BE insiste numa “solução alargada” de esquerda para o Governo

14-10-2019
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Os alvos preferenciais da líder do BE, Catarina Martins, foram dois: António Costa e Cavaco Silva. No final da reunião da comissão política do BE, que nesta segunda-feira se reuniu para debater os resultados eleitorais e as suas consequências, Catarina Martins reiterou a “disponibilidade” dos bloquistas para “conversar sobre uma solução de Governo” alternativa à direita.

No campo partidário, o destinatário da mensagem é António Costa, que na noite eleitoral “teve uma declaração no mínimo ambígua”, segundo Catarina Martins, que acrescenta: “Esperamos que toda a gente esteja à altura das responsabilidades”. Depois, depressa se percebe que o recado é apenas para Costa. “Temos a certeza que a CDU também estará presente e não faltará à chamada” para se tentar formar um Executivo de esquerda, afirmou a líder do Bloco, que destacou a existência de “posições coincidentes” entre os dois partidos.

Foram diversos os recados para o PS – que nesta terça-feira reúne a sua comissão política - feitos por Catarina Martins na conferência de imprensa do BE, realizada no fim dos trabalhos da Comissão Política. “Este é o momento em que o país espera mais dos partidos do que tacticismos”, afirmou.

Direita perdeu 700 mil votos

Na interpretação que o Bloco faz dos resultados eleitorais, “PSD e CDS perderam 700 mil votos” no domingo. O BE é hoje “a terceira força política portuguesa”, disse Catarina Martins, lembrando que Paulo Portas reivindicara ontem esse lugar para o CDS: “Está enganado”, disse.

Ao mesmo tempo, “três milhões de eleitores decidiram votar contra a direita. A maioria votou nas forças políticas que se opõem à austeridade”, afirmou a porta-voz nacional do BE.

Por isso, acrescentou Catarina Martins, “será trágico que as forças que se bateram contra a direita não estejam à altura das suas responsabilidades”, repetiu Catarina Martins.

A líder do Bloco lembrou que no debate televisivo com António Costa colocou três condições ao líder do PS para o BE poder viabilizar um Governo. Esse caderno de encargos passa pelo abandono, por parte dos socialistas, de três das suas propostas: congelamento das pensões, baixa da TSU das empresas e criação da figura do despedimento conciliatório.

Caso o PS aceite, e até agora não deu qualquer respostas, Catarina Martins diz que isso seria “o início de uma conversa de que o país precisa para novas soluções”. Mais tarde, afirmou: “É possível criar uma solução de Governo (alternativa à direita) com estabilidade”.

Em pelo menos dois momentos, a líder do BE mostrou claramente a convicção de que a CDU também viabilizará esse entendimento.

Cavaco sem margem de manobra

Se PS, BE e CDU estiverem de acordo, o Presidente da República ficará de mãos atadas, segundo Catarina Martins. “Se houver uma solução estável no Parlamento, alternativa à direita, Cavaco Silva não tem condições políticas para a rejeitar”, disse.

Um novo Executivo de PSD e CDS, agora minoritário, é que não pode ser: "Não vamos criar maiorias artificiais onde elas não existem", afirmou.

Questionada se a viabilização de um Governo do PS implicaria a entrada do BE nesse Executivo, Catarina Martins disse ser prematuro discutir tal questão e acabou mesmo por relativizá-la, quando afirmou, numa declaração que mais parece uma garantia: “O PS não deixará de ter condições na Assembleia da República para fazer um Governo que rompa com a austeridade”.

A líder do Bloco insistiu muito na ideia que PS, BE e CDU têm condições para formar Governo pois receberam um mandato popular para isso: “As forças que têm hoje mais de 50% dos deputados possuem uma legitimidade democrática para romper com a austeridade.

Numa declaração pública com um “timing” evidente – amanhã, terça-feira, além de reunir a comissão política do PS, Cavaco Silva receberá Pedro Passos Coelho ao final da tarde -, Catarina Martins deixou um recado às instituições europeias. “Não aceitamos as declarações de Jean-Claude Juncker de que a maioria dos portugueses votou nos partidos que defendem a austeridade”.

Os alvos preferenciais da líder do BE, Catarina Martins, foram dois: António Costa e Cavaco Silva. No final da reunião da comissão política do BE, que nesta segunda-feira se reuniu para debater os resultados eleitorais e as suas consequências, Catarina Martins reiterou a “disponibilidade” dos bloquistas para “conversar sobre uma solução de Governo” alternativa à direita.

No campo partidário, o destinatário da mensagem é António Costa, que na noite eleitoral “teve uma declaração no mínimo ambígua”, segundo Catarina Martins, que acrescenta: “Esperamos que toda a gente esteja à altura das responsabilidades”. Depois, depressa se percebe que o recado é apenas para Costa. “Temos a certeza que a CDU também estará presente e não faltará à chamada” para se tentar formar um Executivo de esquerda, afirmou a líder do Bloco, que destacou a existência de “posições coincidentes” entre os dois partidos.

Foram diversos os recados para o PS – que nesta terça-feira reúne a sua comissão política - feitos por Catarina Martins na conferência de imprensa do BE, realizada no fim dos trabalhos da Comissão Política. “Este é o momento em que o país espera mais dos partidos do que tacticismos”, afirmou.

Direita perdeu 700 mil votos

Na interpretação que o Bloco faz dos resultados eleitorais, “PSD e CDS perderam 700 mil votos” no domingo. O BE é hoje “a terceira força política portuguesa”, disse Catarina Martins, lembrando que Paulo Portas reivindicara ontem esse lugar para o CDS: “Está enganado”, disse.

Ao mesmo tempo, “três milhões de eleitores decidiram votar contra a direita. A maioria votou nas forças políticas que se opõem à austeridade”, afirmou a porta-voz nacional do BE.

Por isso, acrescentou Catarina Martins, “será trágico que as forças que se bateram contra a direita não estejam à altura das suas responsabilidades”, repetiu Catarina Martins.

A líder do Bloco lembrou que no debate televisivo com António Costa colocou três condições ao líder do PS para o BE poder viabilizar um Governo. Esse caderno de encargos passa pelo abandono, por parte dos socialistas, de três das suas propostas: congelamento das pensões, baixa da TSU das empresas e criação da figura do despedimento conciliatório.

Caso o PS aceite, e até agora não deu qualquer respostas, Catarina Martins diz que isso seria “o início de uma conversa de que o país precisa para novas soluções”. Mais tarde, afirmou: “É possível criar uma solução de Governo (alternativa à direita) com estabilidade”.

Em pelo menos dois momentos, a líder do BE mostrou claramente a convicção de que a CDU também viabilizará esse entendimento.

Cavaco sem margem de manobra

Se PS, BE e CDU estiverem de acordo, o Presidente da República ficará de mãos atadas, segundo Catarina Martins. “Se houver uma solução estável no Parlamento, alternativa à direita, Cavaco Silva não tem condições políticas para a rejeitar”, disse.

Um novo Executivo de PSD e CDS, agora minoritário, é que não pode ser: "Não vamos criar maiorias artificiais onde elas não existem", afirmou.

Questionada se a viabilização de um Governo do PS implicaria a entrada do BE nesse Executivo, Catarina Martins disse ser prematuro discutir tal questão e acabou mesmo por relativizá-la, quando afirmou, numa declaração que mais parece uma garantia: “O PS não deixará de ter condições na Assembleia da República para fazer um Governo que rompa com a austeridade”.

A líder do Bloco insistiu muito na ideia que PS, BE e CDU têm condições para formar Governo pois receberam um mandato popular para isso: “As forças que têm hoje mais de 50% dos deputados possuem uma legitimidade democrática para romper com a austeridade.

Numa declaração pública com um “timing” evidente – amanhã, terça-feira, além de reunir a comissão política do PS, Cavaco Silva receberá Pedro Passos Coelho ao final da tarde -, Catarina Martins deixou um recado às instituições europeias. “Não aceitamos as declarações de Jean-Claude Juncker de que a maioria dos portugueses votou nos partidos que defendem a austeridade”.

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