VÍDEO: Uma aula de cidadania da secretária de Estado que sonhava ser atriz

17-01-2017
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“Resiliência, humildade e capacidade para resistir à frustração”. São as três características que Catarina Marcelino considera fundamentais no desempenho do papel que lhe coube no guião governamental. Para a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, na dependência da Presidência do Conselho de Ministros, tudo é para ser servido em dose q.b.. “Não posso ser muito insistente senão começam a olhar para mim e a dizer: ‘lá vem outra vez aquela chata’”.

Convidada da segunda edição das “Conversas com VISÃO”, uma iniciativa da VISÃO Solidária em parceria com a Associação Mutualista Montepio Geral, Catarina Marcelino esteve na Atmosfera M, no Porto, à conversa com Mafalda Ribeiro, ex-jornalista e atual colunista da Bolsa de Especialistas da VISÃO. A ideia era falar de coisas sérias de forma descontraída e o resultado foi, nas palavras da própria interlocutora, “uma lição de cidadania”.

Ao longo de uma hora passaram pela conversa questões como o feminismo, “que não é o contrário de machismo”, a paridade de género, o voluntariado, a prostituição, a homofobia, a violência doméstica, o apoio que Portugal pode e deve prestar aos refugiados, em resumo, a educação para a cidadania, que Catarina Marcelino elege como fundamental para a construção de um país melhor. “Com igualdade de acesso à saúde, à educação, onde não haja pobreza”, era esse o Portugal que a secretária de Estado gostaria de deixar ao seu filho.

Lucília Monteiro

Formada em Antropologia, frustrada a hipótese de entrar no Conservatório para seguir uma carreira de atriz, Catarina Marcelino tem dedicado particular atenção aos temas sociais ao longo da sua vida. Aliás, reconhece, o seu “verdadeiro talento é o de assistente social”.

Interpelada por uma sempre bem-humorada Mafalda Ribeiro, também ela um exemplo de resiliência e capacidade de sofrimento a uma osteogénese imperfeita – vulgarmente designada por doença dos ossos de vidro -, a secretária de Estado reconheceu que, “depois de quatro anos em que as desigualdades cresceram muito”, os avanços ainda são ténues mas, acredita, os passos são seguros. “Mudámos o paradigma e estamos a trabalhar não para as associações e organizações mas sim com elas, de forma concertada”, explicou.

Num palco dominado exclusivamente por mulheres – onde estava também Diana Sampaio, a jovem especialista em língua gestual portuguesa, que traduziu toda a conversa – o tema da igualdade de género mereceu destaque especial, claro. Catarina Marcelino falou da nova lei da paridade que prevê a existência de quotas para mulheres para os conselhos de administração das empresas cotadas em bolsa (33 por cento até 2020) mas também na Administração Pública e no setor empresarial do Estado (40 por cento) e congratulou-se ainda com um Parlamento que possui, pela primeira vez na história da Democracia portuguesa, de um terço de mulheres nas bancadas. Mas, reconheceu, também aí falta avançar muito, “até que a Assembleia da República seja um verdadeiro espelho da nossa sociedade, com emigrantes, pessoas de diferentes etnias, graus académicos, ricos e pobres, por exemplo”. Para que esse dia seja possível, a única saída é a educação e a aposta na “formação de pessoas mais tolerantes para uma sociedade, também ela, mais tolerante”.

“Resiliência, humildade e capacidade para resistir à frustração”. São as três características que Catarina Marcelino considera fundamentais no desempenho do papel que lhe coube no guião governamental. Para a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, na dependência da Presidência do Conselho de Ministros, tudo é para ser servido em dose q.b.. “Não posso ser muito insistente senão começam a olhar para mim e a dizer: ‘lá vem outra vez aquela chata’”.

Convidada da segunda edição das “Conversas com VISÃO”, uma iniciativa da VISÃO Solidária em parceria com a Associação Mutualista Montepio Geral, Catarina Marcelino esteve na Atmosfera M, no Porto, à conversa com Mafalda Ribeiro, ex-jornalista e atual colunista da Bolsa de Especialistas da VISÃO. A ideia era falar de coisas sérias de forma descontraída e o resultado foi, nas palavras da própria interlocutora, “uma lição de cidadania”.

Ao longo de uma hora passaram pela conversa questões como o feminismo, “que não é o contrário de machismo”, a paridade de género, o voluntariado, a prostituição, a homofobia, a violência doméstica, o apoio que Portugal pode e deve prestar aos refugiados, em resumo, a educação para a cidadania, que Catarina Marcelino elege como fundamental para a construção de um país melhor. “Com igualdade de acesso à saúde, à educação, onde não haja pobreza”, era esse o Portugal que a secretária de Estado gostaria de deixar ao seu filho.

Lucília Monteiro

Formada em Antropologia, frustrada a hipótese de entrar no Conservatório para seguir uma carreira de atriz, Catarina Marcelino tem dedicado particular atenção aos temas sociais ao longo da sua vida. Aliás, reconhece, o seu “verdadeiro talento é o de assistente social”.

Interpelada por uma sempre bem-humorada Mafalda Ribeiro, também ela um exemplo de resiliência e capacidade de sofrimento a uma osteogénese imperfeita – vulgarmente designada por doença dos ossos de vidro -, a secretária de Estado reconheceu que, “depois de quatro anos em que as desigualdades cresceram muito”, os avanços ainda são ténues mas, acredita, os passos são seguros. “Mudámos o paradigma e estamos a trabalhar não para as associações e organizações mas sim com elas, de forma concertada”, explicou.

Num palco dominado exclusivamente por mulheres – onde estava também Diana Sampaio, a jovem especialista em língua gestual portuguesa, que traduziu toda a conversa – o tema da igualdade de género mereceu destaque especial, claro. Catarina Marcelino falou da nova lei da paridade que prevê a existência de quotas para mulheres para os conselhos de administração das empresas cotadas em bolsa (33 por cento até 2020) mas também na Administração Pública e no setor empresarial do Estado (40 por cento) e congratulou-se ainda com um Parlamento que possui, pela primeira vez na história da Democracia portuguesa, de um terço de mulheres nas bancadas. Mas, reconheceu, também aí falta avançar muito, “até que a Assembleia da República seja um verdadeiro espelho da nossa sociedade, com emigrantes, pessoas de diferentes etnias, graus académicos, ricos e pobres, por exemplo”. Para que esse dia seja possível, a única saída é a educação e a aposta na “formação de pessoas mais tolerantes para uma sociedade, também ela, mais tolerante”.

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