Blog: oposição assinala impacto ambiental

30-08-2019
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Oposição assinala impacto ambiental e questiona financiamento da nova ponte

O Governo confirmou a escolha do eixo Chelas-Barreiro para a localização da nova ponte

Da esquerda à direita, os partidos da Oposição trazem à liça os impactos ambientais da escolha do eixo Chelas-Barreiro para a localização da nova travessia do Tejo e questionam a forma de financiamento do projecto.

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O PSD acusa o Governo de não ter promovido o debate, ao contrário do que aconteceu com a escolha da localização do novo aeroporto de Lisboa. O deputado social-democrata Jorge Costa assinalou que falta ainda aprofundar o conteúdo do estudo comparativo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre as opções para a terceira travessia do Tejo na Área Metropolitana de Lisboa. No dia em que o Governo confirmou a escolha da opção Chelas-Barreiro, o deputado do PSD criticou também o que disse ser o “grande secretismo” patenteado pelo Executivo. “Não pomos em causa o mérito do LNEC, mas o Governo devia ter suscitado um amplo debate sobre a matéria, tendo feito participar a sociedade civil nesta questão”, afirmou Jorge Costa, citado pela Agência Lusa. “Nós estamos preocupados. Achamos que pode estar aqui a ânsia do primeiro-ministro apresentar decisões, que se tem revelado na pressa de lançar concessões e inaugurações. Tudo isto pode estar a precipitar uma má decisão”, sublinhou o deputado. Os sociais-democratas fazem ainda saber que tencionam insistir na exigência de um debate que abarque a localização da nova ponte sobre o Tejo e o projecto da rede ferroviária de alta velocidade. Até porque “são investimentos de grandes dimensões, com uma factura pesada para as próximas gerações e que têm de ser amplamente discutidas e consensualizadas”. Jorge Costa salientou que “todas as notícias que vieram a público iam no mesmo sentido: de que a melhor solução era Beato-Montijo, tinha menor impacto ambiental, não perturbava a navegabilidade do rio Tejo, era uma solução mais barata e não tinha influência na paisagem”.

CDS-PP fala de “cicatriz na cidade” Para os democratas-cristãos, a escolha do eixo Chelas-Barreiro comporta um impacto ambiental assinalável, que poderá mesmo deixar “uma cicatriz na cidade” de Lisboa. “Este debate tem que ser feito. Temos os melhores especialistas a defender outra solução e a alertar para o impacto da localização Chelas-Barreiro”, afirmou em declarações à Agência Lusa o deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro, aludindo ao especialista em transportes José Manuel Viegas e ao professor Nunes da Silva, defensores da localização alternativa apresentada pela Confederação da Indústria Portuguesa, Beato-Montijo. A localização Chelas-Barreiro, sustentou o deputado democrata-cristão, deixará “uma cicatriz na cidade de efeitos irreversíveis em termos de impacto visual e ambiental”.

PCP apela a salvaguarda do “carácter público” do projecto “A localização Chelas-Barreiro era uma reivindicação antiga do PCP, do poder local e das populações. É uma infra-estrutura necessária”. Foi desta forma que o deputado comunista Bruno Dias reagiu, no Parlamento, ao anúncio da decisão do Governo. Sem embargo da defesa da opção Chelas-Barreiro, o PCP considera que o Governo terá agora de “salvaguardar o carácter público da construção e da exploração”. “Temos tido a experiência do que tem sido a concessão da ponte Vasco da Gama e da 25 de Abril.Têm sido formas de negociar em que o Estado entrega de facto negócios muito lucrativos a grupos económicos, mas prejudicando o interesse nacional e o das populações”, sustentou.

”Os Verdes” contestam decisão “viciada” Para o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), está em causa uma “decisão viciada”. Isto porque o Governo, afirmou a deputada Heloísa Apolónia, anunciou a sua escolha sem a realização prévia de uma avaliação de impacto ambiental. “O Governo anunciou a localização sem o devido estudo de impacto ambiental. É uma decisão viciada”, disse a deputada do PEV, para quem o Executivo “subverteu todos os valores ambientais”. O PEV alerta, ainda, para “o desconhecimento total dos reais efeitos em termos de trânsito que vão resultar da terceira travessia”.

Bloco de Esquerda preocupado com financiamento O Bloco de Esquerda considera que a escolha da opção Chelas-Barreiro foi “adequada”. No entanto, as intenções do Governo relativamente ao financiamento do projecto são, para o Bloco, motivo de preocupação. “A localização da terceira travessia está em debate há mais de dez anos. Já nessa altura havia a hipótese Chelas-Barreiro. Pensamos que é a localização adequada”, afirmou a deputada Helena Pinto. “Queremos saber qual é a posição do Governo, se vai resgatar o contrato de concessão da Lusoponte, que é praticamente a dona do rio Tejo, ou se vai propor apenas alterações”, frisou.

Oposição assinala impacto ambiental e questiona financiamento da nova ponte

O Governo confirmou a escolha do eixo Chelas-Barreiro para a localização da nova ponte

Da esquerda à direita, os partidos da Oposição trazem à liça os impactos ambientais da escolha do eixo Chelas-Barreiro para a localização da nova travessia do Tejo e questionam a forma de financiamento do projecto.

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O PSD acusa o Governo de não ter promovido o debate, ao contrário do que aconteceu com a escolha da localização do novo aeroporto de Lisboa. O deputado social-democrata Jorge Costa assinalou que falta ainda aprofundar o conteúdo do estudo comparativo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre as opções para a terceira travessia do Tejo na Área Metropolitana de Lisboa. No dia em que o Governo confirmou a escolha da opção Chelas-Barreiro, o deputado do PSD criticou também o que disse ser o “grande secretismo” patenteado pelo Executivo. “Não pomos em causa o mérito do LNEC, mas o Governo devia ter suscitado um amplo debate sobre a matéria, tendo feito participar a sociedade civil nesta questão”, afirmou Jorge Costa, citado pela Agência Lusa. “Nós estamos preocupados. Achamos que pode estar aqui a ânsia do primeiro-ministro apresentar decisões, que se tem revelado na pressa de lançar concessões e inaugurações. Tudo isto pode estar a precipitar uma má decisão”, sublinhou o deputado. Os sociais-democratas fazem ainda saber que tencionam insistir na exigência de um debate que abarque a localização da nova ponte sobre o Tejo e o projecto da rede ferroviária de alta velocidade. Até porque “são investimentos de grandes dimensões, com uma factura pesada para as próximas gerações e que têm de ser amplamente discutidas e consensualizadas”. Jorge Costa salientou que “todas as notícias que vieram a público iam no mesmo sentido: de que a melhor solução era Beato-Montijo, tinha menor impacto ambiental, não perturbava a navegabilidade do rio Tejo, era uma solução mais barata e não tinha influência na paisagem”.

CDS-PP fala de “cicatriz na cidade” Para os democratas-cristãos, a escolha do eixo Chelas-Barreiro comporta um impacto ambiental assinalável, que poderá mesmo deixar “uma cicatriz na cidade” de Lisboa. “Este debate tem que ser feito. Temos os melhores especialistas a defender outra solução e a alertar para o impacto da localização Chelas-Barreiro”, afirmou em declarações à Agência Lusa o deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro, aludindo ao especialista em transportes José Manuel Viegas e ao professor Nunes da Silva, defensores da localização alternativa apresentada pela Confederação da Indústria Portuguesa, Beato-Montijo. A localização Chelas-Barreiro, sustentou o deputado democrata-cristão, deixará “uma cicatriz na cidade de efeitos irreversíveis em termos de impacto visual e ambiental”.

PCP apela a salvaguarda do “carácter público” do projecto “A localização Chelas-Barreiro era uma reivindicação antiga do PCP, do poder local e das populações. É uma infra-estrutura necessária”. Foi desta forma que o deputado comunista Bruno Dias reagiu, no Parlamento, ao anúncio da decisão do Governo. Sem embargo da defesa da opção Chelas-Barreiro, o PCP considera que o Governo terá agora de “salvaguardar o carácter público da construção e da exploração”. “Temos tido a experiência do que tem sido a concessão da ponte Vasco da Gama e da 25 de Abril.Têm sido formas de negociar em que o Estado entrega de facto negócios muito lucrativos a grupos económicos, mas prejudicando o interesse nacional e o das populações”, sustentou.

”Os Verdes” contestam decisão “viciada” Para o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), está em causa uma “decisão viciada”. Isto porque o Governo, afirmou a deputada Heloísa Apolónia, anunciou a sua escolha sem a realização prévia de uma avaliação de impacto ambiental. “O Governo anunciou a localização sem o devido estudo de impacto ambiental. É uma decisão viciada”, disse a deputada do PEV, para quem o Executivo “subverteu todos os valores ambientais”. O PEV alerta, ainda, para “o desconhecimento total dos reais efeitos em termos de trânsito que vão resultar da terceira travessia”.

Bloco de Esquerda preocupado com financiamento O Bloco de Esquerda considera que a escolha da opção Chelas-Barreiro foi “adequada”. No entanto, as intenções do Governo relativamente ao financiamento do projecto são, para o Bloco, motivo de preocupação. “A localização da terceira travessia está em debate há mais de dez anos. Já nessa altura havia a hipótese Chelas-Barreiro. Pensamos que é a localização adequada”, afirmou a deputada Helena Pinto. “Queremos saber qual é a posição do Governo, se vai resgatar o contrato de concessão da Lusoponte, que é praticamente a dona do rio Tejo, ou se vai propor apenas alterações”, frisou.

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