ESPUMADAMENTE: Punch bag

16-07-2018
marcar artigo

[2469]Às vezes basta atravessar uma ponte e rumar a Lisboa para que, depois dos Carvalhos, passemos a malbaratar qualquer capital de entendimento que julguemos ter adquirido sobre a Invicta e idiossincrasia dos seus nativos. Pois, a não ser pelo afastamento geográfico e progressivo da Arrábida e do Campo Alegre, como perceber o azedume de ilustres portuenses dedicado a um homem que, ao que me apercebo, revela elevados níveis de seriedade e competência, mesmo que no seu percurso tenha afrontado descomplexadamente um dos maiores caciques locais, Pinto da Costa de seu nome, e o respectivo clube que dirige?Julgo ser demasiadamente simplista se pensar que esse azedume se deve a isso mesmo – ter afrontado a pesporrência de Pinto da Costa e o seu insuportável provincianismo contra a capital e não ter endeusado o Futebol Clube do Porto. Mas será que não é mesmo por isso? Afinal, descontando o “desprezo” a que Rio votou o Clube e dirigentes, o que é que os portuenses têm a apontar à sua gestão autárquica? Mas a verdade é que tripeiros ilustres, como CAA, zurzem metodicamente no autarca, ressumando um indisfarçável ódio por um presidente de câmara que, se outras virtudes não tivesse, logrou expor uma tenebrosa rede de cumplicidades do antecedente, algumas delas pendentes ainda de decisão judicial e recuperou o prestígio que a cidade merece. Ao invés, CAA acha que Rio foi para as eleições para perder (CAA lá saberá porque é que um homem concorre a eleições para perder) mas acabou por ganhar pela má prestação de Fernando Gomes, o que acho uma asserção extraordinária. E agora "deseja de" ser líder do PSD mas blá blá blá, não se candidata, ficando na sombra á espera que Ferreira Leite se esvazie e ele possa avançar. Tudo isto dito com um ar de dolo punível com pena máxima, que as pessoas não têm nada que ser calculistas e muito menos desejar de. Sobretudo o uso indiscriminado da preposição que, como se sabe, é exclusivo e marca registada de Pinto da Costa. Penso eu de que.Até dou de barato que Rui Rio possa ter um ror de pecados e malfeitorias na gestão autárquica da segunda cidade portuguesa. Sou lisboeta e não vivo de perto, naturalmente, o dia-a-dia da capital do norte. Mas se e quando se quer falar mal do homem seria bom que se especificasse exactamente o que é que de mal o homem fez ou faz. Dizer que ganhou eleições porque Gomes teve uma má prestação e agora, pasme-se, comete pecado capital de desejar de ser líder parece-me pueril e, sobretudo, injusto. Por muito que Rio goste mais de automóveis do que de futebol..Etiquetas: Ai Portugal

[2469]Às vezes basta atravessar uma ponte e rumar a Lisboa para que, depois dos Carvalhos, passemos a malbaratar qualquer capital de entendimento que julguemos ter adquirido sobre a Invicta e idiossincrasia dos seus nativos. Pois, a não ser pelo afastamento geográfico e progressivo da Arrábida e do Campo Alegre, como perceber o azedume de ilustres portuenses dedicado a um homem que, ao que me apercebo, revela elevados níveis de seriedade e competência, mesmo que no seu percurso tenha afrontado descomplexadamente um dos maiores caciques locais, Pinto da Costa de seu nome, e o respectivo clube que dirige?Julgo ser demasiadamente simplista se pensar que esse azedume se deve a isso mesmo – ter afrontado a pesporrência de Pinto da Costa e o seu insuportável provincianismo contra a capital e não ter endeusado o Futebol Clube do Porto. Mas será que não é mesmo por isso? Afinal, descontando o “desprezo” a que Rio votou o Clube e dirigentes, o que é que os portuenses têm a apontar à sua gestão autárquica? Mas a verdade é que tripeiros ilustres, como CAA, zurzem metodicamente no autarca, ressumando um indisfarçável ódio por um presidente de câmara que, se outras virtudes não tivesse, logrou expor uma tenebrosa rede de cumplicidades do antecedente, algumas delas pendentes ainda de decisão judicial e recuperou o prestígio que a cidade merece. Ao invés, CAA acha que Rio foi para as eleições para perder (CAA lá saberá porque é que um homem concorre a eleições para perder) mas acabou por ganhar pela má prestação de Fernando Gomes, o que acho uma asserção extraordinária. E agora "deseja de" ser líder do PSD mas blá blá blá, não se candidata, ficando na sombra á espera que Ferreira Leite se esvazie e ele possa avançar. Tudo isto dito com um ar de dolo punível com pena máxima, que as pessoas não têm nada que ser calculistas e muito menos desejar de. Sobretudo o uso indiscriminado da preposição que, como se sabe, é exclusivo e marca registada de Pinto da Costa. Penso eu de que.Até dou de barato que Rui Rio possa ter um ror de pecados e malfeitorias na gestão autárquica da segunda cidade portuguesa. Sou lisboeta e não vivo de perto, naturalmente, o dia-a-dia da capital do norte. Mas se e quando se quer falar mal do homem seria bom que se especificasse exactamente o que é que de mal o homem fez ou faz. Dizer que ganhou eleições porque Gomes teve uma má prestação e agora, pasme-se, comete pecado capital de desejar de ser líder parece-me pueril e, sobretudo, injusto. Por muito que Rio goste mais de automóveis do que de futebol..Etiquetas: Ai Portugal

marcar artigo