“De repente parece que todos os partidos são ecologistas”: o PAN ergueu os braços (e agradeceu a quem cuida das “pessoas humanas”)

30-09-2019
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A frase do dia

"De repente todos os partidos são ecologistas, mas foi o PAN que trouxe o tema para a agenda. Há quatro anos que estamos a defendê-lo no Parlamento” André Silva, líder do PAN

O momento

Quando, durante a ação da manhã, na associação Crescer, a número dois por Lisboa, Inês de Sousa Real, agradeceu o trabalho que aquela instituição faz pelas “pessoas humanas”.

A personagem

A Marcha do Clima. O ambiente é um dos temas quentes da agenda mediática e política. E será o fator decisivo de muitos votos. Daí que todos os partidos digam que é central nos seus programas. Mas a verdade é que, até aqui, momento em que se aperceberam que o assunto valia votos, o ambiente esteve sempre em segundo plano. Foram, e são, os estudantes, com pressão na rua e nas urnas de voto, que estão a forçar a mudança.

A fotografia

pedro nunes

O PAN jogou em casa na tarde desta sexta-feira ao participar na marcha pelo clima em Lisboa. Na greve organizada pelos jovens, e que se estende por várias cidades do mundo, estavam lá todas as causas do partido: a ecologia, os animais, o veganismo e o fim da produção animal.

Do Cais do Sodré ao Rossio, um mar de gente nova. É o mesmo que dizer um mar de potenciais eleitores para o PAN, que é muito popular entre os jovens.

“Ainda não decidi em quem votar, mas vou votar num partido que defenda o ambiente, que seja ecológico”, disse Ana Martins. A estudante universitária, de 19 anos, veio acompanhada dos colegas e “não liga” a uma ideologia, “o mais importante é que os partidos percebam que não há planeta B”.

As palavras da jovem - que seriam ditas, quase da mesma forma, por mais estudantes ao longo do percurso - encaixam na perfeição no discurso do Pessoas Animais e Natureza, que se define como “pós-ideológico”.

O partido sabe que a tarde desta sexta-feira era uma oportunidade para apelar ao voto indiretamente, bastava apenas aparecer. “Vou votar neles porque são um partido que se mexe, não é como os outros que não fazem nada pelo ambiente”, explica Rita Medeiros, 21 anos, que já elegeu o PAN.

“De repente todos os partido são ecologistas, mas foi o PAN que trouxe o tema para a agenda. Há quatro anos que estamos a defendê-lo no Parlamento”, disse André Silva antes de arrancar a manifestação, que também contou com a presença de Francisco Guerreiro, o eurodeputado do PAN.

"De braços em cima para salvar o clima", gritaram os líderes e apoiantes do PAN ao longo da marcha.

Ladeado por Inês de Sousa Real, número dois por Lisboa, e de Nelson Silva, número três pelo mesmo distrito, o porta voz do PAN aproveitou para atacar quase todos os partidos, à excepção do Bloco de Esquerda, por não terem permitido garantir o fim da exploração para hidrocarbonetos.

É precisamente com os bloquistas que o PAN disputa uma parte do eleitorado. Os dois partidos convergiram em muitas iniciativas (e causas) na última legislatura e tanto Catarina Martins como André Silva sabem que têm eleitorado em comum. E esses eleitores estavam na manifestação. Como Sara Rita, de 20 anos, vegan e que participou na marcha acompanha do cão. “Estou indecisa entre o BE e o PAN, os dois apoiam muitas coisas em que acredito. Preciso de ler melhor os programas.”

"Tancos não devia fazer parte da campanha"

André Silva tem tentado que a acusação de Tancos, na qual está implicado Azeredo Lopes, ex-ministro da Defesa de António Costa, não entre na campanha.

Tanto de manhã, depois de uma ação na associação Crescer, em Lisboa, como à tarde, antes da manifestação, o líder do PAN voltou a dizer que a acusação, que sempre esteve envolvida numa "enorme opacidade", impede que os partidos discutam os temas dos programas eleitorais. E isso mancha a campanha e o sistema democrático.

"A pessoa em causa está acusada, não está condenada. É um processo que não chegou ao fim e não nos merece qualquer comentário", frisou à saída da Crescer. Antes da marcha do Clima, voltou a defender tribunais especializados para combater a corrupção. Esta é uma das propostas mais polémicas do PAN, já que a Constituição proíbe a existência de tribunais especializados no crime.

A manhã do PAN - que regressou quinta-feira do Algarve e parte esta sexta-feira em direção ao Norte - foi dedicada às pessoas em situação de vulnerabilidade, os sem-abrigo. André Silva, cabeça de lista por Lisboa, Inês de Sousa Real e Nelson Silva estiveram a conhecer os vários projetos da Crescer, uma associação pioneira no housing first em Portugal, uma iniciativa que visa tirar pessoas das ruas.

A frase do dia

"De repente todos os partidos são ecologistas, mas foi o PAN que trouxe o tema para a agenda. Há quatro anos que estamos a defendê-lo no Parlamento” André Silva, líder do PAN

O momento

Quando, durante a ação da manhã, na associação Crescer, a número dois por Lisboa, Inês de Sousa Real, agradeceu o trabalho que aquela instituição faz pelas “pessoas humanas”.

A personagem

A Marcha do Clima. O ambiente é um dos temas quentes da agenda mediática e política. E será o fator decisivo de muitos votos. Daí que todos os partidos digam que é central nos seus programas. Mas a verdade é que, até aqui, momento em que se aperceberam que o assunto valia votos, o ambiente esteve sempre em segundo plano. Foram, e são, os estudantes, com pressão na rua e nas urnas de voto, que estão a forçar a mudança.

A fotografia

pedro nunes

O PAN jogou em casa na tarde desta sexta-feira ao participar na marcha pelo clima em Lisboa. Na greve organizada pelos jovens, e que se estende por várias cidades do mundo, estavam lá todas as causas do partido: a ecologia, os animais, o veganismo e o fim da produção animal.

Do Cais do Sodré ao Rossio, um mar de gente nova. É o mesmo que dizer um mar de potenciais eleitores para o PAN, que é muito popular entre os jovens.

“Ainda não decidi em quem votar, mas vou votar num partido que defenda o ambiente, que seja ecológico”, disse Ana Martins. A estudante universitária, de 19 anos, veio acompanhada dos colegas e “não liga” a uma ideologia, “o mais importante é que os partidos percebam que não há planeta B”.

As palavras da jovem - que seriam ditas, quase da mesma forma, por mais estudantes ao longo do percurso - encaixam na perfeição no discurso do Pessoas Animais e Natureza, que se define como “pós-ideológico”.

O partido sabe que a tarde desta sexta-feira era uma oportunidade para apelar ao voto indiretamente, bastava apenas aparecer. “Vou votar neles porque são um partido que se mexe, não é como os outros que não fazem nada pelo ambiente”, explica Rita Medeiros, 21 anos, que já elegeu o PAN.

“De repente todos os partido são ecologistas, mas foi o PAN que trouxe o tema para a agenda. Há quatro anos que estamos a defendê-lo no Parlamento”, disse André Silva antes de arrancar a manifestação, que também contou com a presença de Francisco Guerreiro, o eurodeputado do PAN.

"De braços em cima para salvar o clima", gritaram os líderes e apoiantes do PAN ao longo da marcha.

Ladeado por Inês de Sousa Real, número dois por Lisboa, e de Nelson Silva, número três pelo mesmo distrito, o porta voz do PAN aproveitou para atacar quase todos os partidos, à excepção do Bloco de Esquerda, por não terem permitido garantir o fim da exploração para hidrocarbonetos.

É precisamente com os bloquistas que o PAN disputa uma parte do eleitorado. Os dois partidos convergiram em muitas iniciativas (e causas) na última legislatura e tanto Catarina Martins como André Silva sabem que têm eleitorado em comum. E esses eleitores estavam na manifestação. Como Sara Rita, de 20 anos, vegan e que participou na marcha acompanha do cão. “Estou indecisa entre o BE e o PAN, os dois apoiam muitas coisas em que acredito. Preciso de ler melhor os programas.”

"Tancos não devia fazer parte da campanha"

André Silva tem tentado que a acusação de Tancos, na qual está implicado Azeredo Lopes, ex-ministro da Defesa de António Costa, não entre na campanha.

Tanto de manhã, depois de uma ação na associação Crescer, em Lisboa, como à tarde, antes da manifestação, o líder do PAN voltou a dizer que a acusação, que sempre esteve envolvida numa "enorme opacidade", impede que os partidos discutam os temas dos programas eleitorais. E isso mancha a campanha e o sistema democrático.

"A pessoa em causa está acusada, não está condenada. É um processo que não chegou ao fim e não nos merece qualquer comentário", frisou à saída da Crescer. Antes da marcha do Clima, voltou a defender tribunais especializados para combater a corrupção. Esta é uma das propostas mais polémicas do PAN, já que a Constituição proíbe a existência de tribunais especializados no crime.

A manhã do PAN - que regressou quinta-feira do Algarve e parte esta sexta-feira em direção ao Norte - foi dedicada às pessoas em situação de vulnerabilidade, os sem-abrigo. André Silva, cabeça de lista por Lisboa, Inês de Sousa Real e Nelson Silva estiveram a conhecer os vários projetos da Crescer, uma associação pioneira no housing first em Portugal, uma iniciativa que visa tirar pessoas das ruas.

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