Bloco acusa César de "soberba" e de "ansiedade pré-eleitoral"

10-07-2019
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Primeiro foi José Gusmão. Depois, Francisco Louça. E, agora, Joana Mortágua. Os três responsáveis do Bloco de Esquerda reagiram às declarações de Carlos César que, nas últimas jornadas parlamentares do PS, traçou uma linha de demarcação em relação aos parceiros de esquerda, terminando com a frase: "o Bloco não manda na Assembleia da República, nem manda no País".

O líder parlamentar socialista e presidente do PS sublinhou, na segunda feira, que se os socialistas tivessem ido "sempre atrás do BE", Portugal tinha voltado "ao tempo da bancarrota" e José Gusmão viu nestas palavras uma tentativa de "estilhaçar a Geringonça". As declarações do dirigente bloquistas foram publicadas, ontem, no jornal I, no mesmo dia em que Francisco Louça, escrevia na edição do Diário do Expresso que Carlos César tinha "um sério ajuste de contas" a fazer com a esquerda. "São eleições, vossa senhoria", ironiza o ex-líder e fundador do Bloco de Esquerda. Para Louçã, Carlos César "tinha de avisar os portugueses de que o perigo espreita e de que os piores são os aliados do Governo: são aventureiros, levam o país para a penúria, vamos ficar com uma mão à frente e outra atrás, a bancarrota está aí. Pareceria piada, se estas frases não tivessem sido todas utilizadas. César não quer que ninguém se distraia nem se engane, é mesmo de bancarrota que está a falar se algumas das taxas moderadoras forem extintas (extinção que o PS aprovou com gosto). Pátria ou morte. Ou, vá lá, se não for nem pátria nem morte que venha pelo menos uma “maioria expressiva” para o PS, nós é que mandamos no país e no Parlamento", escreve.

Esta quinta-feira, na sua coluna habitual de opinião do jornal I, é Joana Mortágua quem volta à carga para devolver as críticas. O braço de ferro mantido entre a bancada socialista e o Bloco em torno da lei de bases da saúde é de novo o motivo para o contra-ataque político. "Pretendia o líder parlamentar justificar o seu próprio recuo na votação da eliminação das taxas moderadoras propostas pelo Bloco. Mas falharam os argumentos e só lhe sobrou a soberba", diz a deputada e vereadora do Bloco de Esquerda em Almada. E Joana Mortágua conclui que "o tom" usado por César "começa a denunciar a ansiedade pré-eleitoral e vão perdendo credibilidade".

"O PS dirá agora, como Carlos César insinuou, que a proximidade à esquerda dá 'mau aspecto' junto da alta finança e prejudica a credibilidade externa do país", prossegue o artigo, "mas sabe que recuperar salários e pensões foi o que pôs a economia a funcionar com mínimos de dignidade social".

"Da estratégia do PS para este período eleitoral só será juiz o povo no dia 6 de outubro. Já sobre o tom de Carlos César, nada a acrescentar. Como diz o povo ... cada um toma a que quer", conclui Joana Mortágua.

Primeiro foi José Gusmão. Depois, Francisco Louça. E, agora, Joana Mortágua. Os três responsáveis do Bloco de Esquerda reagiram às declarações de Carlos César que, nas últimas jornadas parlamentares do PS, traçou uma linha de demarcação em relação aos parceiros de esquerda, terminando com a frase: "o Bloco não manda na Assembleia da República, nem manda no País".

O líder parlamentar socialista e presidente do PS sublinhou, na segunda feira, que se os socialistas tivessem ido "sempre atrás do BE", Portugal tinha voltado "ao tempo da bancarrota" e José Gusmão viu nestas palavras uma tentativa de "estilhaçar a Geringonça". As declarações do dirigente bloquistas foram publicadas, ontem, no jornal I, no mesmo dia em que Francisco Louça, escrevia na edição do Diário do Expresso que Carlos César tinha "um sério ajuste de contas" a fazer com a esquerda. "São eleições, vossa senhoria", ironiza o ex-líder e fundador do Bloco de Esquerda. Para Louçã, Carlos César "tinha de avisar os portugueses de que o perigo espreita e de que os piores são os aliados do Governo: são aventureiros, levam o país para a penúria, vamos ficar com uma mão à frente e outra atrás, a bancarrota está aí. Pareceria piada, se estas frases não tivessem sido todas utilizadas. César não quer que ninguém se distraia nem se engane, é mesmo de bancarrota que está a falar se algumas das taxas moderadoras forem extintas (extinção que o PS aprovou com gosto). Pátria ou morte. Ou, vá lá, se não for nem pátria nem morte que venha pelo menos uma “maioria expressiva” para o PS, nós é que mandamos no país e no Parlamento", escreve.

Esta quinta-feira, na sua coluna habitual de opinião do jornal I, é Joana Mortágua quem volta à carga para devolver as críticas. O braço de ferro mantido entre a bancada socialista e o Bloco em torno da lei de bases da saúde é de novo o motivo para o contra-ataque político. "Pretendia o líder parlamentar justificar o seu próprio recuo na votação da eliminação das taxas moderadoras propostas pelo Bloco. Mas falharam os argumentos e só lhe sobrou a soberba", diz a deputada e vereadora do Bloco de Esquerda em Almada. E Joana Mortágua conclui que "o tom" usado por César "começa a denunciar a ansiedade pré-eleitoral e vão perdendo credibilidade".

"O PS dirá agora, como Carlos César insinuou, que a proximidade à esquerda dá 'mau aspecto' junto da alta finança e prejudica a credibilidade externa do país", prossegue o artigo, "mas sabe que recuperar salários e pensões foi o que pôs a economia a funcionar com mínimos de dignidade social".

"Da estratégia do PS para este período eleitoral só será juiz o povo no dia 6 de outubro. Já sobre o tom de Carlos César, nada a acrescentar. Como diz o povo ... cada um toma a que quer", conclui Joana Mortágua.

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