Defesa Nacional: Ensino militar à beira da extinção

17-11-2018
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O Governo avançou esta semana com a reforma das instituições de ensino militar, mas o receio de que a prazo estas escolas percam o cariz militar e possam acabar alastra-se.O Instituto de Odivelas (só para raparigas) vai fechar dentro de dois anos. O Colégio Militar (CM) vai passar a misto e a regime duplo de internato e externato. Os Pupilos do Exército vão reforçar o ensino técnico.Basílio Horta, deputado do PS_e ex-aluno do Colégio Militar, diz ao SOL que o futuro Colégio Militar «não tem nada a ver» com o que existiu até agora. «Tenho muita pena. O_CM tem um perfil e uma tradição que deve ser mantida», explica.Além de Basílio, estudaram no CM políticos como o ex-ministro da Educação Pedro Lynce, o autarca de Sintra, Fernando Seara, e o secretário-geral do CDS, António Carlos Monteiro. Ao SOL, Lynce afirma ter «dúvidas» sobre se «foram exploradas todas as hipóteses» de poupança no actual quadro.O próprio Exército é contra estas alterações, mas teve que se sujeitar à vontade do ministro Aguiar-Branco. «O acompanhamento 24 horas/dia facilita mais a dimensão comportamental de liderança. Mas há uma decisão política que vamos cumprir», afirmou esta semana o Chefe de Estado-Maior do Exército, general Pina Monteiro.O Governo defende-se, apoiando-se numa posição da Associação de Antigos Alunos que aponta para um acréscimo de 300% no número de candidatos, se o CM abrir como externato.Os três estabelecimentos de ensino custam por ano ao Estado 18 milhões de euros. O Governo não quer dizer quanto pretende poupar com esta reforma, nem quanto vai custar o novo edifício para as camaratas femininas que vai ser preciso construir dentro do perímetro do CM para receber as alunas de Odivelas.(Sol)


O Governo avançou esta semana com a reforma das instituições de ensino militar, mas o receio de que a prazo estas escolas percam o cariz militar e possam acabar alastra-se.O Instituto de Odivelas (só para raparigas) vai fechar dentro de dois anos. O Colégio Militar (CM) vai passar a misto e a regime duplo de internato e externato. Os Pupilos do Exército vão reforçar o ensino técnico.Basílio Horta, deputado do PS_e ex-aluno do Colégio Militar, diz ao SOL que o futuro Colégio Militar «não tem nada a ver» com o que existiu até agora. «Tenho muita pena. O_CM tem um perfil e uma tradição que deve ser mantida», explica.Além de Basílio, estudaram no CM políticos como o ex-ministro da Educação Pedro Lynce, o autarca de Sintra, Fernando Seara, e o secretário-geral do CDS, António Carlos Monteiro. Ao SOL, Lynce afirma ter «dúvidas» sobre se «foram exploradas todas as hipóteses» de poupança no actual quadro.O próprio Exército é contra estas alterações, mas teve que se sujeitar à vontade do ministro Aguiar-Branco. «O acompanhamento 24 horas/dia facilita mais a dimensão comportamental de liderança. Mas há uma decisão política que vamos cumprir», afirmou esta semana o Chefe de Estado-Maior do Exército, general Pina Monteiro.O Governo defende-se, apoiando-se numa posição da Associação de Antigos Alunos que aponta para um acréscimo de 300% no número de candidatos, se o CM abrir como externato.Os três estabelecimentos de ensino custam por ano ao Estado 18 milhões de euros. O Governo não quer dizer quanto pretende poupar com esta reforma, nem quanto vai custar o novo edifício para as camaratas femininas que vai ser preciso construir dentro do perímetro do CM para receber as alunas de Odivelas.(Sol)

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