“Não há felicidade sem liberdade, nem liberdade sem coragem”: a despedida de Alberto Martins no Parlamento

02-08-2017
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Alberto Martins despediu-se esta tarde do Parlamento, pondo um fim a uma carreira parlamentar de três décadas que, como recordou, só foi interrompida durante quatro anos, quando foi ministro dos Governos de Guterres (entre 1999 e 2002) e de Sócrates (2009 a 2011).

“Pertenço a uma geração que ao chegar à vida adulta tinha um destino traçado: ditadura, pobreza, uma guerra colonial que empurrou milhares de portugueses para fora da nossa pátria”, começou por dizer. “O 25 de abril foi um dia luminoso que iluminou o destino português”.

Num discurso marcado pela forte presença da memória dos tempos de transição para a democracia, Alberto Martins falou do “fogo sagrado da democracia que a Assembleia da República representa” e esclareceu que sai do hemiciclo “por decisão pessoal”, continuando no entanto “civicamente empenhado na vida política”.

Depois de ter saudado quem se encontrava no Parlamento e em particular os deputados constituintes ali presentes – Helena Roseta, Miranda Calha e Jerónimo de Sousa -, Alberto Martins disse abandonar esta longa etapa da sua vida com “muitas das certezas” com que entrou e ancorado em valores como o combate à precariedade e a luta pela igualdade.

Para terminar, uma frase de Péricles, “democrata antes do tempo”: “Não há felicidade sem liberdade, nem liberdade sem coragem”. O final da intervenção mereceu uma ovação de pé de todas as bancadas parlamentares.

Alberto Martins despediu-se esta tarde do Parlamento, pondo um fim a uma carreira parlamentar de três décadas que, como recordou, só foi interrompida durante quatro anos, quando foi ministro dos Governos de Guterres (entre 1999 e 2002) e de Sócrates (2009 a 2011).

“Pertenço a uma geração que ao chegar à vida adulta tinha um destino traçado: ditadura, pobreza, uma guerra colonial que empurrou milhares de portugueses para fora da nossa pátria”, começou por dizer. “O 25 de abril foi um dia luminoso que iluminou o destino português”.

Num discurso marcado pela forte presença da memória dos tempos de transição para a democracia, Alberto Martins falou do “fogo sagrado da democracia que a Assembleia da República representa” e esclareceu que sai do hemiciclo “por decisão pessoal”, continuando no entanto “civicamente empenhado na vida política”.

Depois de ter saudado quem se encontrava no Parlamento e em particular os deputados constituintes ali presentes – Helena Roseta, Miranda Calha e Jerónimo de Sousa -, Alberto Martins disse abandonar esta longa etapa da sua vida com “muitas das certezas” com que entrou e ancorado em valores como o combate à precariedade e a luta pela igualdade.

Para terminar, uma frase de Péricles, “democrata antes do tempo”: “Não há felicidade sem liberdade, nem liberdade sem coragem”. O final da intervenção mereceu uma ovação de pé de todas as bancadas parlamentares.

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