EmpresasBCP apresenta os últimos resultados de Nuno Amado. Espera-se subida de 60% dos lucros e redução de NPL Maria Teixeira Alves 26 Julho 2018, 07:33O BPI espera um aumento dos lucros semestrais do BCP de 60% para 144 milhões de euros nos seis meses e um aumento no primeiro semestre da margem financeira de 2% para 693 milhões. Hoje são apresentados os resultados do primeiro semestre do BCP. São os últimos números de Nuno Amado, apresentados por Miguel Maya, o novo CEO. Cristina Bernardo O BCP apresenta resultados do primeiro semestre nesta quinta-feira. São os últimos resultados de Nuno Amado a CEO e o primeiros em que a apresentação dos números é feita sem Nuno Amado a presidir à Comissão Executiva. Miguel Maya traz na bagagem um novo plano estratégico a que chamou Plano Mobilizar.Nuno Amado foi o capitão que liderou a recuperação do BCP e o salvou de piores tormentas – recorde-se que o BCP passou pela crise financeira, pela crise de dívida soberana, pelos turbulentos tempos da troika, teve de receber ajuda do Estado de 3.000 milhões de euros para recapitalizar o banco depois do mark-to-market das obrigações soberanas, depois pela degradação da carteira de crédito, com os incumprimentos a disparem após a resolução do BES, o que trouxe ao de cima o quão problemáticos eram alguns créditos das administrações anteriores, e por fim conseguiu pagar o empréstimo ao Estado com a entrada do acionista Fosun.Miguel Maya vai ser o timoneiro de um barco mais leve e mais digital. Numa carta aos colaboradores o novo CEO diz que “este foi o ponto final de uma etapa dificílima da história do Millennium bcp, uma etapa que nenhum dos profissionais desta casa esquecerá. Uma aprendizagem dura mas que nos tornou mais fortes. Mas este final de etapa é simultaneamente o ponto de partida para um novo destino, para o qual nos estamos a mobilizar com o entusiasmo com que as Equipas vencedoras se preparam para os novos desafios”.O Plano Miguel Maya chama-se “Plano Mobilizar”. “Esta palavra contém em si três conceitos fundamentais para o futuro do Millennium bcp: mobilizar as Pessoas, as Equipas, conferindo-lhes mais autonomia e esperando delas maior iniciativa. Queremos renovar o nosso compromisso profissional com o presente e o futuro do Banco; mobilizar no sentido de colocar o mobile, os serviços móveis, no centro da estratégia da interação dos Clientes com o Banco; e mobilizar, no sentido que a palavra mobile tem em latim, de móvel, de nos movermos, de nos transformarmos, em antecipação e em função da evolução das necessidades e preferências dos Clientes”, escreve o CEO. Miguel Maya vai ser o presidente da digitalização do BCP, e da era do mobile banking.BPI espera que resultados no semestre tenham subido 60% face a junho de 2017O único analista de banca em Portugal nesta altura é Carlos Peixoto do BPI.O BPI espera um aumento dos lucros semestrais do BCP de 60% para 144 milhões de euros nos seis meses e um aumento no primeiro semestre da margem financeira de 2% para 693 milhões.Segundo a sua análise que se foca no segundo trimestre é esperada “uma evolução positiva das métricas de qualidade de ativos. As NPEs – Non Performing Exposure devem cair 6% no segundo trimestre ao nível de grupo e na subsidiária portuguesa, enquanto a cobertura da NPE deve subir para 49% (44% no trimestre anterior)”. Os ativos imobiliários dados por dação em incumprimento (valor bruto) devem registar um pequeno declínio trimestral para 1,75 mil milhões de euros.“O rácio de capital CET1 pressionado pelos títulos soberanos mark-to-market”, antevê o BPI. “Esperamos um rácio de CET1 (fully loaded) de 11,6%, abaixo dos 11,8% do trimestre anterior. Esperamos que o mark-to-market da carteira portuguesa de obrigações soberanas do BCP tenha um impacto negativo de cerca de 17 bps neste rácio de CET1 do banco.O analista do BPI estima um lucro líquido de 58 milhões de euros no 2º trimestre de 2018 do BCP (+46% que no mesmo trimestre de 2017 e -32% que o obtido no primeiro trimestre)-A margem financeira deve crescer 1% no trimestre e 1% face ao ano anterior, “suportadas principalmente por actividades internacionais, enquanto os volumes em Portugal devem permanecer praticamente estáveis”, diz o BPI.Neste trimestre, o banco deve registar os custos relacionados com a contribuição para o Fundo Único de Resolução (21 milhões de euros).“Esperamos que os custos totais subam 7% num ano e 2% no trimestre em direção a um rácio de eficiência (Cost-to-Income) de 48% no trimestre; isto tendo ajustando os números ao acordo one-off com os trabalhadores ao nível do contrato de trabalho o 2º trimestre de 2017”, diz o BPI.“As provisões devem diminuir 28% num ano (e subir + 17% no trimestre), suportadas por baixas provisões para crédito e baixas provisões para outros ativos”, adianta o analista Carlos Peixoto.“As provisões para crédito devem diminuir 28% no comparativo anual (+ 6% no trimestre) com o custo do risco nos 88 bps, ligeiramente acima do guidance de 85 bps do banco para o ano inteiro de 2018”, conclui o BPI. Ler mais + Lidas+ Partilhadas Brasil: As empresas estatais que podem vir a ser privatizadas por Bolsonaro Perdeu o seu cartão de multibanco? Suspeita de roubo ou clonagem? Saiba como reagir Sabe como reconhecer uma nota falsa? Deco explica Sete municípios portugueses têm casas com preços superiores a 1.500 euros/m2 Mais de meio milhão de euros em horas extraordinárias no Palácio de Belém. Marcelo justifica despesa Governo reserva 418,6 milhões para o Novo Banco no OE2019 Brasil: As empresas estatais que podem vir a ser privatizadas por Bolsonaro Sabe como reconhecer uma nota falsa? Deco explica Sete municípios portugueses têm casas com preços superiores a 1.500 euros/m2 Mais de meio milhão de euros em horas extraordinárias no Palácio de Belém. Marcelo justifica despesa O mundo Brasil Governo reserva 418,6 milhões para o Novo Banco no OE2019
Categorias
Entidades
EmpresasBCP apresenta os últimos resultados de Nuno Amado. Espera-se subida de 60% dos lucros e redução de NPL Maria Teixeira Alves 26 Julho 2018, 07:33O BPI espera um aumento dos lucros semestrais do BCP de 60% para 144 milhões de euros nos seis meses e um aumento no primeiro semestre da margem financeira de 2% para 693 milhões. Hoje são apresentados os resultados do primeiro semestre do BCP. São os últimos números de Nuno Amado, apresentados por Miguel Maya, o novo CEO. Cristina Bernardo O BCP apresenta resultados do primeiro semestre nesta quinta-feira. São os últimos resultados de Nuno Amado a CEO e o primeiros em que a apresentação dos números é feita sem Nuno Amado a presidir à Comissão Executiva. Miguel Maya traz na bagagem um novo plano estratégico a que chamou Plano Mobilizar.Nuno Amado foi o capitão que liderou a recuperação do BCP e o salvou de piores tormentas – recorde-se que o BCP passou pela crise financeira, pela crise de dívida soberana, pelos turbulentos tempos da troika, teve de receber ajuda do Estado de 3.000 milhões de euros para recapitalizar o banco depois do mark-to-market das obrigações soberanas, depois pela degradação da carteira de crédito, com os incumprimentos a disparem após a resolução do BES, o que trouxe ao de cima o quão problemáticos eram alguns créditos das administrações anteriores, e por fim conseguiu pagar o empréstimo ao Estado com a entrada do acionista Fosun.Miguel Maya vai ser o timoneiro de um barco mais leve e mais digital. Numa carta aos colaboradores o novo CEO diz que “este foi o ponto final de uma etapa dificílima da história do Millennium bcp, uma etapa que nenhum dos profissionais desta casa esquecerá. Uma aprendizagem dura mas que nos tornou mais fortes. Mas este final de etapa é simultaneamente o ponto de partida para um novo destino, para o qual nos estamos a mobilizar com o entusiasmo com que as Equipas vencedoras se preparam para os novos desafios”.O Plano Miguel Maya chama-se “Plano Mobilizar”. “Esta palavra contém em si três conceitos fundamentais para o futuro do Millennium bcp: mobilizar as Pessoas, as Equipas, conferindo-lhes mais autonomia e esperando delas maior iniciativa. Queremos renovar o nosso compromisso profissional com o presente e o futuro do Banco; mobilizar no sentido de colocar o mobile, os serviços móveis, no centro da estratégia da interação dos Clientes com o Banco; e mobilizar, no sentido que a palavra mobile tem em latim, de móvel, de nos movermos, de nos transformarmos, em antecipação e em função da evolução das necessidades e preferências dos Clientes”, escreve o CEO. Miguel Maya vai ser o presidente da digitalização do BCP, e da era do mobile banking.BPI espera que resultados no semestre tenham subido 60% face a junho de 2017O único analista de banca em Portugal nesta altura é Carlos Peixoto do BPI.O BPI espera um aumento dos lucros semestrais do BCP de 60% para 144 milhões de euros nos seis meses e um aumento no primeiro semestre da margem financeira de 2% para 693 milhões.Segundo a sua análise que se foca no segundo trimestre é esperada “uma evolução positiva das métricas de qualidade de ativos. As NPEs – Non Performing Exposure devem cair 6% no segundo trimestre ao nível de grupo e na subsidiária portuguesa, enquanto a cobertura da NPE deve subir para 49% (44% no trimestre anterior)”. Os ativos imobiliários dados por dação em incumprimento (valor bruto) devem registar um pequeno declínio trimestral para 1,75 mil milhões de euros.“O rácio de capital CET1 pressionado pelos títulos soberanos mark-to-market”, antevê o BPI. “Esperamos um rácio de CET1 (fully loaded) de 11,6%, abaixo dos 11,8% do trimestre anterior. Esperamos que o mark-to-market da carteira portuguesa de obrigações soberanas do BCP tenha um impacto negativo de cerca de 17 bps neste rácio de CET1 do banco.O analista do BPI estima um lucro líquido de 58 milhões de euros no 2º trimestre de 2018 do BCP (+46% que no mesmo trimestre de 2017 e -32% que o obtido no primeiro trimestre)-A margem financeira deve crescer 1% no trimestre e 1% face ao ano anterior, “suportadas principalmente por actividades internacionais, enquanto os volumes em Portugal devem permanecer praticamente estáveis”, diz o BPI.Neste trimestre, o banco deve registar os custos relacionados com a contribuição para o Fundo Único de Resolução (21 milhões de euros).“Esperamos que os custos totais subam 7% num ano e 2% no trimestre em direção a um rácio de eficiência (Cost-to-Income) de 48% no trimestre; isto tendo ajustando os números ao acordo one-off com os trabalhadores ao nível do contrato de trabalho o 2º trimestre de 2017”, diz o BPI.“As provisões devem diminuir 28% num ano (e subir + 17% no trimestre), suportadas por baixas provisões para crédito e baixas provisões para outros ativos”, adianta o analista Carlos Peixoto.“As provisões para crédito devem diminuir 28% no comparativo anual (+ 6% no trimestre) com o custo do risco nos 88 bps, ligeiramente acima do guidance de 85 bps do banco para o ano inteiro de 2018”, conclui o BPI. Ler mais + Lidas+ Partilhadas Brasil: As empresas estatais que podem vir a ser privatizadas por Bolsonaro Perdeu o seu cartão de multibanco? Suspeita de roubo ou clonagem? Saiba como reagir Sabe como reconhecer uma nota falsa? Deco explica Sete municípios portugueses têm casas com preços superiores a 1.500 euros/m2 Mais de meio milhão de euros em horas extraordinárias no Palácio de Belém. Marcelo justifica despesa Governo reserva 418,6 milhões para o Novo Banco no OE2019 Brasil: As empresas estatais que podem vir a ser privatizadas por Bolsonaro Sabe como reconhecer uma nota falsa? Deco explica Sete municípios portugueses têm casas com preços superiores a 1.500 euros/m2 Mais de meio milhão de euros em horas extraordinárias no Palácio de Belém. Marcelo justifica despesa O mundo Brasil Governo reserva 418,6 milhões para o Novo Banco no OE2019