Órgão Oficial de Comunicação da Juventude Socialista

25-04-2019
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...Manuela Ferreira Leite volta a mentir aos portugueses agora ainda mais descaradamente.

25 de Junho - MFLeite “Nós vamos repudiar todas as receitas que o PS tem estado a adoptar para o país”.

Hoje - MFL políticas sociais: “Não há nenhuma medida anunciada por este Governo com a qual eu discorde.".

Muito coxo está o país com a confusão que vai na cabeça destas pessoas...

A OCDE considerou que Portugal é um caso "preocupante" para as "carreiras e vidas profissionais dos professores" por falta de um sistema de avaliação de desempenho dos docentes.

A conclusão faz parte do relatório TALIS (Teaching and Learning International Survey) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que fez um estudo comparativo das condições de trabalho e do ambiente de ensino e aprendizagem em escolas de 23 países, que decorreu entre Março e Maio de 2003 e Março e Maio de 2008.

Durante todo o ano, ouvimos as mais variadas vozes a defenderem e a elogiarem os professores, com uma enorme disponibilidade para os ouvirem. Com uma excepção: a época de exames.

Não é difícil de encontrar na blogosfera, em artigos de opinião, várias pessoas a acusar de facilitismo estes exames por motivos eleitorais.

Não deixa de ser curioso ler o que dizem e pensam os professores:

A Associação de Professores de Português (APP) considera que o exame nacional realizado hoje por mais de 70 mil alunos do 12º ano está de acordo com os conteúdos que devem ser avaliados nesta disciplina. E que a prova privilegia "acertadamente as competências de leitura literária e, em especial, de produção escrita".

Será que agora também vão ouvir os professores?

Perguntam no Blasfémias.

Vicent Kessler/Reuters Durão Barroso espera que empresas, universidades e centros de inovação portugueses tirem o maior partido do TGV Declarações do primeiro-ministro Projecto TGV irá estimular economia em até 1,7 por cento do PIB Por Lusa 12.01.2004 O primeiro-ministro afirmou hoje que os mais de dez mil milhões de euros a investir no projecto de ferrovia de alta velocidade, TGV, em Portugal vão estimular a economia em até 1,7 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).

Durão Barroso, que falava no Porto, indicou que o projecto permitirá gerar um valor acrescentado bruto de 14.500 milhões e que cerca de 90 por cento será da responsabilidade da indústria portuguesa.

Para o primeiro-ministro, o TGV deverá aumentar a quota de mercado do modo ferroviário dos actuais quatro para 26 por cento em 2025 e diminuir os custos ambientais de transportes em mais de dois mil milhões de euros.

De acordo com o chefe de Governo, os estudos efectuados apontam também para a criação, pelo projecto, de cerca de 90 mil novos postos de trabalho directos e indirectos.

Os mesmos estudos referem ainda a participação dos subsistemas mais ricos em inovação e tecnologia na ordem dos 30 a 40 por cento.

Segundo salientou, a futura rede ferroviária de alta velocidade ligará os principais aglomerados populacionais portugueses, onde se concentra 87 por cento do produto interno bruto (PIB) e onde habita mais de 80 por cento da população.

Trata-se por isso, frisou, de um "projecto estruturante para o país" que "moldará o perfil e a estrutura do país e de toda a Península Ibérica", alterando a ocupação do território, a proximidade entre regiões e a mobilidade de pessoas e bens e corrigindo as assimetrias entre litoral e interior.

"É por isso que a concretização de uma Rede de Alta Velocidade para Portugal foi tratada como um desígnio nacional para as próximas duas décadas", acrescentou.

Para Durão Barroso, o acordo alcançado com Espanha sobre o traçado do TGV foi "bom para os dois países", já que "permite ligações rápidas entre as principais cidades portuguesas e entre estas e as mais relevantes cidades espanholas".

Um traçado definido com a condicionante das decisões já tomadas em Espanha e sem consensos absolutos, admitiu, mas que é "o ideal" por que o que "melhor defende os interesses portugueses".

"Parece que havia quem quisesse fazer uma ligação por terra à Europa que não passasse por Espanha, mas não apresentaram soluções concretas nesse sentido", gracejou Barroso.

Destacando a importância da inclusão do projecto nos chamados projectos prioritários da União Europeia, o primeiro-ministro sublinhou a importância de Portugal acompanhar o ritmo dos principais parceiros europeus, que "têm já construída, em construção ou em projecto mais de 50 por cento da sua rede de Alta Velocidade".

"Uma nova rede interoperável e integrada na rede ibérica e europeia é uma das peças-chave para o fortalecimento da competitividade do país, assegurando uma melhor integração da nossa economia no espaço europeu", considerou.

Segundo acrescentou, dará ainda "um contributo determinante para a sustentabilidade ambiental do sistema de transportes, através da enorme redução dos custos ambientais, e para o combate à sinistralidade rodoviária".

De acordo com Durão Barroso, caberá agora às empresas portuguesas "saber tirar partido" do projecto de Alta Velocidade que, acredita, "terá elevada aptidão para estimular fortemente o tecido empresarial nacional, universidades e centros de investigação".

É que, defendeu, o projecto do TGV "será um incubador e indutor de projectos de excelência com possibilidade exportadora de conhecimento e serviços a nível europeu e mundial" e poderá ser o ponto de partida para "aventuras empresariais fora de portas".

Série inspirada por este post.

Elucidativo, votou a favor, mas era contra. Durante algum tempo, quando ouvia o Dr. Rangel, ficava sempre com uma dúvida: como é que tinha feito parte do Governo de Santana Lopes? Começa a perceber-se melhor e há uma coisa que fica claro: estamos perante alguém que vai longe. Não tenham dúvidas.

Tem piada ler o Insurgente. Onde já se conspira a vitória do PSD nas legislativas e o que fazer depois disso, vejam lá que, face ao actual estado do país, até já dizem que vão ter que criar descontentamento na população devido às reformas que vão ter que implementar e quem sabe aumentar os impostos. Ena, se calhar isto faz-me lembrar a situação em que o PS encontrou o país, depois de uma ruinosa administração PSD/PP, sendo precisamente essa a forma de actuação do Partido Socialista: pôr as contas em ordem e pôr em prática várias reformas. E, se bem se recordam, pensem lá quem é que se foi aproveitando de todas essas medidas para tirar proveito desse descontentamento?

O melhor ainda não chegou (agora na caixa dos comentários). Argumento contra a maioria absoluta de José Sócrates: não a pode pedir, tem é que respeitar a vontade do eleitorado. Argumento curioso, não fosse eu ler o que por lá escreve e que já chega a este ponto: se não obtiverem a maioria absoluta, têm que dramatizar e mandar o governo abaixo até a conseguirem. Contraditório? Não mais do que a postura de Rangel sobre o imposto europeu ou a lei do financiamento dos partidos... Pelo menos já sabemos o que esperar da direita portuguesa.

Continuando no Insurgente. É incrível como continuam a querer fazer entender que o PS domina a comunicação social. Acreditar que a TVI, o Público ou o Sol, por exemplo, são todos meios socialistas, só me leva a concluir que não devem viver no mesmo mundo que eu.

Esta conversa parece-me mais conversa de "mau pagador" do que outra coisa qualquer. Ainda nem lá chegaram, já estão a dar desculpas para uma possível saída. O único meio de comunicação que conheço ao PS, é o Acção Socialista. Está nos links, podem visitar.

PS: pensar em PSD e governo na mesma frase...a imagem que me vem à cabeça é má de mais.

Ontem vi Santana Lopes a representar o PSD no programa Prós & Contras. Hoje li uma notícia que ainda me deixou mais preocupado - Manuela Ferreira Leite já pensa em coligações com o CDS/PP de Paulo Portas para governar..

Preocupante, porque ainda me recordo no estado em que esta mesma coligação deixou o país quando saiu do governo. Preocupante porque lembro-me de Manuela Ferreira Leite enquanto ministra. Preocupante porque sei quais são as suas políticas de igualdade ou de juventude, ou melhor, a falta das mesmas. Preocupante, porque me recordo muito bem do respeito que estes senhores têm pela liberdade dos outros e pelos princípios democráticos, sendo o estado português ainda há bem pouco tempo condenado pela polémica proibição da entrada do barco do aborto em águas portuguesas, enfrentando pela frente vastos recursos da marinha portuguesa.

Destes momentos, recordo um mais marcante, da história de luta por ideais e de combate político, um grande momento da Juventude Socialista e do nosso camarada Pedro Nuno Santos:

Por isto e por muito mais, porque não quero viver num país a preto e branco de políticas do século XIX, espero que os portugueses ainda tenham memória viva.

...Segundo Paulo Rangel, o PSD «aceitou apenas isso em última instância, para garantir um consenso unânime, que achou que era uma coisa positiva, mas nunca foi a favor, pelo contrário, até foi contra isso».

Sobre o veto do PR à lei do financiamento dos partidos.

É como a criança que parte a loiça e quando o pai descobre rapidamente diz que quem partiu foi o amigo. Pior que isto, só a divergência doutrinária contra si próprio, sobre o imposto europeu.

As hostes vão animadas no sector laranja. Um bom momento para embandeirar em arco, os senhores da seriedade e muito desiludidos estão hoje nas sete quintas. Se os portugueses demonstraram vontade em mudar, certamente não foi para o PSD que manteve a percentagem de votos no seu número normal. Quem se pode gabar de ter crescido e ter ganho votos de protesto, esse é o caso do Bloco de Esquerda, o que não deve nenhum motivo de festejo para os lados dos "pro-liberais o PSD é que é"...

Os mesmos que acusam o PS de não ter aprendido, parece que não compreenderam a mensagem desta eleição. O PSD continua longe de ter percentagens de liderança de governo, se calhar porque os portugueses ainda não se esqueceram do que Manuela Ferreira Leite fez enquanto ministra.

Não fica nada bem também, acusar outros partidos de forjar sondagens, até porque se fosse o caso, as sondagens com certeza não iriam todas no mesmo sentido: Bloco de Esquerda 3ª força política e PSD com a percentagem de intenção de votos que se confirmou. Mas isto não lhes interessa, afinal é um escândalo dizer que pessoas que antes estavam ligadas ao PSD, estão envolvidas no caso BPN, mas acusar de forjar algo ou de utilização indevida de meios do estado, já é mais do que digno. É política à Manuela Ferreira Leite - não podem acusar de "roubalheira" no caso BPN, mas posso andar todos os dias a chamar mentiroso a José Sócrates.

As pessoas deram um sinal - de descontentamento em relação à situação de crise, mundial diga-se de passagem. A mensagem também foi clara - no PS tem de haver mais comunicação, melhor explicação daquilo que é feito e porque é feito, nomeadamente nas reformas.

O PSD ainda não o percebe. Ficou à frente, com algum mérito, mas não é um facto suficiente para tanto festejo. Devia antes preocupar-se com a esquerda do PS que cresce.

Afinal, que projecto ou ideias alternativas já apresentou o PSD ao país? Ontem, para representar o PSD, escolheu Santana Lopes. Que mensagem transmite essa escolha às pessoas? O PS tem um rumo, um projecto que tem apresentado resultados, isto apesar do descontentamento de alguns sectores.

Tem o PS a legitimidade dos votos que recebeu nas legislativas. Sim, não são os votos nas Europeias que legitimam o PSD a poder censurar um Governo ou aspirar a governar a partir de agora. As pequenas e médias empresas têm sido ajudadas e quando se fala em hipotecar as gerações futuras lembro-me de Manuela Ferreira Leite. Lembro-me de um negócio. Lembro-me de Citigroup. Diz alguma coisa?

PS: Sócrates não foi candidato a nada. Deu os parabéns, públicos, ao PSD. Esse fait divers revela a enorme necessidade de "por tudo e por nada" criticar o Secretário-Geral do Partido Socialista. Devo dizer que também é normal esta confusão, afinal da boca do PSD não ouvimos uma ideia ou projecto para a Europa - lembrem-se, estas foram as europeias, não as legislativas. O candidato era Vital Moreira.

... não será a lista de Paulo Rangel a lista fantasma? É que até agora admito que só o vi a fazer campanha. Os outros não terão também eles nada a dizer?

... se o trabalho do PSD é tão bom no parlamento europeu, porque razão apenas um dos candidatos repete a candidatura? Ou não deveriam estas eleições ser também um factor de avaliação do trabalho realizado?

...que andaram por lá a fazer os eurodeputados do PSD? Porque razão ou por que interesses mais altos saíram eles?

Desde logo, parece-me algo curioso um candidato ao Parlamento Europeu, assumidamente federalista, seja absolutamente contra um imposto federal. Não se trata de um aumento da carga fiscal, trata-se de dar à Europa os meio de que necessita para ajudar os Estados-Membros. Senão, de que forma poderia ser verdadeira a afirmação: Combater a crise com fundos europeus? Até aqui Rangel se contradiz. Pior do que isso, é ainda vir o PSD dizer que é impossível haver impostos europeus, quando o próprio PSD aprovou essa possibilidade no Parlamento Europeu.

Pronto. Aceitemos esta posição de Rangel sobre o imposto europeu. O que não pode acontecer é depois dar um entrevista, ao Jornal de Negócios, que o imposto não é necessariamente negativo e que até não estaria "fechado" a um. Depois do sim (parece que antes ainda houve um entrevista ao jornal Sol em que defendeu um imposto europeu, posição esquecida depois de tornada a posição de Vital Moreira), do não, do sim, com reticências, volta agora o NÃO!

Ao invés dos sound bytes, convinha que o sr. Dr. Paulo Rangel se preocupasse em ter um rumo, um projecto, uma ideia para a Europa. É inaceitável que se ande nesta confusão programática e populista. Faz-me lembrar a sua ideia para o sector da Saúde, à falta de uma orientação, o senhor defende...o modelo misto! É o nim, nem sim, nem não.

Mas nem só à direita as posições são curiosas...

Surpreende muito que a esquerda mais à esquerda venha agora aparentar espanto por se lançar esta discussão. Vejamos o que propõem os programas eleitorais apresentados em 2005:

Bloco de Esquerda: “Controlo dos movimentos de capitais, obrigando a registo das operações transfronteiriças, e aplicando um imposto sobre as operações cambiais (Taxa Tobin)”.

PCP: “penalização, por via fiscal ou outra, dos movimentos especulativos de capitais” e “o combate eficaz aos movimentos de capitais especulativos, nomeadamente pela sua tributação”.

Compare-se agora com o que o BE e o PCP disseram a propósito das declarações de Vital Moreira.

Perante isto, como se espera um debate sério de ideias? Paulo Rangel continua mais interessado em combater o Governo, em criticar os ministros. Ainda há bem pouco tempo li uma opinião curiosa: Rangel conseguiu cometer a proeza de num comício referir-se a todas as áreas de governação e nem uma palavra teve para as eleições Europeias. O CDS/PP, como se pode comprovar pelo seu site, nem programa ou manifesto para a Europa tem. À esquerda pouco há a dizer, na mesma medida do que o que têm a propor!

O “pelo interesse nacional assino por baixo”, já me incomodava o suficiente. A ideia de que, no combate político, se pode distinguir entre os depositários do “interesse nacional” e os outros, supõe-se que “traidores à Pátria”, sempre me pareceu pouco democrática. Mas quando, em novo cartaz, Paulo Rangel proclama a primazia das famílias portuguesas sobre as famílias políticas já sinto mais do que incómodo. Agora, sem equívocos, estamos mesmo perante proclamação anti-democrática pura e dura, a roçar o populismo nacionalista mais perigoso. É porque há diferentes perspectivas políticas sobre o melhor modo de defender os interesses das “famílias portuguesas” que, em democracia, há diferentes famílias políticas em lugar da (única) União Nacional. Chega!

Ao contrário de muita blogosfera, não vou fazer acusações do género: os dirigentes do PSD promovem a corrupção. É inegável que vários antigos dirigentes estiveram envolvidos directamente ou indirectamente no caso BPN. O PSD terá culpa? Não me parece que se possa culpabilizar directamente o PSD. Obviamente. Agora, como diz Vital Moreira, a imagem do "banco do PSD" está lá. Alguns esclarecimentos seriam importantes.

Deixaria aqui textos interessantes:

O que confere uma gravidade estrema ao caso BPN não é somente a dimensão da negociata, que ensombra a credibilidade interna e externa do nosso sistema financeiro, nem a extensão das perdas que vão ser registadas pelas instituições que têm crédito sobre o banco e pelos contribuintes portugueses.

Não se trata, porém, de um simples caso financeiro, dada a responsabilidade de ex-dirigentes partidários e de ex-membros do Governo do mesmo partido, o que o transforma numa questão política que mancha as instituições democráticas. Não está em causa obviamente responsabilizar o próprio PSD pelas vigarices vindas a público, mas sim de exigir que o partido condene politicamente e se demarque de uma situação que compromete o seu bom nome.

Manuela Ferreira Leite bem pode tentar desviar-se da questão, mas não vai poder fugir-lhe durante muito mais tempo. O caso do "banco do PSD" não vai morrer tão cedo.

por Vital Moreira

Associo-me já aqui à revolta de Manuela Ferreira Leite. Nem houve qualquer roubalheira no BPN, nem no caso estão envolvidas figuras gradas do PSD. Na realidade, houve apenas alguns incidentes numa instituição bancária onde, por acaso, quase todas os envolvidos tinham uma determinada orientação política. O que, bem vistas as coisas, é irrelevante, já que para lá foram pela sua indiscutível qualidade profissional e não graças às relações políticas que tinham mantido entre si.

por Daniel Oliveira

Ganhar com compra e venda de acções não é crime. O que tem de ser esclarecido é a ligação per se.

Bem sei que à participação em empresas não se segue responsabilidade na gestão. Afinal, os fundos de investimento em que investíamos incluíam imensas empresas e dificilmente nos poderiam responsabilizar por questões de gestão. Ainda assim, seria salutar que o Presidente da República prestasse algum esclarecimento. Afinal, ele não é um «gajo qualquer».

por Tiago Moreira Ramalho

Apresentado por Manuela Moura Guedes

(...)A deliberação divulgada hoje toma posição sobre um conjunto de queixas apresentadas contra aquele canal de televisão, em concreto contra o jornal televisivo semanal que Manuela Moura Guedes apresenta à sexta-feira.

Todas as queixas versam o tratamento dado ao Governo e, sobretudo, à figura do primeiro-ministro, José Sócrates(...)

Tenho também uma pergunta para Paulo Rangel, o cabeça de lista do PSD. Foi notícia ele ter suspendido o mandato em 2007 e 2008, durante meses (tendo continuado a trabalhar como jurista), mas ter voltado sempre na véspera das férias, para receber o ordenado quando o Parlamento estava parado. Evidentemente, isto é legal. Como o Jaguar, Sintra e Porto. Como era legal aquele deputado inglês fazer-se reembolsar pelo combate às doninhas no seu quintal... Mas legal não é suficiente. A pergunta que tenho para Rangel: "É correcto?"

...diria que não, não é correcto!

Problemas de quem tem telhados de vidro...

Foi o PS que propôs e aprovou o actual regimento de presenças em debates do Primeiro-Ministro. Nunca um Primeiro-Ministro, como José Sócrates, apareceu tanto no Parlamento. Cavaco, Durão Barroso ou Santana Lopes, não o fizeram certamente.

Até agora José Sócrates apareceu sempre com resultados bastantes positivos, ganhando os debates, contra os vários líderes de bancada do PSD, e comprovando que pouco ou nada tem a oposição a dizer ao país.

De facto, é compreensível a importância do Primeiro-Ministro, sentida por todos. A agenda apertada dificulta a sua comparência na A.R. durante uns tempos. O próximo debate já ficou acordado em conferência de líderes, agora não contava é que sentissem tanta falta do Sr.. Primeiro Ministro, logo agora. A não ser que queiram admitir que é de facto um prazer ouvi-lo, uma obrigação de aprender com o que ele diz, um exemplo a seguir com as suas políticas. Ou isso, ou porque querem desviar as atenções das eleições europeias mais uma vez para fait-divers, não dando a importância que tem a estas eleições.

Duas hipóteses, mas não se preocupem. Ele volta.

A Comissão Europeia negou hoje, em Bruxelas, ter chegado a conclusões sobre uma queixa recebida a propósito de eventuais irregularidades na aquisição dos computadores Magalhães.

ou

"Na sequência da imprensa do passado fim-de-semana tem sido reiteradamente afirmado por vários comentadores e em vários registos que eu reconheci ter invocado indevidamente os nomes do primeiro-ministro e do ministro da Justiça. É falso. Nao invoquei coisa nenhuma, nem reconheci coisa nenhuma"

De facto, em Portugal, continua a assistir-se cada vez mais a um novo fenómeno: a veia criativa e imaginativa do jornalismo. Que interesses suspeitos se andam a levantar...

«Repito o que já uma vez disse: se as pessoas soubessem como são feitas as “notícias” em Portugal, deixavam de ler os jornais a não ser como pura ficção.» por Pacheco Pereira.

Ouvi ontem Paulo Rangel criticar o Governo por este não apoiar os jovens do Ensino Superior, dizendo que o Governo não investia neste sector tão importante da sociedade portuguesa. Deixaria aqui outro contríbuto do sr. Ministro, membro do Secretariado Nacional do Partido Socialista, Pedro Silva Pereira:

"Todos gostaríamos, certamente, que o ensino superior público pudesse ser gratuito - mas infelizmente isso não é possível. De qualquer modo, recordo que o Governo anterior aumentou as propinas e este Governo limitou-se a proceder à sua actualização, ao nível da inflação. Seja como for, o que fizemos foi alargar em muito as condições de acesso à acção social escolar e é isso que permite apoiar o acesso de todos ao ensino superior. Por outro lado, criámos os empréstimos para os estudantes do superior, com garantias do Estado - e há milhares de jovens que já estão a beneficiar desse apoio do Estado para prosseguirem os seus estudos."

Sobre isto, Paulo Rangel nada disse, provando ter alguns esquecimentos particulares e bem selectivos. Contínua a política de verdade, ou como se diz: com a verdade me enganas!

O PSD, via Paulo Rangel, e a JSD fartam-se de criticar o TGV com um argumento que tem uma certa piada. As próximas gerações ficariam, segundo estes, "presas a este pesado investimento". É importante pensar numa coisa: são as gerações futuras que mais vão beneficiar deste investimento. Para além de ambientalmente sustentável, este importante investimento melhora a mobilidade e aproxima Portugal da Europa. Isto, sem nos esquecermos nos efeitos positivos que traz o investimento público à economia nacional. Por isso a JS adoptou o lema: Direito ao TGV!

Se a ligação a Madrid parece ser mais consensual, a do Porto-Lisboa tem sido a mais criticada. Deixaria aqui o contributo do sr. Ministro Pedro Silva Pereira:

"Quanto à ligação ao Porto, proponho que tenha em consideração três argumentos: primeiro, trata-se de um troço da ligação a Vigo, que é importante para as nossas empresas; segundo, desbloqueia o transporte de mercadorias, hoje saturado na linha tradicional Lisboa-Porto, onde é prejudicado pela articulação com o transporte de passageiros em linha única; terceiro, é rotundamente falso que se trate de uma redução de apenas 15 minutos: o ganho é de uma hora e meia! (de 2 horas e 45, hoje "gastas" na melhor ligação ferroviária, para apenas 1 hora e 15). Quem ganha, e muito, são as empresas que a preocupam. E boa parte do investimento é com fundos comunitários, que não podem ter outros destinos."

Esclarecido? Hoje, como há 5 anos quando Manuela Ferreira Leite estava no Governo e assinava um acordo internacional com Espanha, para cinco linhas, o TGV é uma prioridade. Para uma política de verdade, é importante não se esquecer dos acordos que estabelece, até porque isso prejudica a credibilidade portuguesa no estrangeiro.

Nova forma de ataque ao Governo? O Magalhães causa miopia!

Escândalo...faz o mesmo do que qualquer televisão, gameboy, portátil, consolas de jogos. etc. É caso para dizer: e a tua miopia política?

Enquanto Manuela Ferreira Leite fala sobre falta de democracia e o medo reinante em Portugal, saem notícias como esta:

Portugal entre os países mais democráticos do mundo

Só pode ser de propósito. Virem logo desmentir a dona absoluta da verdade. Será que, já que não consegue dizer nada que não seja verdade, a senhora vem pedir desculpas? Vou esperar pelo índice de situacionismo.

Ferreira Leite denuncia “intolerável clima de medo” e fala de uma “democracia doente”

Em 21 de Outubro de 1929, Salazar recebia uma manifestação dos municípios e insistia nos slogans de política de verdade, política de sacrifício, política nacional.

Manuela Ferreira Leite já disse que queria suspender a democracia por 6 meses, agora é mais modesta: quer só suspender o governo. Quanto à falta de postura de estado, não sei se a senhora se refere à sua mudança de opinião em relação ao TGV se das tristes figuras com ofensas pessoais que se ouvem da sua bancada parlamentar. Não sendo nada disto, pode sempre estar a referir-se à triste campanha para as eleições europeias, onde sobre a Europa do PSD nada se ouve, a não ser a promessa de medidas que já existem.

Uma coisa não entendo: acusa o PS de querer amordaçar o combate político, não se podendo discutir assuntos nacionais. Agora acusa ministros de um Governo PS de abrirem a boca sobre as eleições europeias. Contradições a que já estamos habituados, não sabendo nós que se não existe dinheiro no país, é pura coincidência o PSD ser o partido que mais vai gastar nesta campanha.

Isto de acusar o Governo de se confundir com o PS, faz-me rir. Sobre confusões, gostaria ainda de aconselhar um artigo. Não querendo insinuar nada.

Mais uma vez, política de verdade na sua versão instrumental. Recordaria aqui uma frase:

“O PSD é mais uma imensa nota de rodapé na história e uma triste imagem do que poderia ter sido”

...Manuela Ferreira Leite volta a mentir aos portugueses agora ainda mais descaradamente.

25 de Junho - MFLeite “Nós vamos repudiar todas as receitas que o PS tem estado a adoptar para o país”.

Hoje - MFL políticas sociais: “Não há nenhuma medida anunciada por este Governo com a qual eu discorde.".

Muito coxo está o país com a confusão que vai na cabeça destas pessoas...

A OCDE considerou que Portugal é um caso "preocupante" para as "carreiras e vidas profissionais dos professores" por falta de um sistema de avaliação de desempenho dos docentes.

A conclusão faz parte do relatório TALIS (Teaching and Learning International Survey) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que fez um estudo comparativo das condições de trabalho e do ambiente de ensino e aprendizagem em escolas de 23 países, que decorreu entre Março e Maio de 2003 e Março e Maio de 2008.

Durante todo o ano, ouvimos as mais variadas vozes a defenderem e a elogiarem os professores, com uma enorme disponibilidade para os ouvirem. Com uma excepção: a época de exames.

Não é difícil de encontrar na blogosfera, em artigos de opinião, várias pessoas a acusar de facilitismo estes exames por motivos eleitorais.

Não deixa de ser curioso ler o que dizem e pensam os professores:

A Associação de Professores de Português (APP) considera que o exame nacional realizado hoje por mais de 70 mil alunos do 12º ano está de acordo com os conteúdos que devem ser avaliados nesta disciplina. E que a prova privilegia "acertadamente as competências de leitura literária e, em especial, de produção escrita".

Será que agora também vão ouvir os professores?

Perguntam no Blasfémias.

Vicent Kessler/Reuters Durão Barroso espera que empresas, universidades e centros de inovação portugueses tirem o maior partido do TGV Declarações do primeiro-ministro Projecto TGV irá estimular economia em até 1,7 por cento do PIB Por Lusa 12.01.2004 O primeiro-ministro afirmou hoje que os mais de dez mil milhões de euros a investir no projecto de ferrovia de alta velocidade, TGV, em Portugal vão estimular a economia em até 1,7 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).

Durão Barroso, que falava no Porto, indicou que o projecto permitirá gerar um valor acrescentado bruto de 14.500 milhões e que cerca de 90 por cento será da responsabilidade da indústria portuguesa.

Para o primeiro-ministro, o TGV deverá aumentar a quota de mercado do modo ferroviário dos actuais quatro para 26 por cento em 2025 e diminuir os custos ambientais de transportes em mais de dois mil milhões de euros.

De acordo com o chefe de Governo, os estudos efectuados apontam também para a criação, pelo projecto, de cerca de 90 mil novos postos de trabalho directos e indirectos.

Os mesmos estudos referem ainda a participação dos subsistemas mais ricos em inovação e tecnologia na ordem dos 30 a 40 por cento.

Segundo salientou, a futura rede ferroviária de alta velocidade ligará os principais aglomerados populacionais portugueses, onde se concentra 87 por cento do produto interno bruto (PIB) e onde habita mais de 80 por cento da população.

Trata-se por isso, frisou, de um "projecto estruturante para o país" que "moldará o perfil e a estrutura do país e de toda a Península Ibérica", alterando a ocupação do território, a proximidade entre regiões e a mobilidade de pessoas e bens e corrigindo as assimetrias entre litoral e interior.

"É por isso que a concretização de uma Rede de Alta Velocidade para Portugal foi tratada como um desígnio nacional para as próximas duas décadas", acrescentou.

Para Durão Barroso, o acordo alcançado com Espanha sobre o traçado do TGV foi "bom para os dois países", já que "permite ligações rápidas entre as principais cidades portuguesas e entre estas e as mais relevantes cidades espanholas".

Um traçado definido com a condicionante das decisões já tomadas em Espanha e sem consensos absolutos, admitiu, mas que é "o ideal" por que o que "melhor defende os interesses portugueses".

"Parece que havia quem quisesse fazer uma ligação por terra à Europa que não passasse por Espanha, mas não apresentaram soluções concretas nesse sentido", gracejou Barroso.

Destacando a importância da inclusão do projecto nos chamados projectos prioritários da União Europeia, o primeiro-ministro sublinhou a importância de Portugal acompanhar o ritmo dos principais parceiros europeus, que "têm já construída, em construção ou em projecto mais de 50 por cento da sua rede de Alta Velocidade".

"Uma nova rede interoperável e integrada na rede ibérica e europeia é uma das peças-chave para o fortalecimento da competitividade do país, assegurando uma melhor integração da nossa economia no espaço europeu", considerou.

Segundo acrescentou, dará ainda "um contributo determinante para a sustentabilidade ambiental do sistema de transportes, através da enorme redução dos custos ambientais, e para o combate à sinistralidade rodoviária".

De acordo com Durão Barroso, caberá agora às empresas portuguesas "saber tirar partido" do projecto de Alta Velocidade que, acredita, "terá elevada aptidão para estimular fortemente o tecido empresarial nacional, universidades e centros de investigação".

É que, defendeu, o projecto do TGV "será um incubador e indutor de projectos de excelência com possibilidade exportadora de conhecimento e serviços a nível europeu e mundial" e poderá ser o ponto de partida para "aventuras empresariais fora de portas".

Série inspirada por este post.

Elucidativo, votou a favor, mas era contra. Durante algum tempo, quando ouvia o Dr. Rangel, ficava sempre com uma dúvida: como é que tinha feito parte do Governo de Santana Lopes? Começa a perceber-se melhor e há uma coisa que fica claro: estamos perante alguém que vai longe. Não tenham dúvidas.

Tem piada ler o Insurgente. Onde já se conspira a vitória do PSD nas legislativas e o que fazer depois disso, vejam lá que, face ao actual estado do país, até já dizem que vão ter que criar descontentamento na população devido às reformas que vão ter que implementar e quem sabe aumentar os impostos. Ena, se calhar isto faz-me lembrar a situação em que o PS encontrou o país, depois de uma ruinosa administração PSD/PP, sendo precisamente essa a forma de actuação do Partido Socialista: pôr as contas em ordem e pôr em prática várias reformas. E, se bem se recordam, pensem lá quem é que se foi aproveitando de todas essas medidas para tirar proveito desse descontentamento?

O melhor ainda não chegou (agora na caixa dos comentários). Argumento contra a maioria absoluta de José Sócrates: não a pode pedir, tem é que respeitar a vontade do eleitorado. Argumento curioso, não fosse eu ler o que por lá escreve e que já chega a este ponto: se não obtiverem a maioria absoluta, têm que dramatizar e mandar o governo abaixo até a conseguirem. Contraditório? Não mais do que a postura de Rangel sobre o imposto europeu ou a lei do financiamento dos partidos... Pelo menos já sabemos o que esperar da direita portuguesa.

Continuando no Insurgente. É incrível como continuam a querer fazer entender que o PS domina a comunicação social. Acreditar que a TVI, o Público ou o Sol, por exemplo, são todos meios socialistas, só me leva a concluir que não devem viver no mesmo mundo que eu.

Esta conversa parece-me mais conversa de "mau pagador" do que outra coisa qualquer. Ainda nem lá chegaram, já estão a dar desculpas para uma possível saída. O único meio de comunicação que conheço ao PS, é o Acção Socialista. Está nos links, podem visitar.

PS: pensar em PSD e governo na mesma frase...a imagem que me vem à cabeça é má de mais.

Ontem vi Santana Lopes a representar o PSD no programa Prós & Contras. Hoje li uma notícia que ainda me deixou mais preocupado - Manuela Ferreira Leite já pensa em coligações com o CDS/PP de Paulo Portas para governar..

Preocupante, porque ainda me recordo no estado em que esta mesma coligação deixou o país quando saiu do governo. Preocupante porque lembro-me de Manuela Ferreira Leite enquanto ministra. Preocupante porque sei quais são as suas políticas de igualdade ou de juventude, ou melhor, a falta das mesmas. Preocupante, porque me recordo muito bem do respeito que estes senhores têm pela liberdade dos outros e pelos princípios democráticos, sendo o estado português ainda há bem pouco tempo condenado pela polémica proibição da entrada do barco do aborto em águas portuguesas, enfrentando pela frente vastos recursos da marinha portuguesa.

Destes momentos, recordo um mais marcante, da história de luta por ideais e de combate político, um grande momento da Juventude Socialista e do nosso camarada Pedro Nuno Santos:

Por isto e por muito mais, porque não quero viver num país a preto e branco de políticas do século XIX, espero que os portugueses ainda tenham memória viva.

...Segundo Paulo Rangel, o PSD «aceitou apenas isso em última instância, para garantir um consenso unânime, que achou que era uma coisa positiva, mas nunca foi a favor, pelo contrário, até foi contra isso».

Sobre o veto do PR à lei do financiamento dos partidos.

É como a criança que parte a loiça e quando o pai descobre rapidamente diz que quem partiu foi o amigo. Pior que isto, só a divergência doutrinária contra si próprio, sobre o imposto europeu.

As hostes vão animadas no sector laranja. Um bom momento para embandeirar em arco, os senhores da seriedade e muito desiludidos estão hoje nas sete quintas. Se os portugueses demonstraram vontade em mudar, certamente não foi para o PSD que manteve a percentagem de votos no seu número normal. Quem se pode gabar de ter crescido e ter ganho votos de protesto, esse é o caso do Bloco de Esquerda, o que não deve nenhum motivo de festejo para os lados dos "pro-liberais o PSD é que é"...

Os mesmos que acusam o PS de não ter aprendido, parece que não compreenderam a mensagem desta eleição. O PSD continua longe de ter percentagens de liderança de governo, se calhar porque os portugueses ainda não se esqueceram do que Manuela Ferreira Leite fez enquanto ministra.

Não fica nada bem também, acusar outros partidos de forjar sondagens, até porque se fosse o caso, as sondagens com certeza não iriam todas no mesmo sentido: Bloco de Esquerda 3ª força política e PSD com a percentagem de intenção de votos que se confirmou. Mas isto não lhes interessa, afinal é um escândalo dizer que pessoas que antes estavam ligadas ao PSD, estão envolvidas no caso BPN, mas acusar de forjar algo ou de utilização indevida de meios do estado, já é mais do que digno. É política à Manuela Ferreira Leite - não podem acusar de "roubalheira" no caso BPN, mas posso andar todos os dias a chamar mentiroso a José Sócrates.

As pessoas deram um sinal - de descontentamento em relação à situação de crise, mundial diga-se de passagem. A mensagem também foi clara - no PS tem de haver mais comunicação, melhor explicação daquilo que é feito e porque é feito, nomeadamente nas reformas.

O PSD ainda não o percebe. Ficou à frente, com algum mérito, mas não é um facto suficiente para tanto festejo. Devia antes preocupar-se com a esquerda do PS que cresce.

Afinal, que projecto ou ideias alternativas já apresentou o PSD ao país? Ontem, para representar o PSD, escolheu Santana Lopes. Que mensagem transmite essa escolha às pessoas? O PS tem um rumo, um projecto que tem apresentado resultados, isto apesar do descontentamento de alguns sectores.

Tem o PS a legitimidade dos votos que recebeu nas legislativas. Sim, não são os votos nas Europeias que legitimam o PSD a poder censurar um Governo ou aspirar a governar a partir de agora. As pequenas e médias empresas têm sido ajudadas e quando se fala em hipotecar as gerações futuras lembro-me de Manuela Ferreira Leite. Lembro-me de um negócio. Lembro-me de Citigroup. Diz alguma coisa?

PS: Sócrates não foi candidato a nada. Deu os parabéns, públicos, ao PSD. Esse fait divers revela a enorme necessidade de "por tudo e por nada" criticar o Secretário-Geral do Partido Socialista. Devo dizer que também é normal esta confusão, afinal da boca do PSD não ouvimos uma ideia ou projecto para a Europa - lembrem-se, estas foram as europeias, não as legislativas. O candidato era Vital Moreira.

... não será a lista de Paulo Rangel a lista fantasma? É que até agora admito que só o vi a fazer campanha. Os outros não terão também eles nada a dizer?

... se o trabalho do PSD é tão bom no parlamento europeu, porque razão apenas um dos candidatos repete a candidatura? Ou não deveriam estas eleições ser também um factor de avaliação do trabalho realizado?

...que andaram por lá a fazer os eurodeputados do PSD? Porque razão ou por que interesses mais altos saíram eles?

Desde logo, parece-me algo curioso um candidato ao Parlamento Europeu, assumidamente federalista, seja absolutamente contra um imposto federal. Não se trata de um aumento da carga fiscal, trata-se de dar à Europa os meio de que necessita para ajudar os Estados-Membros. Senão, de que forma poderia ser verdadeira a afirmação: Combater a crise com fundos europeus? Até aqui Rangel se contradiz. Pior do que isso, é ainda vir o PSD dizer que é impossível haver impostos europeus, quando o próprio PSD aprovou essa possibilidade no Parlamento Europeu.

Pronto. Aceitemos esta posição de Rangel sobre o imposto europeu. O que não pode acontecer é depois dar um entrevista, ao Jornal de Negócios, que o imposto não é necessariamente negativo e que até não estaria "fechado" a um. Depois do sim (parece que antes ainda houve um entrevista ao jornal Sol em que defendeu um imposto europeu, posição esquecida depois de tornada a posição de Vital Moreira), do não, do sim, com reticências, volta agora o NÃO!

Ao invés dos sound bytes, convinha que o sr. Dr. Paulo Rangel se preocupasse em ter um rumo, um projecto, uma ideia para a Europa. É inaceitável que se ande nesta confusão programática e populista. Faz-me lembrar a sua ideia para o sector da Saúde, à falta de uma orientação, o senhor defende...o modelo misto! É o nim, nem sim, nem não.

Mas nem só à direita as posições são curiosas...

Surpreende muito que a esquerda mais à esquerda venha agora aparentar espanto por se lançar esta discussão. Vejamos o que propõem os programas eleitorais apresentados em 2005:

Bloco de Esquerda: “Controlo dos movimentos de capitais, obrigando a registo das operações transfronteiriças, e aplicando um imposto sobre as operações cambiais (Taxa Tobin)”.

PCP: “penalização, por via fiscal ou outra, dos movimentos especulativos de capitais” e “o combate eficaz aos movimentos de capitais especulativos, nomeadamente pela sua tributação”.

Compare-se agora com o que o BE e o PCP disseram a propósito das declarações de Vital Moreira.

Perante isto, como se espera um debate sério de ideias? Paulo Rangel continua mais interessado em combater o Governo, em criticar os ministros. Ainda há bem pouco tempo li uma opinião curiosa: Rangel conseguiu cometer a proeza de num comício referir-se a todas as áreas de governação e nem uma palavra teve para as eleições Europeias. O CDS/PP, como se pode comprovar pelo seu site, nem programa ou manifesto para a Europa tem. À esquerda pouco há a dizer, na mesma medida do que o que têm a propor!

O “pelo interesse nacional assino por baixo”, já me incomodava o suficiente. A ideia de que, no combate político, se pode distinguir entre os depositários do “interesse nacional” e os outros, supõe-se que “traidores à Pátria”, sempre me pareceu pouco democrática. Mas quando, em novo cartaz, Paulo Rangel proclama a primazia das famílias portuguesas sobre as famílias políticas já sinto mais do que incómodo. Agora, sem equívocos, estamos mesmo perante proclamação anti-democrática pura e dura, a roçar o populismo nacionalista mais perigoso. É porque há diferentes perspectivas políticas sobre o melhor modo de defender os interesses das “famílias portuguesas” que, em democracia, há diferentes famílias políticas em lugar da (única) União Nacional. Chega!

Ao contrário de muita blogosfera, não vou fazer acusações do género: os dirigentes do PSD promovem a corrupção. É inegável que vários antigos dirigentes estiveram envolvidos directamente ou indirectamente no caso BPN. O PSD terá culpa? Não me parece que se possa culpabilizar directamente o PSD. Obviamente. Agora, como diz Vital Moreira, a imagem do "banco do PSD" está lá. Alguns esclarecimentos seriam importantes.

Deixaria aqui textos interessantes:

O que confere uma gravidade estrema ao caso BPN não é somente a dimensão da negociata, que ensombra a credibilidade interna e externa do nosso sistema financeiro, nem a extensão das perdas que vão ser registadas pelas instituições que têm crédito sobre o banco e pelos contribuintes portugueses.

Não se trata, porém, de um simples caso financeiro, dada a responsabilidade de ex-dirigentes partidários e de ex-membros do Governo do mesmo partido, o que o transforma numa questão política que mancha as instituições democráticas. Não está em causa obviamente responsabilizar o próprio PSD pelas vigarices vindas a público, mas sim de exigir que o partido condene politicamente e se demarque de uma situação que compromete o seu bom nome.

Manuela Ferreira Leite bem pode tentar desviar-se da questão, mas não vai poder fugir-lhe durante muito mais tempo. O caso do "banco do PSD" não vai morrer tão cedo.

por Vital Moreira

Associo-me já aqui à revolta de Manuela Ferreira Leite. Nem houve qualquer roubalheira no BPN, nem no caso estão envolvidas figuras gradas do PSD. Na realidade, houve apenas alguns incidentes numa instituição bancária onde, por acaso, quase todas os envolvidos tinham uma determinada orientação política. O que, bem vistas as coisas, é irrelevante, já que para lá foram pela sua indiscutível qualidade profissional e não graças às relações políticas que tinham mantido entre si.

por Daniel Oliveira

Ganhar com compra e venda de acções não é crime. O que tem de ser esclarecido é a ligação per se.

Bem sei que à participação em empresas não se segue responsabilidade na gestão. Afinal, os fundos de investimento em que investíamos incluíam imensas empresas e dificilmente nos poderiam responsabilizar por questões de gestão. Ainda assim, seria salutar que o Presidente da República prestasse algum esclarecimento. Afinal, ele não é um «gajo qualquer».

por Tiago Moreira Ramalho

Apresentado por Manuela Moura Guedes

(...)A deliberação divulgada hoje toma posição sobre um conjunto de queixas apresentadas contra aquele canal de televisão, em concreto contra o jornal televisivo semanal que Manuela Moura Guedes apresenta à sexta-feira.

Todas as queixas versam o tratamento dado ao Governo e, sobretudo, à figura do primeiro-ministro, José Sócrates(...)

Tenho também uma pergunta para Paulo Rangel, o cabeça de lista do PSD. Foi notícia ele ter suspendido o mandato em 2007 e 2008, durante meses (tendo continuado a trabalhar como jurista), mas ter voltado sempre na véspera das férias, para receber o ordenado quando o Parlamento estava parado. Evidentemente, isto é legal. Como o Jaguar, Sintra e Porto. Como era legal aquele deputado inglês fazer-se reembolsar pelo combate às doninhas no seu quintal... Mas legal não é suficiente. A pergunta que tenho para Rangel: "É correcto?"

...diria que não, não é correcto!

Problemas de quem tem telhados de vidro...

Foi o PS que propôs e aprovou o actual regimento de presenças em debates do Primeiro-Ministro. Nunca um Primeiro-Ministro, como José Sócrates, apareceu tanto no Parlamento. Cavaco, Durão Barroso ou Santana Lopes, não o fizeram certamente.

Até agora José Sócrates apareceu sempre com resultados bastantes positivos, ganhando os debates, contra os vários líderes de bancada do PSD, e comprovando que pouco ou nada tem a oposição a dizer ao país.

De facto, é compreensível a importância do Primeiro-Ministro, sentida por todos. A agenda apertada dificulta a sua comparência na A.R. durante uns tempos. O próximo debate já ficou acordado em conferência de líderes, agora não contava é que sentissem tanta falta do Sr.. Primeiro Ministro, logo agora. A não ser que queiram admitir que é de facto um prazer ouvi-lo, uma obrigação de aprender com o que ele diz, um exemplo a seguir com as suas políticas. Ou isso, ou porque querem desviar as atenções das eleições europeias mais uma vez para fait-divers, não dando a importância que tem a estas eleições.

Duas hipóteses, mas não se preocupem. Ele volta.

A Comissão Europeia negou hoje, em Bruxelas, ter chegado a conclusões sobre uma queixa recebida a propósito de eventuais irregularidades na aquisição dos computadores Magalhães.

ou

"Na sequência da imprensa do passado fim-de-semana tem sido reiteradamente afirmado por vários comentadores e em vários registos que eu reconheci ter invocado indevidamente os nomes do primeiro-ministro e do ministro da Justiça. É falso. Nao invoquei coisa nenhuma, nem reconheci coisa nenhuma"

De facto, em Portugal, continua a assistir-se cada vez mais a um novo fenómeno: a veia criativa e imaginativa do jornalismo. Que interesses suspeitos se andam a levantar...

«Repito o que já uma vez disse: se as pessoas soubessem como são feitas as “notícias” em Portugal, deixavam de ler os jornais a não ser como pura ficção.» por Pacheco Pereira.

Ouvi ontem Paulo Rangel criticar o Governo por este não apoiar os jovens do Ensino Superior, dizendo que o Governo não investia neste sector tão importante da sociedade portuguesa. Deixaria aqui outro contríbuto do sr. Ministro, membro do Secretariado Nacional do Partido Socialista, Pedro Silva Pereira:

"Todos gostaríamos, certamente, que o ensino superior público pudesse ser gratuito - mas infelizmente isso não é possível. De qualquer modo, recordo que o Governo anterior aumentou as propinas e este Governo limitou-se a proceder à sua actualização, ao nível da inflação. Seja como for, o que fizemos foi alargar em muito as condições de acesso à acção social escolar e é isso que permite apoiar o acesso de todos ao ensino superior. Por outro lado, criámos os empréstimos para os estudantes do superior, com garantias do Estado - e há milhares de jovens que já estão a beneficiar desse apoio do Estado para prosseguirem os seus estudos."

Sobre isto, Paulo Rangel nada disse, provando ter alguns esquecimentos particulares e bem selectivos. Contínua a política de verdade, ou como se diz: com a verdade me enganas!

O PSD, via Paulo Rangel, e a JSD fartam-se de criticar o TGV com um argumento que tem uma certa piada. As próximas gerações ficariam, segundo estes, "presas a este pesado investimento". É importante pensar numa coisa: são as gerações futuras que mais vão beneficiar deste investimento. Para além de ambientalmente sustentável, este importante investimento melhora a mobilidade e aproxima Portugal da Europa. Isto, sem nos esquecermos nos efeitos positivos que traz o investimento público à economia nacional. Por isso a JS adoptou o lema: Direito ao TGV!

Se a ligação a Madrid parece ser mais consensual, a do Porto-Lisboa tem sido a mais criticada. Deixaria aqui o contributo do sr. Ministro Pedro Silva Pereira:

"Quanto à ligação ao Porto, proponho que tenha em consideração três argumentos: primeiro, trata-se de um troço da ligação a Vigo, que é importante para as nossas empresas; segundo, desbloqueia o transporte de mercadorias, hoje saturado na linha tradicional Lisboa-Porto, onde é prejudicado pela articulação com o transporte de passageiros em linha única; terceiro, é rotundamente falso que se trate de uma redução de apenas 15 minutos: o ganho é de uma hora e meia! (de 2 horas e 45, hoje "gastas" na melhor ligação ferroviária, para apenas 1 hora e 15). Quem ganha, e muito, são as empresas que a preocupam. E boa parte do investimento é com fundos comunitários, que não podem ter outros destinos."

Esclarecido? Hoje, como há 5 anos quando Manuela Ferreira Leite estava no Governo e assinava um acordo internacional com Espanha, para cinco linhas, o TGV é uma prioridade. Para uma política de verdade, é importante não se esquecer dos acordos que estabelece, até porque isso prejudica a credibilidade portuguesa no estrangeiro.

Nova forma de ataque ao Governo? O Magalhães causa miopia!

Escândalo...faz o mesmo do que qualquer televisão, gameboy, portátil, consolas de jogos. etc. É caso para dizer: e a tua miopia política?

Enquanto Manuela Ferreira Leite fala sobre falta de democracia e o medo reinante em Portugal, saem notícias como esta:

Portugal entre os países mais democráticos do mundo

Só pode ser de propósito. Virem logo desmentir a dona absoluta da verdade. Será que, já que não consegue dizer nada que não seja verdade, a senhora vem pedir desculpas? Vou esperar pelo índice de situacionismo.

Ferreira Leite denuncia “intolerável clima de medo” e fala de uma “democracia doente”

Em 21 de Outubro de 1929, Salazar recebia uma manifestação dos municípios e insistia nos slogans de política de verdade, política de sacrifício, política nacional.

Manuela Ferreira Leite já disse que queria suspender a democracia por 6 meses, agora é mais modesta: quer só suspender o governo. Quanto à falta de postura de estado, não sei se a senhora se refere à sua mudança de opinião em relação ao TGV se das tristes figuras com ofensas pessoais que se ouvem da sua bancada parlamentar. Não sendo nada disto, pode sempre estar a referir-se à triste campanha para as eleições europeias, onde sobre a Europa do PSD nada se ouve, a não ser a promessa de medidas que já existem.

Uma coisa não entendo: acusa o PS de querer amordaçar o combate político, não se podendo discutir assuntos nacionais. Agora acusa ministros de um Governo PS de abrirem a boca sobre as eleições europeias. Contradições a que já estamos habituados, não sabendo nós que se não existe dinheiro no país, é pura coincidência o PSD ser o partido que mais vai gastar nesta campanha.

Isto de acusar o Governo de se confundir com o PS, faz-me rir. Sobre confusões, gostaria ainda de aconselhar um artigo. Não querendo insinuar nada.

Mais uma vez, política de verdade na sua versão instrumental. Recordaria aqui uma frase:

“O PSD é mais uma imensa nota de rodapé na história e uma triste imagem do que poderia ter sido”

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