António Costa: “É importante que a franqueza e a transparência se mantenham com Angola”

22-11-2018
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António Costa: “É importante que a franqueza e a transparência se mantenham com Angola” 22 nov 2018 00:05 MadreMedia / Lusa Atualidade Antonio Costa Angola João Lourenço comentários Partilhar Partilhar Partilhar Atualidade · 18 nov 2018 09:06 Setor português da construção olha para Luanda como "prioridade" e com "confiança" Atualidade · 22 nov 2018 16:23 Portugal/Angola. João Lourenço apela à moralização da sociedade para combater "cancro" da corrupção António Costa considera a visita do Presidente angolano esta quinta-feira como o fim de “um ciclo de normalização das relações”, reconhece como “complexo” o problema da regularização das dívidas e admite reflexos para as empresas se a Sonangol se retirar das suas participações. TIAGO PETINGA/LUSA A visita oficial de João Lourenço, que se inicia hoje e se prolonga até sábado, “restabelece a normalidade de uma relação que é muito frutuosa de parte a parte e que tem de continuar e desejavelmente deve prosseguir sendo aprofundada”, afirmou o primeiro-ministro, citando o próprio presidente angolano.Quanto ao problema da regularização das dívidas, o primeiro-ministro admite que “é obviamente um processo complexo, muitas vezes moroso, mas que tem vindo a correr”, sendo importante que “a franqueza e a transparência se mantenham” entre as partes. Pela parte portuguesa, o processo é “pilotado” pela embaixada de Portugal em Angola.“Muitas empresas têm visto já a sua situação regularizada, outras parcialmente regularizada, outras aguardam a regularização e outras aguardam ainda a certificação e o reconhecimento dos créditos que reclama”, diz António Costa, acrescentando que é um processo que está em curso e “felizmente, com bons sinais até agora”.Para o primeiro-ministro, o importante para o Estado português é ter sido assegurado que, “em primeiro lugar, Angola reconheceria a existência de situações de dívida para com as empresas portuguesas e que haveria um processo transparente com participação das empresas portuguesas para o apuramento do montante dessas dívidas e a sua certificação”.“Foi muito importante a forma muito franca como o ministro das Finanças angolano (…) expôs a questão de como havia um conjunto de dívidas reclamadas que não estavam registadas oficialmente na contabilidade das entidades devedoras e, portanto, era necessário certificar a sua existência e quais eram as dificuldades relativamente ao pagamento e ao cálculo designadamente cambial desses montantes”.Segundo o primeiro-ministro, “isso foi essencial para restabelecer a confiança das empresas portuguesas para poderem investir em Angola”.Questionado sobre o anúncio feito por João Lourenço de que a empresa angolana Sonangol iria retirar-se da participação das empresas portuguesas, o primeiro-ministro reconheceu que havendo essa decisão, [ela] “terá necessariamente reflexos nas empresas onde a Sonangol tem uma participação”.“Mas não me compete a mim estar a pronunciar-me sobre as decisões de investimento da Sonangol. E são empresas que estão no mercado, estão abertas. Portanto, naturalmente, se houver alguma recomposição acionista, haverá seguramente outros acionistas que tomem a posição que eventualmente seja libertada pela Sonangol”, conclui António Costa.A visita de Estado de João Lourenço começa Belém com cerimónias militares e a deposição de uma coroa de flores no túmulo de Luís de Camões, antes de uma visita guiada ao Mosteiro dos Jerónimos. O Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe o seu homólogo às 11:50.Às 15:00, o chefe do Estado angolano e o presidente do parlamento português, Ferro Rodrigues, discursam numa sessão solene da Assembleia da República e João Lourenço segue depois para a Câmara Municipal de Lisboa, onde irá receber a chave da cidade das mãos do presidente da autarquia, Fernando Medina.Na sexta-feira, o Presidente angolano será recebido no Porto pelas autoridades locais antes de discursar no Fórum Económico e Empresarial Portugal/Angola, tal como o primeiro-ministro português, António Costa.Pelas 11:45 chegará à Câmara Municipal do Porto onde o autarca Rui Moreira lhe vai entregar as chaves da cidade.João Lourenço é esperado cerca das 12:00 no Palácio da Bolsa para a assinatura de acordos e almoça com empresários portugueses e angolanos, antes de regressar a Lisboa. Já na capital, o presidente de Angola encontra-se às 16:30 com a comunidade angolana residente em Portugal.No sábado João Lourenço visita, a partir das 09:25, a base naval do Alfeite e almoça com Marcelo Rebelo de Sousa, antes de pôr fim à visita oficial.A partida de Lisboa para Luanda só está prevista para as 09:00 de domingo.*Entrevista de Luísa Meireles e Pedro Morais Fonseca e fotografia de Tiago Petinga / LUSA   Partilhar Partilhar Partilhar   Veja também Atualidade · 18 nov 2018 09:06 Setor português da construção olha para Luanda como "prioridade" e com "confiança" Atualidade · 22 nov 2018 16:23 Portugal/Angola. João Lourenço apela à moralização da sociedade para combater "cancro" da corrupção Em destaque Touros de mote O que representa o despedimento de Jeff Sessions Local Mais próximo de si. escolha um distrito Açores Aveiro Beja Braga Bragança Castelo Branco Coimbra Évora Faro Guarda Leiria Lisboa Madeira Portalegre Porto Santarém Setúbal Viana do Castelo Vila Real Viseu Mais populares Atualidade · 22 nov 2018 13:44 Tentou espalhar a palavra de Deus, mas acabou morto. 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António Costa: “É importante que a franqueza e a transparência se mantenham com Angola” 22 nov 2018 00:05 MadreMedia / Lusa Atualidade Antonio Costa Angola João Lourenço comentários Partilhar Partilhar Partilhar Atualidade · 18 nov 2018 09:06 Setor português da construção olha para Luanda como "prioridade" e com "confiança" Atualidade · 22 nov 2018 16:23 Portugal/Angola. João Lourenço apela à moralização da sociedade para combater "cancro" da corrupção António Costa considera a visita do Presidente angolano esta quinta-feira como o fim de “um ciclo de normalização das relações”, reconhece como “complexo” o problema da regularização das dívidas e admite reflexos para as empresas se a Sonangol se retirar das suas participações. TIAGO PETINGA/LUSA A visita oficial de João Lourenço, que se inicia hoje e se prolonga até sábado, “restabelece a normalidade de uma relação que é muito frutuosa de parte a parte e que tem de continuar e desejavelmente deve prosseguir sendo aprofundada”, afirmou o primeiro-ministro, citando o próprio presidente angolano.Quanto ao problema da regularização das dívidas, o primeiro-ministro admite que “é obviamente um processo complexo, muitas vezes moroso, mas que tem vindo a correr”, sendo importante que “a franqueza e a transparência se mantenham” entre as partes. Pela parte portuguesa, o processo é “pilotado” pela embaixada de Portugal em Angola.“Muitas empresas têm visto já a sua situação regularizada, outras parcialmente regularizada, outras aguardam a regularização e outras aguardam ainda a certificação e o reconhecimento dos créditos que reclama”, diz António Costa, acrescentando que é um processo que está em curso e “felizmente, com bons sinais até agora”.Para o primeiro-ministro, o importante para o Estado português é ter sido assegurado que, “em primeiro lugar, Angola reconheceria a existência de situações de dívida para com as empresas portuguesas e que haveria um processo transparente com participação das empresas portuguesas para o apuramento do montante dessas dívidas e a sua certificação”.“Foi muito importante a forma muito franca como o ministro das Finanças angolano (…) expôs a questão de como havia um conjunto de dívidas reclamadas que não estavam registadas oficialmente na contabilidade das entidades devedoras e, portanto, era necessário certificar a sua existência e quais eram as dificuldades relativamente ao pagamento e ao cálculo designadamente cambial desses montantes”.Segundo o primeiro-ministro, “isso foi essencial para restabelecer a confiança das empresas portuguesas para poderem investir em Angola”.Questionado sobre o anúncio feito por João Lourenço de que a empresa angolana Sonangol iria retirar-se da participação das empresas portuguesas, o primeiro-ministro reconheceu que havendo essa decisão, [ela] “terá necessariamente reflexos nas empresas onde a Sonangol tem uma participação”.“Mas não me compete a mim estar a pronunciar-me sobre as decisões de investimento da Sonangol. E são empresas que estão no mercado, estão abertas. Portanto, naturalmente, se houver alguma recomposição acionista, haverá seguramente outros acionistas que tomem a posição que eventualmente seja libertada pela Sonangol”, conclui António Costa.A visita de Estado de João Lourenço começa Belém com cerimónias militares e a deposição de uma coroa de flores no túmulo de Luís de Camões, antes de uma visita guiada ao Mosteiro dos Jerónimos. O Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe o seu homólogo às 11:50.Às 15:00, o chefe do Estado angolano e o presidente do parlamento português, Ferro Rodrigues, discursam numa sessão solene da Assembleia da República e João Lourenço segue depois para a Câmara Municipal de Lisboa, onde irá receber a chave da cidade das mãos do presidente da autarquia, Fernando Medina.Na sexta-feira, o Presidente angolano será recebido no Porto pelas autoridades locais antes de discursar no Fórum Económico e Empresarial Portugal/Angola, tal como o primeiro-ministro português, António Costa.Pelas 11:45 chegará à Câmara Municipal do Porto onde o autarca Rui Moreira lhe vai entregar as chaves da cidade.João Lourenço é esperado cerca das 12:00 no Palácio da Bolsa para a assinatura de acordos e almoça com empresários portugueses e angolanos, antes de regressar a Lisboa. Já na capital, o presidente de Angola encontra-se às 16:30 com a comunidade angolana residente em Portugal.No sábado João Lourenço visita, a partir das 09:25, a base naval do Alfeite e almoça com Marcelo Rebelo de Sousa, antes de pôr fim à visita oficial.A partida de Lisboa para Luanda só está prevista para as 09:00 de domingo.*Entrevista de Luísa Meireles e Pedro Morais Fonseca e fotografia de Tiago Petinga / LUSA   Partilhar Partilhar Partilhar   Veja também Atualidade · 18 nov 2018 09:06 Setor português da construção olha para Luanda como "prioridade" e com "confiança" Atualidade · 22 nov 2018 16:23 Portugal/Angola. 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Como John Chau caiu perante os Sentinelas Atualidade · 22 nov 2018 15:26 Abusos sexuais de menina com debilidade punidos no Porto com pena suspensa Atualidade · 22 nov 2018 16:09 Ministério Público abre inquérito ao caso das falsas presenças de José Silvano no parlamento Atualidade · 22 nov 2018 14:28 Governo aprova Programação Militar com 4,74 mil milhões de euros para modernizar Forças Armadas Atualidade · 22 nov 2018 17:25 Ateliê de restauro de Viana do Castelo entra na lista oficial de fornecedores do Vaticano Últimas MadreMedia / Lusa · Atualidade · 22 nov 2018 17:55 Polónia repõe temporariamente controlos fronteiriços devido a cimeira internacional do clima MadreMedia / Lusa · Atualidade · 22 nov 2018 17:49 Inquérito/Tancos. CDS quer todos documentos em poder na Assembleia da República na comissão Urbanista · Opinião · 22 nov 2018 17:43 O rei vai nu. A diferença é que estamos, todos, a ver MadreMedia · Atualidade · 22 nov 2018 17:26 Reportagem "As Mulheres Ciganas Existem. E resistem" do SAPO 24 recebe menção honrosa da Associação Corações com Coroa MadreMedia / Lusa · Atualidade · 22 nov 2018 17:25 Ateliê de restauro de Viana do Castelo entra na lista oficial de fornecedores do Vaticano Comentários

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