Algumas escolas não abriram no primeiro dia de aulas por falta de pessoal. Tiago Brandão Rodrigues anunciou que o novo reforço significa que "quase três mil os trabalhadores precários vão deixar de o ser"
Agrupamento de escolas de Monforte, no distrito de Portalegre. © NUNO VEIGA/LUSA
As escolas vão receber mais 200 assistentes operacionais, anunciou esta sexta-feira no parlamento o ministro da Educação, que revelou ainda que serão integrados nos quadros outros 2.700 funcionários.
"Chegam agora 200 novos assistentes operacionais às escolas", revelou Tiago Brandão Rodrigues durante o debate parlamentar sobre o arranque do ano letivo, pedido pelo PCP, que foi marcado por dois temas: a contagem do tempo de serviço congelado dos professores e a falta de funcionários.
A carência de assistentes operacionais foi apontada por todas as bancadas parlamentares como um dos problemas do arranque do ano letivo, com o PCP, o Bloco de Esquerda e os Verdes a defenderem a necessidade de rever a portaria de rácios, que define quantos funcionários são atribuídos a cada escola.
Nos últimos dias, vários diretores voltaram a queixar-se da falta de funcionários e, em alguns casos, de não estar a ser cumprido o diploma de rácios. Houve mesmo escolas que não abriram portas, alegando falta de gente.
Hoje, Tiago Brandão Rodrigues anunciou para breve a chegada de mais 200 assistentes operacionais, sublinhando que este é o resultado de uma "portaria de rácios dinâmica", que permite aumentar o número de funcionários quando há mudanças, tais como ter mais alunos a estudar numa determinada escola.
Além destes novos trabalhadores, que tinham sido pedidos pelos diretores, o ministro anunciou ainda que serão integrados nos quadros 2.700 funcionários que já estavam a trabalhar nas escolas, no âmbito do programa que pretende regularizar os vínculos precários na função pública (PREVPAP).
"São já quase três mil os trabalhadores precários que vão deixar de o ser. Ainda ontem se deu, neste âmbito, e posso anunciá-lo aqui, autorização às escolas para lançarem o concurso para 2.700 assistentes operacionais", afirmou.
O Bloco de Esquerda entende que, mesmo assim, é preciso rever a portaria, no sentido de aumentar o número de funcionários, uma posição que é partilhada pelo PCP e Os Verdes.
"Quando vai o Governo assumir que a portaria de rácios atual não é a mais adequada?", questionou, por seu turno, a deputada Ângela Moreira, do PCP, que também defendeu que é preciso substituir os trabalhadores de baixa prolongada por outros assim como é preciso criar uma carreira adequada para os trabalhadores da escola pública.
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Algumas escolas não abriram no primeiro dia de aulas por falta de pessoal. Tiago Brandão Rodrigues anunciou que o novo reforço significa que "quase três mil os trabalhadores precários vão deixar de o ser"
Agrupamento de escolas de Monforte, no distrito de Portalegre. © NUNO VEIGA/LUSA
As escolas vão receber mais 200 assistentes operacionais, anunciou esta sexta-feira no parlamento o ministro da Educação, que revelou ainda que serão integrados nos quadros outros 2.700 funcionários.
"Chegam agora 200 novos assistentes operacionais às escolas", revelou Tiago Brandão Rodrigues durante o debate parlamentar sobre o arranque do ano letivo, pedido pelo PCP, que foi marcado por dois temas: a contagem do tempo de serviço congelado dos professores e a falta de funcionários.
A carência de assistentes operacionais foi apontada por todas as bancadas parlamentares como um dos problemas do arranque do ano letivo, com o PCP, o Bloco de Esquerda e os Verdes a defenderem a necessidade de rever a portaria de rácios, que define quantos funcionários são atribuídos a cada escola.
Nos últimos dias, vários diretores voltaram a queixar-se da falta de funcionários e, em alguns casos, de não estar a ser cumprido o diploma de rácios. Houve mesmo escolas que não abriram portas, alegando falta de gente.
Hoje, Tiago Brandão Rodrigues anunciou para breve a chegada de mais 200 assistentes operacionais, sublinhando que este é o resultado de uma "portaria de rácios dinâmica", que permite aumentar o número de funcionários quando há mudanças, tais como ter mais alunos a estudar numa determinada escola.
Além destes novos trabalhadores, que tinham sido pedidos pelos diretores, o ministro anunciou ainda que serão integrados nos quadros 2.700 funcionários que já estavam a trabalhar nas escolas, no âmbito do programa que pretende regularizar os vínculos precários na função pública (PREVPAP).
"São já quase três mil os trabalhadores precários que vão deixar de o ser. Ainda ontem se deu, neste âmbito, e posso anunciá-lo aqui, autorização às escolas para lançarem o concurso para 2.700 assistentes operacionais", afirmou.
O Bloco de Esquerda entende que, mesmo assim, é preciso rever a portaria, no sentido de aumentar o número de funcionários, uma posição que é partilhada pelo PCP e Os Verdes.
"Quando vai o Governo assumir que a portaria de rácios atual não é a mais adequada?", questionou, por seu turno, a deputada Ângela Moreira, do PCP, que também defendeu que é preciso substituir os trabalhadores de baixa prolongada por outros assim como é preciso criar uma carreira adequada para os trabalhadores da escola pública.