As amarras de António Saraiva e as colagens de Rui Rio…

06-06-2019
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António Saraiva exerce o cargo de presidente da CIP e mostra-se muito preocupado com a dependência do Governo da extrema-esquerda (uma linguagem da icónica Direita para designar o PCP, BE e PEV).

Vê as eleições para a liderança do PSD como uma oportunidade do PS se libertar dessas alianças e regressar ao redil do ‘centrão’.

Disse aos microfones da RR: a nova liderança do PSD deverá proporcionar uma maioria parlamentar ” que permita que o país se liberte de algumas grilhetas e que se façam as reformas que, até agora, lamentavelmente, não foram possíveis” link.

 

Reformas permanentemente exigidas ou anunciadas mas que nunca concretizam o seu teor são o alibi para o regressar das políticas neoliberalizantes.

Essas (reformas) na menga são o elogio oculto - e espero que envergonhado - do mercado livre (sem qualquer tipo de regulação), dos despedimentos fáceis (‘reestruturações’), das privatizações (o que é público é aprioristicamente mau), da compressão salarial (para aumentar a competitividade), do fim das prestações sociais (porque criam habituação e desviam dinheiro das empresas), etc.

Enfim, um chorrilho de ‘reformas ‘ concebidas a jeito e à medida. Todas 'estruturais'. Na verdade, uma receita estafada e requentada.

 

António Saraiva ainda mal tinha saído do estúdio da RR quando veio a terreiro o candidato à liderança de PSD, Rui Rio.

E, na passada, pronunciou-se quanto às ‘grilhetas que povoam a obsessiva mente saraivista’ assumindo o papel de ‘Libertador’, ou melhor de ‘Lidador’, um pouco ao estilo do histórico herói nortenho Gonçalo Mendes da Maia.

Disse: “Tenho de ser mais ambicioso do que António Saraiva. Eu quero libertar o país – não o PS – mas o país dessa amarração à extrema-esquerda”  link.

 

Como o mítico lidador de antanho, Rui Rio aparece empenhado numa ‘cruzada’ não explicando como lidaria com a pretensão de quebrar as ‘amarras’.

Beneficamente, supõe-se que seja derrotando de um só golpe toda a Esquerda nas urnas. Mas a destruição das ‘amarrações’ poderá ter outras nuances. Poderá, por exemplo, representar a regresso à fórmula de exclusão de alguns partidos (a Esquerda) do famigerado ‘arco do poder’.

Deste modo, a tirada de Rui Rio para além de revelar uma incómoda e despropositada colagem ao Sr. António Saraiva representa o regresso às conceções de antanho. Esperemos que o regresso não vá tão longe que preconize a ‘reedição’ do governo Passos Coelho/Paulo Portas (renovado).

 

Declarar o socialismo e comunismo como mortos e enterrados e simultaneamente pugnar pela exclusão dos partidos socialistas e comunistas do contexto democrático será, na melhor das intenções, uma atitude quixotesca, do tipo esgrimir contra os moinhos de vento.
Ou, mais terra a terra, revelará um preconceito supostamente ‘purificador’ que não abona especiais credenciais para quem o alimenta.

Fiquemos por aqui.

António Saraiva exerce o cargo de presidente da CIP e mostra-se muito preocupado com a dependência do Governo da extrema-esquerda (uma linguagem da icónica Direita para designar o PCP, BE e PEV).

Vê as eleições para a liderança do PSD como uma oportunidade do PS se libertar dessas alianças e regressar ao redil do ‘centrão’.

Disse aos microfones da RR: a nova liderança do PSD deverá proporcionar uma maioria parlamentar ” que permita que o país se liberte de algumas grilhetas e que se façam as reformas que, até agora, lamentavelmente, não foram possíveis” link.

 

Reformas permanentemente exigidas ou anunciadas mas que nunca concretizam o seu teor são o alibi para o regressar das políticas neoliberalizantes.

Essas (reformas) na menga são o elogio oculto - e espero que envergonhado - do mercado livre (sem qualquer tipo de regulação), dos despedimentos fáceis (‘reestruturações’), das privatizações (o que é público é aprioristicamente mau), da compressão salarial (para aumentar a competitividade), do fim das prestações sociais (porque criam habituação e desviam dinheiro das empresas), etc.

Enfim, um chorrilho de ‘reformas ‘ concebidas a jeito e à medida. Todas 'estruturais'. Na verdade, uma receita estafada e requentada.

 

António Saraiva ainda mal tinha saído do estúdio da RR quando veio a terreiro o candidato à liderança de PSD, Rui Rio.

E, na passada, pronunciou-se quanto às ‘grilhetas que povoam a obsessiva mente saraivista’ assumindo o papel de ‘Libertador’, ou melhor de ‘Lidador’, um pouco ao estilo do histórico herói nortenho Gonçalo Mendes da Maia.

Disse: “Tenho de ser mais ambicioso do que António Saraiva. Eu quero libertar o país – não o PS – mas o país dessa amarração à extrema-esquerda”  link.

 

Como o mítico lidador de antanho, Rui Rio aparece empenhado numa ‘cruzada’ não explicando como lidaria com a pretensão de quebrar as ‘amarras’.

Beneficamente, supõe-se que seja derrotando de um só golpe toda a Esquerda nas urnas. Mas a destruição das ‘amarrações’ poderá ter outras nuances. Poderá, por exemplo, representar a regresso à fórmula de exclusão de alguns partidos (a Esquerda) do famigerado ‘arco do poder’.

Deste modo, a tirada de Rui Rio para além de revelar uma incómoda e despropositada colagem ao Sr. António Saraiva representa o regresso às conceções de antanho. Esperemos que o regresso não vá tão longe que preconize a ‘reedição’ do governo Passos Coelho/Paulo Portas (renovado).

 

Declarar o socialismo e comunismo como mortos e enterrados e simultaneamente pugnar pela exclusão dos partidos socialistas e comunistas do contexto democrático será, na melhor das intenções, uma atitude quixotesca, do tipo esgrimir contra os moinhos de vento.
Ou, mais terra a terra, revelará um preconceito supostamente ‘purificador’ que não abona especiais credenciais para quem o alimenta.

Fiquemos por aqui.

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