Olho de Gato: Rebanhos

15-10-2019
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* Publicado hoje no Jornal do Centro

Depois
de Cavaco Silva ter promulgado o orçamento de estado deste ano,
vinte e cinco deputados (17 do PS e 8 do bloco) apresentaram um
pedido de fiscalização da constitucionalidade daquela lei e, como é
sabido, foi-lhes dada razão.

     

Na
esquerda, enquanto o bloco se moveu em bloco, o PCP não deu para
este peditório ao Tribunal Constitucional. Já a “abstenção
violenta” de António José Seguro no orçamento causou o tal
“levantamento” dos dezassete deputados socialistas.

Uma
tão ampla dissensão não é comum no nosso parlamento, onde medram
os “deputados de cu”, na célebre expressão de Eça de Queirós,
que estão lá para levantarem o respectivo do assento e votarem e
balirem em rebanho, a mando do “chefe”.

    

Cada
vez concordo mais com Karl Popper: os partidos não têm ideias, as
pessoas é que têm. 

As pessoas é que contam e, quando não se
comportam como ovelhas, elas merecem que as conheçamos pelo nome.
Eis os dezassete: Alberto Costa, Vitalino Canas, Isabel Moreira, José
Lello, Fernando Serrasqueiro, André Figueiredo, Renato Sampaio,
Isabel Santos, Ana Paula Vitorino, Glória Araújo, Idália Serrão,
Paulo Campos, Maria Antónia Almeida Santos, Rui Santos, Sérgio
Sousa Pinto, Eduardo Cabrita e Pedro Delgado Alves.

     

O
governo acaba de anunciar ainda mais cortes nos salários e nas
pensões, e um jackpot na segurança social para o poder económico.
As elites que levaram o país à bancarrota, vão continuar
confortáveis com as suas rendas, as suas PPPs, os seus subsídios,
os seus preços ao abrigo da concorrência, as suas isenções
fiscais.

     

Em
nome da equidade e da decência, é preciso dar luta a esta política.
Em todas as frentes. Incluindo na da defesa da constitucionalidade.

     

Que,
no próximo ano, àqueles dezassete nomes se juntem os de José
Junqueiro, Acácio Pinto e Elza Pais. Afinal, foram eleitos com os
votos dos viseenses para quê?


* Publicado hoje no Jornal do Centro

Depois
de Cavaco Silva ter promulgado o orçamento de estado deste ano,
vinte e cinco deputados (17 do PS e 8 do bloco) apresentaram um
pedido de fiscalização da constitucionalidade daquela lei e, como é
sabido, foi-lhes dada razão.

     

Na
esquerda, enquanto o bloco se moveu em bloco, o PCP não deu para
este peditório ao Tribunal Constitucional. Já a “abstenção
violenta” de António José Seguro no orçamento causou o tal
“levantamento” dos dezassete deputados socialistas.

Uma
tão ampla dissensão não é comum no nosso parlamento, onde medram
os “deputados de cu”, na célebre expressão de Eça de Queirós,
que estão lá para levantarem o respectivo do assento e votarem e
balirem em rebanho, a mando do “chefe”.

    

Cada
vez concordo mais com Karl Popper: os partidos não têm ideias, as
pessoas é que têm. 

As pessoas é que contam e, quando não se
comportam como ovelhas, elas merecem que as conheçamos pelo nome.
Eis os dezassete: Alberto Costa, Vitalino Canas, Isabel Moreira, José
Lello, Fernando Serrasqueiro, André Figueiredo, Renato Sampaio,
Isabel Santos, Ana Paula Vitorino, Glória Araújo, Idália Serrão,
Paulo Campos, Maria Antónia Almeida Santos, Rui Santos, Sérgio
Sousa Pinto, Eduardo Cabrita e Pedro Delgado Alves.

     

O
governo acaba de anunciar ainda mais cortes nos salários e nas
pensões, e um jackpot na segurança social para o poder económico.
As elites que levaram o país à bancarrota, vão continuar
confortáveis com as suas rendas, as suas PPPs, os seus subsídios,
os seus preços ao abrigo da concorrência, as suas isenções
fiscais.

     

Em
nome da equidade e da decência, é preciso dar luta a esta política.
Em todas as frentes. Incluindo na da defesa da constitucionalidade.

     

Que,
no próximo ano, àqueles dezassete nomes se juntem os de José
Junqueiro, Acácio Pinto e Elza Pais. Afinal, foram eleitos com os
votos dos viseenses para quê?

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