Esquerda unida nas criticas a Bruxelas

18-05-2016
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BE, PCP e Verdes criticam Comissão Europeia e afastam cenário de mais austeridade no país

A geringonça continua oleada e, aparentemente, a pressão da Comissão Europeia (CE) para que o Governo avance com uma correção duradoura do défice até 2017, não conseguiu meter areia na engrenagem.

Tanto o Bloco, como os comunistas e os Verdes consideram que o anúncio de eventuais sanções a Portugal não vai alterar "o caminho de recuperação de rendimentos”, iniciado há seis meses, nem abalar o acordo de entendimento assinado com o PS.

Mariana Mortágua afirma que “o país não tem de pagar pelo falhanço da política de austeridade”, política essa, recorda, “que foi imposta pela própria Comissão europeia”. A deputada do BE considera mesmo “perverso” que "a mesma CE que impôs medidas que falharam, venha agora impor sanções sobre a sua própria política”.

O facto de Bruxelas ter adiado o anúncio das sanções para julho, depois das eleições em Espanha, mereceu também a crítica da deputada que diz tratar-se de uma “típica estratégia ou jogo" da CE. "Acredito que, a Comissão Europeia ao não divulgar já uma posição formal sobre as sanções, o que está a fazer é a ganhar espaço para poder pressionar de alguma forma não só o período eleitoral, mas também a formação política que sair em Espanha", explicou.

O PCP e os Verdes preferiram chamar a atenção para a ingerência de Bruxelas e solicitaram ao governo para que seja capaz de bater o pé

"É preciso dizer não às ingerências, às pressões e às chantagens e afirmar a firme intenção de prosseguir e aprofundar as políticas de reposição de rendimentos que, embora tenha um carater limitado, dão resposta às aspirações dos portugueses", disse esta tarde no Parlamento, o comunista Paulo Sá.

Também José Luís Ferreira acentuou a "tentativa da UE no sentido de continuar o condicionamento e as políticas que foram impostas ao longo destes anos". "Aquilo que ‘Os Verdes' têm a dizer é que não dão para esse peditório e consideram que Portugal e o seu Governo devem afirmar a sua soberania", afirmou.

Mariana Mortágua criticou ainda a "hipocrisia" dos líderes do PSD e do CDS-PP, Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas, que em Portugal escrevem cartas à comissão europeia a solicitar que "seja complacente", mas depois a nível europeu fazem parte de um grupo partidário que tem “intransigência zero para com os países que falham as metas”. E concluiu: “Passos Coelho e Assunção Cristas põem o pin na lapela à chegada, mas tiram-no à saída”.

Na conferência de imprensa de apresentação das decisões hoje tomadas pelo executivo comunitário no quadro do semestre europeu de coordenação de políticas económicas, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, indicou que a Comissão Europeia decidiu propor que seja dado "mais um ano, e apenas mais um ano" a Portugal para colocar o seu défice abaixo dos 3% do Produto Interno Bruto.

Relativamente à "muita especulação" em torno de eventuais sanções a Espanha e Portugal, Pierre Moscovici comentou que a Comissão concluiu que "este não é o momento certo, económica ou politicamente, para tomar esse passo", mas frisou que a situação voltará a ser analisada "no início de julho".

BE, PCP e Verdes criticam Comissão Europeia e afastam cenário de mais austeridade no país

A geringonça continua oleada e, aparentemente, a pressão da Comissão Europeia (CE) para que o Governo avance com uma correção duradoura do défice até 2017, não conseguiu meter areia na engrenagem.

Tanto o Bloco, como os comunistas e os Verdes consideram que o anúncio de eventuais sanções a Portugal não vai alterar "o caminho de recuperação de rendimentos”, iniciado há seis meses, nem abalar o acordo de entendimento assinado com o PS.

Mariana Mortágua afirma que “o país não tem de pagar pelo falhanço da política de austeridade”, política essa, recorda, “que foi imposta pela própria Comissão europeia”. A deputada do BE considera mesmo “perverso” que "a mesma CE que impôs medidas que falharam, venha agora impor sanções sobre a sua própria política”.

O facto de Bruxelas ter adiado o anúncio das sanções para julho, depois das eleições em Espanha, mereceu também a crítica da deputada que diz tratar-se de uma “típica estratégia ou jogo" da CE. "Acredito que, a Comissão Europeia ao não divulgar já uma posição formal sobre as sanções, o que está a fazer é a ganhar espaço para poder pressionar de alguma forma não só o período eleitoral, mas também a formação política que sair em Espanha", explicou.

O PCP e os Verdes preferiram chamar a atenção para a ingerência de Bruxelas e solicitaram ao governo para que seja capaz de bater o pé

"É preciso dizer não às ingerências, às pressões e às chantagens e afirmar a firme intenção de prosseguir e aprofundar as políticas de reposição de rendimentos que, embora tenha um carater limitado, dão resposta às aspirações dos portugueses", disse esta tarde no Parlamento, o comunista Paulo Sá.

Também José Luís Ferreira acentuou a "tentativa da UE no sentido de continuar o condicionamento e as políticas que foram impostas ao longo destes anos". "Aquilo que ‘Os Verdes' têm a dizer é que não dão para esse peditório e consideram que Portugal e o seu Governo devem afirmar a sua soberania", afirmou.

Mariana Mortágua criticou ainda a "hipocrisia" dos líderes do PSD e do CDS-PP, Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas, que em Portugal escrevem cartas à comissão europeia a solicitar que "seja complacente", mas depois a nível europeu fazem parte de um grupo partidário que tem “intransigência zero para com os países que falham as metas”. E concluiu: “Passos Coelho e Assunção Cristas põem o pin na lapela à chegada, mas tiram-no à saída”.

Na conferência de imprensa de apresentação das decisões hoje tomadas pelo executivo comunitário no quadro do semestre europeu de coordenação de políticas económicas, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, indicou que a Comissão Europeia decidiu propor que seja dado "mais um ano, e apenas mais um ano" a Portugal para colocar o seu défice abaixo dos 3% do Produto Interno Bruto.

Relativamente à "muita especulação" em torno de eventuais sanções a Espanha e Portugal, Pierre Moscovici comentou que a Comissão concluiu que "este não é o momento certo, económica ou politicamente, para tomar esse passo", mas frisou que a situação voltará a ser analisada "no início de julho".

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