Jerónimo de Sousa bate no PS e acusa PSD e CDS de hipocrisia nas críticas à degradação do serviço público

14-10-2019
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Numa longa intervenção na abertura das Jornadas parlamentares em Braga, as últimas da legislatura, o líder do PCP alerta que ainda não é tempo de balanço, mas sim de concretizar novos avanços na solução dos problemas nacionais acumulados por décadas de política de direita, apesar dos "muitos contributos" do partido nos últimos três anos e meio de apoio parlamentar ao Governo.

"Sem a iniciativa e o voto do PCP, sempre do lado certo, não teriam sido possíveis", garante o secretário-geral comunista, que fez questão de recordar conquistas como a reposição de salários, feriados, ou o aumento das 35 horas de trabalho na Administração Pública ou os aumentos de pensões e abonos de família. Jerónimo de Sousa culpa o PS e o seu Governo minoritário por "não se ter ido mais longe", pecado do qual não isenta o PSD e o CDS, que "assumiram o papel de suporte quando os socialistas precisaram de rejeitar as propostas do PCP".

Nas jornadas de Braga, descentralizadas em oito concelhos, o líder comunista adverte que o emprego na região ainda não recuperou da "brutal recessão dos anos da troika, que conduziram ao desaparecimento de centenas de pequenas e médias empresas, deixando um rasto de destruição da força produtiva". Sem deixar de carregar nas críticas ao Governo, o dirigente diz que sem uma política alternativa da esquerda, Portugal tenderá para uma degradação dos salários e com o salário mínimo a desempenhar o papel dominante, dando como exemplo a prática das empresas locais do sector têxtil, vestuário e calçado.

Jerónimo defende um aumento imediato do salário mínimo para os 650 euros para todos os trabalhadores do público e privado, aumento que na indústria têxtil, vestuário e calçado, é "travado pelo patronato". Numa iniciativa que tem por palavra de ordem 'Andar para trás não - Avançar é preciso', o dirigente do PCP lembra que a reposição de direitos e rendimentos promoveu o crescimento e criou emprego e que esse é o rumo certo. Caminho que, diz, precisa de uma política alternativa de desenvolvimento dos sectores produtivos "debilitados" devido a imposições da UE.

Num discurso antieuropeísta, não poupou nas críticas a uma economia dominada por monopólios, com elevado grau de financeirização "e uma atividade rentista e parasitária". Entre a resposta para a indústria da região, Jerónimo de Sousa reivindica, além de mais investimento, respostas ao nível do custo da energia, das mais elevadas da Europa. O apoio às pequenas e médias empresas e à agricultura são outras das soluções preconizadas, chamando a atenção de problemas como o da produção leiteira, vítima "do enfeudamento à PAC e da submissão aos grandes interesses do agro-negócio".

Estratégico para Portugal é ainda, para o PCP, não renovar e resgatar concessões e PPPs, a única forma "de colocar fim a escândalos como o dos CTT e à política de preços cartelizados e rendas excessivas, acentuando o domínio do capital monopolista, entregue ao grande capital de empresas públicas estratégicas". TAP, CTT, EGF, EDP, REN, GALP, ANA, Caixa Seguros, foram as empresas nomeadas por Jerónimo.

De fora do puxão de orelhas não ficou a política de cortes nos serviços públicos, de uma política de "menos Estado e das gorduras excessivas", afirmando o dirigente comunista que "soam hipócritas e farisaicas as pomposas denúncias do PSD e CDS" em relação à situação dos serviços públicos.

Uma poderosa operação contra o SNS conhece "um novo ataque" com a operação de chantagem lançada por alguns dos principais grupos privados da área da saúde, desferida, segundo Jerónimo, contra a ADSE. Sub-financiamento na Educação e CIência foi ainda visado pelo PCP, que defende a gratuitidade de todos os graus de ensino.

Numa longa intervenção na abertura das Jornadas parlamentares em Braga, as últimas da legislatura, o líder do PCP alerta que ainda não é tempo de balanço, mas sim de concretizar novos avanços na solução dos problemas nacionais acumulados por décadas de política de direita, apesar dos "muitos contributos" do partido nos últimos três anos e meio de apoio parlamentar ao Governo.

"Sem a iniciativa e o voto do PCP, sempre do lado certo, não teriam sido possíveis", garante o secretário-geral comunista, que fez questão de recordar conquistas como a reposição de salários, feriados, ou o aumento das 35 horas de trabalho na Administração Pública ou os aumentos de pensões e abonos de família. Jerónimo de Sousa culpa o PS e o seu Governo minoritário por "não se ter ido mais longe", pecado do qual não isenta o PSD e o CDS, que "assumiram o papel de suporte quando os socialistas precisaram de rejeitar as propostas do PCP".

Nas jornadas de Braga, descentralizadas em oito concelhos, o líder comunista adverte que o emprego na região ainda não recuperou da "brutal recessão dos anos da troika, que conduziram ao desaparecimento de centenas de pequenas e médias empresas, deixando um rasto de destruição da força produtiva". Sem deixar de carregar nas críticas ao Governo, o dirigente diz que sem uma política alternativa da esquerda, Portugal tenderá para uma degradação dos salários e com o salário mínimo a desempenhar o papel dominante, dando como exemplo a prática das empresas locais do sector têxtil, vestuário e calçado.

Jerónimo defende um aumento imediato do salário mínimo para os 650 euros para todos os trabalhadores do público e privado, aumento que na indústria têxtil, vestuário e calçado, é "travado pelo patronato". Numa iniciativa que tem por palavra de ordem 'Andar para trás não - Avançar é preciso', o dirigente do PCP lembra que a reposição de direitos e rendimentos promoveu o crescimento e criou emprego e que esse é o rumo certo. Caminho que, diz, precisa de uma política alternativa de desenvolvimento dos sectores produtivos "debilitados" devido a imposições da UE.

Num discurso antieuropeísta, não poupou nas críticas a uma economia dominada por monopólios, com elevado grau de financeirização "e uma atividade rentista e parasitária". Entre a resposta para a indústria da região, Jerónimo de Sousa reivindica, além de mais investimento, respostas ao nível do custo da energia, das mais elevadas da Europa. O apoio às pequenas e médias empresas e à agricultura são outras das soluções preconizadas, chamando a atenção de problemas como o da produção leiteira, vítima "do enfeudamento à PAC e da submissão aos grandes interesses do agro-negócio".

Estratégico para Portugal é ainda, para o PCP, não renovar e resgatar concessões e PPPs, a única forma "de colocar fim a escândalos como o dos CTT e à política de preços cartelizados e rendas excessivas, acentuando o domínio do capital monopolista, entregue ao grande capital de empresas públicas estratégicas". TAP, CTT, EGF, EDP, REN, GALP, ANA, Caixa Seguros, foram as empresas nomeadas por Jerónimo.

De fora do puxão de orelhas não ficou a política de cortes nos serviços públicos, de uma política de "menos Estado e das gorduras excessivas", afirmando o dirigente comunista que "soam hipócritas e farisaicas as pomposas denúncias do PSD e CDS" em relação à situação dos serviços públicos.

Uma poderosa operação contra o SNS conhece "um novo ataque" com a operação de chantagem lançada por alguns dos principais grupos privados da área da saúde, desferida, segundo Jerónimo, contra a ADSE. Sub-financiamento na Educação e CIência foi ainda visado pelo PCP, que defende a gratuitidade de todos os graus de ensino.

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