Desculpas de mau seleccionador

10-09-2019
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Imbicto leitor,

Sim, falo de Fernando Santos. Mais do que de Fernando Santos, falo de André Silva e das escolhas que o seleccionador nacional optou por fazer, deixando André Silva de fora do lote de jogadores para o Euro 2016.

Vamos por partes… Não estou a insinuar que Fernando Santos é um mau técnico. O “nosso” Engenheiro do Penta é competente. No entanto, o técnico não orienta apenas os moços dentro do campo. Supostamente, é ele quem os escolhe e dá a cara pela escolha.

Os critérios da Selecção foram, desde sempre, bastante interessantes e (in)questionáveis – especialmente desde a era Scolari. O “rótulo” FC Porto parece ter uma carga demasiadamente pesada, de facto.

Há, pelo menos, três casos em que, com Fernando Santos ou Paulo Bento, não é bem perceptível a dificuldade com que uns chegam à equipa das (es)”quinas”, enquanto a outros basta – como se costuma dizer no Norte: “dar um peido”. E na última convocatória, efectiva para o Euro, parece que o “peido” do Renatinho foi bem grande, reforçado pelo megafone que os me(r)dia enfiaram estrategicamente, algures.

Três dúvidas, portanto: Quaresma, Rúben Neves e André Silva – às quais poderia bem adicionar o André André… Vejamos:

“Polivalência”, dizia ele… A “polivalência” que levou Eliseu, Ricardo Costa e Amorim, ou Rafa, ao Brasil, portanto; a polivalência, nãos dos “peidos”, mas dos “berros” que meia equipa deu com lesões atrás de lesões. Pinto da Costa bem se insurgiu contra esta desculpa esfarrapada, cuja pertinência não encontra referencial nos nomes sucessórios. Mas de nada valeu, obviamente…

E a coisa continua, mas com novos actores. Desta vez, descubram as diferenças entre a desculpa dada acerca da ausência de Rúben Neves do lote dos convocados e de André Silva, que, aparentemente, em comum, têm muito mais do que o facto de pertencerem ao FC Porto:

Pois é… Parece que ambos estavam “em observação”, como se de um Bloco Operatório se tratasse e que estariam “no lote”, como se de uma loja se tratasse. E mais! André Silva não jogou contra o Sporting e, aparentemente, esse é um entrave à percepção das coisas, porque – pelo menos este vai aos jogos do FC Porto, nem que seja para rir das nossas exibições – esteve lá a ver o jogo onde esperava ter assistido à exibição de André Silva: um jogador “observado” e “em contactos internos”, mas para o qual apenas um jogo parece servir de teste efectivo, ou de prova séria a dar. Já outros, independentemente da parte inquestionável da sua valia, parecem ter mais do que valor potencial…

Pois é… Para isto e para mandar os nossos jogadores desgastarem-se ao “plantar batatas” em campos de terra recém-lavrados para ganhar uns trocos em jogos particulares antes de partidas importantes, já servimos.

Agora é com o FC Porto e com a consciência de cada jogador que veste a nossa camisola… Porque ser Português, aparentemente, é mais para uns do que para outros, na subjectividade das escolhas sempre aceitáveis, onde o potencial de uns é a certeza inabalável, precoce e inquestionável de outros. O Renatinho e o Gonçalinho – tal como os me(r)dia já lhes chamaram -, que o digam…

Imbicto abraço!

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Imbicto leitor,

Sim, falo de Fernando Santos. Mais do que de Fernando Santos, falo de André Silva e das escolhas que o seleccionador nacional optou por fazer, deixando André Silva de fora do lote de jogadores para o Euro 2016.

Vamos por partes… Não estou a insinuar que Fernando Santos é um mau técnico. O “nosso” Engenheiro do Penta é competente. No entanto, o técnico não orienta apenas os moços dentro do campo. Supostamente, é ele quem os escolhe e dá a cara pela escolha.

Os critérios da Selecção foram, desde sempre, bastante interessantes e (in)questionáveis – especialmente desde a era Scolari. O “rótulo” FC Porto parece ter uma carga demasiadamente pesada, de facto.

Há, pelo menos, três casos em que, com Fernando Santos ou Paulo Bento, não é bem perceptível a dificuldade com que uns chegam à equipa das (es)”quinas”, enquanto a outros basta – como se costuma dizer no Norte: “dar um peido”. E na última convocatória, efectiva para o Euro, parece que o “peido” do Renatinho foi bem grande, reforçado pelo megafone que os me(r)dia enfiaram estrategicamente, algures.

Três dúvidas, portanto: Quaresma, Rúben Neves e André Silva – às quais poderia bem adicionar o André André… Vejamos:

“Polivalência”, dizia ele… A “polivalência” que levou Eliseu, Ricardo Costa e Amorim, ou Rafa, ao Brasil, portanto; a polivalência, nãos dos “peidos”, mas dos “berros” que meia equipa deu com lesões atrás de lesões. Pinto da Costa bem se insurgiu contra esta desculpa esfarrapada, cuja pertinência não encontra referencial nos nomes sucessórios. Mas de nada valeu, obviamente…

E a coisa continua, mas com novos actores. Desta vez, descubram as diferenças entre a desculpa dada acerca da ausência de Rúben Neves do lote dos convocados e de André Silva, que, aparentemente, em comum, têm muito mais do que o facto de pertencerem ao FC Porto:

Pois é… Parece que ambos estavam “em observação”, como se de um Bloco Operatório se tratasse e que estariam “no lote”, como se de uma loja se tratasse. E mais! André Silva não jogou contra o Sporting e, aparentemente, esse é um entrave à percepção das coisas, porque – pelo menos este vai aos jogos do FC Porto, nem que seja para rir das nossas exibições – esteve lá a ver o jogo onde esperava ter assistido à exibição de André Silva: um jogador “observado” e “em contactos internos”, mas para o qual apenas um jogo parece servir de teste efectivo, ou de prova séria a dar. Já outros, independentemente da parte inquestionável da sua valia, parecem ter mais do que valor potencial…

Pois é… Para isto e para mandar os nossos jogadores desgastarem-se ao “plantar batatas” em campos de terra recém-lavrados para ganhar uns trocos em jogos particulares antes de partidas importantes, já servimos.

Agora é com o FC Porto e com a consciência de cada jogador que veste a nossa camisola… Porque ser Português, aparentemente, é mais para uns do que para outros, na subjectividade das escolhas sempre aceitáveis, onde o potencial de uns é a certeza inabalável, precoce e inquestionável de outros. O Renatinho e o Gonçalinho – tal como os me(r)dia já lhes chamaram -, que o digam…

Imbicto abraço!

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