Barreiro – aí estão as eleições autárquicas e os discursos do «esgotamento»

10-10-2017
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António Sousa Pereira

Para já, estamos na cena um das autárquicas de 2017 – diálogo PS – PSD, unidos, contra o que dizem ser o “esgotamento” da CDU.

Já ouvi isto tantas vezes, de tantas formas diferentes que cansa e este também é um discurso esgotado, que divide o mundo em maus e bons.

Enfim, a luta do poder pelo poder!

Mas, é assim, Freud, explica tudo isto!

No domingo quando escutei a intervenção de Assunção Cristas, líder do CDS/PP, no encerramento do congresso daquele partido, no momento que anunciou o seu apoio à recandidatura de Rui Moreira, na Câmara Municipal do Porto e ao posicionar-se como potencial candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, pensei, pronto, cá estamos, a agenda politica a partir de agora vai ser marcada pelo ciclo das autárquicas.

Ocorreu-me pensar, perante o discurso de Assunção Cristas, qual seria a eventual estratégia do CDS/PP no Barreiro, dado que, na circunstancia, a líder sublinhou a possibilidade de alianças com o PSD, onde elas deram frutos, mas também perspectivou a necessidade de o seu partido seguir um caminho autónimo visando o seu reforço e aumento de eleitos ao nível autárquico.

O CDS/PP no Barreiro, não tem conseguido concretizar, em sucessivos actos eleitorais a eleição de autarcas, nem nas Assembleias de Freguesia, nem na Assembleia Municipal, não sendo, de facto uma força politica de referência local, embora tenha uma franja do eleitorado consolidada.

Acontece é que, normalmente, o CDS/PP está hibernado e só aparece nas eleições autárquicas.

Será quer a nova liderança do CDS/PP vai, finalmente, apostar em conseguir ter visibilidade politica ao nível autárquico? – foi a pergunta que me ocorreu, e, conclui que, de facto o CDS/PP se quer ter alguma acção politica local, na verdade, tem, aqui, pela sua frente o desafio de em 2017, concretizar a eventual eleição de um seu representante na Assembleia Municipal ou em alguma freguesia.

E, no meio desta mera especulação sobre a vida política local, eis que surge uma tomada de posição de Bruno Vitorino, líder da Secção do PSD do Barreiro, lançando o repto ao Partido Socialista, para discutir “uma estratégia conjunta com vista às eleições autárquicas”.

Na argumentação, Bruno Vitorino, refere que o diálogo entre o PSD e PS deve ser assumido – “pondo para segundo plano os interesses partidários”.

Por outro lado, o líder social democrata refere que – “o concelho não pode continuar a perder pessoas, a perder comércio e empresas, a perder postos de trabalho, a não conseguir atrair investimento e a ver o seu núcleo histórico degradar-se cada vez mais”

E, tudo isto, porque – “A CDU esgotou-se”.

Estes os dados apontados, por Bruno Vitorino, para – “um diálogo sério e construtivo”, num país e numa terra que viu seus filhos sair perante uma das mais tenebrosas crises desde o 25 de Abril, como se o Barreiro fosse uma ilha, onde os reformados não sentiram os cortes, não perderam poder de compra, não existiram jovens que rumaram por esse mundo, na busca de uma vida melhor negada no seu país. Ou até a aplicação de 23% de IVA à restauração que afectou este importante segmento da vida económica local.

Como se este não fosse um concelho que perdeu centenas de postos de trabalho, fruto da desindustrialização e onde as acessibilidades – por exemplo ao Seixal – são um problema que há muito urge resolver.

Ou a existência de estratégias de valorização do seu Hospital, ou desenvolver um projecto dinâmico e consensual em torno dos territórios da Baía do Tejo, ande em bolandas há décadas, ora em governos PS, ora em governos PSD.

Ou valorizar o saber das Oficinas da CP/EMEF, modernizando e potenciando as suas capacidades.

Será que de tudo isto a culpa é da gestão autárquica seja ela da CDU ou de outro qualquer partido? Para não falar nas imposições “troikianas” impostas ao Poder Local.

Em resposta a Bruno Vitorino, André Pinotes Batista, líder do Partido Socialista do Barreiro, sublinha que – “as eleições autárquicas de 2017 representaram uma oportunidade histórica de mudança política no Barreiro. O PS dialogará com todos quantos se desejem realmente constituir como parceiros na transformação e afirmação do Barreiro.”

E, na mesma onda de Bruno Vitorino, sublinha – “os únicos adversários do PS no Barreiro são a migração forçada dos seus cidadãos para concelhos com melhores condições sociais e económicas, o definhar do tecido empresarial e a degradação do serviço público prestado pela autarquia”.

Acrescenta, André Pinotes Batista, que – “o executivo liderado pelo PCP encontra-se esgotado e está a esgotar a capacidade do Barreiro”.

Conclui, André Pinotes Batista – «O PS é a melhor alternativa para mudar o Barreiro». Ou seja o diálogo com o PSD, tem como ponto der partida colocar o PS no centro de todas as decisões.

Estes são, na verdade, os dados lançados, aqui e agora, que marcam no Barreiro, o ponto de partida para as próximas eleições autárquicas.

Portanto, registe-se a data – 15 de Março de 2016 – abriu a pré-campanha eleitoral para as autárquicas 2017.

Ficamos a aguardar que mais irá dar este anunciado “diálogo” PS – PSD na criação de um projecto que perspective um conceito de cidade que, politicamente, acrescente mais que a velha cassete “a CDU está esgotada”, que todos os anos escutamos em sucessivas eleições autárquicas, com criticas ferozes que o eleitorado repudia no voto e, pasme-se, mantendo-se o “eterno” ciclo pendular, quebrado uma única vez, porque nasceu um discurso alternativo e não de alternância à CDU.

Só que depois foi aquilo que se viu e que tendo coisas boas, o mau e igual ou pior, teve expressão na votação do eleitorado.

Tenho a dizer que, cá por mim que vivo nesta terra há muitos anos, considero que a CDU pode ser acusada de algumas coisas e tenho criticas, e faço criticas, principalmente porque muitas vezes tem um discurso excessivo de memória, em vez de motivar a pensar futuro.

Mas acusarem a CDU de culpada de coisas que são fruto directo de politicas governamentais e inexistência de uma estratégia que potencie a margem sul e as suas potencialidades. Essa não.

Quando deixarem de olhar para cá, para esta margem, como um deserto, sem gente, sem pessoas, sem hospitais, então, talvez exista mudança, por aí, isso sim, acredito que será um caminho a percorrer para um debate “sério e construtivo”, construindo uma cidade para todos e com todos.

O que me parece é que pretende-se gerar uma matéria de «marketing” de «bons e maus». É isso que tem sido feito e os resultados são óbvios.

Uma alternativa constrói-se nas diferenças, com novas visões de cidade e cidadania.

Uma alternância limita-se a dividir, a criar bodes expiatórias, a colocar opções, em tácticas sem horizonte.

Mas, de facto, ainda muita água vai correr até começar a existir uma clarificação de tudo isto, e, certamente, ainda vão surgir por aí, vontades de tomar opções, de discutir a cidade, para além, muito para além dos discursos dos partidos.

Talvez essa intervenção possa ser um contributo pata um nova forma de ver e sentir a vida politica local.

Talvez, sim talvez, os debates e conversas que vão animar este período pré- eleitoral possam influenciar e abrir novos caminhos, na forma de pensar, sentir e viver esta terra da Liberdade.

Para já, estamos na cena um das autárquicas de 2017 – diálogo PS – PSD, unidos, contra o que dizem ser o “esgotamento” da CDU.

Já ouvi isto tantas vezes, de tantas formas diferentes que cansa e este também é um discurso esgotado, que divide o mundo em maus e bons.

Enfim, a luta do poder pelo poder!

Mas, é assim, Freud, explica tudo isto!

António Sousa Pereira

Veja mais em ::::> Rostos

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António Sousa Pereira

Para já, estamos na cena um das autárquicas de 2017 – diálogo PS – PSD, unidos, contra o que dizem ser o “esgotamento” da CDU.

Já ouvi isto tantas vezes, de tantas formas diferentes que cansa e este também é um discurso esgotado, que divide o mundo em maus e bons.

Enfim, a luta do poder pelo poder!

Mas, é assim, Freud, explica tudo isto!

No domingo quando escutei a intervenção de Assunção Cristas, líder do CDS/PP, no encerramento do congresso daquele partido, no momento que anunciou o seu apoio à recandidatura de Rui Moreira, na Câmara Municipal do Porto e ao posicionar-se como potencial candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, pensei, pronto, cá estamos, a agenda politica a partir de agora vai ser marcada pelo ciclo das autárquicas.

Ocorreu-me pensar, perante o discurso de Assunção Cristas, qual seria a eventual estratégia do CDS/PP no Barreiro, dado que, na circunstancia, a líder sublinhou a possibilidade de alianças com o PSD, onde elas deram frutos, mas também perspectivou a necessidade de o seu partido seguir um caminho autónimo visando o seu reforço e aumento de eleitos ao nível autárquico.

O CDS/PP no Barreiro, não tem conseguido concretizar, em sucessivos actos eleitorais a eleição de autarcas, nem nas Assembleias de Freguesia, nem na Assembleia Municipal, não sendo, de facto uma força politica de referência local, embora tenha uma franja do eleitorado consolidada.

Acontece é que, normalmente, o CDS/PP está hibernado e só aparece nas eleições autárquicas.

Será quer a nova liderança do CDS/PP vai, finalmente, apostar em conseguir ter visibilidade politica ao nível autárquico? – foi a pergunta que me ocorreu, e, conclui que, de facto o CDS/PP se quer ter alguma acção politica local, na verdade, tem, aqui, pela sua frente o desafio de em 2017, concretizar a eventual eleição de um seu representante na Assembleia Municipal ou em alguma freguesia.

E, no meio desta mera especulação sobre a vida política local, eis que surge uma tomada de posição de Bruno Vitorino, líder da Secção do PSD do Barreiro, lançando o repto ao Partido Socialista, para discutir “uma estratégia conjunta com vista às eleições autárquicas”.

Na argumentação, Bruno Vitorino, refere que o diálogo entre o PSD e PS deve ser assumido – “pondo para segundo plano os interesses partidários”.

Por outro lado, o líder social democrata refere que – “o concelho não pode continuar a perder pessoas, a perder comércio e empresas, a perder postos de trabalho, a não conseguir atrair investimento e a ver o seu núcleo histórico degradar-se cada vez mais”

E, tudo isto, porque – “A CDU esgotou-se”.

Estes os dados apontados, por Bruno Vitorino, para – “um diálogo sério e construtivo”, num país e numa terra que viu seus filhos sair perante uma das mais tenebrosas crises desde o 25 de Abril, como se o Barreiro fosse uma ilha, onde os reformados não sentiram os cortes, não perderam poder de compra, não existiram jovens que rumaram por esse mundo, na busca de uma vida melhor negada no seu país. Ou até a aplicação de 23% de IVA à restauração que afectou este importante segmento da vida económica local.

Como se este não fosse um concelho que perdeu centenas de postos de trabalho, fruto da desindustrialização e onde as acessibilidades – por exemplo ao Seixal – são um problema que há muito urge resolver.

Ou a existência de estratégias de valorização do seu Hospital, ou desenvolver um projecto dinâmico e consensual em torno dos territórios da Baía do Tejo, ande em bolandas há décadas, ora em governos PS, ora em governos PSD.

Ou valorizar o saber das Oficinas da CP/EMEF, modernizando e potenciando as suas capacidades.

Será que de tudo isto a culpa é da gestão autárquica seja ela da CDU ou de outro qualquer partido? Para não falar nas imposições “troikianas” impostas ao Poder Local.

Em resposta a Bruno Vitorino, André Pinotes Batista, líder do Partido Socialista do Barreiro, sublinha que – “as eleições autárquicas de 2017 representaram uma oportunidade histórica de mudança política no Barreiro. O PS dialogará com todos quantos se desejem realmente constituir como parceiros na transformação e afirmação do Barreiro.”

E, na mesma onda de Bruno Vitorino, sublinha – “os únicos adversários do PS no Barreiro são a migração forçada dos seus cidadãos para concelhos com melhores condições sociais e económicas, o definhar do tecido empresarial e a degradação do serviço público prestado pela autarquia”.

Acrescenta, André Pinotes Batista, que – “o executivo liderado pelo PCP encontra-se esgotado e está a esgotar a capacidade do Barreiro”.

Conclui, André Pinotes Batista – «O PS é a melhor alternativa para mudar o Barreiro». Ou seja o diálogo com o PSD, tem como ponto der partida colocar o PS no centro de todas as decisões.

Estes são, na verdade, os dados lançados, aqui e agora, que marcam no Barreiro, o ponto de partida para as próximas eleições autárquicas.

Portanto, registe-se a data – 15 de Março de 2016 – abriu a pré-campanha eleitoral para as autárquicas 2017.

Ficamos a aguardar que mais irá dar este anunciado “diálogo” PS – PSD na criação de um projecto que perspective um conceito de cidade que, politicamente, acrescente mais que a velha cassete “a CDU está esgotada”, que todos os anos escutamos em sucessivas eleições autárquicas, com criticas ferozes que o eleitorado repudia no voto e, pasme-se, mantendo-se o “eterno” ciclo pendular, quebrado uma única vez, porque nasceu um discurso alternativo e não de alternância à CDU.

Só que depois foi aquilo que se viu e que tendo coisas boas, o mau e igual ou pior, teve expressão na votação do eleitorado.

Tenho a dizer que, cá por mim que vivo nesta terra há muitos anos, considero que a CDU pode ser acusada de algumas coisas e tenho criticas, e faço criticas, principalmente porque muitas vezes tem um discurso excessivo de memória, em vez de motivar a pensar futuro.

Mas acusarem a CDU de culpada de coisas que são fruto directo de politicas governamentais e inexistência de uma estratégia que potencie a margem sul e as suas potencialidades. Essa não.

Quando deixarem de olhar para cá, para esta margem, como um deserto, sem gente, sem pessoas, sem hospitais, então, talvez exista mudança, por aí, isso sim, acredito que será um caminho a percorrer para um debate “sério e construtivo”, construindo uma cidade para todos e com todos.

O que me parece é que pretende-se gerar uma matéria de «marketing” de «bons e maus». É isso que tem sido feito e os resultados são óbvios.

Uma alternativa constrói-se nas diferenças, com novas visões de cidade e cidadania.

Uma alternância limita-se a dividir, a criar bodes expiatórias, a colocar opções, em tácticas sem horizonte.

Mas, de facto, ainda muita água vai correr até começar a existir uma clarificação de tudo isto, e, certamente, ainda vão surgir por aí, vontades de tomar opções, de discutir a cidade, para além, muito para além dos discursos dos partidos.

Talvez essa intervenção possa ser um contributo pata um nova forma de ver e sentir a vida politica local.

Talvez, sim talvez, os debates e conversas que vão animar este período pré- eleitoral possam influenciar e abrir novos caminhos, na forma de pensar, sentir e viver esta terra da Liberdade.

Para já, estamos na cena um das autárquicas de 2017 – diálogo PS – PSD, unidos, contra o que dizem ser o “esgotamento” da CDU.

Já ouvi isto tantas vezes, de tantas formas diferentes que cansa e este também é um discurso esgotado, que divide o mundo em maus e bons.

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