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07-11-2018
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Pela mão do deputado do CDS, Abel Baptista, deverá ser discutida no próximo mês, na Assembleia da República, a proposta de elevação de Valença à categoria de cidade. Sim, aquela vila transfronteiriça que cresceu desordenadamente, tem metade dos edifícios novos desabitados e que em que termos de equipamentos sociais se equipara a tantas outras, quer ser cidade. Sinceramente, não vejo que Valença tenha melhores condições para o ser que Monção. Ou Vila Nova de Cerveira. Ou Arcos de Valdevez. Ou ainda Ponte de Lima... E por falar em Ponte de Lima, porque carga de água é que Abel Baptista, que até é presidente da Assembleia Municipal do concelho limiano, não se lembrou de propor a elevação desta vila a cidade. Como bem lembra o Nuno Matos, a lembrança é oportuna até porque Ponte de Lima também cumpre os mesmos requisitos enunciados no projecto de elevação de Valença.Mas, será que vale a pena ser elevada à condição de cidade só para poder ostentar esse título em qualquer brasão ou documento do município? Não será mais importante dotar a vila, e o concelho necessariamente, de melhores condições que até podem ser superiores às exigidas para a subida a cidade, não tendo a preocupação de o fazer apenas para mostrar, mas a pensar nos seus cidadãos? Esta situação faz-me lembrar a febre do início da década de noventa, em que várias cidades, e não só, quiseram elevar-se à categoria de concelho, apenas e só porque eram... cidades. Hoje, pouco mais de uma década volvida, são notórias as dificuldades dos que conseguiram subir de divisão. Mas, e se calhar é apenas isso que importa, são concelhos...


Pela mão do deputado do CDS, Abel Baptista, deverá ser discutida no próximo mês, na Assembleia da República, a proposta de elevação de Valença à categoria de cidade. Sim, aquela vila transfronteiriça que cresceu desordenadamente, tem metade dos edifícios novos desabitados e que em que termos de equipamentos sociais se equipara a tantas outras, quer ser cidade. Sinceramente, não vejo que Valença tenha melhores condições para o ser que Monção. Ou Vila Nova de Cerveira. Ou Arcos de Valdevez. Ou ainda Ponte de Lima... E por falar em Ponte de Lima, porque carga de água é que Abel Baptista, que até é presidente da Assembleia Municipal do concelho limiano, não se lembrou de propor a elevação desta vila a cidade. Como bem lembra o Nuno Matos, a lembrança é oportuna até porque Ponte de Lima também cumpre os mesmos requisitos enunciados no projecto de elevação de Valença.Mas, será que vale a pena ser elevada à condição de cidade só para poder ostentar esse título em qualquer brasão ou documento do município? Não será mais importante dotar a vila, e o concelho necessariamente, de melhores condições que até podem ser superiores às exigidas para a subida a cidade, não tendo a preocupação de o fazer apenas para mostrar, mas a pensar nos seus cidadãos? Esta situação faz-me lembrar a febre do início da década de noventa, em que várias cidades, e não só, quiseram elevar-se à categoria de concelho, apenas e só porque eram... cidades. Hoje, pouco mais de uma década volvida, são notórias as dificuldades dos que conseguiram subir de divisão. Mas, e se calhar é apenas isso que importa, são concelhos...

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