PAN. “Eu voto em si porque tenho um cão”, ouviu André Silva. E gostou

30-09-2019
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O momento do dia:

A arruada em Barcelos foi o ponto alto. O PAN bem tentou evitar as arrudas, mas torna-se difícil não as fazer. E André Silva está nelas como peixe na água, tal como um político dos partidos do sistema

A frase:

"Posso lhe dizer uma coisa? Você é muito mais jeitoso ao vivo do que na televisão. E posso-lhe dar um beijinho? E pode me dar um panfleto?"

Eleitora, para André Silva, líder do PAN

O personagem:

O princípio da tarde foi passado numa associação ambientalista do Rio Neiva, mas o responsável pelo projeto não se deixou fotografar ou filmar pelos repórteres de imagem e fotojornalistas. “Por favor não quero ser filmado não cedo os meus direitos de imagem a ninguém”, anunciou antes de começar a explicar o projeto à comitiva.

A fotografia:

pedro nunes

Se se traduzissem os abraços e beijinhos em votos, André Silva poderia ficar descansado. Em Barcelos, durante uma arruada no centro da cidade, o líder do PAN foi muito conhecido, reconhecido, admirado, beijado e abraçado, na esmagadora maioria, por pessoas com mais de 50 anos. Uma imagem muito diferente do tradicional eleitorado do PAN, que é jovem.

“Posso lhe dizer uma coisa? Você é muito mais jeitoso ao vivo do que na televisão. E posso-lhe dar um beijinho? E pode-me dar um panfleto?”, pediu a André Silva uma mulher que aparentava ter mais de 60 anos.

Qual político profissional, André disse que sim a tudo. O candidato tirou selfies, respondeu a duas críticas - “isto as vacas é muito bonito, mas não pode ser só os animais também há pessoas”, contestou um agricultor - e não se importou por o PAN ser chamado de partido dos bichos. Houve mesmo que lhe chamasse o partido do cão. “Eu voto em si porque tenho um cão”, disse-lhe uma eleitora mal o candidato começou a fazer o percurso da Feira de Cacos Velhos, que acontece no último domingo de cada mês.

“Fico contente por sermos reconhecidos pelo trabalho que fizemos em relação aos direitos dos animais, ao ambiente, pelas pessoas”, afirmou.

A escolha de Barcelos para fazer a última ação do dia, uma arruada (o partido tentou criar uma espécie de sessões de esclarecimento em que os candidatos ficam sentados e lhes fazem perguntas, mas acabou por ter de ceder às arruadas) não foi ao acaso. Nas últimas europeias, o PAN teve aqui 3,41% de votos, mais do que os 2,25% conquistados pela CDU.

“Comer é política”

O “partido dos animais” começou o dia com o seu líder a dar uma palestra sobre alimentação numa conferência Vegetariana em Paredes de Coura.

Num discurso no qual fez as críticas habituais do partido, André Silva voltou a apontar o dedo à agricultura intensiva, ao extrativismo, ao produtivismo: “18% do total das emissões de gases com efeito de estufa são resultado da agrocupecuária.” E criticou, novamente, as relações comerciais da União Europeia com o Mercosul, organização a que pertence o Brasil.

“Não faz sentido que nós tenhamos standards europeus para a produção de qualquer matéria e depois façamos acordos comerciais com qualquer país que faça essa produção sem qualquer produção ambiental”, afirmou André Silva.

À margem da campanha

O partido de André Silva tem tentado manter-se sempre nos seus temas bandeira do partido e à margem de todas as polémicas.

Daí que não seja de estranhar que o PAN tenha ficado fora dos ataques que veem dos generais do PS. A expectativa do partido ser o fiel da balança depois de 6 de outubro é muita e vai criando ansiedade à medida que a data chega.

Mas André Silva rejeita que a falta de crítica do PS possa ser encarado como sinal de pré-aproximação. “Têm de perguntar ao Augusto Santos Silva porque é que não nos criticou. Se calhar, reconhece o bom trabalho que temos feito. O PAN é um partido construtivo, que gosta de fazer pontes.”

A comitiva do PAN termina sempre os dias de campanha cedo, porque a noite é para descansar. Amanhã estará no Porto e em Gaia.

O momento do dia:

A arruada em Barcelos foi o ponto alto. O PAN bem tentou evitar as arrudas, mas torna-se difícil não as fazer. E André Silva está nelas como peixe na água, tal como um político dos partidos do sistema

A frase:

"Posso lhe dizer uma coisa? Você é muito mais jeitoso ao vivo do que na televisão. E posso-lhe dar um beijinho? E pode me dar um panfleto?"

Eleitora, para André Silva, líder do PAN

O personagem:

O princípio da tarde foi passado numa associação ambientalista do Rio Neiva, mas o responsável pelo projeto não se deixou fotografar ou filmar pelos repórteres de imagem e fotojornalistas. “Por favor não quero ser filmado não cedo os meus direitos de imagem a ninguém”, anunciou antes de começar a explicar o projeto à comitiva.

A fotografia:

pedro nunes

Se se traduzissem os abraços e beijinhos em votos, André Silva poderia ficar descansado. Em Barcelos, durante uma arruada no centro da cidade, o líder do PAN foi muito conhecido, reconhecido, admirado, beijado e abraçado, na esmagadora maioria, por pessoas com mais de 50 anos. Uma imagem muito diferente do tradicional eleitorado do PAN, que é jovem.

“Posso lhe dizer uma coisa? Você é muito mais jeitoso ao vivo do que na televisão. E posso-lhe dar um beijinho? E pode-me dar um panfleto?”, pediu a André Silva uma mulher que aparentava ter mais de 60 anos.

Qual político profissional, André disse que sim a tudo. O candidato tirou selfies, respondeu a duas críticas - “isto as vacas é muito bonito, mas não pode ser só os animais também há pessoas”, contestou um agricultor - e não se importou por o PAN ser chamado de partido dos bichos. Houve mesmo que lhe chamasse o partido do cão. “Eu voto em si porque tenho um cão”, disse-lhe uma eleitora mal o candidato começou a fazer o percurso da Feira de Cacos Velhos, que acontece no último domingo de cada mês.

“Fico contente por sermos reconhecidos pelo trabalho que fizemos em relação aos direitos dos animais, ao ambiente, pelas pessoas”, afirmou.

A escolha de Barcelos para fazer a última ação do dia, uma arruada (o partido tentou criar uma espécie de sessões de esclarecimento em que os candidatos ficam sentados e lhes fazem perguntas, mas acabou por ter de ceder às arruadas) não foi ao acaso. Nas últimas europeias, o PAN teve aqui 3,41% de votos, mais do que os 2,25% conquistados pela CDU.

“Comer é política”

O “partido dos animais” começou o dia com o seu líder a dar uma palestra sobre alimentação numa conferência Vegetariana em Paredes de Coura.

Num discurso no qual fez as críticas habituais do partido, André Silva voltou a apontar o dedo à agricultura intensiva, ao extrativismo, ao produtivismo: “18% do total das emissões de gases com efeito de estufa são resultado da agrocupecuária.” E criticou, novamente, as relações comerciais da União Europeia com o Mercosul, organização a que pertence o Brasil.

“Não faz sentido que nós tenhamos standards europeus para a produção de qualquer matéria e depois façamos acordos comerciais com qualquer país que faça essa produção sem qualquer produção ambiental”, afirmou André Silva.

À margem da campanha

O partido de André Silva tem tentado manter-se sempre nos seus temas bandeira do partido e à margem de todas as polémicas.

Daí que não seja de estranhar que o PAN tenha ficado fora dos ataques que veem dos generais do PS. A expectativa do partido ser o fiel da balança depois de 6 de outubro é muita e vai criando ansiedade à medida que a data chega.

Mas André Silva rejeita que a falta de crítica do PS possa ser encarado como sinal de pré-aproximação. “Têm de perguntar ao Augusto Santos Silva porque é que não nos criticou. Se calhar, reconhece o bom trabalho que temos feito. O PAN é um partido construtivo, que gosta de fazer pontes.”

A comitiva do PAN termina sempre os dias de campanha cedo, porque a noite é para descansar. Amanhã estará no Porto e em Gaia.

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