Abreu Amorim: um novo pior do que os velhos

18-10-2019
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Havia um professor de Direito, presença constante nas redes sociais, que fez algum nome como cronista na Comunicação Social. E o que faz um cronista político regular na Comunicação Social? Basicamente, vai criticando o que acha mal.

Entretanto esse cronista aceitou ser deputado do PSD, por Viana do Castelo. Até aqui tudo bem. Mas espera-se que alguém que vem de fora dos partidos faça qualquer coisa de novo, de diferente. Carlos Abreu Amorim - este é o seu nome - não se distinguiu, porém, assim tanto, fosse como deputado, fosse como vice-presidente da bancada.

Entretanto aceitou ser candidato autárquico por Vila Nova de Gaia, também pelo PSD. Nada de muito mal, embora eu, pessoalmente (provavelmente por ser velho) desconfie dos homens que são candidatos a qualquer coisa em qualquer sítio - a deputado e a presidente de Câmara; em Viana ou em Gaia. Mas está bem.

Entretanto, na apresentação da candidatura a autarca, decidiu fazer uma declaração política ribombante: a de que terminou o tempo de Vítor Gaspar. Eu até posso concordar, mas fico sempre de pé atrás quando alguém que precisa desesperadamente de votos e da simpatia popular apresenta um discurso (ou, como agora se diz, uma narrativa) radicalmente diferente daquele que fazia até então com o mero objetivo de agradar a quem o ouve. Parece-me aquilo que se convenciona chamar em política 'oportunismo'.

Diz Abreu Amorim que Gaspar foi ótimo para recuperar a credibilidade e a confiança nos mercados, mas que agora o país já não precisa dele.

Eu permito-me não discordar, mas acrescentaria que o país também não precisa de Carlos Abreu Amorim. Para fazer o que ele tem vindo a fazer já o país tinha políticos mais do que suficientes. Não era preciso o PSD ter ido buscar alguém de fora, à blogosfera ou às crónicas dos jornais.

Há políticos novos que conseguem ser piores do que os antigos. Não conheço Abreu Amorim nem sei o que o move, mas a coincidência entre os seus atos e os que marcaram o pior da política portuguesa não permite esperar uma melhoria nesta frente. Ou, como já vinha escrito na Bíblia, "não é com remendos novos em pano velho" que lá vamos...

Twitter:@HenriquMonteiro https://twitter.com/HenriquMonteiro

Facebook:http://www.facebook.com/pages/Henrique-Monteiro/122751817808469?ref=hl

Havia um professor de Direito, presença constante nas redes sociais, que fez algum nome como cronista na Comunicação Social. E o que faz um cronista político regular na Comunicação Social? Basicamente, vai criticando o que acha mal.

Entretanto esse cronista aceitou ser deputado do PSD, por Viana do Castelo. Até aqui tudo bem. Mas espera-se que alguém que vem de fora dos partidos faça qualquer coisa de novo, de diferente. Carlos Abreu Amorim - este é o seu nome - não se distinguiu, porém, assim tanto, fosse como deputado, fosse como vice-presidente da bancada.

Entretanto aceitou ser candidato autárquico por Vila Nova de Gaia, também pelo PSD. Nada de muito mal, embora eu, pessoalmente (provavelmente por ser velho) desconfie dos homens que são candidatos a qualquer coisa em qualquer sítio - a deputado e a presidente de Câmara; em Viana ou em Gaia. Mas está bem.

Entretanto, na apresentação da candidatura a autarca, decidiu fazer uma declaração política ribombante: a de que terminou o tempo de Vítor Gaspar. Eu até posso concordar, mas fico sempre de pé atrás quando alguém que precisa desesperadamente de votos e da simpatia popular apresenta um discurso (ou, como agora se diz, uma narrativa) radicalmente diferente daquele que fazia até então com o mero objetivo de agradar a quem o ouve. Parece-me aquilo que se convenciona chamar em política 'oportunismo'.

Diz Abreu Amorim que Gaspar foi ótimo para recuperar a credibilidade e a confiança nos mercados, mas que agora o país já não precisa dele.

Eu permito-me não discordar, mas acrescentaria que o país também não precisa de Carlos Abreu Amorim. Para fazer o que ele tem vindo a fazer já o país tinha políticos mais do que suficientes. Não era preciso o PSD ter ido buscar alguém de fora, à blogosfera ou às crónicas dos jornais.

Há políticos novos que conseguem ser piores do que os antigos. Não conheço Abreu Amorim nem sei o que o move, mas a coincidência entre os seus atos e os que marcaram o pior da política portuguesa não permite esperar uma melhoria nesta frente. Ou, como já vinha escrito na Bíblia, "não é com remendos novos em pano velho" que lá vamos...

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