fcsseratostenes: Engenheiro António Gameiro

12-10-2019
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Este blogue deixa aqui uma mensagem de saudade pelo engenheiro António Gameiro, técnico que foi do metropolitano de Lisboa, recentemente falecido.
Principal colaborador do engenheiro Brazão Farinha e depois seu sucessor na direção de projetos e obras novas.
De um rigor extremo na execução e acompanhamento das obras, não ficou de braços cruzados no longo período, de 1972 a 1988, em que a rede do metro não cresceu. Construiu-se a galeria de Alvalade até Calvanas, que serviu de garagem durante estes anos,  e remodelaram-se as estações originais, com capacidade apenas para comboios de duas carruagens, para comboios de seis carruagens.
Fiquei a dever-lhe o prazer e a honra de ter encontrado com ele e os nossos colaboradores, soluções para a instalação de equipamentos e para as suas cablagens na passagem, em 1980,  da rede fechada de acessos controlados por agentes em cabinas de bilheteiras, para a rede aberta com obliteradores sem torniquetes (solução sempre mais económica do que uma solução fechada, dependente evidentemente da efetivação de fiscalização).
Era um entusiasta do seu metropolitano, com a grande preocupação de construir, como manda o ideal dos engenheiros, transformar matéria e energia para servir o bem comum. E com o seu entusiasmo, tinha sempre de lhe dizer que não dissesse aos senhores da administração que a estação já estava pronta, sem que desse tempo para instalarmos os equipamentos.
Gostaria que os jovens técnicos que o não conheceram, saibam aproveitar o atual momento em que tambem parece não ser possivel aumentar a rede do metro, para construir as melhorias possiveis, e preparar os projetos para as expansões futuras, porque os metros existem para economizar na energia dos transportes e para servir as populações e a economia.


Este blogue deixa aqui uma mensagem de saudade pelo engenheiro António Gameiro, técnico que foi do metropolitano de Lisboa, recentemente falecido.
Principal colaborador do engenheiro Brazão Farinha e depois seu sucessor na direção de projetos e obras novas.
De um rigor extremo na execução e acompanhamento das obras, não ficou de braços cruzados no longo período, de 1972 a 1988, em que a rede do metro não cresceu. Construiu-se a galeria de Alvalade até Calvanas, que serviu de garagem durante estes anos,  e remodelaram-se as estações originais, com capacidade apenas para comboios de duas carruagens, para comboios de seis carruagens.
Fiquei a dever-lhe o prazer e a honra de ter encontrado com ele e os nossos colaboradores, soluções para a instalação de equipamentos e para as suas cablagens na passagem, em 1980,  da rede fechada de acessos controlados por agentes em cabinas de bilheteiras, para a rede aberta com obliteradores sem torniquetes (solução sempre mais económica do que uma solução fechada, dependente evidentemente da efetivação de fiscalização).
Era um entusiasta do seu metropolitano, com a grande preocupação de construir, como manda o ideal dos engenheiros, transformar matéria e energia para servir o bem comum. E com o seu entusiasmo, tinha sempre de lhe dizer que não dissesse aos senhores da administração que a estação já estava pronta, sem que desse tempo para instalarmos os equipamentos.
Gostaria que os jovens técnicos que o não conheceram, saibam aproveitar o atual momento em que tambem parece não ser possivel aumentar a rede do metro, para construir as melhorias possiveis, e preparar os projetos para as expansões futuras, porque os metros existem para economizar na energia dos transportes e para servir as populações e a economia.

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