"A relação entre Marcelo e Costa ficou afetada", escreve Marques Mendes

14-10-2019
marcar artigo

"A relação entre Marcelo e Costa ficou afetada", escreve Marques Mendes no Jornal de Negócios, numa análise aos resultados eleitorais e antevisão da próxima legislatura. Para o comentador e conselheiro de Estado "por causa de Tancos", "dificilmente a relação entre os dois (Presidente da República e primeiro-ministro) voltará ao que era".

"Não se esperem, a este respeito, sinais ou afloramentos públicos nos próximos tempos. Mas dificilmente a relação voltará ao que era. E Costa, sem maioria, é manifestamente o elo mais fraco. Uma última e não irrelevante dificuldade", defende o comentador e conselheiro do Presidente da República.

Domingo passado, por ser noite eleitoral, Marques Mendes integrou o painel que comentou os resultados na SIC mas não fez o habitual comentário de domingo na estação. Publicou-o no Negócios e incluiu uma antevisão das relações Belém/S.Bento. Como o Expresso noticiou, Marcelo Rebelo de Sousa não gostou do silêncio de António Costa que levou 24 horas a defender o Presidente face às notícias que o envolviam no processo de Tancos.

Sobre o futuro Governo, Mendes fala de uma "vitória amarga do PS" e considera que a solução "que garante maior solidez" a António Costa é "uma nova geringonça" - na sua opinião, "o mal menor" para o primeiro-ministro.

"Uma nova geringonça nunca será tão robusta quanto a anterior. Mas, em termos de estabilidade, é a única, à partida, que pode garantir um governo de quatro anos", acrescenta.

Sendo o ano de 2021 "um ano especialmente difícil para os socialistas devido às eleições autárquicas, à Presidência Portuguesa da União Europeia e porque Marcelo Rebelo de Sousa, caso volte a vencer as presidenciais, já estará num segundo mandato e, por isso, mais livre para dissolver a Assembleia da República caso a solução de Governo não seja suficientemente estável", Mendes diz que se António Costa quiser "evitar estas espadas de Dâmocles só tem o caminho de uma nova geringonça".

"Não é inteiramente seguro. Mas é o mal menor", conclui o comentador.

Sobre a direita, Marques Mendes elogia Assunção Cristas por ter saído - "em política saber sair é uma arte", mas defende que Rui Rio "ganhou o direito a ir em janeiro a eleições internas" e "não devia hesitar em candidatar-se" em nome de uma "clarificação. Para o comentador e ex-líder do PSD, "o problema do próximo líder vem a seguir" - como aguentar "quatro anos na oposição".

"A relação entre Marcelo e Costa ficou afetada", escreve Marques Mendes no Jornal de Negócios, numa análise aos resultados eleitorais e antevisão da próxima legislatura. Para o comentador e conselheiro de Estado "por causa de Tancos", "dificilmente a relação entre os dois (Presidente da República e primeiro-ministro) voltará ao que era".

"Não se esperem, a este respeito, sinais ou afloramentos públicos nos próximos tempos. Mas dificilmente a relação voltará ao que era. E Costa, sem maioria, é manifestamente o elo mais fraco. Uma última e não irrelevante dificuldade", defende o comentador e conselheiro do Presidente da República.

Domingo passado, por ser noite eleitoral, Marques Mendes integrou o painel que comentou os resultados na SIC mas não fez o habitual comentário de domingo na estação. Publicou-o no Negócios e incluiu uma antevisão das relações Belém/S.Bento. Como o Expresso noticiou, Marcelo Rebelo de Sousa não gostou do silêncio de António Costa que levou 24 horas a defender o Presidente face às notícias que o envolviam no processo de Tancos.

Sobre o futuro Governo, Mendes fala de uma "vitória amarga do PS" e considera que a solução "que garante maior solidez" a António Costa é "uma nova geringonça" - na sua opinião, "o mal menor" para o primeiro-ministro.

"Uma nova geringonça nunca será tão robusta quanto a anterior. Mas, em termos de estabilidade, é a única, à partida, que pode garantir um governo de quatro anos", acrescenta.

Sendo o ano de 2021 "um ano especialmente difícil para os socialistas devido às eleições autárquicas, à Presidência Portuguesa da União Europeia e porque Marcelo Rebelo de Sousa, caso volte a vencer as presidenciais, já estará num segundo mandato e, por isso, mais livre para dissolver a Assembleia da República caso a solução de Governo não seja suficientemente estável", Mendes diz que se António Costa quiser "evitar estas espadas de Dâmocles só tem o caminho de uma nova geringonça".

"Não é inteiramente seguro. Mas é o mal menor", conclui o comentador.

Sobre a direita, Marques Mendes elogia Assunção Cristas por ter saído - "em política saber sair é uma arte", mas defende que Rui Rio "ganhou o direito a ir em janeiro a eleições internas" e "não devia hesitar em candidatar-se" em nome de uma "clarificação. Para o comentador e ex-líder do PSD, "o problema do próximo líder vem a seguir" - como aguentar "quatro anos na oposição".

marcar artigo