Carlos César segura deputado acusado de falsa presença na AR

04-01-2019
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Nuno Sá fica. Pelo menos, para já. O deputado socialista, cuja presença no Parlamento foi registada apesar de se encontrar a mais de 300 quilómetros, em Famalicão, deu justificações a Carlos César e o líder parlamentar do PS aceitou-as. Mas com um cartão amarelo: se se provar que está a mentir, perderá o mandato.

O caso foi revelado esta segunda feira pelo jornal Observador e remonta a 12 de Junho de 2017. Nesse dia, tal como o Expresso confirmou, Nuno Sá esteve em Famalicão, de onde é natural, numa visita à fábrica Caixiave. Esta visita prolongou-se até às 12 horas, pelo menos. Durante a noite, o mesmo deputado assistia com a família e amigos às marchas Antoninas, também em Famalicão.

Consultando as imagens disponibilizadas pela ARTV não é possível encontrar Nuno Sá no hemiciclo parlamentar. Aliás, foi o próprio a documentar, através de vídeos e fotografias que publicou no seu Facebook pessoal, imagens desses momentos passados em Famalicão. Mesmo assim, Nuno Sá terá dito à direção da bancada que estava, de facto, no Parlamento. E Carlos César acreditou.

Numa nota disponibilizada na página do grupo parlamentar do PS, a direção da bancada socialista esclarece que "o deputado Nuno Sá deu conta à direção do Grupo Parlamentar que esteve presente na reunião plenária em causa e que desenvolveu já as diligências, junto dos serviços da Assembleia da República, para o completo esclarecimento da situação referida."

No entanto, a mesma nota acrescenta que o mesmo Nuno Sá garantiu que "renunciaria ao seu mandato caso se comprovasse a irregularidade que lhe é apontada, mesmo que, como agora reitera, nunca tenha solicitado a qualquer pessoa para proceder a qualquer registo indevido da sua presença em reunião plenária".

A confirmar-se, este é mais um caso de presenças-fantasma no Parlamento. Com uma agravante: a 6 de dezembro, Carlos César garantiu que jamais aceitaria uma situação dessas no grupo parlamentar socialista. "Se se colocasse no nosso caso alguma das situações de que tenho ouvido falar [presenças-fantasma], acho que essas pessoas não tinham o direito de permanecer no âmbito parlamentar do PS", afirmou César aos jornalistas.

Nas explicações que deu ao Observador, Nuno Sá afirmou não se recordar "com detalhe de um dia que já foi há um ano e meio" e acrescentou que a sua vida é um “vai-vem entre Lisboa e Famalicão”. Questionado sobre se nalguma ocasião teria dado a sua password a um colega de forma a que este pudesse assinalar a sua presença, o deputado socialista disse apenas àquele jornal: “Não vou responder a nada sobre isso“.

Nuno Sá fica. Pelo menos, para já. O deputado socialista, cuja presença no Parlamento foi registada apesar de se encontrar a mais de 300 quilómetros, em Famalicão, deu justificações a Carlos César e o líder parlamentar do PS aceitou-as. Mas com um cartão amarelo: se se provar que está a mentir, perderá o mandato.

O caso foi revelado esta segunda feira pelo jornal Observador e remonta a 12 de Junho de 2017. Nesse dia, tal como o Expresso confirmou, Nuno Sá esteve em Famalicão, de onde é natural, numa visita à fábrica Caixiave. Esta visita prolongou-se até às 12 horas, pelo menos. Durante a noite, o mesmo deputado assistia com a família e amigos às marchas Antoninas, também em Famalicão.

Consultando as imagens disponibilizadas pela ARTV não é possível encontrar Nuno Sá no hemiciclo parlamentar. Aliás, foi o próprio a documentar, através de vídeos e fotografias que publicou no seu Facebook pessoal, imagens desses momentos passados em Famalicão. Mesmo assim, Nuno Sá terá dito à direção da bancada que estava, de facto, no Parlamento. E Carlos César acreditou.

Numa nota disponibilizada na página do grupo parlamentar do PS, a direção da bancada socialista esclarece que "o deputado Nuno Sá deu conta à direção do Grupo Parlamentar que esteve presente na reunião plenária em causa e que desenvolveu já as diligências, junto dos serviços da Assembleia da República, para o completo esclarecimento da situação referida."

No entanto, a mesma nota acrescenta que o mesmo Nuno Sá garantiu que "renunciaria ao seu mandato caso se comprovasse a irregularidade que lhe é apontada, mesmo que, como agora reitera, nunca tenha solicitado a qualquer pessoa para proceder a qualquer registo indevido da sua presença em reunião plenária".

A confirmar-se, este é mais um caso de presenças-fantasma no Parlamento. Com uma agravante: a 6 de dezembro, Carlos César garantiu que jamais aceitaria uma situação dessas no grupo parlamentar socialista. "Se se colocasse no nosso caso alguma das situações de que tenho ouvido falar [presenças-fantasma], acho que essas pessoas não tinham o direito de permanecer no âmbito parlamentar do PS", afirmou César aos jornalistas.

Nas explicações que deu ao Observador, Nuno Sá afirmou não se recordar "com detalhe de um dia que já foi há um ano e meio" e acrescentou que a sua vida é um “vai-vem entre Lisboa e Famalicão”. Questionado sobre se nalguma ocasião teria dado a sua password a um colega de forma a que este pudesse assinalar a sua presença, o deputado socialista disse apenas àquele jornal: “Não vou responder a nada sobre isso“.

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