O MacGuffin: O topete do homem

16-07-2018
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Fortíssimo candidato ao lugar de “Béria socrático” (tem como concorrente mais directo Augusto Santos Silva, agora mais sossegado por inerência de cargo), Capoulas Santos volta a sair da bruma aparelhista em defesa dos seus. “Eu acho que em política, mesmo em campanha eleitoral, não pode valer tudo e o expediente de que o professor Cavaco Silva se socorreu para introduzir o BPN na campanha é um ato de puro maquiavelismo político”, disse. Desconheço se Capoulas Santos acha que está a falar para uma plateia de néscios (permeável à sua lendária hipocrisia política) ou se, por estes dias, lhe falham algumas faculdades mentais básicas. Seja como for, alguém devia segredar-lhe ao ouvido uma pequena evidência: achar que foi o professor Cavaco Silva quem quis introduzir o BPN na campanha, é mais ou menos o mesmo que dizer que foi José Sócrates quem suscitou, por sua própria iniciativa, a discussão pública em torno da sua atribulada licenciatura ou dos seus projectos na Covilhã. Com a pequenina diferença de que Cavaco Silva tem um currículo académico que fala por si e, no que respeita ao BPN, o povo português sabe que não há réstia de ligação entre o cidadão Cavaco Silva e os putativos actos criminosos (que o ministro Silva Pereira já julgou antes dos tribunais) dos gestores da SLN e do BPN.Farto de ser atacado, de forma insidiosa e maliciosa, por um assunto que não lhe diz respeito (o BPN), Cavaco Silva tem o legitimo direito de falar no mesmo - pronunciando-se, neste caso, não sobre matéria que está sob a alçada da justiça (e se os dirigentes e militantes do PS tanto se queixaram de, no passado, se discutirem assuntos de justiça na praça pública, deveriam ser os primeiros a compreender isso), mas sobre o presente de um banco que, é bom lembrar, foi nacionalizado com o objectivo de salvar o sistema financeiro português.É legítimo e compreensível que Cavaco Silva levante a questão da eficácia do processo BPN pós-nacionalização (assunto, repito, que não chamou à colação, e solução que lhe suscitou dúvidas desde o início), tanto mais que parece estarmos na presença de um buraco sem fundo. E quem vai pagar a facturinha, Sr. Capoulas Santos? Quer que lhe faça um esquema em powerpoint?

Fortíssimo candidato ao lugar de “Béria socrático” (tem como concorrente mais directo Augusto Santos Silva, agora mais sossegado por inerência de cargo), Capoulas Santos volta a sair da bruma aparelhista em defesa dos seus. “Eu acho que em política, mesmo em campanha eleitoral, não pode valer tudo e o expediente de que o professor Cavaco Silva se socorreu para introduzir o BPN na campanha é um ato de puro maquiavelismo político”, disse. Desconheço se Capoulas Santos acha que está a falar para uma plateia de néscios (permeável à sua lendária hipocrisia política) ou se, por estes dias, lhe falham algumas faculdades mentais básicas. Seja como for, alguém devia segredar-lhe ao ouvido uma pequena evidência: achar que foi o professor Cavaco Silva quem quis introduzir o BPN na campanha, é mais ou menos o mesmo que dizer que foi José Sócrates quem suscitou, por sua própria iniciativa, a discussão pública em torno da sua atribulada licenciatura ou dos seus projectos na Covilhã. Com a pequenina diferença de que Cavaco Silva tem um currículo académico que fala por si e, no que respeita ao BPN, o povo português sabe que não há réstia de ligação entre o cidadão Cavaco Silva e os putativos actos criminosos (que o ministro Silva Pereira já julgou antes dos tribunais) dos gestores da SLN e do BPN.Farto de ser atacado, de forma insidiosa e maliciosa, por um assunto que não lhe diz respeito (o BPN), Cavaco Silva tem o legitimo direito de falar no mesmo - pronunciando-se, neste caso, não sobre matéria que está sob a alçada da justiça (e se os dirigentes e militantes do PS tanto se queixaram de, no passado, se discutirem assuntos de justiça na praça pública, deveriam ser os primeiros a compreender isso), mas sobre o presente de um banco que, é bom lembrar, foi nacionalizado com o objectivo de salvar o sistema financeiro português.É legítimo e compreensível que Cavaco Silva levante a questão da eficácia do processo BPN pós-nacionalização (assunto, repito, que não chamou à colação, e solução que lhe suscitou dúvidas desde o início), tanto mais que parece estarmos na presença de um buraco sem fundo. E quem vai pagar a facturinha, Sr. Capoulas Santos? Quer que lhe faça um esquema em powerpoint?

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