Assunção Cristas e André Silva em debate (quase) crispado

15-09-2019
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O debate entre Assunção Cristas (CDS) e André Silva (PAN) – que uma sondagem do JE divulgada esta semana dava como capaz de ultrapassar os centristas nas próximas eleições – foi bem menos cortado que o que vem sendo hábito e a líder centrista não estava muito disponível para debater questões meramente partidárias. Preferiu começar por ‘encostar’ o PAN à esquerda e a António Costa – “votou os orçamentos”, recordou – para explicar que o país não deve estar, como está, nas mãos da esquerda.

Falhanço da direita? “Este governo liderou na melhor conjuntura de sempre, comparado com um governo que governou em recessão mundial”. Um argumento também usado por Rui Rio, que leva Cristas a dizer que “faz sentido votar no CDS”.

André Silva preferiu avançar para “o projeto do PAN” e porque é “importante dar mais responsabilidade ao partido”, que não quer dar tudo a todos, “ao contrário do CDS”. “A gestão dos dinheiros públicos, não assumindo excedentes orçamentais, com a promessa de baixar os impostos”, não é o caminho do PAN. “Há sempre um princípio do equilíbrio das contas e todos os planos têm estratégias macro-económicas num quadro que apontam para um abrandamento”. “Mil milhões de euros para serviços públicos de elevada qualidade” parece, assim, ao PAN, algo de equilibrado, ao contrário do que fez o CDS e o PSD.

Nada disso, disse Cristas: “quem levou o país à bancarrota foi o PS”, mas, mesmo assim, o CDS quer baixar o IRS e a dívida pública. A líder do CDS insistia em que o “PAN está com o Governo mas acredita pouco no Plano de Estabilidade do PS”.

“Já vimos o CDS prometer a redução de impostos e uma vez no Governo aumentou-os”, o que Cristas afirmou que “não é verdade”. “São precisos novos atores e novas propostas e o CDS tem contribuído para degradação do país”. A saúde, disse, é um exemplo – o que permitiu a Assunção Cristas enveredar por um caminho que lhe é fácil: “autonomia ao SNS, onde investiria bastante mais que o atual”.

André Silva, sobre a matéria, afirmou que “a falta de investimento de há duas décadas, leva a crer que o objetivo do CDS é descapitalizá-lo”, o que Cristas não gostou de ouvir. “O CDS quer retirar rendimento às famílias para financiar o setor privado da saúde”. O PAN defende “a valorização salarial dos médicos do SNS e aposta na prevenção”, onde está a proibição da carne nas cantinas públicas, tal como sucede com o leite com chocolate – “o CDS chumbou tudo isso”.

Cristas ripostou dizendo que “o PAN é um partido profundamente ideológico e é contra a liberdade”. O PAN “usa 38 os verbos impedir, proibir, limitar. Nós queremos libertar as pessoas. O PAN é autoritário”. “Se as propostas do PAN forem por diante”, produtos como o leite e a carne vão aumentar muito.

André Silva quis defender-se da acusação de autoritarismo – quer apenas opções – como por exemplo no caso das refeições ‘públicas’ que o PAN quer que sejam sempre vegetarianas, exceto para quem não o quer.

Em termos de educação – onde “estamos a estimular escolas-fábricas, segundo André Silva – o desacerto entre os dois manteve-se. “O rejuvenescimento de pessoal docente” é a vontade manifesta pelo CDS, num quadro em que “todos devem escolher as escolas que entenderem”, sendo que “as escolas devem ser livres”. “O PAN é errático, o que se manifesta também nas áreas da justiça e da segurança”.

Entre acusações de “falta à verdade” e exclamações de “não é verdade”, o debate foi claramente um dos mais ‘azedos’ de todos os que têm passado nas televisões nacionais.A tal ponto que o moderador acabou por agradecer “a vivacidade do debate”.

O debate entre Assunção Cristas (CDS) e André Silva (PAN) – que uma sondagem do JE divulgada esta semana dava como capaz de ultrapassar os centristas nas próximas eleições – foi bem menos cortado que o que vem sendo hábito e a líder centrista não estava muito disponível para debater questões meramente partidárias. Preferiu começar por ‘encostar’ o PAN à esquerda e a António Costa – “votou os orçamentos”, recordou – para explicar que o país não deve estar, como está, nas mãos da esquerda.

Falhanço da direita? “Este governo liderou na melhor conjuntura de sempre, comparado com um governo que governou em recessão mundial”. Um argumento também usado por Rui Rio, que leva Cristas a dizer que “faz sentido votar no CDS”.

André Silva preferiu avançar para “o projeto do PAN” e porque é “importante dar mais responsabilidade ao partido”, que não quer dar tudo a todos, “ao contrário do CDS”. “A gestão dos dinheiros públicos, não assumindo excedentes orçamentais, com a promessa de baixar os impostos”, não é o caminho do PAN. “Há sempre um princípio do equilíbrio das contas e todos os planos têm estratégias macro-económicas num quadro que apontam para um abrandamento”. “Mil milhões de euros para serviços públicos de elevada qualidade” parece, assim, ao PAN, algo de equilibrado, ao contrário do que fez o CDS e o PSD.

Nada disso, disse Cristas: “quem levou o país à bancarrota foi o PS”, mas, mesmo assim, o CDS quer baixar o IRS e a dívida pública. A líder do CDS insistia em que o “PAN está com o Governo mas acredita pouco no Plano de Estabilidade do PS”.

“Já vimos o CDS prometer a redução de impostos e uma vez no Governo aumentou-os”, o que Cristas afirmou que “não é verdade”. “São precisos novos atores e novas propostas e o CDS tem contribuído para degradação do país”. A saúde, disse, é um exemplo – o que permitiu a Assunção Cristas enveredar por um caminho que lhe é fácil: “autonomia ao SNS, onde investiria bastante mais que o atual”.

André Silva, sobre a matéria, afirmou que “a falta de investimento de há duas décadas, leva a crer que o objetivo do CDS é descapitalizá-lo”, o que Cristas não gostou de ouvir. “O CDS quer retirar rendimento às famílias para financiar o setor privado da saúde”. O PAN defende “a valorização salarial dos médicos do SNS e aposta na prevenção”, onde está a proibição da carne nas cantinas públicas, tal como sucede com o leite com chocolate – “o CDS chumbou tudo isso”.

Cristas ripostou dizendo que “o PAN é um partido profundamente ideológico e é contra a liberdade”. O PAN “usa 38 os verbos impedir, proibir, limitar. Nós queremos libertar as pessoas. O PAN é autoritário”. “Se as propostas do PAN forem por diante”, produtos como o leite e a carne vão aumentar muito.

André Silva quis defender-se da acusação de autoritarismo – quer apenas opções – como por exemplo no caso das refeições ‘públicas’ que o PAN quer que sejam sempre vegetarianas, exceto para quem não o quer.

Em termos de educação – onde “estamos a estimular escolas-fábricas, segundo André Silva – o desacerto entre os dois manteve-se. “O rejuvenescimento de pessoal docente” é a vontade manifesta pelo CDS, num quadro em que “todos devem escolher as escolas que entenderem”, sendo que “as escolas devem ser livres”. “O PAN é errático, o que se manifesta também nas áreas da justiça e da segurança”.

Entre acusações de “falta à verdade” e exclamações de “não é verdade”, o debate foi claramente um dos mais ‘azedos’ de todos os que têm passado nas televisões nacionais.A tal ponto que o moderador acabou por agradecer “a vivacidade do debate”.

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