Rui Rio quer simplex na agricultura, entidade reguladora no setor agroalimentar e floresta mais resistente a incêndios

23-07-2019
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PolíticaRui Rio quer simplex na agricultura, entidade reguladora no setor agroalimentar e floresta mais resistente a incêndios19-07-2019No jardim da sede do PSD, no Porto, Rui Rio desvendou, esta sexta-feira, as suas linhas de ação prioritária para um setor agroflorestal mais competitivo e sustentável para o pós-legislativas de outubro, se o partido tiver a confiança dos portuguesesIsabel PauloO líder do PSD considera o setor agroflorestal um “pilar fundamental para a economia e coesão territorial do país” e que, defende, está longe de se limitar à produção de alimentos e matérias primas. “Se tiver a confiança dos portugueses” nas legislativas, Rui Rio afiança que irá implementar uma política robusta de apoio aos jovens agricultores em geral, bem como aqueles que iniciem a sua atividade no setor que, em Portugal, apresenta uma população agrícola mais envelhecida da UE, com uma idade média de 65 anos. Para refrescar o cenário de envelhecimento e garantir taxas de sucesso a quem abraçar a terra, o presidente do PSD avança que vai reforçar a dotação do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) para o ciclo de 2020-2027. Entre as medidas de apoio aos jovens agricultores, aponta o aumento do prémio à primeira instalação da atividade, apoio a fundo perdido ao investimento e apoio ao crédito institucional. Para atingir a meta, Rio assegura que irá afetar ao PDR € 800 milhões de despesa pública, “contra os atuais 20%”. Criar uma linha de crédito com garantia pública para financiar a parte não subvencionada do investimento dos novos agricultores é outras das linhas do programa laranja, que passa ainda por apoiar a aquisição de terras. Por precaução e para reduzir as taxas de insucesso dos novos projetos, Rui Rio preconiza a criação de um sistema de monitorização e acompanhamento técnico-económico, além de defender um “regime diferenciado de apoio a projetos destinados a cidadãos entre os 40 e os 55 anos”, que optem por residência permanente nas zonas de muito baixa densidade populacional. “Simplex agrícola, não um bicho de sete cabeças” “É fixando população que se combate a desertificação do interior”, advertiu Rui Rio, sublinhando a necessidade de se criar um “simplex agrícola” para os pequenos agricultores, “em vez de um bicho de sete cabeças” para quem quiser aderir ao setor. A simplificação burocrática passa, em sua opinião, pela instituição de um regime de comparticipação por tipologias de operações, corrigindo, assim, insuficiências do esquema de subvenções a fundo perdido, através de um sistema de de financiamento bancário que contemple a parte não coberta por apoios a fundo perdido. O simplex rural irá incluir procedimentos simplificados ao nível da fiscalidade, certificação da qualidade de produtos, licenciamentos das atividades agrícolas, pecuárias, florestais e agroindustriais. Ampliação da área de regadio, sobretudo na bacia do Tejo, e apoio a regadios coletivos de iniciativa privada constam ainda da agenda do PSD, partido que avança com a necessidade de se rever a legislação de licenciamento de pequenas barragens e charcas de retenção de águas superficiais no interior das explorações. Apesar de afirmar que não é “simpatizante de coisas de grande escala”, Rui Rio diz que também não é adepto do “small is beautiful”, até porque em economia há ganhos de escala. A advertência foi feita antes de chamar a atenção para a necessidade de uma melhor organização das fileiras produtivas agroalimentares, com “evidentes reflexos nos preços e rendimentos dos produtores. Entre as iniciativas anunciadas, Rio frisou ser fundamental o reconhecimento de organizações de produtores multiprodutos, em que o valor total de vendas seja o somatório de diferentes culturas, “por forma a não penalizar as regiões onde predominem a policultura e de agricultura não especializada”. Reguladora para acabar com a ditadura dos preços da grande distribuição Para assegurar o respeito por práticas comerciais corretas e não distorcidas, como refere que acontece atualmente, o líder do PSD preconiza a criação de um entidade reguladoras do setor adroalimentar, que assegure um melhor equilíbrio na cadeia de valor entre a produção e a grande distribuição. “A criação desta entidade justifica-se para haver um equilíbrio mínimo entre as partes intervenientes no mercado, atendendo a que estamos numa situação de oligopsónio por parte de quem compra e não de quem vende, sem existir uma base mínima de concorrência”, alertou Rio. A fechar o programa de medidas para a próxima legislatura, o líder laranja elencou o que quer para tornar a fileira da florestal mais competitiva, sustentável e resiliente aos incêndios. Os dois grandes desígnios de Rio são recuperar a produtividade e rentabilidade da floresta produtiva, além de lhe conferir maior diversidade e resiliência. A sustentar as propostas, Rio recorda que a média de área ardida anualmente no período de 2208-2018 é de 103.000 hectares, dos quais 42.000 são de povoamentos florestais. “Tendo em conta que sensivelmente um terço é reposto com plantação de espécies de crescimento rápido, porpomos apoiar a reflorestação de 30.00 hectares por ano, correspondendo a uma afetação de despesa pública de €75 milhões por ano, em contraste a prática atual, que apenas aprovou 1.800 hectares de novas plantações nos últimos cinco anos”, referiu Rio. Na agenda do PSD para 2020-2017, o aumento da biodiversidade florestal terá de passar pela definição de uma quota não inferior a 20% de plantação de espécies folhosas de crescimento lento em arborizações com espécies de crescimento rápido. “Com a diversificação , protege-se o ambiente e torna-se a floresta mais resistente a incêndios”, conclui o presidente do PSD. ÚltimasBoris Johnson em 28 imagens (peculiares)Há 8 minutosExpressoVai estar ainda mais quente esta quarta-feiraHá 15 minutosÉ aproveitar o facto de haver legislativas ou depois será “um bocado difícil”: a estratégia dos motoristas para pressionar o GovernoHá 37 minutosCaso dos peixes mortos em areal de praia da Costa de Caparica piorouHá 46 minutosNão foi possível entrar nesta praia de Torres Vedras por causa de destroços de um navio naufragado em 1929Há 51 minutosA rainha Isabel II está à procura de um chefHá uma horaExpressoPraia interdita em Torres Vedras por causa dos destroços de um navio naufragado em 1929Há uma horaPeixes mortos na Caparica afastam banhistas Há uma horaFalta de luz e combustível atrasaram transporte do ferido grave no incêndio de Vila de Rei18:30Relatórios oficiais ilibam ex-ministro do Ambiente francês envolvido em polémica de gastos excessivos18:11Lusa

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Para refrescar o cenário de envelhecimento e garantir taxas de sucesso a quem abraçar a terra, o presidente do PSD avança que vai reforçar a dotação do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) para o ciclo de 2020-2027. Entre as medidas de apoio aos jovens agricultores, aponta o aumento do prémio à primeira instalação da atividade, apoio a fundo perdido ao investimento e apoio ao crédito institucional. Para atingir a meta, Rio assegura que irá afetar ao PDR € 800 milhões de despesa pública, “contra os atuais 20%”. Criar uma linha de crédito com garantia pública para financiar a parte não subvencionada do investimento dos novos agricultores é outras das linhas do programa laranja, que passa ainda por apoiar a aquisição de terras. Por precaução e para reduzir as taxas de insucesso dos novos projetos, Rui Rio preconiza a criação de um sistema de monitorização e acompanhamento técnico-económico, além de defender um “regime diferenciado de apoio a projetos destinados a cidadãos entre os 40 e os 55 anos”, que optem por residência permanente nas zonas de muito baixa densidade populacional. “Simplex agrícola, não um bicho de sete cabeças” “É fixando população que se combate a desertificação do interior”, advertiu Rui Rio, sublinhando a necessidade de se criar um “simplex agrícola” para os pequenos agricultores, “em vez de um bicho de sete cabeças” para quem quiser aderir ao setor. A simplificação burocrática passa, em sua opinião, pela instituição de um regime de comparticipação por tipologias de operações, corrigindo, assim, insuficiências do esquema de subvenções a fundo perdido, através de um sistema de de financiamento bancário que contemple a parte não coberta por apoios a fundo perdido. O simplex rural irá incluir procedimentos simplificados ao nível da fiscalidade, certificação da qualidade de produtos, licenciamentos das atividades agrícolas, pecuárias, florestais e agroindustriais. Ampliação da área de regadio, sobretudo na bacia do Tejo, e apoio a regadios coletivos de iniciativa privada constam ainda da agenda do PSD, partido que avança com a necessidade de se rever a legislação de licenciamento de pequenas barragens e charcas de retenção de águas superficiais no interior das explorações. Apesar de afirmar que não é “simpatizante de coisas de grande escala”, Rui Rio diz que também não é adepto do “small is beautiful”, até porque em economia há ganhos de escala. A advertência foi feita antes de chamar a atenção para a necessidade de uma melhor organização das fileiras produtivas agroalimentares, com “evidentes reflexos nos preços e rendimentos dos produtores. Entre as iniciativas anunciadas, Rio frisou ser fundamental o reconhecimento de organizações de produtores multiprodutos, em que o valor total de vendas seja o somatório de diferentes culturas, “por forma a não penalizar as regiões onde predominem a policultura e de agricultura não especializada”. Reguladora para acabar com a ditadura dos preços da grande distribuição Para assegurar o respeito por práticas comerciais corretas e não distorcidas, como refere que acontece atualmente, o líder do PSD preconiza a criação de um entidade reguladoras do setor adroalimentar, que assegure um melhor equilíbrio na cadeia de valor entre a produção e a grande distribuição. “A criação desta entidade justifica-se para haver um equilíbrio mínimo entre as partes intervenientes no mercado, atendendo a que estamos numa situação de oligopsónio por parte de quem compra e não de quem vende, sem existir uma base mínima de concorrência”, alertou Rio. A fechar o programa de medidas para a próxima legislatura, o líder laranja elencou o que quer para tornar a fileira da florestal mais competitiva, sustentável e resiliente aos incêndios. Os dois grandes desígnios de Rio são recuperar a produtividade e rentabilidade da floresta produtiva, além de lhe conferir maior diversidade e resiliência. A sustentar as propostas, Rio recorda que a média de área ardida anualmente no período de 2208-2018 é de 103.000 hectares, dos quais 42.000 são de povoamentos florestais. “Tendo em conta que sensivelmente um terço é reposto com plantação de espécies de crescimento rápido, porpomos apoiar a reflorestação de 30.00 hectares por ano, correspondendo a uma afetação de despesa pública de €75 milhões por ano, em contraste a prática atual, que apenas aprovou 1.800 hectares de novas plantações nos últimos cinco anos”, referiu Rio. Na agenda do PSD para 2020-2017, o aumento da biodiversidade florestal terá de passar pela definição de uma quota não inferior a 20% de plantação de espécies folhosas de crescimento lento em arborizações com espécies de crescimento rápido. “Com a diversificação , protege-se o ambiente e torna-se a floresta mais resistente a incêndios”, conclui o presidente do PSD. 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