pressportugal: a ausência física do presidente dos açores no conselho de estado desvirtua o poder do presidente de portugal

18-04-2019
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quando cavaco silva, presidente dos portugueses, interrompeu - há quatro anos - as suas férias no algarve para, ao chegar a lisboa, fazer uma declaração ao país, a maioria que ouve rádio e vê televisão julgou tratar-se do anúncio de mais um golpe com o fito de derrubar o regime democrático. leia-se regime democrático português. mas não, o homem tremeu de raiva ao saber que tanto a assembleia legislativa regional quanto a assembleia da república tinham aprovado uma determinada liofilização do seu poder como chefe da nação. a declaração era uma espécie de aviso a traidores que  estavam a preparar paulatinamente a separação das ilhas de portugal. rugiu o leão e, como de costume, os açorianos acobardaram. o presidente cavaco fala assim e fala bem tendo em conta que os açores dependem de portugal porque uma vez destruída a sua indústria-económica de produção pela política centralista do colonialista esta foi substituída pela invasão do sistema de segurança social e pela abertura de imensas vagas para a função pública dos indígenas. os açorianos de um momento para o outro tinham emprego e podiam morrer em novos hospitais com médicos, tubos no nariz e tudo mais. a escola secundária passou a ser de graça e uma vez criado o ensino universitário os futuros candidatos a emigrantes ou candidatos a balconistas no comércio tradicional deram por si doutores. esta droga durou o tempo suficiente e não trouxe nada que pudesse precaver e organizar o fururo. neste momento os doutores estão no desemprego e o governo central prepara-se para expulsar das fileiras da função pública centenas e centenas de ilhéus. é o caos e a desgraça que se está a desenhar nesta ainda colónia ou espécie de antiga colónia, melhor dizendo. os portugueses não aprenderam nada com a história. para eles que começaram a navegar não para pescar mas para assaltar povos estabelecidos comercialmente no norte de áfrica nada mais existe para além desta visão e modelo económico. o dinheiro da expansão serviu para o luxo e construção de catedrais por esse país fora. e o povo? que se lixasse; que cavasse a terra para dela sobreviver depois de pagar dois terços ao seu senhor. o mesmo se passa hoje em dia. bem, não é bem assim, os senhores dos dinheiros públicos criaram para si bons tachos e centros culturais e para o poveco estradas e possibilidades de crédito. todos contentes, todos enrabados! quando surgiu o movimento independentista nos açores, o motivo era tentar escapar ao descalabro que para aí vinha. foram logo apelidados de fascistas e direiristas. e tinham razão? claro, e sabem porquê? porque os governos portugueses distribuíram muito dinheiro pelo povo açoriano transformando-o em arranjos de casas de banho, emprego, apoio na saúde, subsídios para a terceira idade e outras benesses que o poveco das ilhas desconhecia porque meio asselvajado e ignorante. como os senhores dos açores não lhes tinha dado nada até ao 25 de abril a não ser trabalho pesado e esmifrados patacos como paga, lógico seria que pensasse que os maus fossem aqueles, levados e motivados pelas bocas difusoras dos novos ideólogos estatais, diga-se. nestas condições não é difícil escolher. e a escolha de subserviência coube nos que lhe enchem a barriga. aquele tempo em que de chapéu na mão o antigo labrego pedia a esmola para poder trabalhar na terra do senhor para conseguir matar a fome aos filhos (muitos) já era. esta economia fantasiosa está em estertor pois não se sustenta sem o tal apoio externo(dádivas que servem para o comprar). só que aquele acabou. e agora? agora é mandar os tais fazedores de ilusões para a estrebaria do paço. e como bons cobardes toca a pensar nas duas únicas hipóteses que se lhe apresenta: emigrar ou pedir emprego aos empresários e aos proprietários de terras que irão surgir como papoilas afegãs em tempo de paz. e voltámos ao mesmo? claro! mas primeiro é preciso dar uma de separatista para fazer acordar o leão moribundo que ainda se julga rei da praia do meco... o presidente da república convoca o conselho de estado para analisar o possível afundamento do país que resvala perigosamente para a guerra social. entre os lugares cativos estão os dos presidentes  das chamadas regiões autonómicas. um é vasco cordeiro, jovem socialista, que está no seu primeiro mandato. o outro é uma espécie de abutre dos dinheiros públicos. imaginem que utiliza o método dos gregos para com os alemães: que paguem as dívidas de guerra. ninguém os mandou invadir a grécia. e isso paga-se. foram quinhentos anos a explorar o povo madeirense. logo, toda e qualquer dívida é para descontar. ah, este jardim! vasco cordeiro só não se apresentou ao conselho de estado como ainda colocou o dia dos açores acima dos interesses de portugal. reduziu o conselho de estado a um encontro de damas que iriam discutir assuntos de criadas de quarto tomando o seu chazinho das cinco. como a pide deixou de se apresentar ao serviço, cavaco teve que engolir o sapo açoriano. que bela resposta! e agora, onde estão os poderes do grande chefe do estado? nos açores, a partir desta bofetada em pele de vaca, é que não estão. com a atitude de vasco cordeiro toda e qualquer orientação do governo central na política regional será tomada como acto colonial. acima do governo central estava o presidente. este ficou vazio de poder nas ilhas. para já, um governo eleito democraticamente pelo povo ilhéu não baixará as armas a outro que governa longe dos seus interesses. politicamente o chefe de estado terá menos importância que um império do senhor espírito santo. depois, há a questão de que nem mesmo os parceiros políticos querem ver o chefe do governo português por perto para não dar péssima impressão ao povo. estou a lembrar-me de berta cabral ao impedir ver-se acompanhada do actual primeiro-ministro. se isto não é prelúdio de um independentismo no terreno, vou ali e já venho. e atenção, agora a questão muda de prato da balança. o prato da esquerda. ai é??????????????????????

manuel melo bento

quando cavaco silva, presidente dos portugueses, interrompeu - há quatro anos - as suas férias no algarve para, ao chegar a lisboa, fazer uma declaração ao país, a maioria que ouve rádio e vê televisão julgou tratar-se do anúncio de mais um golpe com o fito de derrubar o regime democrático. leia-se regime democrático português. mas não, o homem tremeu de raiva ao saber que tanto a assembleia legislativa regional quanto a assembleia da república tinham aprovado uma determinada liofilização do seu poder como chefe da nação. a declaração era uma espécie de aviso a traidores que  estavam a preparar paulatinamente a separação das ilhas de portugal. rugiu o leão e, como de costume, os açorianos acobardaram. o presidente cavaco fala assim e fala bem tendo em conta que os açores dependem de portugal porque uma vez destruída a sua indústria-económica de produção pela política centralista do colonialista esta foi substituída pela invasão do sistema de segurança social e pela abertura de imensas vagas para a função pública dos indígenas. os açorianos de um momento para o outro tinham emprego e podiam morrer em novos hospitais com médicos, tubos no nariz e tudo mais. a escola secundária passou a ser de graça e uma vez criado o ensino universitário os futuros candidatos a emigrantes ou candidatos a balconistas no comércio tradicional deram por si doutores. esta droga durou o tempo suficiente e não trouxe nada que pudesse precaver e organizar o fururo. neste momento os doutores estão no desemprego e o governo central prepara-se para expulsar das fileiras da função pública centenas e centenas de ilhéus. é o caos e a desgraça que se está a desenhar nesta ainda colónia ou espécie de antiga colónia, melhor dizendo. os portugueses não aprenderam nada com a história. para eles que começaram a navegar não para pescar mas para assaltar povos estabelecidos comercialmente no norte de áfrica nada mais existe para além desta visão e modelo económico. o dinheiro da expansão serviu para o luxo e construção de catedrais por esse país fora. e o povo? que se lixasse; que cavasse a terra para dela sobreviver depois de pagar dois terços ao seu senhor. o mesmo se passa hoje em dia. bem, não é bem assim, os senhores dos dinheiros públicos criaram para si bons tachos e centros culturais e para o poveco estradas e possibilidades de crédito. todos contentes, todos enrabados! quando surgiu o movimento independentista nos açores, o motivo era tentar escapar ao descalabro que para aí vinha. foram logo apelidados de fascistas e direiristas. e tinham razão? claro, e sabem porquê? porque os governos portugueses distribuíram muito dinheiro pelo povo açoriano transformando-o em arranjos de casas de banho, emprego, apoio na saúde, subsídios para a terceira idade e outras benesses que o poveco das ilhas desconhecia porque meio asselvajado e ignorante. como os senhores dos açores não lhes tinha dado nada até ao 25 de abril a não ser trabalho pesado e esmifrados patacos como paga, lógico seria que pensasse que os maus fossem aqueles, levados e motivados pelas bocas difusoras dos novos ideólogos estatais, diga-se. nestas condições não é difícil escolher. e a escolha de subserviência coube nos que lhe enchem a barriga. aquele tempo em que de chapéu na mão o antigo labrego pedia a esmola para poder trabalhar na terra do senhor para conseguir matar a fome aos filhos (muitos) já era. esta economia fantasiosa está em estertor pois não se sustenta sem o tal apoio externo(dádivas que servem para o comprar). só que aquele acabou. e agora? agora é mandar os tais fazedores de ilusões para a estrebaria do paço. e como bons cobardes toca a pensar nas duas únicas hipóteses que se lhe apresenta: emigrar ou pedir emprego aos empresários e aos proprietários de terras que irão surgir como papoilas afegãs em tempo de paz. e voltámos ao mesmo? claro! mas primeiro é preciso dar uma de separatista para fazer acordar o leão moribundo que ainda se julga rei da praia do meco... o presidente da república convoca o conselho de estado para analisar o possível afundamento do país que resvala perigosamente para a guerra social. entre os lugares cativos estão os dos presidentes  das chamadas regiões autonómicas. um é vasco cordeiro, jovem socialista, que está no seu primeiro mandato. o outro é uma espécie de abutre dos dinheiros públicos. imaginem que utiliza o método dos gregos para com os alemães: que paguem as dívidas de guerra. ninguém os mandou invadir a grécia. e isso paga-se. foram quinhentos anos a explorar o povo madeirense. logo, toda e qualquer dívida é para descontar. ah, este jardim! vasco cordeiro só não se apresentou ao conselho de estado como ainda colocou o dia dos açores acima dos interesses de portugal. reduziu o conselho de estado a um encontro de damas que iriam discutir assuntos de criadas de quarto tomando o seu chazinho das cinco. como a pide deixou de se apresentar ao serviço, cavaco teve que engolir o sapo açoriano. que bela resposta! e agora, onde estão os poderes do grande chefe do estado? nos açores, a partir desta bofetada em pele de vaca, é que não estão. com a atitude de vasco cordeiro toda e qualquer orientação do governo central na política regional será tomada como acto colonial. acima do governo central estava o presidente. este ficou vazio de poder nas ilhas. para já, um governo eleito democraticamente pelo povo ilhéu não baixará as armas a outro que governa longe dos seus interesses. politicamente o chefe de estado terá menos importância que um império do senhor espírito santo. depois, há a questão de que nem mesmo os parceiros políticos querem ver o chefe do governo português por perto para não dar péssima impressão ao povo. estou a lembrar-me de berta cabral ao impedir ver-se acompanhada do actual primeiro-ministro. se isto não é prelúdio de um independentismo no terreno, vou ali e já venho. e atenção, agora a questão muda de prato da balança. o prato da esquerda. ai é??????????????????????

manuel melo bento

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