Pesos-pesados do PS escolhem trincheiras: quem está com quem?

19-02-2019
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Nas últimas horas vários militantes de peso do Partido Socialista têm vindo a terreiro tomar partido. Como é exercida a democracia no PS é, para já, a grande questão. Para os apoiantes de António Costa, fechar a porta ao debate através da recusa da marcação de um congresso, é uma manifestação anti-democrática. Do lado de Seguro, a democracia interna exerce-se cumprindo as leis. Veja quem está com quem, à medida que se vão cerrando fileiras entre os dois socialistas.

Com António José Seguro

Francisco Assis

O apoio dado ontem a Seguro foi um dos mais claros dentro do PS. Francisco Assis, cabeça-de-lista às eleições europeias, defendeu à TSF que "não há nenhuma razão para mudar a liderança do PS". "Não compartilho da desvalorização que tem sido feita do resultado do PS nas Europeias", acrescentou.

E foi muito directo sobre que lado escolhe: "Entendo que a questão da liderança não se pode, ou não se deve colocar nas presentes circunstâncias, e quero que fique claro que se porventura essa questão se vier a colocar eu apoiarei o actual secretário-geral do PS, António José Seguro".

Carlos Zorrinho

Carlos Zorrinho está com Seguro. Não fez uma declaração de apoio, mas fez questão de, no Twitter e no Facebook, dizer que concorda com a posição de Assis (ver em cima). "Revejo-me em absoluto na excelente declaração feita por Francisco Assis sobre a situação interna do PS", escreveu nas redes sociais.

Recorde-se que Carlos Zorrinho foi o primeiro líder da bancada parlamentar escolhido pela direcção de António José Seguro (substituído no final do ano passado por Alberto Martins). Foi também escolhido para o terceiro lugar na lista socialista para as europeias, atrás de Francisco Assis e Maria João Rodrigues.

Carlos Silva

Leia Também Ferro Rodrigues apela a Seguro para que marque já "directas" e congresso

O secretário-geral da UGT também está do lado de António José Seguro. E deixou críticas a António Costa. "A decisão do dr. António Costa, independentemente de ser uma figura de proa do País e do partido em vez de reforçar a coesão do partido poderá fragilizá-lo", afirmou ontem, citado pela TVI.

O PS "venceu as eleições numa estratégia definida pelo seu secretário-geral, aprovada por unanimidade dos órgãos nacionais do PS". Carlos Silva, que é também membro da comissão política nacional socialista, argumentou que a "alternativa credível [para o País] é o actual secretário-geral".

Leia Também Líderes do aparelho saem em defesa de Seguro

João Soares

O ex-candidato à liderança do PS também já escolheu o seu lado da trincheira, tendo esta manhã criticado fortemente o avanço de António Costa. Em declarações à Lusa, o deputado socialista acusou-o de estar a sofrer uma "crise de egocentrismo" ao persistir no "disparate completo".

Leia Também Francisco Assis mantém-se ao lado de Seguro

"Há menos de um ano tivemos um número parecido com este, uma tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia. As pessoas é que não têm memória na nossa terra. António Costa fez exactamente o mesmo número e, depois, chegou à comissão politica e disse que não era candidato", sublinhou.

Manuel Alegre

Manuel Alegre não foi até agora claro em relação ao seu posicionamento. "Sou amigo dos dois, tenho apoiado Seguro mas ambos têm qualidades", afirmou, em declarações ao jornal i. Contudo, não concorda com a recusa da direcção do PS de não convocar um congresso extraordinário. "Este momento é positivo para o partido, clarifica posições e seria do interesse do PS promover a realização do congresso, porque é preciso fazer-se uma reflexão" sobre as europeias. "Seguro não tem de ter medo do congresso, e penso que até pode ser-lhe favorável, quer dentro do partido, quer no País."

Leia Também Seguro recusa convocar Congresso Extraordinário para disputar liderança com Costa

Maria de Belém

Foi das primeiras a intervir depois de Costa anunciar a sua disponibilidade para liderar o PS. Maria de Belém considerou ser um erro desvalorizar a "vitória" do PS nas eleições europeias. "O PS ganhou as eleições, ganhou folgadamente, ganhou-as bem", afirmou terça-feira.

Quanto à candidatura do presidente da Câmara de Lisboa, Maria de Belém disse que "os estatutos têm de ser respeitados", lembrando que um congresso extraordinário apenas pode ser agendado "por decisão do secretário-geral, por decisão da Comissão Nacional, por decisão da maioria das federações com maior número de militantes, uma dupla maioria". Condições que ainda não é claro se António Costa conseguirá ter.

Ana Gomes

A eurodeputada classificou a decisão de António Costa como "inoportuna e desajustada", dizendo que prejudicará a coesão do partido. "A disputa de liderança do PS agora parece-me inoportuna e desajustada", afirmou à Lusa. "O que está em causa é a oportunidade do PS se embrenhar agora numa disputa interna que não pode deixar de ter consequências para a coesão do partido", acrescentou.

Ana Gomes faz parte da Comissão Nacional do PS e foi escolhida por Seguro para número 6 na lista para as eleições europeias.

José Luís Carneiro

O líder da distrital socialista do Porto admitiu estar estupefacto com a candidatura de António Costa à liderança do PS. "O presidente da federação distrital do PS do Porto está, como esteve desde a primeira hora, com António José Seguro, na tentativa de criar condições para derrubar o Governo de direita e para poder servir os portugueses", sublinhou à Lusa.

José Luís Carneiro acrescentou ainda que "neste momento não faz qualquer sentido uma candidatura ao lugar de secretário-geral", já que António José Seguro "tem toda a legitimidade para ser submetido às eleições legislativas".

Alberto Martins

É uma das figuras do PS que vem ganhando protagonismo dentro da direcção de António José Seguro, sendo escolhido no final do ano passado para líder da banca parlamentar para substituir Carlos Zorrinho. Esta manhã disse aos jornalistas que "o secretário-geral [do PS] tem legitimidade democrática absoluta" e que foi surpreendido pelo anúncio de António Costa.

Para Alberto Martins, Seguro tem a legitimidade de quem já venceu duas eleições, uma das quais – as europeias - com "a maior derrota da direita portuguesa". "A democracia tem regras", acrescentou. E Costa "está obrigado" a respeitar os estatutos do partido.

Outros apoios: Carlos Cordeiro, Pedro Coimbra, Fernando Moniz, António Gameiro, Vítor Freitas, Rui Santos, Rui Prudêncio, Pedro do Carmo, José Bravo Nico, José Manuel Carpinteira, João Paulo Pedrosa, Miguel Laranjeiro, Nuno Sá.

Leia Também António Costa: Um político habituado a ganhar

Com António Costa

João Cravinho

É um dos mais recentes apoios de peso: o ex-ministro João Cravinho veio defender, num debate à Antena 1, a realização de um congresso extroardinário, e anunciar o seu apoio a António Costa.

"Penso que o secretário-geral deve convocar o congresso. Se o aparelho, e sublinho o aparelho do PS bloquear a convocação do congresso, creio que isso será uma perda imensa em primeiro lugar para o próprio secretário-geral e em segundo lugar para o PS e para o País".

Cravinho diz ainda que "neste momento António Costa está melhor posicionado para liderar uma alternativa".

José António Vieira da Silva

Para o ex-ministro da Segurança Social, esta é uma questão política, que deve ter uma resposta no mesmo plano. "O País e a base social do PS não compreenderiam que a iniciativa de António Costa fosse respondida de forma administrativa", como está a acontecer, considera.

Em declarações ao Negócios, Vieira da Silva adverte que assinala que António Costa "não é um militante qualquer, é uma pessoa com história no partido", que terá "boas razões para avançar" para a liderança.

Vieira da Silva diz ainda não ver razão nenhuma razão "para que o PS não saia do debate com, mais energia, mais combativo e mais próximo da sociedade". Por isso, "não se recusa um combate positivo".

Augusto Santos Silva

Esta terça-feira, 27 de Maio, à noite na TVI 24, Augusto Santos Silva deu o seu apoio explícito a António Costa, considerando que, independentemente dos méritos de Seguro, o actual presidente da câmara de Lisboa está mais bem posicionado para ganhar as próximas eleições legislativas e com maior capacidade para conseguir acordos à direita e à esquerda.

"António Costa é a pessoa mais indicada para liderar todo o vasto arco social e político de que o país precisa se nós queremos mudar a nossa política interna e se queremos conseguir mudar com o suficiente e necessário apoio europeu".

Santos Silva defendeu igualmente que Seguro deve marcar directas e o congresso.

Jorge Lacão

Apresentou a demissão do Secretariado Nacional do PS esta quarta-feira, contra a blindagem que a direcção do partido está a fazer à realização de um congresso extraordinário.

"É verdade que apresentei a minha demissão. Vou fazer uma declaração pública ainda esta tarde", referiu o ex-ministro do segundo Governo liderado por José Sócrates à agência Lusa.

A declaração pública confirmará que Lacão está ao lado de António Costa: em 2013, quando Costa ensaiou o primeiro avanço à liderança, Jorge Lacão estava apontado como seu director de campanha. Após a marcha-atrás do presidente da câmara de Lisboa, acabou por integrar o Secretariado Nacional do PS.

António Campos

Fundador do Partido Socialista (PS), António Campos, citado pelo jornal "i", diz que António Costa tem um perfil diferente e uma capacidade mobilizadora diferente. Pode ser uma mais-valia na actual situação política, que é uma situação de impasse total".

Na sua página de Facebook, António Campos acrescenta ainda que a "história do PS foi sempre construída pela sua capacidade de se empenhar em aglutinar vontades e políticas nos momentos difíceis. Nunca como hoje, se tornou tão importante a mobilização dos militantes para um Congresso Extraordinário".

Para o fundador do PS, "só por cobardia política ou por cegueira de poder nos podemos refugiar nos estatutos. Se tal acontecesse, a blindagem feita aos mesmos contra a história do PS no último Congresso, transformar-se-ia numa artimanha de má-fé para se servirem do poder".

Ferro Rodrigues

Antigo líder do PS desafiou esta manhã Seguro a marcar um congresso extraordinário para tão breve quanto possível. "Será um serviço importante que fará ao País, à democracia e ao PS".

Segundo Ferro Rodrigues, "Portugal necessita de construir um Governo de forte base política e social após eleições legislativas e, para que tal aconteça, é condição fundamental que o PS ganhe essas eleições e dinamize a criação desse Governo, capaz de no país e na Europa se bater pelo desenvolvimento com crescimento e emprego e combate à exclusão", aponta o actual vice-presidente da Assembleia da República.

O PS "só estará em condições de mobilizar e entusiasmar os seus eleitores e militantes com um líder indiscutível e claramente apoiado pelo partido e pela sociedade".

Sérgio Sousa Pinto

Ex-líder da JS é um indefectível de António Costa. Em declarações esta manhã na Assembleia da República, Sérgio Sousa Pinto considera que "o PS deve interpretar os resultados das ultimas eleições no sentido de reconhecer que provavelmente com uma liderança de António Costa o partido estará me melhores condições para fazer o que o País espera dele".

Sérgio Sousa Pinto lamenta que a direcção do partido esteja a refugiar-se em regras estatutárias e que ela não deve "impedir o partido de estar á altura da sua responsabilidade". O partido só tem obrigações para com os portugueses e tem de organizar-se para oferecer ao País aquilo de que ele precisa: uma liderança forte.

O antigo eurodeputado mostra-se confiante de que o "PS vai sair unido e reforçado" do congresso.

José Lello

José Lello reagiu logo na terça-feira ao início da tarde para mostrar o seu apoio a António Costa. Classificando o actual presidente da câmara de Lisboa de "ganhador", Lello considerou que "estas eleições tornaram a questão da governabilidade mais complexa. É preciso um PS muito forte, eleitoralmente muito forte, para conseguir ter a solidez necessária".

António Costa desempenharia o papel de líder do partido e de um governo "na perfeição. António Costa faz isso na perfeição".

Marcos Perestrelo

Porque "no PS não há donos dos votos", Marcos Perestrelo, líder da federação do PS de Lisboa, defende de já a marcação de directas e de um congresso extraordinário.

"A eleição do secretário-geral é feita pelos militantes directamente e isso é muito importante. Nas actuais condições políticas julgo justificar-se que seja dada aos militantes a oportunidade de se pronunciarem sobre o futuro do partido", defendeu esta terça-feira.

Pedro Nuno Santos

Vale enquanto líder da distrital de Aveiro e dos votos que conseguirá reunir em torno de Costa. Pedro Nuno Santos foi uma das primeiras vozes a alinhar-se ao lado do actual presidente da autarquia lisboeta, dizendo que "temos de encarar estes momentos com a naturalidade democrática na vida de um partido".

O ex-líder da JS e actual vice-presidente da bancada parlamentar do PS diz que "precisamos de uma liderança e de um programa mobilizador para conseguirmos dar a volta à situação difícil em que o país se encontra".

Outras figuras

Capoulas Santos, Manuel Pizarro, Edite Estrela, João Galamba, Pedro Delgado Alves, João Tiago Silveira, Ana Paula Vitorino, Vítor Ramalho, Pedro Marques, Eduardo Cabrita, Sónia Fertuzinhos, Susana Amador, Isabel Moreira, Ana Catarina Mendes.

Notícia em actualização com novos depoimentos.

Nas últimas horas vários militantes de peso do Partido Socialista têm vindo a terreiro tomar partido. Como é exercida a democracia no PS é, para já, a grande questão. Para os apoiantes de António Costa, fechar a porta ao debate através da recusa da marcação de um congresso, é uma manifestação anti-democrática. Do lado de Seguro, a democracia interna exerce-se cumprindo as leis. Veja quem está com quem, à medida que se vão cerrando fileiras entre os dois socialistas.

Com António José Seguro

Francisco Assis

O apoio dado ontem a Seguro foi um dos mais claros dentro do PS. Francisco Assis, cabeça-de-lista às eleições europeias, defendeu à TSF que "não há nenhuma razão para mudar a liderança do PS". "Não compartilho da desvalorização que tem sido feita do resultado do PS nas Europeias", acrescentou.

E foi muito directo sobre que lado escolhe: "Entendo que a questão da liderança não se pode, ou não se deve colocar nas presentes circunstâncias, e quero que fique claro que se porventura essa questão se vier a colocar eu apoiarei o actual secretário-geral do PS, António José Seguro".

Carlos Zorrinho

Carlos Zorrinho está com Seguro. Não fez uma declaração de apoio, mas fez questão de, no Twitter e no Facebook, dizer que concorda com a posição de Assis (ver em cima). "Revejo-me em absoluto na excelente declaração feita por Francisco Assis sobre a situação interna do PS", escreveu nas redes sociais.

Recorde-se que Carlos Zorrinho foi o primeiro líder da bancada parlamentar escolhido pela direcção de António José Seguro (substituído no final do ano passado por Alberto Martins). Foi também escolhido para o terceiro lugar na lista socialista para as europeias, atrás de Francisco Assis e Maria João Rodrigues.

Carlos Silva

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O secretário-geral da UGT também está do lado de António José Seguro. E deixou críticas a António Costa. "A decisão do dr. António Costa, independentemente de ser uma figura de proa do País e do partido em vez de reforçar a coesão do partido poderá fragilizá-lo", afirmou ontem, citado pela TVI.

O PS "venceu as eleições numa estratégia definida pelo seu secretário-geral, aprovada por unanimidade dos órgãos nacionais do PS". Carlos Silva, que é também membro da comissão política nacional socialista, argumentou que a "alternativa credível [para o País] é o actual secretário-geral".

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João Soares

O ex-candidato à liderança do PS também já escolheu o seu lado da trincheira, tendo esta manhã criticado fortemente o avanço de António Costa. Em declarações à Lusa, o deputado socialista acusou-o de estar a sofrer uma "crise de egocentrismo" ao persistir no "disparate completo".

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"Há menos de um ano tivemos um número parecido com este, uma tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia. As pessoas é que não têm memória na nossa terra. António Costa fez exactamente o mesmo número e, depois, chegou à comissão politica e disse que não era candidato", sublinhou.

Manuel Alegre

Manuel Alegre não foi até agora claro em relação ao seu posicionamento. "Sou amigo dos dois, tenho apoiado Seguro mas ambos têm qualidades", afirmou, em declarações ao jornal i. Contudo, não concorda com a recusa da direcção do PS de não convocar um congresso extraordinário. "Este momento é positivo para o partido, clarifica posições e seria do interesse do PS promover a realização do congresso, porque é preciso fazer-se uma reflexão" sobre as europeias. "Seguro não tem de ter medo do congresso, e penso que até pode ser-lhe favorável, quer dentro do partido, quer no País."

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Maria de Belém

Foi das primeiras a intervir depois de Costa anunciar a sua disponibilidade para liderar o PS. Maria de Belém considerou ser um erro desvalorizar a "vitória" do PS nas eleições europeias. "O PS ganhou as eleições, ganhou folgadamente, ganhou-as bem", afirmou terça-feira.

Quanto à candidatura do presidente da Câmara de Lisboa, Maria de Belém disse que "os estatutos têm de ser respeitados", lembrando que um congresso extraordinário apenas pode ser agendado "por decisão do secretário-geral, por decisão da Comissão Nacional, por decisão da maioria das federações com maior número de militantes, uma dupla maioria". Condições que ainda não é claro se António Costa conseguirá ter.

Ana Gomes

A eurodeputada classificou a decisão de António Costa como "inoportuna e desajustada", dizendo que prejudicará a coesão do partido. "A disputa de liderança do PS agora parece-me inoportuna e desajustada", afirmou à Lusa. "O que está em causa é a oportunidade do PS se embrenhar agora numa disputa interna que não pode deixar de ter consequências para a coesão do partido", acrescentou.

Ana Gomes faz parte da Comissão Nacional do PS e foi escolhida por Seguro para número 6 na lista para as eleições europeias.

José Luís Carneiro

O líder da distrital socialista do Porto admitiu estar estupefacto com a candidatura de António Costa à liderança do PS. "O presidente da federação distrital do PS do Porto está, como esteve desde a primeira hora, com António José Seguro, na tentativa de criar condições para derrubar o Governo de direita e para poder servir os portugueses", sublinhou à Lusa.

José Luís Carneiro acrescentou ainda que "neste momento não faz qualquer sentido uma candidatura ao lugar de secretário-geral", já que António José Seguro "tem toda a legitimidade para ser submetido às eleições legislativas".

Alberto Martins

É uma das figuras do PS que vem ganhando protagonismo dentro da direcção de António José Seguro, sendo escolhido no final do ano passado para líder da banca parlamentar para substituir Carlos Zorrinho. Esta manhã disse aos jornalistas que "o secretário-geral [do PS] tem legitimidade democrática absoluta" e que foi surpreendido pelo anúncio de António Costa.

Para Alberto Martins, Seguro tem a legitimidade de quem já venceu duas eleições, uma das quais – as europeias - com "a maior derrota da direita portuguesa". "A democracia tem regras", acrescentou. E Costa "está obrigado" a respeitar os estatutos do partido.

Outros apoios: Carlos Cordeiro, Pedro Coimbra, Fernando Moniz, António Gameiro, Vítor Freitas, Rui Santos, Rui Prudêncio, Pedro do Carmo, José Bravo Nico, José Manuel Carpinteira, João Paulo Pedrosa, Miguel Laranjeiro, Nuno Sá.

Leia Também António Costa: Um político habituado a ganhar

Com António Costa

João Cravinho

É um dos mais recentes apoios de peso: o ex-ministro João Cravinho veio defender, num debate à Antena 1, a realização de um congresso extroardinário, e anunciar o seu apoio a António Costa.

"Penso que o secretário-geral deve convocar o congresso. Se o aparelho, e sublinho o aparelho do PS bloquear a convocação do congresso, creio que isso será uma perda imensa em primeiro lugar para o próprio secretário-geral e em segundo lugar para o PS e para o País".

Cravinho diz ainda que "neste momento António Costa está melhor posicionado para liderar uma alternativa".

José António Vieira da Silva

Para o ex-ministro da Segurança Social, esta é uma questão política, que deve ter uma resposta no mesmo plano. "O País e a base social do PS não compreenderiam que a iniciativa de António Costa fosse respondida de forma administrativa", como está a acontecer, considera.

Em declarações ao Negócios, Vieira da Silva adverte que assinala que António Costa "não é um militante qualquer, é uma pessoa com história no partido", que terá "boas razões para avançar" para a liderança.

Vieira da Silva diz ainda não ver razão nenhuma razão "para que o PS não saia do debate com, mais energia, mais combativo e mais próximo da sociedade". Por isso, "não se recusa um combate positivo".

Augusto Santos Silva

Esta terça-feira, 27 de Maio, à noite na TVI 24, Augusto Santos Silva deu o seu apoio explícito a António Costa, considerando que, independentemente dos méritos de Seguro, o actual presidente da câmara de Lisboa está mais bem posicionado para ganhar as próximas eleições legislativas e com maior capacidade para conseguir acordos à direita e à esquerda.

"António Costa é a pessoa mais indicada para liderar todo o vasto arco social e político de que o país precisa se nós queremos mudar a nossa política interna e se queremos conseguir mudar com o suficiente e necessário apoio europeu".

Santos Silva defendeu igualmente que Seguro deve marcar directas e o congresso.

Jorge Lacão

Apresentou a demissão do Secretariado Nacional do PS esta quarta-feira, contra a blindagem que a direcção do partido está a fazer à realização de um congresso extraordinário.

"É verdade que apresentei a minha demissão. Vou fazer uma declaração pública ainda esta tarde", referiu o ex-ministro do segundo Governo liderado por José Sócrates à agência Lusa.

A declaração pública confirmará que Lacão está ao lado de António Costa: em 2013, quando Costa ensaiou o primeiro avanço à liderança, Jorge Lacão estava apontado como seu director de campanha. Após a marcha-atrás do presidente da câmara de Lisboa, acabou por integrar o Secretariado Nacional do PS.

António Campos

Fundador do Partido Socialista (PS), António Campos, citado pelo jornal "i", diz que António Costa tem um perfil diferente e uma capacidade mobilizadora diferente. Pode ser uma mais-valia na actual situação política, que é uma situação de impasse total".

Na sua página de Facebook, António Campos acrescenta ainda que a "história do PS foi sempre construída pela sua capacidade de se empenhar em aglutinar vontades e políticas nos momentos difíceis. Nunca como hoje, se tornou tão importante a mobilização dos militantes para um Congresso Extraordinário".

Para o fundador do PS, "só por cobardia política ou por cegueira de poder nos podemos refugiar nos estatutos. Se tal acontecesse, a blindagem feita aos mesmos contra a história do PS no último Congresso, transformar-se-ia numa artimanha de má-fé para se servirem do poder".

Ferro Rodrigues

Antigo líder do PS desafiou esta manhã Seguro a marcar um congresso extraordinário para tão breve quanto possível. "Será um serviço importante que fará ao País, à democracia e ao PS".

Segundo Ferro Rodrigues, "Portugal necessita de construir um Governo de forte base política e social após eleições legislativas e, para que tal aconteça, é condição fundamental que o PS ganhe essas eleições e dinamize a criação desse Governo, capaz de no país e na Europa se bater pelo desenvolvimento com crescimento e emprego e combate à exclusão", aponta o actual vice-presidente da Assembleia da República.

O PS "só estará em condições de mobilizar e entusiasmar os seus eleitores e militantes com um líder indiscutível e claramente apoiado pelo partido e pela sociedade".

Sérgio Sousa Pinto

Ex-líder da JS é um indefectível de António Costa. Em declarações esta manhã na Assembleia da República, Sérgio Sousa Pinto considera que "o PS deve interpretar os resultados das ultimas eleições no sentido de reconhecer que provavelmente com uma liderança de António Costa o partido estará me melhores condições para fazer o que o País espera dele".

Sérgio Sousa Pinto lamenta que a direcção do partido esteja a refugiar-se em regras estatutárias e que ela não deve "impedir o partido de estar á altura da sua responsabilidade". O partido só tem obrigações para com os portugueses e tem de organizar-se para oferecer ao País aquilo de que ele precisa: uma liderança forte.

O antigo eurodeputado mostra-se confiante de que o "PS vai sair unido e reforçado" do congresso.

José Lello

José Lello reagiu logo na terça-feira ao início da tarde para mostrar o seu apoio a António Costa. Classificando o actual presidente da câmara de Lisboa de "ganhador", Lello considerou que "estas eleições tornaram a questão da governabilidade mais complexa. É preciso um PS muito forte, eleitoralmente muito forte, para conseguir ter a solidez necessária".

António Costa desempenharia o papel de líder do partido e de um governo "na perfeição. António Costa faz isso na perfeição".

Marcos Perestrelo

Porque "no PS não há donos dos votos", Marcos Perestrelo, líder da federação do PS de Lisboa, defende de já a marcação de directas e de um congresso extraordinário.

"A eleição do secretário-geral é feita pelos militantes directamente e isso é muito importante. Nas actuais condições políticas julgo justificar-se que seja dada aos militantes a oportunidade de se pronunciarem sobre o futuro do partido", defendeu esta terça-feira.

Pedro Nuno Santos

Vale enquanto líder da distrital de Aveiro e dos votos que conseguirá reunir em torno de Costa. Pedro Nuno Santos foi uma das primeiras vozes a alinhar-se ao lado do actual presidente da autarquia lisboeta, dizendo que "temos de encarar estes momentos com a naturalidade democrática na vida de um partido".

O ex-líder da JS e actual vice-presidente da bancada parlamentar do PS diz que "precisamos de uma liderança e de um programa mobilizador para conseguirmos dar a volta à situação difícil em que o país se encontra".

Outras figuras

Capoulas Santos, Manuel Pizarro, Edite Estrela, João Galamba, Pedro Delgado Alves, João Tiago Silveira, Ana Paula Vitorino, Vítor Ramalho, Pedro Marques, Eduardo Cabrita, Sónia Fertuzinhos, Susana Amador, Isabel Moreira, Ana Catarina Mendes.

Notícia em actualização com novos depoimentos.

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