Câmara Corporativa: Carro, motorista e secretária justificam este despautério?

03-04-2019
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Santos Cabral, juiz conselheiro e ex-director nacional da PJ, considera que Almeida Rodrigues “tem todas as condições para dirigir e fazer singrar a Judiciária, num momento algo conturbado na vida da instituição”.O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses não pensa assim e passou o dia a falar para tudo o que é microfone. Numa reacção típica de um corporativismo desvairado, António Martins vê a escolha de um alto quadro da PJ para dirigir a instituição como uma forma de a politizar.Convém avisar o dirigente sindical de que a PJ sempre foi um serviço na dependência do Ministério da Justiça — e que a independência dos juízes e a autonomia dos procuradores resultam da posição que lhes é conferida no âmbito do aparelho judiciário (e não fora dele). Ou no CEJ aplicam-lhes os santos óleos que os tornam a eles, e só a eles, imaculados?De resto, António Martins deveria evitar meter-se por esses atalhos. Ele foi adjunto de Fernando Negrão quando o actual deputado e vereador do PSD era director nacional da PJ. E todos nos lembramos como acabou aquela liderança bicéfala. O editorial de hoje do Público recorda-o: “Fernando Negrão cessou funções devido ao caso da Universidade Moderna e, igualmente, à revelação de escutas de conversas com uma jornalista.”


Santos Cabral, juiz conselheiro e ex-director nacional da PJ, considera que Almeida Rodrigues “tem todas as condições para dirigir e fazer singrar a Judiciária, num momento algo conturbado na vida da instituição”.O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses não pensa assim e passou o dia a falar para tudo o que é microfone. Numa reacção típica de um corporativismo desvairado, António Martins vê a escolha de um alto quadro da PJ para dirigir a instituição como uma forma de a politizar.Convém avisar o dirigente sindical de que a PJ sempre foi um serviço na dependência do Ministério da Justiça — e que a independência dos juízes e a autonomia dos procuradores resultam da posição que lhes é conferida no âmbito do aparelho judiciário (e não fora dele). Ou no CEJ aplicam-lhes os santos óleos que os tornam a eles, e só a eles, imaculados?De resto, António Martins deveria evitar meter-se por esses atalhos. Ele foi adjunto de Fernando Negrão quando o actual deputado e vereador do PSD era director nacional da PJ. E todos nos lembramos como acabou aquela liderança bicéfala. O editorial de hoje do Público recorda-o: “Fernando Negrão cessou funções devido ao caso da Universidade Moderna e, igualmente, à revelação de escutas de conversas com uma jornalista.”

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