haver dois ministros casados e outros dois que são pai e filha, acusando António Costa de "meter na gaveta" a ética republicana.

Um "problema de ética"

Para Negrão, a última alteração feita no elenco governativo sobrepôs "os interesses meramente partidários aos interesses do país" mas, mais do que isso, significou "fechar cada vez mais o círculo das escolhas governamentais a critérios de consanguinidade ou de relações familiares". O dirigente social-democrata lamentou que o primeiro-ministro não perceba o problema ético colocado por esta opção, num Governo "cada vez mais enredado nas teias familiares", mas disse compreender o porquê desta atitude de Costa: "O problema é de ética republicana, algo que este PS também meteu na gaveta".

O "assalto ao poder" que este executivo está a promover, nomeando "militantes, amigos e afilhados", é, segundo Negrão, "um remake de outros governos socialistas de má memória" - se acha que a referência é aos tempos de Sócrates, acertou.

"Este governo não sabe negociar"

Num discurso muito focado no que classificou como os serviços públicos "à beira do colapso", Negrão considerou que "nem o otimismo balofo" do Governo consegue disfarçar a "realidade": "nunca o Portugal que temos esteve tão distante do Portugal que queremos".

Sem ter posto fim à austeridade, e sem conseguir a paz social que havia prometido, o Governo, diz Negrão, já mostrou que "não sabe negociar, não tem capacidade de diálogo".

"Isso, este governo já provou que não é hábil a fazer. Tem outras habilidades: como a de enganar, dissimular, esconder a realidade, desvalorizar as queixas e os números, fingir que resolve, anunciar como novidade o que já existe. Em suma, é muitíssimo hábil a atirar areia para os olhos dos portugueses."

A opção de ser "o melhor aluno da turma europeia"

Quanto à austeridade, já não é imposta, como no tempo de Passos, mas é "voluntária e dissimulada". "Porque o Governo de António Costa fez uma opção: (...) a de ser o melhor aluno da turma europeia e, por isso, recusou-se a negociar com Bruxelas, quando o podia e devia ter feito". Decorre dessa atitude, segundo o líder parlamentar do PSD, "a degradação dos serviços públicos, com a saúde e a segurança social à cabeça", mas também a má negociação do próximo pacote de fundos europeus.

Pela falta de ambição, visão e arrojo, Negrão apelidou o Executivo de "Governo dos pequeninos - dos objetivos pequeninos, das responsabilidades pequeninas, dos erros pequeninos, das medidas pequeninas e do crescimento pequenino."

"Afinal, o que se passa no Montepio?"

Até a questão do Montepio Geral, que foi um dos primeiros cavalos de batalha de Negrão desde que chegou a líder parlamentar, voltou ao discurso, por causa da "enorme nebulosa que envolve" a instituição.

"Afinal, o que se passa no Montepio? Que jogo de empurra de responsabilidades é este? Onde é que está o ministro Vieira da Silva, que tem a tutela da Associação Mutualista do Montepio?", questionou Negrão, que foi brevemente ministro da Segurança Social, em 2004, no Governo de Pedro Santana Lopes.

"Porquê tanto silêncio? Quem está a esconder o quê? Quem está a proteger quem?", insistiu Negrão, referindo "as alarmantes notícias que têm vindo a público" sobre o Montepio.

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