Filme da noite eleitoral – António Costa destaca “maior vitória autárquica” do PS

04-10-2017
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O dia de reflexão para Passos Coelho chegou depois do fecho das urnas: “Irei avaliar se faz sentido candidatar-me a um novo mandato”

23h30 Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Leia aqui o discurso do Passos Coelho

José Carlos Carvalho

Costa foi dar um abraço a Medina

23H45, Largo do Rato e Hotel Altis

Depois de fazer a declaração ao País, António Costa deixou a sede do PS, no Largo do Rato, para ir ter com Fernando Medina, que festeja a vitória no Hotel Altis. O líder socialista fez o percurso a pé, acompanhado por Carlos César, Ana Catarina Mendes, Mariana Vieira da Silva, João Galamba e Susana Ramos.

António Costa destaca “maior vitória autárquica” do PS

23H26, Largo do Rato

Em três pontos apenas: “maior vitória autárquica” do PS, “derrota da direita e em particular do PSD” e “reforço da orientação política que iniciámos ha dois anos.”

Faltavam três minutos para as 23 horas e 30 minutos quando António Costa entrou no Salão da Música acompanhado do presidente do partido, Carlos César, e da secretária-geral-adjunta, Ana Catarina Mendes. Começou por saudar os candidatos e dirigentes socialistas, salientou a descida da taxa de abstenção, que mostra “a vitalidade da democracia”, saudou (de novo) todos os eleitos, “qualquer que seja o seu partido ou movimento de eleitores” e garantiu que conta “com todos, para trabalhar a nível nacional” no próximo mandato, que ficará marcado pela “descentralização”. Será, garantiu o líder do PS, a “maior reforma do Estado desde 1976.”

Passadas as saudações, Costa passou para um discurso mais político. Extrapolando os resultados, referiu que este “resultado reforça o PS, mas sobretudo a mudança que se iniciou há dois anos” e dá “força à continuidade” do quadro parlamentar iniciado há dois anos.

Questionado sobre se este resultado não poderá por em risco a geringonça, Costa elencou resultados: “o PS teve mais votos, mais mandatos, mais presidências de câmara e de juntas de freguesia”. A derrota, disse, “é do PSD”. Esta “não é uma derrota de nenhum dos parceiros” do PS.

RUI DUARTE SILVA

Ajustes de contas no momento das vitórias

23h05 – Rui Moreira e Manuel Pizarro

Rui Moreira foi o grande vencedor, mas mesmo assim teve necessidade de fazer tiro ao alvo a nomes nacionais do PSD e mesmo ao Governo socialista. Manuel Pizarro perdeu para Rui Moreira, mas fez um discurso de vitória, mesmo sentindo as dores do Governo. Rui Moreira sacou de uma citação de Sá Carneiro, fundador do PSD, – ” O Porto sempre mostrou que, para nós, a defesa da liberdade não é uma palavra vã. Há-de ser, portanto, o nosso partido, o Partido do Porto” – para terminar o seu discurso. Pizarro sacou de uma frase de Mário Soares, fundador do PS – “Só é derrotado quem desiste de lutar” – para sustentar que não vai defraudar os seus eleitores.

Até às 21h30, Rui Moreira e Manuel Pizarro jogaram ao jogo do rato e do gato. Moreira não queria falar antes de ter garantias de obter a maioria absoluta e tudo fez para falar depois de Pizarro. Mas este queria também garantir que o seu resultado nas urnas era superior ao obtido há quatro anos, para assim justificar os gritos de “vitória, vitória” com que seria recebido na sede.

E faltavam 15 minutos para as 22h00 quando Moreira avançou. Apressou-se a apontar os “rostos” dos “grandes derrotados desta noite”: António Tavares, Rui Rio e Paulo Rangel”, “por terem utilizado a cidade do Porto como território para disputas de índole nacional”. E avisou: “As eleições autárquicas no Porto não são as primárias secretas do PSD. Neste momento, Álvaro Almeida, o candidato do PSD ao Porto apoiado por Rui Rio fazia também o seu discurso.

Quanto ao PS, mais que ao seu “amigo Manuel Pizarro”, Moreira atirou-se aos membros do governo que tiveram uma “participação inusitada na campanha”, acusando-nos de “nacionalizar as eleições no Porto”.

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, ladeava Pizarro quando este começou, pelas 22h10, a proclamar uma espécie de vitória. “É o PS quem tem a maior subida em comparação com os resultados anteriores. Uma recuperação notável em relação a 2013 e superiores aos de 2015, que levou o PS ao governo. Temos mais mandatos na câmara e na assembleia municipal”.

Mas depois não resistiu a defender o Governo, defendendo-o da “acrimónia e crispação” do discurso de Moreira, só lembrar que foi este governo que entregou à cidade a coleção Miró, e expandiu a rede do Metro, por exemplo.

No final, muita coisa ficou por saber, uma vez que nem um nem outro discursaram dando espaço a perguntas.

Lucilia Monteiro

PS continua a perder câmaras para o PSD

23H Largo do Rato

Não bastaram Terras de Bouro, Ponte da Barca, Castro Daire, Porto Santo e Nordeste. O apuramento dos resultados revela que o PS ainda não deixou de perder câmaras para o PSD. À lista anterior juntam-se Celourico da Beira (Guarda), Castanheira de Pêra (Leiria) Ourém (Santarém) e Murça (Vila Real). Ao todo, o PS já perdeu nove câmaras para o PSD.

Quão longas podem ser as facas?

22h45 Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Na sede nacional do PSD voltou a fazer-se silêncio. Depois de há mais de uma hora Carlos Carreiras ter feito uma primeira análise às projeções não voltou a haver sinais de vida dos dirigentes sociais.democratas.

Nas televisões tem sido uma autêntica roda viva de ex-líderes laranjas a questionarem a liderança de Passos Coelho. Manuela Ferreira Leite foi a mais dura ao dizer que o presidente do PSD “não tem condições” para continuar à frente do partido. Já Luís Marques Mendes considera que a vida do ex-primeiro-ministro “será um inferno” se não anunciar que deixa o cargo. O também ex-presidente do PSD Pedro Santana Lopes diz que estes resultados “são demasiado maus” para o partido. Paulo Rangel diz apenas que “as lideranças têm sempre responsabilidades”. As críticas e dúvidas começam a surgir no seio do partido.

Subsiste a dúvida: o que irá fazer Passos Coelho?

PS perde cinco câmaras para o PSD

22H34 Largo do Rato

Terras de Bouro (Braga), Ponte da Barca (Viana do Castelo), Castro Daire (Viseu), Porto Santo (Madeira) e Nordeste (Açores) mudaram de cor, nestas eleições autárquicas. Em Terras de Bouro, foi eleito (pelo PSD) Manuel Tibo, que era muito próximo do presidente em exercício, Joaquim Cracel. Em Ponte da Barca, Augusto Marinho ocupará o lugar António Abreu, do PS, que atingiu o limite de mandatos. á Manteigas (Guarda) e Alter do Chão (Portalegre) pasaram do PSD para mãos socialistas. Além destas duas, o PS também saiu vencedor em Barrancos, câmara que estava nas mãos da CDU.

Tiago Miranda

Amanhã, Cristas “telefona” a Costa?

22h22, Largo do Caldas

A líder do CDS ganhou nova força como interlocutora na oposição. E já começou a sublinhar isso

A chave do discurso de vitória de Assunção Cristas – segundo lugar em Lisboa, com o melhor resultado desde 1976 e muito à frente do PSD e um crescimento eleitoral que pode juntar uma sexta câmara aos cinco municípios que já detinha – está nesta frase: “Esta postura ainda agora está a começar”. Como me ironizava um elemento ligado à sua candidatura, recentemente, ” se ela bater Teresa Leal Coelho, em Lisboa, no dia seguinte, telefona ao Costa…”. Com efeito, o que estes resultados parecem demonstrar é que o primeiro-ministro tem uma nova interlocutora privilegiada na oposição. A ” nova postura ” anunciada é a da disputa do eleitorado ao PSD, debilitado por um resultado péssimo. “Podem contar comigo em Lisboa e no País”, avisou a líder do CDS.

Assunção Cristas, que começou por anunciar a sua intervenção para as 21h45, tentou depois antecipar a comunicação, para concertar a sua intervenção com a do autarca independente reeleito no Porto, após o telefonema de felicitações a Rui Moreira, que o CDS apoiou. Mas um intervalo de 12 minutos na emissão da SIC obrigou-a a esperar 5 minutos, o que fez com que fosse “atropelada” por Rui Moreira. Um faits divers um pouco caricato, já que acabou por ser o autarca apoiado pelo CDS a retirar-lhe palco nas emissões televisivas. Mas a ideia é a de ter vários momentos, esta noite, para rentabilizar o sucesso. Por isso afirmou que vai continuar aqui, “para acompanhar os resultados”, ainda que o seu candidato à presidência da Assembleia Municipal, Telmo Correia, que já pode respirar fundo, esteja mais atento às incidências do jogo do seu Benfica.

Cristas não quer que ninguém arrede pé e já convidou todos os simpatizantes do CDS em Lisboa a virem ” juntar-se à festa”. E nem o ” pequeno pormenor” de Fernando Medina manter a maioria absoluta na capital lhe estraga um sorriso que lhe está colado à cara desde que a campanha começou.

Mas a pergunta da noite paira aqui, como em todo o “país político” : e agora, “quo vadis”, Passos Coelho?

Teresa Leal Coelho assume derrota. Aguarda-se reação de Passos Coelho

22h20 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Na Rua São Caetano, na Lapa, espera-se que o líder do PSD reaja aos resultados depois de Teresa Leal Coelho já ter assumido a derrota. A candidata social-democrata dirige-se neste momento para a sede nacional do partido onde se vai reunir com os restantes dirigentes partidários. O PSD atingiu esta noite o pior resultado de sempre na capital e pode mesmo ficar em quarto lugar, atrás de CDS-PP e da CDU. A reação de Passos Coelho aos resultados não está para breve e pode mesmo só acontecer depois de António Costa falar

PS rouba câmara à CDU, em Santarém

22H10 Largo do Rato

A CDU perdeu a câmara de Constância, no distrito de Santarém, para o PS. Contados os votos, o lugar de Júlia Amorim será ocupado pelo socialista Sérgio Oliveira.

José Carlos Carvalho

PS rouba quatro câmaras ao PSD

21H57 Largo do Rato

Maria da Luz Rosinha, secretária nacional do PS para as autarquias, dirigiu-se ao salão da música, onde se encontram os jornalistas, para informar que “os magníficos resultados não se limitam à vitória em Lisboa, Sintra, Odivelas ou à grande subida no Porto, mas também já temos confirmados concelhos tradicionalmente sociais-democratas como Pedrógão Grande, São João da Madeira, Bombarral e Ansião.”

Tirando São João da Madeira, todas as outras câmaras referidas por Maria da Luz Rosinha ficam no distrito de Leiria, devastado em junho pelos incêndios. Apesar de Pedrógão ter mudado de cor, acabou por não mudar de mãos, já que Valdemar Alves (que em 2013 se candidatou pelo PSD) concorreu este ano pelo PS.

PSD perde para independentes e CDS

A noite está difícil para o PSD. O independente Manuel Cordeiro, candidato pelo movimento “Pela Nossa Terra”, foi eleito presidente da Câmara de S. João da Pesqueira, até agora liderada pelos sociais-democratas. Já Oliveira do Bairro saiu das mãos do PSD para as do CDS.

PS continua a ser o partido mais votado

21h40 Resultados apurados

Com metade das freguesias apuradas – 1 603 de um total de 3 092–, o PS segue na frente com 41,81% dos votos, seguido pelo PSD (22,41%), CDU (5,96%), CDS (3,02%) e Bloco (1,25%).

Carlos Carreiras: “Não é expectável que tenhamos cumprido com o nosso objetivo”

21h10 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Depois de dois adiamentos, o coordenador autárquico nacional do PSD falou aos jornalistas e desfez o silêncio. Carlos Carreiras começou por saudar a participação dos portugueses e de todos os candidatos. Sobre as primeiras projeções, disse que “dos resultados que se vão conhecendo não é expectável” que o partido tenha “cumprido com o objetivo”. O também presidente da Câmara Municipal de Cascais tentou desvalorizar os maus resultados que se adivinham no Porto e em Lisboa recordando que “existem outros 306 munícipios” para além das duas maiores cidades portuguesas. Repetindo o que já tinha afirmado anteriormente, Carlos Carreiras afirmou que o primeiro responsável por um eventual mau resultado autárquico seria ele prórprio, tentando defender o líder laranja, Passos Coelho.

Quem não evitou falar desse assunto foi Manuela Ferreira Leite, que na reação às primeiras projeções afirmou de forma perentória que o ex-primeiro-ministro não tinha condições para continuar a liderar o PSD. Questionado sobre estas declarações, Carreiras foi claro e conciso: “isso é a opinião da Dra. Manuela Ferreira Leite”, tentando isolar uma opinião que pode vir a tornar-se mais generalizada depois desta noite. Os sociais-democratas aguardam ainda por um apuramento mais esclarecedor dos resultados para uma nova reação. As projeções apontam para um péssimo resultado eleitoral do PSD.

PS com mais de 42% dos votos

21:10 Resultados parciais

Com um terço das freguesias apuradas – 1 004 de um total de 3 092–, o PS segue na frente com 42,12% dos votos, seguido pelo PSD (24,97%) e CDU (6,12%). Até ao momento, os socialistas elegeram cinco presidentes de câmara e os social-democratas venceram uma câmara.

Sinais de uma noite de facas longas?

21:05 – Sede Nacional do PSD – Rua São Caetano

O silêncio vai-se tornando progressivamente ensurdecedor na sede do PSD. Enquanto não aparecem dirigentes do PSD para uma primeira declaração, Manuela Ferreira Leite, ex-presidente do PSD, disse na TVI que Passos Coelho “não tem” condições para continuar na liderança do partido. Carlos Carreiras irá falar a qualquer momento.

Sardoal e Mora reelegem presidentes

20H44 Largo do Rato (sede nacional do PS)

O segundo e o terceiro eleitos da noite são António Borges, do PSD, candidato à Câmara do Sardoal, distrito de Santarém, e Luís Matos, recandidato à autarquia de Mora pela CDU.

Primeiro presidente Eleito é socialista

20H30 Largo do Rato (sede nacional do PS)

O primeiro presidente eleito nestas eleições autárquicas é Luís Pereira, candidato pelo PS. Luís Pereira, que ja havia sido eleito presidente para aquela câmara nas eleições de 2013, obteve 1494 dos 2156 votos, o que corresponde a 69% do total. Com esta votação, o PS ocupará quatro lugares no executivo. A coligação PSD-CDS elegeu um vereador.

Desolação no PS, mesmo com “resultado digno”

20h30, Manuel Pizarro

Na sede de Manuel Pizarro, o ambiente é já de desolação, apesar de Tiago Barbosa Ribeiro, líder socialista da concelhia do Porto, ter vindo assegurar que tudo apontava para a obtenção de “um resultado digno no Porto”, a superar o das últimas autárquicas. Deu já os parabéns a Rui Moreira, que continuará a presidir a câmara. Manuel Pizarro continua recolhido no hotel, não se sabendo a que horas irá falar.

Luís Barra

PSD volta a adiar reação de Carlos Carreiras

20h17 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Os dirigentes sociais-democratas continuam reunidos na sede nacional a analisar os resultados da noite eleitoral. Era esperada uma declaração de Carlos Carreiras para esta hora mas foi comunicado aos jornalistas que a reação do coordenador autárquico social-democrata não vai acontecer “para já”. O silêncio continua na sede do PSD.

PSD só deve falar às 20h30

20h17 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Era esperada uma declaração de Carlos Carreiras às 20h00 mas o coordenador autárquico do partido ainda não subiu ao púlpito. Espera-se que a primeira reação do partido possa agora acontecer por volta das 20h30. O núcleo duro do partido continua reunido na São Caetano a analisar as primeiras projeções, que apontam para uma noite dramática no PSD

20h00, sede de Rui Moreira

Ter ou não ter maioria absoluta

A um minuto das 20 badaladas, os gritos de vitória ecoam e as bandeiras agitam-se, numa sede que continua esvaziada de personalidades. 43 a 48% dá a sondagem da rtp, o único canal que se vê na sede de campanha. A vitória é certa. Ter ou não maioria absoluta é a dúvida. Esperam-se os primeiros comentários de Nuno Santos, o diretor de campanha.

RUI DUARTE SILVA

19h50, sede de Rui Moreira

Chegam as bandeiras

Sede enche-se de bandeiras azuis claras e ouvem-se já os cânticos do movimento . Festeja-se uma vitoria antecipadamente anunciada?

19h40 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Carlos Abreu Amorim diz que PSD “não tem medo de nada”

Não se esperava que nenhum membro do PSD falasse antes das 20h00 mas Carlos Abreu Amorim falou há instantes aos jornalistas. O deputado social-democrata mostrou-se muito satisfeito com as projeções avançadas por mostrarem que existe uma “diminuição da tendência de crescimento da abstenção”. Questionado sobre um possível mau resultado do partido, Carlos Abreu Amorim disse apenas que o PSD “não tem medo de nada”.

José Carlos Carvalho

19H30 Largo do Rato

Prognósticos só no fim da noite?

“Ainda é cedo para sabermos resultados”, disse o secretário nacional do PS, Porfírio Silva, quando, falando aos jornalistas, se congratulou pela previsível quebra na taxa de abstenção, que em 2013 alcançou os 47,4%.

O secretariado nacional (alargado) do PS está reunido no Largo do Rato, onde António Costa chegou cerca de 20 minutos antes das 19 horas. Por mais esperançados que estejam na vitória, pouca coisa conseguirá igualar o impacto que as autárquicas de 2013 tiveram nas hostes socialistas.

Com uma presença incansável no terreno, o então líder do PS, António José Seguro, foi recebendo a recompensa ao longo daquela noite de 29 de setembro, no Largo do Rato. De norte a sul do País, os socialistas somaram sucessos atrás de sucessos até alcançarem o seu melhor resultado autárquico desde 1976: 150 presidências de câmaras (contando com a do Funchal, onde o PS liderou uma coligação que juntou o Bloco de Esquerda, o Partido da Nova Democracia, o Movimento Partido da Terra, o Partido Trabalhista Português e o Partido pelos Animais e pela Natureza).

Nas últimas autárquicas, o PS atacou em todas as frentes. Até conseguiu, numas eleições onde as candidaturas independentes quase duplicaram, destronar os sem-partido – aconteceu em Amares (no distrito de Braga), na Gondomar de Valentim Loureiro (distrito do Porto) ou em Sines (distrito de Setúbal).

Contas feitas, o PS de António José Seguro arrecadou 1 810 744 votos (36,25% do total de votantes) e ocupou as presidências da Associação Nacional de Municípios (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias.

As expectativas estão altas, para o PS de António Costa e de Ana Catarina Mendes (que liderou o processo, enquanto Costa governava o País). Mas a verdade é que, mesmo que perca algumas câmaras, dificilmente deixará de ser o maior partido autárquico.

LUCILIA MONTEIRO

19h30 – sedes Rui Moreira e Manuel Pizarro

Rui Moreira chegou à sede por volta das 18h30. Manuel Pizarro recolhe-se no hotel dos Aliados, em frente à sede de Rui Moreira. Há já alguma agitação no ar, um ainda escondido sabor a vitória por parte do independente Rui Moreira, com os sururus das primeiras sondagens à boca das urnas que lhe apontam uma vitória, se não uma maioria absoluta.

Na sede de Pizarro, uns metros acima da de Rui Moreira, há quatro televisores ligados. Na de Rui Moreira apenas um. Não se veem ainda muitos rostos conhecidos.

19h18 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Matos Rosa espera que projeções que apontam para redução da abstenção se confirmem

José Matos Rosa reagiu às projeções para a abstenção, que podem ir dos 40% aos 48%. Sem ser certo que os números sejam melhores que os de há quatro anos (47,4%), o secretário-geral dos sociais-democratas disse numa breve declaração que o PSD espera que a abstenção possa ser menor. Matos Rosa saudou ainda a forma como decorreu a campanha e as votações ao longo de dia de hoje, salientando o “civismo” de todos os participantes políticos. Esta foi a primeira reação oficial do partido. Por volta das 20h00, o coordenador autárquico do partido, Carlos Carreiras, deve reagir às primeiras projeções. Pedro Passos Coelho chegou há instantes à sede nacional do PSD, onde se encontra reunido com os restantes líderes do partido para analisar os resultados desta noite eleitoral.

Luís Barra

19H Largo do Rato (sede nacional do PS)

PS “empenhou-se nesta festa da democracia”

O secretário nacional do Partido Socialista (PS) começou a falar aos jornalistas no preciso momento em que as urnas se davam por encerradas. Na primeira declaração da noite, no Largo do Rato, salientou que era “cedo para sabermos resultados” mas nao deixou de se referir à abstenção, cuja taxa, em 2013, registou um máximo histórico de 47,4%. A expectativa, disse Porfírio Silva, é a de que “a participação, a afluência, seja positiva. É um sinal importante e relevante”, disse.

A expectativa, referiu ainda, é a de que “possa haver quebra da abstenção”. A participação, deu a entender, contou com a ajuda do PS, partido que se “empenhou, nesta festa da democracia”.

O dia de reflexão para Passos Coelho chegou depois do fecho das urnas: “Irei avaliar se faz sentido candidatar-me a um novo mandato”

23h30 Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Leia aqui o discurso do Passos Coelho

José Carlos Carvalho

Costa foi dar um abraço a Medina

23H45, Largo do Rato e Hotel Altis

Depois de fazer a declaração ao País, António Costa deixou a sede do PS, no Largo do Rato, para ir ter com Fernando Medina, que festeja a vitória no Hotel Altis. O líder socialista fez o percurso a pé, acompanhado por Carlos César, Ana Catarina Mendes, Mariana Vieira da Silva, João Galamba e Susana Ramos.

António Costa destaca “maior vitória autárquica” do PS

23H26, Largo do Rato

Em três pontos apenas: “maior vitória autárquica” do PS, “derrota da direita e em particular do PSD” e “reforço da orientação política que iniciámos ha dois anos.”

Faltavam três minutos para as 23 horas e 30 minutos quando António Costa entrou no Salão da Música acompanhado do presidente do partido, Carlos César, e da secretária-geral-adjunta, Ana Catarina Mendes. Começou por saudar os candidatos e dirigentes socialistas, salientou a descida da taxa de abstenção, que mostra “a vitalidade da democracia”, saudou (de novo) todos os eleitos, “qualquer que seja o seu partido ou movimento de eleitores” e garantiu que conta “com todos, para trabalhar a nível nacional” no próximo mandato, que ficará marcado pela “descentralização”. Será, garantiu o líder do PS, a “maior reforma do Estado desde 1976.”

Passadas as saudações, Costa passou para um discurso mais político. Extrapolando os resultados, referiu que este “resultado reforça o PS, mas sobretudo a mudança que se iniciou há dois anos” e dá “força à continuidade” do quadro parlamentar iniciado há dois anos.

Questionado sobre se este resultado não poderá por em risco a geringonça, Costa elencou resultados: “o PS teve mais votos, mais mandatos, mais presidências de câmara e de juntas de freguesia”. A derrota, disse, “é do PSD”. Esta “não é uma derrota de nenhum dos parceiros” do PS.

RUI DUARTE SILVA

Ajustes de contas no momento das vitórias

23h05 – Rui Moreira e Manuel Pizarro

Rui Moreira foi o grande vencedor, mas mesmo assim teve necessidade de fazer tiro ao alvo a nomes nacionais do PSD e mesmo ao Governo socialista. Manuel Pizarro perdeu para Rui Moreira, mas fez um discurso de vitória, mesmo sentindo as dores do Governo. Rui Moreira sacou de uma citação de Sá Carneiro, fundador do PSD, – ” O Porto sempre mostrou que, para nós, a defesa da liberdade não é uma palavra vã. Há-de ser, portanto, o nosso partido, o Partido do Porto” – para terminar o seu discurso. Pizarro sacou de uma frase de Mário Soares, fundador do PS – “Só é derrotado quem desiste de lutar” – para sustentar que não vai defraudar os seus eleitores.

Até às 21h30, Rui Moreira e Manuel Pizarro jogaram ao jogo do rato e do gato. Moreira não queria falar antes de ter garantias de obter a maioria absoluta e tudo fez para falar depois de Pizarro. Mas este queria também garantir que o seu resultado nas urnas era superior ao obtido há quatro anos, para assim justificar os gritos de “vitória, vitória” com que seria recebido na sede.

E faltavam 15 minutos para as 22h00 quando Moreira avançou. Apressou-se a apontar os “rostos” dos “grandes derrotados desta noite”: António Tavares, Rui Rio e Paulo Rangel”, “por terem utilizado a cidade do Porto como território para disputas de índole nacional”. E avisou: “As eleições autárquicas no Porto não são as primárias secretas do PSD. Neste momento, Álvaro Almeida, o candidato do PSD ao Porto apoiado por Rui Rio fazia também o seu discurso.

Quanto ao PS, mais que ao seu “amigo Manuel Pizarro”, Moreira atirou-se aos membros do governo que tiveram uma “participação inusitada na campanha”, acusando-nos de “nacionalizar as eleições no Porto”.

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, ladeava Pizarro quando este começou, pelas 22h10, a proclamar uma espécie de vitória. “É o PS quem tem a maior subida em comparação com os resultados anteriores. Uma recuperação notável em relação a 2013 e superiores aos de 2015, que levou o PS ao governo. Temos mais mandatos na câmara e na assembleia municipal”.

Mas depois não resistiu a defender o Governo, defendendo-o da “acrimónia e crispação” do discurso de Moreira, só lembrar que foi este governo que entregou à cidade a coleção Miró, e expandiu a rede do Metro, por exemplo.

No final, muita coisa ficou por saber, uma vez que nem um nem outro discursaram dando espaço a perguntas.

Lucilia Monteiro

PS continua a perder câmaras para o PSD

23H Largo do Rato

Não bastaram Terras de Bouro, Ponte da Barca, Castro Daire, Porto Santo e Nordeste. O apuramento dos resultados revela que o PS ainda não deixou de perder câmaras para o PSD. À lista anterior juntam-se Celourico da Beira (Guarda), Castanheira de Pêra (Leiria) Ourém (Santarém) e Murça (Vila Real). Ao todo, o PS já perdeu nove câmaras para o PSD.

Quão longas podem ser as facas?

22h45 Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Na sede nacional do PSD voltou a fazer-se silêncio. Depois de há mais de uma hora Carlos Carreiras ter feito uma primeira análise às projeções não voltou a haver sinais de vida dos dirigentes sociais.democratas.

Nas televisões tem sido uma autêntica roda viva de ex-líderes laranjas a questionarem a liderança de Passos Coelho. Manuela Ferreira Leite foi a mais dura ao dizer que o presidente do PSD “não tem condições” para continuar à frente do partido. Já Luís Marques Mendes considera que a vida do ex-primeiro-ministro “será um inferno” se não anunciar que deixa o cargo. O também ex-presidente do PSD Pedro Santana Lopes diz que estes resultados “são demasiado maus” para o partido. Paulo Rangel diz apenas que “as lideranças têm sempre responsabilidades”. As críticas e dúvidas começam a surgir no seio do partido.

Subsiste a dúvida: o que irá fazer Passos Coelho?

PS perde cinco câmaras para o PSD

22H34 Largo do Rato

Terras de Bouro (Braga), Ponte da Barca (Viana do Castelo), Castro Daire (Viseu), Porto Santo (Madeira) e Nordeste (Açores) mudaram de cor, nestas eleições autárquicas. Em Terras de Bouro, foi eleito (pelo PSD) Manuel Tibo, que era muito próximo do presidente em exercício, Joaquim Cracel. Em Ponte da Barca, Augusto Marinho ocupará o lugar António Abreu, do PS, que atingiu o limite de mandatos. á Manteigas (Guarda) e Alter do Chão (Portalegre) pasaram do PSD para mãos socialistas. Além destas duas, o PS também saiu vencedor em Barrancos, câmara que estava nas mãos da CDU.

Tiago Miranda

Amanhã, Cristas “telefona” a Costa?

22h22, Largo do Caldas

A líder do CDS ganhou nova força como interlocutora na oposição. E já começou a sublinhar isso

A chave do discurso de vitória de Assunção Cristas – segundo lugar em Lisboa, com o melhor resultado desde 1976 e muito à frente do PSD e um crescimento eleitoral que pode juntar uma sexta câmara aos cinco municípios que já detinha – está nesta frase: “Esta postura ainda agora está a começar”. Como me ironizava um elemento ligado à sua candidatura, recentemente, ” se ela bater Teresa Leal Coelho, em Lisboa, no dia seguinte, telefona ao Costa…”. Com efeito, o que estes resultados parecem demonstrar é que o primeiro-ministro tem uma nova interlocutora privilegiada na oposição. A ” nova postura ” anunciada é a da disputa do eleitorado ao PSD, debilitado por um resultado péssimo. “Podem contar comigo em Lisboa e no País”, avisou a líder do CDS.

Assunção Cristas, que começou por anunciar a sua intervenção para as 21h45, tentou depois antecipar a comunicação, para concertar a sua intervenção com a do autarca independente reeleito no Porto, após o telefonema de felicitações a Rui Moreira, que o CDS apoiou. Mas um intervalo de 12 minutos na emissão da SIC obrigou-a a esperar 5 minutos, o que fez com que fosse “atropelada” por Rui Moreira. Um faits divers um pouco caricato, já que acabou por ser o autarca apoiado pelo CDS a retirar-lhe palco nas emissões televisivas. Mas a ideia é a de ter vários momentos, esta noite, para rentabilizar o sucesso. Por isso afirmou que vai continuar aqui, “para acompanhar os resultados”, ainda que o seu candidato à presidência da Assembleia Municipal, Telmo Correia, que já pode respirar fundo, esteja mais atento às incidências do jogo do seu Benfica.

Cristas não quer que ninguém arrede pé e já convidou todos os simpatizantes do CDS em Lisboa a virem ” juntar-se à festa”. E nem o ” pequeno pormenor” de Fernando Medina manter a maioria absoluta na capital lhe estraga um sorriso que lhe está colado à cara desde que a campanha começou.

Mas a pergunta da noite paira aqui, como em todo o “país político” : e agora, “quo vadis”, Passos Coelho?

Teresa Leal Coelho assume derrota. Aguarda-se reação de Passos Coelho

22h20 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Na Rua São Caetano, na Lapa, espera-se que o líder do PSD reaja aos resultados depois de Teresa Leal Coelho já ter assumido a derrota. A candidata social-democrata dirige-se neste momento para a sede nacional do partido onde se vai reunir com os restantes dirigentes partidários. O PSD atingiu esta noite o pior resultado de sempre na capital e pode mesmo ficar em quarto lugar, atrás de CDS-PP e da CDU. A reação de Passos Coelho aos resultados não está para breve e pode mesmo só acontecer depois de António Costa falar

PS rouba câmara à CDU, em Santarém

22H10 Largo do Rato

A CDU perdeu a câmara de Constância, no distrito de Santarém, para o PS. Contados os votos, o lugar de Júlia Amorim será ocupado pelo socialista Sérgio Oliveira.

José Carlos Carvalho

PS rouba quatro câmaras ao PSD

21H57 Largo do Rato

Maria da Luz Rosinha, secretária nacional do PS para as autarquias, dirigiu-se ao salão da música, onde se encontram os jornalistas, para informar que “os magníficos resultados não se limitam à vitória em Lisboa, Sintra, Odivelas ou à grande subida no Porto, mas também já temos confirmados concelhos tradicionalmente sociais-democratas como Pedrógão Grande, São João da Madeira, Bombarral e Ansião.”

Tirando São João da Madeira, todas as outras câmaras referidas por Maria da Luz Rosinha ficam no distrito de Leiria, devastado em junho pelos incêndios. Apesar de Pedrógão ter mudado de cor, acabou por não mudar de mãos, já que Valdemar Alves (que em 2013 se candidatou pelo PSD) concorreu este ano pelo PS.

PSD perde para independentes e CDS

A noite está difícil para o PSD. O independente Manuel Cordeiro, candidato pelo movimento “Pela Nossa Terra”, foi eleito presidente da Câmara de S. João da Pesqueira, até agora liderada pelos sociais-democratas. Já Oliveira do Bairro saiu das mãos do PSD para as do CDS.

PS continua a ser o partido mais votado

21h40 Resultados apurados

Com metade das freguesias apuradas – 1 603 de um total de 3 092–, o PS segue na frente com 41,81% dos votos, seguido pelo PSD (22,41%), CDU (5,96%), CDS (3,02%) e Bloco (1,25%).

Carlos Carreiras: “Não é expectável que tenhamos cumprido com o nosso objetivo”

21h10 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Depois de dois adiamentos, o coordenador autárquico nacional do PSD falou aos jornalistas e desfez o silêncio. Carlos Carreiras começou por saudar a participação dos portugueses e de todos os candidatos. Sobre as primeiras projeções, disse que “dos resultados que se vão conhecendo não é expectável” que o partido tenha “cumprido com o objetivo”. O também presidente da Câmara Municipal de Cascais tentou desvalorizar os maus resultados que se adivinham no Porto e em Lisboa recordando que “existem outros 306 munícipios” para além das duas maiores cidades portuguesas. Repetindo o que já tinha afirmado anteriormente, Carlos Carreiras afirmou que o primeiro responsável por um eventual mau resultado autárquico seria ele prórprio, tentando defender o líder laranja, Passos Coelho.

Quem não evitou falar desse assunto foi Manuela Ferreira Leite, que na reação às primeiras projeções afirmou de forma perentória que o ex-primeiro-ministro não tinha condições para continuar a liderar o PSD. Questionado sobre estas declarações, Carreiras foi claro e conciso: “isso é a opinião da Dra. Manuela Ferreira Leite”, tentando isolar uma opinião que pode vir a tornar-se mais generalizada depois desta noite. Os sociais-democratas aguardam ainda por um apuramento mais esclarecedor dos resultados para uma nova reação. As projeções apontam para um péssimo resultado eleitoral do PSD.

PS com mais de 42% dos votos

21:10 Resultados parciais

Com um terço das freguesias apuradas – 1 004 de um total de 3 092–, o PS segue na frente com 42,12% dos votos, seguido pelo PSD (24,97%) e CDU (6,12%). Até ao momento, os socialistas elegeram cinco presidentes de câmara e os social-democratas venceram uma câmara.

Sinais de uma noite de facas longas?

21:05 – Sede Nacional do PSD – Rua São Caetano

O silêncio vai-se tornando progressivamente ensurdecedor na sede do PSD. Enquanto não aparecem dirigentes do PSD para uma primeira declaração, Manuela Ferreira Leite, ex-presidente do PSD, disse na TVI que Passos Coelho “não tem” condições para continuar na liderança do partido. Carlos Carreiras irá falar a qualquer momento.

Sardoal e Mora reelegem presidentes

20H44 Largo do Rato (sede nacional do PS)

O segundo e o terceiro eleitos da noite são António Borges, do PSD, candidato à Câmara do Sardoal, distrito de Santarém, e Luís Matos, recandidato à autarquia de Mora pela CDU.

Primeiro presidente Eleito é socialista

20H30 Largo do Rato (sede nacional do PS)

O primeiro presidente eleito nestas eleições autárquicas é Luís Pereira, candidato pelo PS. Luís Pereira, que ja havia sido eleito presidente para aquela câmara nas eleições de 2013, obteve 1494 dos 2156 votos, o que corresponde a 69% do total. Com esta votação, o PS ocupará quatro lugares no executivo. A coligação PSD-CDS elegeu um vereador.

Desolação no PS, mesmo com “resultado digno”

20h30, Manuel Pizarro

Na sede de Manuel Pizarro, o ambiente é já de desolação, apesar de Tiago Barbosa Ribeiro, líder socialista da concelhia do Porto, ter vindo assegurar que tudo apontava para a obtenção de “um resultado digno no Porto”, a superar o das últimas autárquicas. Deu já os parabéns a Rui Moreira, que continuará a presidir a câmara. Manuel Pizarro continua recolhido no hotel, não se sabendo a que horas irá falar.

Luís Barra

PSD volta a adiar reação de Carlos Carreiras

20h17 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Os dirigentes sociais-democratas continuam reunidos na sede nacional a analisar os resultados da noite eleitoral. Era esperada uma declaração de Carlos Carreiras para esta hora mas foi comunicado aos jornalistas que a reação do coordenador autárquico social-democrata não vai acontecer “para já”. O silêncio continua na sede do PSD.

PSD só deve falar às 20h30

20h17 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Era esperada uma declaração de Carlos Carreiras às 20h00 mas o coordenador autárquico do partido ainda não subiu ao púlpito. Espera-se que a primeira reação do partido possa agora acontecer por volta das 20h30. O núcleo duro do partido continua reunido na São Caetano a analisar as primeiras projeções, que apontam para uma noite dramática no PSD

20h00, sede de Rui Moreira

Ter ou não ter maioria absoluta

A um minuto das 20 badaladas, os gritos de vitória ecoam e as bandeiras agitam-se, numa sede que continua esvaziada de personalidades. 43 a 48% dá a sondagem da rtp, o único canal que se vê na sede de campanha. A vitória é certa. Ter ou não maioria absoluta é a dúvida. Esperam-se os primeiros comentários de Nuno Santos, o diretor de campanha.

RUI DUARTE SILVA

19h50, sede de Rui Moreira

Chegam as bandeiras

Sede enche-se de bandeiras azuis claras e ouvem-se já os cânticos do movimento . Festeja-se uma vitoria antecipadamente anunciada?

19h40 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Carlos Abreu Amorim diz que PSD “não tem medo de nada”

Não se esperava que nenhum membro do PSD falasse antes das 20h00 mas Carlos Abreu Amorim falou há instantes aos jornalistas. O deputado social-democrata mostrou-se muito satisfeito com as projeções avançadas por mostrarem que existe uma “diminuição da tendência de crescimento da abstenção”. Questionado sobre um possível mau resultado do partido, Carlos Abreu Amorim disse apenas que o PSD “não tem medo de nada”.

José Carlos Carvalho

19H30 Largo do Rato

Prognósticos só no fim da noite?

“Ainda é cedo para sabermos resultados”, disse o secretário nacional do PS, Porfírio Silva, quando, falando aos jornalistas, se congratulou pela previsível quebra na taxa de abstenção, que em 2013 alcançou os 47,4%.

O secretariado nacional (alargado) do PS está reunido no Largo do Rato, onde António Costa chegou cerca de 20 minutos antes das 19 horas. Por mais esperançados que estejam na vitória, pouca coisa conseguirá igualar o impacto que as autárquicas de 2013 tiveram nas hostes socialistas.

Com uma presença incansável no terreno, o então líder do PS, António José Seguro, foi recebendo a recompensa ao longo daquela noite de 29 de setembro, no Largo do Rato. De norte a sul do País, os socialistas somaram sucessos atrás de sucessos até alcançarem o seu melhor resultado autárquico desde 1976: 150 presidências de câmaras (contando com a do Funchal, onde o PS liderou uma coligação que juntou o Bloco de Esquerda, o Partido da Nova Democracia, o Movimento Partido da Terra, o Partido Trabalhista Português e o Partido pelos Animais e pela Natureza).

Nas últimas autárquicas, o PS atacou em todas as frentes. Até conseguiu, numas eleições onde as candidaturas independentes quase duplicaram, destronar os sem-partido – aconteceu em Amares (no distrito de Braga), na Gondomar de Valentim Loureiro (distrito do Porto) ou em Sines (distrito de Setúbal).

Contas feitas, o PS de António José Seguro arrecadou 1 810 744 votos (36,25% do total de votantes) e ocupou as presidências da Associação Nacional de Municípios (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias.

As expectativas estão altas, para o PS de António Costa e de Ana Catarina Mendes (que liderou o processo, enquanto Costa governava o País). Mas a verdade é que, mesmo que perca algumas câmaras, dificilmente deixará de ser o maior partido autárquico.

LUCILIA MONTEIRO

19h30 – sedes Rui Moreira e Manuel Pizarro

Rui Moreira chegou à sede por volta das 18h30. Manuel Pizarro recolhe-se no hotel dos Aliados, em frente à sede de Rui Moreira. Há já alguma agitação no ar, um ainda escondido sabor a vitória por parte do independente Rui Moreira, com os sururus das primeiras sondagens à boca das urnas que lhe apontam uma vitória, se não uma maioria absoluta.

Na sede de Pizarro, uns metros acima da de Rui Moreira, há quatro televisores ligados. Na de Rui Moreira apenas um. Não se veem ainda muitos rostos conhecidos.

19h18 – Sede nacional do PSD – Rua São Caetano

Matos Rosa espera que projeções que apontam para redução da abstenção se confirmem

José Matos Rosa reagiu às projeções para a abstenção, que podem ir dos 40% aos 48%. Sem ser certo que os números sejam melhores que os de há quatro anos (47,4%), o secretário-geral dos sociais-democratas disse numa breve declaração que o PSD espera que a abstenção possa ser menor. Matos Rosa saudou ainda a forma como decorreu a campanha e as votações ao longo de dia de hoje, salientando o “civismo” de todos os participantes políticos. Esta foi a primeira reação oficial do partido. Por volta das 20h00, o coordenador autárquico do partido, Carlos Carreiras, deve reagir às primeiras projeções. Pedro Passos Coelho chegou há instantes à sede nacional do PSD, onde se encontra reunido com os restantes líderes do partido para analisar os resultados desta noite eleitoral.

Luís Barra

19H Largo do Rato (sede nacional do PS)

PS “empenhou-se nesta festa da democracia”

O secretário nacional do Partido Socialista (PS) começou a falar aos jornalistas no preciso momento em que as urnas se davam por encerradas. Na primeira declaração da noite, no Largo do Rato, salientou que era “cedo para sabermos resultados” mas nao deixou de se referir à abstenção, cuja taxa, em 2013, registou um máximo histórico de 47,4%. A expectativa, disse Porfírio Silva, é a de que “a participação, a afluência, seja positiva. É um sinal importante e relevante”, disse.

A expectativa, referiu ainda, é a de que “possa haver quebra da abstenção”. A participação, deu a entender, contou com a ajuda do PS, partido que se “empenhou, nesta festa da democracia”.

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