IP3. "Tenho forte convicção de que a palavra dada será mesmo honrada"

11-05-2019
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Cinco meses depois da assinatura do contrato entre o Governo e as Infraestruturas de Portugal que previa as obras de requalificação do Itinerário Principal 3 (IP3), entre o nó de Penacova e a Ponte sobre o Rio Dão, foi ontem publicada em Diário da República a autorização das verbas.

No entanto, as obras ainda não podem arrancar por falta do visto do Tribunal de Contas. Só depois da luz verde dos juízes, a obra pode ter início.

A autorização ontem publicada no Diário da República prevê uma empreitada de quase 12 milhões de euros (mais de 11.8 milhões) com um prazo de execução de 330 dias (cerca de 11 meses). O anúncio foi feito pelo deputado do PS, Pedro Coimbra, durante o debate sobre esta estrada realizado na Assembleia da República.

A notícia surgiu depois de partidos como o PSD, PCP, BE, PEV e CDS/PP terem feito duras críticas ao atual Governo e aos anteriores pelo facto de todas as promessas para a realização de obras de requalificação nesta estrada nunca terem sido realizadas.

“O IP3 está na mesma. Está na mesma não, está pior. Não houve intervenção relevante. Níveis significativos de tráfego, elevada sinistralidade. Quatro anos de mentira e esquecimento”, disse o deputado do PSD, Pedro Alves, acusando o Governo. O deputado acusou ainda o Governo de ter colocado a Via dos Duques na gaveta. Pedro Alves recomendou que o Executivo execute todos os procedimentos em perfil de autoestrada, garantindo a existência de uma solução não portajada.

Ana Mesquita, deputada do PCP, frisou que, quem circula no IP3 sabe bem os problemas que encontra, relembrando o tempo de espera que que se iniciem as obras prometidas. “Estava previsto o início para maio. Estamos em maio e nada acontece. “O PCP defenderá sempre o IP3 sem portagens, já bem basta o que a população tem pago”, defendeu.

Apesar de os vários projetos de resolução apresentados ontem serem diferentes, o BE assume ter noção de que o objetivo é um: melhorar o IP3. O deputado Heitor de Sousa não concorda com a solução apresentada. “É preciso saber se toda a requalificação do IP3 será feita em perfil autoestrada ou apenas em 85% da sua extensão. O BE não aceita que haja um estrangulamento a meio do percurso”, reiterou.

Pedro Coimbra concordou com os restantes partidos sobre os problemas do IP3 mas prometeu o avanço das obras. “Percebo o ceticismo de muitos. Às vezes eu sinto o mesmo. Foram muitos os compromissos do passado que não foram honrados. Tenho forte convicção de que a palavra dada será mesmo honrada”, disse.

Ao i, Álvaro Miranda, porta-voz da Associação dos Utentes e Sobreviventes do IP3, mostrou-se esperançoso. “Pelo menos fez-se ouvir a cidadania. Agora é aguardar o início da obra que já só peca por tardia”, disse.

Cinco meses depois da assinatura do contrato entre o Governo e as Infraestruturas de Portugal que previa as obras de requalificação do Itinerário Principal 3 (IP3), entre o nó de Penacova e a Ponte sobre o Rio Dão, foi ontem publicada em Diário da República a autorização das verbas.

No entanto, as obras ainda não podem arrancar por falta do visto do Tribunal de Contas. Só depois da luz verde dos juízes, a obra pode ter início.

A autorização ontem publicada no Diário da República prevê uma empreitada de quase 12 milhões de euros (mais de 11.8 milhões) com um prazo de execução de 330 dias (cerca de 11 meses). O anúncio foi feito pelo deputado do PS, Pedro Coimbra, durante o debate sobre esta estrada realizado na Assembleia da República.

A notícia surgiu depois de partidos como o PSD, PCP, BE, PEV e CDS/PP terem feito duras críticas ao atual Governo e aos anteriores pelo facto de todas as promessas para a realização de obras de requalificação nesta estrada nunca terem sido realizadas.

“O IP3 está na mesma. Está na mesma não, está pior. Não houve intervenção relevante. Níveis significativos de tráfego, elevada sinistralidade. Quatro anos de mentira e esquecimento”, disse o deputado do PSD, Pedro Alves, acusando o Governo. O deputado acusou ainda o Governo de ter colocado a Via dos Duques na gaveta. Pedro Alves recomendou que o Executivo execute todos os procedimentos em perfil de autoestrada, garantindo a existência de uma solução não portajada.

Ana Mesquita, deputada do PCP, frisou que, quem circula no IP3 sabe bem os problemas que encontra, relembrando o tempo de espera que que se iniciem as obras prometidas. “Estava previsto o início para maio. Estamos em maio e nada acontece. “O PCP defenderá sempre o IP3 sem portagens, já bem basta o que a população tem pago”, defendeu.

Apesar de os vários projetos de resolução apresentados ontem serem diferentes, o BE assume ter noção de que o objetivo é um: melhorar o IP3. O deputado Heitor de Sousa não concorda com a solução apresentada. “É preciso saber se toda a requalificação do IP3 será feita em perfil autoestrada ou apenas em 85% da sua extensão. O BE não aceita que haja um estrangulamento a meio do percurso”, reiterou.

Pedro Coimbra concordou com os restantes partidos sobre os problemas do IP3 mas prometeu o avanço das obras. “Percebo o ceticismo de muitos. Às vezes eu sinto o mesmo. Foram muitos os compromissos do passado que não foram honrados. Tenho forte convicção de que a palavra dada será mesmo honrada”, disse.

Ao i, Álvaro Miranda, porta-voz da Associação dos Utentes e Sobreviventes do IP3, mostrou-se esperançoso. “Pelo menos fez-se ouvir a cidadania. Agora é aguardar o início da obra que já só peca por tardia”, disse.

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