visto da economia: Os 'hedge funds' sem risco sistémico?

22-05-2019
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Não consigo perceber o que leva António Borges a dizer que os 'hedge funds' não têm risco sistémico:“O modelo dos ‘hedge funds’ provou ser viável e não apresenta risco sistémico”, disse António Borges, na conferência organizada pelo Comité Europeu de Reguladores de Valores Mobiliários (CESR) para debater o futuro da regulação, que decorre hoje em Paris.Em 1998 o 'Long Term Capital Management' teve de ser salvo pelas autoridades norte-americanas por causa do efeito dominó que teria na banca. Estava altamente endividado e não conseguiria pagar os seus empréstimos devido às perdas apuradas por aplicações em dívida russa.Estava na altura a seguir a assembleia geral do FMI em Washington. Antes de se saber qual a decisão das autoridades, o ambiente era lúgubre.Vários estudos do FMI na altura defenderam que era preciso integrar os 'hedge funds' no sistema, ou seja, era preciso supervisioná-los.Hoje o tema volta de novo como se viu na Cimeira deste fim-de-semana em Berlim - e espero que passem finalmente a ser supervisionados porque têm de facto externalidades negativas que é preciso moderar.É importante manter os 'hedge funds' - simplisticamente uma espécie de grupo de grandes investidores que juntam o seu dinheiro numa carteira que entregam à gestão de profissionais. Estes profissionais aplicam esses recursos e usam depois os títulos que adquirem como garantia para contrair empréstimos que por sua vez voltam a aplicar em títulos.Mas obviamente que não pdoem funcionar, pela dimensão que alguns têm, sem regulação. Um 'hedge fund' não é propriamente um grupo de amigos que com meia dúzia de tostões aplicam as suas poupanças na bolsa.


Não consigo perceber o que leva António Borges a dizer que os 'hedge funds' não têm risco sistémico:“O modelo dos ‘hedge funds’ provou ser viável e não apresenta risco sistémico”, disse António Borges, na conferência organizada pelo Comité Europeu de Reguladores de Valores Mobiliários (CESR) para debater o futuro da regulação, que decorre hoje em Paris.Em 1998 o 'Long Term Capital Management' teve de ser salvo pelas autoridades norte-americanas por causa do efeito dominó que teria na banca. Estava altamente endividado e não conseguiria pagar os seus empréstimos devido às perdas apuradas por aplicações em dívida russa.Estava na altura a seguir a assembleia geral do FMI em Washington. Antes de se saber qual a decisão das autoridades, o ambiente era lúgubre.Vários estudos do FMI na altura defenderam que era preciso integrar os 'hedge funds' no sistema, ou seja, era preciso supervisioná-los.Hoje o tema volta de novo como se viu na Cimeira deste fim-de-semana em Berlim - e espero que passem finalmente a ser supervisionados porque têm de facto externalidades negativas que é preciso moderar.É importante manter os 'hedge funds' - simplisticamente uma espécie de grupo de grandes investidores que juntam o seu dinheiro numa carteira que entregam à gestão de profissionais. Estes profissionais aplicam esses recursos e usam depois os títulos que adquirem como garantia para contrair empréstimos que por sua vez voltam a aplicar em títulos.Mas obviamente que não pdoem funcionar, pela dimensão que alguns têm, sem regulação. Um 'hedge fund' não é propriamente um grupo de amigos que com meia dúzia de tostões aplicam as suas poupanças na bolsa.

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