Passos usa xenofobia como "estratégia de sobrevivência", diz BE

16-09-2017
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O Bloco de Esquerda considera as críticas do social-democrata à lei da imigração são uma aposta no preconceito e ataque aos mais fracos

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O BE acusou hoje o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, de usar a xenofobia como "estratégia de sobrevivência", argumentando que as suas críticas à lei da imigração são uma aposta no preconceito e ataque aos mais fracos.

"Perante a ausência de políticas alternativas, perante a ausência de uma proposta que possa mobilizar os portugueses e as portuguesas, como a única proposta de Passos Coelho continua a ser o programa da troika, ensaiou um discurso que não é habitual e que vai ao encontro de posições xenófobas recentes, que o próprio Passos Coelho disse não fazerem parte da tradição do PSD", acusou Joana Mortágua, aos jornalistas, no parlamento.

Referindo-se ao discurso da rentrée política social-democrata, no Pontal, no domingo, a dirigente e deputada do Bloco sublinhou que "o líder do PSD escolheu começar o ano [político] a dizer que, em Portugal, não entra qualquer um".

"Esta ideia sobre novas regras de imigração, que são bastante razoáveis, tem como único objectivo, depois de todos os argumentos perdidos, apostar no preconceito, no ataque aos mais fracos, como estratégia de sobrevivência", afirmou Joana Mortágua.

Para o BE, "as saudades da troika" não permitem a Passos Coelho "fazer muito mais", colocando no mesmo plano as afirmações do líder social-democrata sobre o sistema de comunicações SIRESP, considerando que faz "arremesso de tragédias como arma política".

Passos Coelho acusou o Governo de fazer uma cedência ao "radicalismo de esquerda" com uma alteração "à lei de estrangeiros, que na prática, permite que qualquer pessoa possa ter autorização de residência em Portugal desde que arranje uma promessa" de contrato de trabalho.

"Uma promessa, reparem bem, de poder ter um contrato de trabalho", disse, declarando ainda que, segundo essas modificações "o Estado deixará de ter condições para simplesmente expulsar alguém que possa, sendo imigrante, ter cometido crimes graves contra a própria sociedade portuguesa".

"Este foi o Governo que aprovou estas alterações. Porque é que não discutem na sociedade portuguesa as implicações que para a segurança do país a médio e longo prazo isso pode trazer? Da mesma maneira pergunto: o que é que vai acontecer ao país seguro que temos sido se esta nova forma de ver, a possibilidade de qualquer um residir em Portugal, se mantiver?

Passos Coelho afirmou que, por seu turno, "o PSD se mantém como um partido que não cede à facilidade, que não cede à demagogia, que não cede ao radicalismo".

O Bloco de Esquerda considera as críticas do social-democrata à lei da imigração são uma aposta no preconceito e ataque aos mais fracos

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O BE acusou hoje o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, de usar a xenofobia como "estratégia de sobrevivência", argumentando que as suas críticas à lei da imigração são uma aposta no preconceito e ataque aos mais fracos.

"Perante a ausência de políticas alternativas, perante a ausência de uma proposta que possa mobilizar os portugueses e as portuguesas, como a única proposta de Passos Coelho continua a ser o programa da troika, ensaiou um discurso que não é habitual e que vai ao encontro de posições xenófobas recentes, que o próprio Passos Coelho disse não fazerem parte da tradição do PSD", acusou Joana Mortágua, aos jornalistas, no parlamento.

Referindo-se ao discurso da rentrée política social-democrata, no Pontal, no domingo, a dirigente e deputada do Bloco sublinhou que "o líder do PSD escolheu começar o ano [político] a dizer que, em Portugal, não entra qualquer um".

"Esta ideia sobre novas regras de imigração, que são bastante razoáveis, tem como único objectivo, depois de todos os argumentos perdidos, apostar no preconceito, no ataque aos mais fracos, como estratégia de sobrevivência", afirmou Joana Mortágua.

Para o BE, "as saudades da troika" não permitem a Passos Coelho "fazer muito mais", colocando no mesmo plano as afirmações do líder social-democrata sobre o sistema de comunicações SIRESP, considerando que faz "arremesso de tragédias como arma política".

Passos Coelho acusou o Governo de fazer uma cedência ao "radicalismo de esquerda" com uma alteração "à lei de estrangeiros, que na prática, permite que qualquer pessoa possa ter autorização de residência em Portugal desde que arranje uma promessa" de contrato de trabalho.

"Uma promessa, reparem bem, de poder ter um contrato de trabalho", disse, declarando ainda que, segundo essas modificações "o Estado deixará de ter condições para simplesmente expulsar alguém que possa, sendo imigrante, ter cometido crimes graves contra a própria sociedade portuguesa".

"Este foi o Governo que aprovou estas alterações. Porque é que não discutem na sociedade portuguesa as implicações que para a segurança do país a médio e longo prazo isso pode trazer? Da mesma maneira pergunto: o que é que vai acontecer ao país seguro que temos sido se esta nova forma de ver, a possibilidade de qualquer um residir em Portugal, se mantiver?

Passos Coelho afirmou que, por seu turno, "o PSD se mantém como um partido que não cede à facilidade, que não cede à demagogia, que não cede ao radicalismo".

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