O PAN já sentou dois deputados. Mas quer mais

10-07-2019
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A espera foi muito longa. Já passava da meia noite quando chegaram os resultados finais que confirmaram o que as sondagens à boca das urnas já anunciavam: o PAN elegeu um eurodeputado. Podia gritar vitória e gritou: “Eu-ro-PAN! Eu-ro-PAN!”, ouviu-se, finalmente, já passava da meia noite. “Sentámos o planeta em Bruxelas”, disse André Silva, numa referência ao slogan que o partido usou na campanha. “Somos uma minoria cada vez mais consolidada no sistema democrático português. E esta noite é de consolidação do percurso de um projeto político que tem sido feito desde 2011.”

Com 167 mil votos nestas Europeias (5%), o PAN foi uma surpresa. Não para os próprios, que já vinham a acompanhar o aumento da sua adesão e recetividade, mas para quem achava que o partido mais conhecido por defender os animais e a natureza não chegaria tão longe e tão depressa. Desta vez conseguiram duplicar o número de votos em relação ao que tiveram nas legislativas de 2015. Nessa noite, também tiveram de esperar até ao último minuto para ter a certeza de que tinham conseguido “sentar o planeta” no Parlamento português. Agora que já estão os dois sentados, um em Bruxelas e o outro em Lisboa, já têm um próximo objetivo: ter um grupo parlamentar na Assembleia da República, “o que pressupõe ter dois deputados”. Sobre futuras soluções governativas, André Silva prefere esperar por outubro. “Cada eleição é uma eleição”, disse. "Temos de ver quais as geometrias políticas e apoios parlamentares que se possam conjugar para formar Governo. Volto a dizer o que já dizíamos: o PAN está disponível para dialogar com todos os partidos e encontrar propostas que melhorem a vida dos portugueses."

Joao Girao

O que é certo, para já, é que este resultado lhes dá mais força. “Dá-nos mais alento, porque consolida o trabalho que tem vindo a ser feito. E porque significa que hoje há muitas pessoas que se reveem nas nossas mensagens e que confiam no PAN”, conclui André Silva. “Vamos por na Europa um eurodeputado português ambientalista". “A revolução deixou de ser silenciosa” Francisco Guerreiro, eleito eurodeputado, sabe que tem pela frente “cinco anos muito desafiantes”. E quer uma Europa que "finalmente combata as alterações climáticas" e que tenha um "representante que defenda os direitos de todos os animais". “A revolução deixou de ser silenciosa. Entrou na Europa uma voz firme que vai implementar um novo paradigma dentro do sistema europeu”. A sua primeira prioridade é levar a União Europeia a decretar o "estado de emergência climática", o mesmo que os jovens têm vindo a pedir nas greves climáticas estudantis, como aconteceu na passada sexta-feira. Ao longo das muitas horas de espera na sede do PAN, uma antiga loja na Avenida Almirante Reis, houve tempo para ver todas as reações de todos os cabeças de lista e líderes dos partidos projetadas na parede. Apesar do barulho que as cerca de 50 pessoas - metade delas jornalistas - faziam na pequena sala, até os cães adormeceram.

Joao Girao

A espera foi muito longa. Já passava da meia noite quando chegaram os resultados finais que confirmaram o que as sondagens à boca das urnas já anunciavam: o PAN elegeu um eurodeputado. Podia gritar vitória e gritou: “Eu-ro-PAN! Eu-ro-PAN!”, ouviu-se, finalmente, já passava da meia noite. “Sentámos o planeta em Bruxelas”, disse André Silva, numa referência ao slogan que o partido usou na campanha. “Somos uma minoria cada vez mais consolidada no sistema democrático português. E esta noite é de consolidação do percurso de um projeto político que tem sido feito desde 2011.”

Com 167 mil votos nestas Europeias (5%), o PAN foi uma surpresa. Não para os próprios, que já vinham a acompanhar o aumento da sua adesão e recetividade, mas para quem achava que o partido mais conhecido por defender os animais e a natureza não chegaria tão longe e tão depressa. Desta vez conseguiram duplicar o número de votos em relação ao que tiveram nas legislativas de 2015. Nessa noite, também tiveram de esperar até ao último minuto para ter a certeza de que tinham conseguido “sentar o planeta” no Parlamento português. Agora que já estão os dois sentados, um em Bruxelas e o outro em Lisboa, já têm um próximo objetivo: ter um grupo parlamentar na Assembleia da República, “o que pressupõe ter dois deputados”. Sobre futuras soluções governativas, André Silva prefere esperar por outubro. “Cada eleição é uma eleição”, disse. "Temos de ver quais as geometrias políticas e apoios parlamentares que se possam conjugar para formar Governo. Volto a dizer o que já dizíamos: o PAN está disponível para dialogar com todos os partidos e encontrar propostas que melhorem a vida dos portugueses."

Joao Girao

O que é certo, para já, é que este resultado lhes dá mais força. “Dá-nos mais alento, porque consolida o trabalho que tem vindo a ser feito. E porque significa que hoje há muitas pessoas que se reveem nas nossas mensagens e que confiam no PAN”, conclui André Silva. “Vamos por na Europa um eurodeputado português ambientalista". “A revolução deixou de ser silenciosa” Francisco Guerreiro, eleito eurodeputado, sabe que tem pela frente “cinco anos muito desafiantes”. E quer uma Europa que "finalmente combata as alterações climáticas" e que tenha um "representante que defenda os direitos de todos os animais". “A revolução deixou de ser silenciosa. Entrou na Europa uma voz firme que vai implementar um novo paradigma dentro do sistema europeu”. A sua primeira prioridade é levar a União Europeia a decretar o "estado de emergência climática", o mesmo que os jovens têm vindo a pedir nas greves climáticas estudantis, como aconteceu na passada sexta-feira. Ao longo das muitas horas de espera na sede do PAN, uma antiga loja na Avenida Almirante Reis, houve tempo para ver todas as reações de todos os cabeças de lista e líderes dos partidos projetadas na parede. Apesar do barulho que as cerca de 50 pessoas - metade delas jornalistas - faziam na pequena sala, até os cães adormeceram.

Joao Girao

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